Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Língua dos Pês


Há já um tempo que me anda a bailar na cabeça a ideia de escrever um texto em língua dos pês. Gostava de ver se era capaz de tal proeza e se quem me lê ia conseguir perceber alguma coisa...tenho que pensar nisto mais a sério.

Eupeu voupou fupumarpar umpum cipigaparropo.

Epe depepoispois voupou espestenpenderper apa roupoupapa.

Perceberam? É uma ideia muito parva, não é?

Mas não interessa. Hoje é véspera de feriado :-)

Os Meus Cartões de Natal

Posted by PicasaEu e a minha Máquina,
agora
São tão IKEA, não são?
Lindos, de morrer!

Ponte


Sou chefe de mim própria e nessa qualidade decidi dar-me ponte. A mim e a dois dos meus subordinados. Os mais novos. Estamos como se já estivessemos de férias de Natal, embora ainda não haja enfeites pendurados, nem presépios feitos, nem árvore de Natal.

[Tudo isto só sairá das arcas encantadas no dia 8 de Dezembro, antigo Dia da Mãe.]

Aproveitei para fazer as minhas listas dos presentes a oferecer e dos cartões a enviar (se quiserem receber um postalinho de boas festas escrito à mão e com selo de correio, só têm que enviar a vossa morada para o mail do blogue). Os meus pequenos subordinados estão a fazer trabalhos de casa e a estudar para os testes no final da semana.

Ainda não são quatro da tarde e o Sol já começa a enfraquecer.

Deu-me Para Isto # [2]


Música de Natal da Comercial, 2008

Se eu algum dia tivesse seguido a profissão com que sonhei, teria sido jornalista. Jornalista de redacção de jornal, repórter de guerra, jornalista de rádio. Nos meus tempos de juventude cheguei a ir assistir à emissão, em directo, de um programa de rádio na Antena 1, onde o meu Pai tinha um amigo. Depois, quando a TSF nasceu, passou a ser a minha rádio de eleição. As notícias, as reportagens, as vozes que surgiram nessa altura, faziam-me sonhar com um jornalismo que eu gostava de ter seguido. Já adulta, há meia dúzia de anos, fui convidada a participar num programa da manhã de sábado no RCP, com as minhas crianças. Gosto do aconchego do estúdio radiofónico. Dos auscultadores nos ouvidos, de ver a equipa de realização e produção do outro lado do vídeo, da ideia de me sentir no aconchego da sala de casa a conversar com amigos, sendo ouvida por toda a gente do Mundo.

Actualmente são vários os postos de rádio que oiço.

De manhã, desde que ponho os pés na cozinha às sete da matina e até às 10, é a Comercial que me faz companhia (apesar de, por vezes, já não poder ouvir determinadas músicas!). Sou fã do Pedro Ribeiro e da equipa da manhã.

Depois, durante o dia, enquanto ando de carro de um lado para o outro, vou alternando entre a Marginal e a RFM, embora ultimamente esteja a Marginal a ganhar!

Hoje, agora, apeteceu-me deixar aqui a música de Natal de 2008 da Comercial. Para cantarmos todos, em preparação de vozes para os grandes coros de Natal da blogosfera!

IKEA # [1] Cortinados, Tapetes e Carpetes

Ainda no rescaldo da visita ao IKEA.

Como já tenho dito aqui, a nossa casa é muito grande. Temos imensas janelas e imenso chão. De madeira, confortável, desde a cozinha até aos quartos, o que acaba por a tornar menos fria no Inverno.

No entanto, há complementos decorativos que eu gostava de ter e não consigo - cortinados e carpetes/tapetes. Isto porque não existe consenso conjugal quanto a estes elementos e a minha capacidade de persuasão não é suficientemente forte para vencer esta aversão.

Há mulheres que nem sequer "dão cavaco" quanto a estas coisas, ditas de mulheres. Decidem, compram, fazem bainhas, penduram ou mandam pendurar. E pronto. Quando eles chegam está o trabalho feito e a margem de reclamação acaba por ser mínima.

Eu não sei como fazer. Às vezes gostava de me candidatar ao "Querido, mudei a Casa" só para ter direito a cortinados e a carpetes sem ter de ouvir reclamações...acho que um dia destes ainda vou tentar!

domingo, 29 de novembro de 2009

IKEA [Domingo MUITO Diferente]


Decidi ontem. Hoje queria ir à "catedral do consumo" (como diz uma amiga minha). Apesar de ser domingo e de ter a certeza que iria cruzar-me com milhões de pessoas, já tinha saudades de ir ver decoração para casa. Coisas simples e bonitas.

Claro que havia imensa gente. Almoçámos lá com outra Família Numerosa que encontrámos por mero acaso. Uma mesa para doze pessoas num restaurante IKEA a abarrotar! Demos a volta completamente ao contrário do que indicam as pegadas marcadas no chão pisado por não sei quantos milhares de pessoas, por dia. Comprámos iluminação, capas para almofadas da sala, alguns presentes de Natal e os cartões de boas-festas que vou começar a escrever e a enviar a partir de dia 8 de Dezembro.

Sim, é completamente inacreditável o número de pessoas que anda dentro do IKEA num fim de semana, mas por muito estranho que vos possa parecer soube-me mesmo bem.

Sessão da Meia Noite # [1]

Em primeiro lugar tenho que confessar - nunca tinha ido à sessão da meia-noite!

Sim, gostei do filme. Ver a Meryl Streep a trabalhar é sempre um prazer enorme. Se o filme é bom? Vê-se bem, mas não é um filmalhaço.

O que mais nos impresionou nesta nossa saída à noite, a três, foi chegar ao átrio dos cinemas do CascaiShopping e deparar com centenas de pessoas. Filas enormes para comprar bilhetes. À meia-noite! Tudo por causa da saga Lua Nova, que está exibição em duas salas, das maiores. Nós entrámos na nossa sala com 1/2 hora de atraso. Numa sala que, em contraste com a confusão que se vivia lá fora, tinha apenas quatro pessoas. Ao entrarmos quase duplicámos o número de utilizadores!

Foi uma experiência bestial. Soube-nos tão bem. Acho que isto de ter Filhos em idade de acompanhar a Mãe é do melhor!

Sessão da Meia-Noite


Posso dizer que o sábado foi calmo. Depois do sai e entra normal de um sábado de manhã e de um almoço que pela hora poderia ser um pré-lanche, acabámos a tarde calmamente. Consegui sentar-me a fazer uma revisão dos jornais de fim de semana que vou acumulando. Fiz recortes de artigos e imagens para guardar. Consegui ter calma para trabalhar um bocado no meu "Diário Gráfico" que estava abandonado há já um tempo.Ninguém tinha fome para jantar. Que bom...Acabou por ser o Manel a voluntariar-se para fazer um esparguete, uns ovos mexidos, aquecer a carne assada. Quando estavamos neste pseudo-jantar (sem mesa posta nem nada) lembrei-me

"E se fossemos à sessão da meia-noite?

Deitamos os pequenos, deixamo-los com o Pai e vamos os Três?"

E fomos!


sábado, 28 de novembro de 2009

Espelho Meu, Espelho Mau


Estou a precisar de fazer um tratamento generalizado à minha pessoa. Quando acordo de manhã e olho para o espelho fico desanimada. Como é possível ainda ter a veleidade de pensar que alguém há-de olhar para mim? Oh não...por favor. Não quero este ar envelhecido, cansado, mas também não tenho pachorra para encher a cara de base e pinturas que acabam por me fazer comichões, das quais acabo por me esquecer, esfregar a cara e "borrar a pintura toda".
Que coisa esta do passar dos anos!

Conforto


Há pessoas que me são indiferentes.
Há pessoas que tolero.
Há pessoas de quem gosto.
Há pessoas de quem gosto muito.
As pessoas de quem gosto muito fazem-me falta.
Para me darem colo.
Um sofá confortável.
Uma manta quente.
Um chá quente.
Mãos dadas. Carícias.
E é só o que peço.

Deu-me Para Isto... #[1]

Help

that's what I need most

:-)

Só. Com os Meus Botões

Estou cansada. Fogem-me os pensamentos. Toldam-se ideias.
A noite e o seu silêncio. A paz. A calma. O final de um turbilhão ou apenas a pausa que antecede outro?
Estou cansada. Mas podia ficar aqui noite fora. Sem um som. Sem uma companhia. Apenas Eu.

Não Se Esqueçam!

Este fim de semana é fim de semana de ajudar quem precisa!
'Bora lá pegar nos sacos e contribuir para uma grande causa!

É Sexta Feira # [3]


I. Fim de sexta feira. A Catarina com uma entrega Bimby. Jantar combinado, em casa, com as Amigas. Lá fomos as duas. Os rapazes ficaram.
II. Enquanto ela fez a entrega pus a conversa em dia com um Amigo de há muitos anos. Foi bom. Revê-lo e conversar como se os muitos anos não tivessem passado por nós...

III. Um dia fui contactada para ir a um programa de televisão. Na SIC Mulher, um programa comemorativo do Dia da Mãe, dedicado às Mães que tinham optado por ficar em casa a tratar dos Filhos. Aceitei o convite e fui. Sem qualquer conversa prévia, sem "rede", em directo. Às tantas, fui questionada sobre o reconhecimento desta opção por parte dos meus Filhos. Respondi que sabia que qualquer um deles iria, sempre, dar valor a esta "estranha forma de vida" (no sec. XXI).

IV. Este serão é a prova de que a minha "estranha forma de vida" vale a pena! Hão-de passar algumas horas da meia noite quando estivermos ainda na sala a beber chá...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Deu-me Para Isto...

Treino para História de Encantar


Com paciência e doçura entrançava-lhe o cabelo. Gostava de a ver assim, aliviada da massa espessa de caracóis que lhe tornava a cara ainda mais afilada e pequena. Quando acabava de o entrançar, coloria-o com fitas de veludo. E depois deixava-a ir.

Da cadeira de baloiço, onde se sentava para ler e bordar, via-a brincar lá fora. Incansável. Dona de uma energia inesgotável. Correndo e saltando até as pernas já não conseguirem acompanhar toda a energia que o cérebro insistia em descarregar pelo corpo fora. Para lhes dar algum descanso trepava, ágil, à casinha da árvore e sentava-se a abanar as pernas para o lado de fora. Acenava à Mãe. Faces rosadas a lembrar as maçãs que o Senhor Rafael, o jardineiro, carregava em cestos de vime para a cozinha. A trança desfeita de tanta correria, as fitas coloridas presas quase por magia aos cabelos que ainda se conseguiam conservar presos no elástico.

A Mãe. Talvez sozinha na sua tarefa de educadora. Talvez apenas esquecida de como era o tempo em que aquela tarefa era partilhada.

Não se sabe. Não o sabe ela, não o sabemos nós que apenas a observamos do lado de cá do espelho onde ela se reflecte.

Sorriso quase imperceptível num rosto dominado por uma tranquilidade infantil, emoldurado por cabelos também presos, também rebeldes. As duas, Mãe e Filha, numa casa onde os quartos serviam para brincadeiras de esconde-esconde e de princesas encerradas em castelos à espera dos seus príncipes encantados que, na maior parte das vezes, eram os sapos que enchiam de coachar o lago do jardim. Uma casa com uma cozinha grande e luminosa, espaçosa e sempre perfumada. Do pomar iam chegando as frutas sazonais que se comiam à dentada, em purés, doces e compotas.

A Joana Cozinheira mantinha-a em funcionamento permanente. A Menina questionava-se mentalmente sobre como seria possível passar dias e dias numa cozinha sempre com tachos ao lume e tabuleiros no forno. Estava habituada a sentir-se segura no meio dos odores, era para lá que corria quando sentia que por qualquer motivo as lágrimas iriam brotar dos seus olhos, mas também ao final de um dia de brincadeira no jardim. Passava em passo acelerado pela cadeira da Mãe e corria a sentar-se na sua cadeira baixinha de assento de palha entrançada junto à Joana Cozinheira.

E era ali que contava as suas aventuras maravilhosas. Os duendes pequeninos e feiosos que com ela escolhiam as melhores folhas secas do jardim, os cavalos alados que a levavam ao outro lado do Mundo quando lhes subia para a garupa, as fadas de chapéus bicudos e varinhas com estrelas na ponta que lhe transformavam os bibes em lindos vestidos de tule e lhe salpicavam as bochechas de purpurinas. Tudo isto contava. Em versões diferentes cada dia, em episódios em que as fadas boas conseguiam sempre vencer os dragões maus que viviam por trás da mata de carvalhos.

A voz da Mãe põe o ponto final. A Menina pede à Joana Cozinheira que se baixe. Quer dar-lhe um beijo. Os beijos que a Mãe a ensinou a dar. Joana Cozinheira afaga-lhe os cabelos. Sente-a um bocadinho sua. A Menina corre para os braços da Mãe que a espera.

As histórias recomeçam...de Mãe para Filha...da Filha para a Mãe...

É Sexta Feira # [2]





Tudo calmo.



Em preparação um jantar simples para receber Amigas da Catarina. Uma boa sobremesa para aconchegar e abrir caminho a um serão de conversa.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Resumindo e Concluindo

Tenho o jantar atrasado. A mesa por pôr. A tábua de engomar ainda montada no meio da cozinha. A máquina da loiça por despejar. O que me apetecia verdadeiramente era escrever um texto daqueles mesmo muito bons. O meu maior travão à inspiração é a monstruosidade de tarefas domésticas que me rodeiam e me fazem não conseguir pensar em algo verdadeiramente extraordinário. Será que as mulheres que escrevem com tanta inspiração e substância se têm de preocupar com coisas tão básicas como dobrar peúgas e cuecas? É que eu não consigo mesmo ver caminhos de inspiração nestas tarefas tão sem graça...
E com tudo isto termino mais um dia.
E os computadores vão fazer ó-ó...

Revisão

Deu-me vontade.
De ir ao meu passado ver o que por lá se passou.
Com o premir de uma única tecla voltei um ano atrás.
Reli as palavras escritas durante o mês de Novembro.
Impressionei-me com algumas delas e perguntei-me onde as perdi.
Revi as imagens que a minha Máquina e eu guardámos para a eternidade.
Abri as caixas de comentários e reli as palavras que outros me deixaram.
Passado um ano. Pouco ou nada mudou em mim, mas muito mudou em meu redor.

Há Mails que Dão Posts


"[...]a tua escrita. Está muito melhor, mais madura, pensada, cuidada. Continua, no entanto, espontânea e sentida, como sempre foi.[...]"

É sempre bom saber!

Até Já...


A TMN está com uma avaria a nível nacional, impossibilitando as chamadas telefónicas e sms's entre números 96. A operadora já informou estar a tentar resolucionar o problema, mas não adianta qualquer previsão de normalização do sistema...

É caso para perguntar, Até Já? ou Até Amanhã?

Alguém me explica porque é que não podemos ter Verão o Ano Todo? # [1]

Eu e a minha Máquina,
Ilha de Tavira
Agosto 2009

Sinceramente não sei se é a A...o que eu sei é que o rapaz está na boa. Tem uma tosse que mete medo, dá uns espirros de vez em quando, mas está na boa. Está a pôr música e a dançar. E eu estou a adorar esta companhia musical aos meus dias. Já pôs Paulo Gonzo, já pôs as Canções da Disney, o clássico Música no Coração e a Adriana Partimpim.

A Professora mandou-lhe trabalhos para não se atrasar na matéria. Hoje já fez alguns de manhã...pode ser que a seguir ao lanche retome as tarefas académicas!

Aberto ao Calhas...

A minha Máquina noutras Mãos,
Julho 2009,
Monte Real


"AUTO-RETRATO, MARÇO DE 1994

Gosto muito desta mulher que olha para mim com serenidade, com uma câmara fotográfica na mão. Sou eu. Tenho cinquenta e dois anos. É na curvatura dos dedos que primeiro se nota a passagem do tempo. Quando estudava fotografia, o professor puxava-me os ossos da mão até os sentir estalar, dizia-me que os meus dedos eram demasiado rígidos para acompanhar a fluidez do mundo: «Descontrai-te. Entrega-te. Aceita» Para apanhar a rapidez do instante que passa é necessário prescindir completamente da brusquidão. Deixarmo-nos levar pela lentidão interior da velocidade.[...] Caí na fraqueza da paixão, mas nunca cheguei a cair no pecado mortal de me apaixonar por mim. Tinha boas defesas. Quando as defesas ideológicas começaram a soçobrar, servi-me da máquina fotográfica para me manter inexpugnável. Agora precisava de voltar essa máquina contra mim."

O Álbum de Camila, in
Inês Pedrosa, Nas Tuas Mãos,
Publicações D. Quixote, 1999


Comprei este livro em 2000. Li-o de uma assentada. Hoje abri-o ao calhas. Li tudo o que comigo se passa. Entre mim e eu. Entre mim e o que de mim não sai para o papel.

Alguém me Explica porque é que não Podemos ter Verão o Ano Todo?

Eu e a minha Máquina,
Agosto 2009,
Salgados, Algarve


Ontem a Carlota telefonou-me.

Isto de se ter um blogue que é do conhecimento público, tem destas coisas. Há pessoas que já não telefonam nem mandam mails a saber de nós porque leêm tudo no blogue, há pessoas que por lerem tudo ficam mais apreensivas e telefonam, ou mandam mails, ou ligam o msn e conversam um bocadinho.

Estava eu na minha tarefa super inteligente de engomar camisas (cheguei à conclusão que demoro 10 minutos para engomar uma camisa!) quando ela me ligou. Fomos conversando e eu engomando. Conversámos de tudo e mais alguma coisa, conversa própria de quem já se conhece há 20 anos e tem sempre qualquer coisa para dizer, nem que seja parvoíces.

Claro que acabámos por cair na conversa do dinheiro. O maldito dinheiro que faz com que tudo rode (ou com que tudo pare!). Dizia-me ela que tem pensado muito na vida que leva nos dias que correm (tal como eu) e que já pensou que se algum dia ganhasse um GRANDE prémio nos jogos de sorte semanais, diria aos Filhos que escolhessem fazer algo que lhes desse mesmo prazer e que pudesse ser também um modo de vida e avançassem.

Nos dias em que nós tínhamos a idade deles, ou perto da idade que eles têm actualmente, as coisas eram mais fáceis. A nossa vida era mais leve. Não havia a pressão da concorrência desenfreada desde o Liceu, conseguia arranjar-se um emprego com alguma facilidade a ganhar um ordenado razoável, havia horários de entrada e também de saída, havia capacidade para ir ao cinema, ao teatro, a um espectáculo de vez em quando. Os nossos jovens e adultos jovens têm uma vida cheia de pressão e sem qualidade. Tal como a nossa.

Levantamo-nos cedo, largamos os Filhos nas Escolas, trabalhamos um dia inteiro, voltamos a casa a tempo de jantar, pôr os Filhos na cama e dormir em frente à televisão, na ilusão de que estamos finalmente em casa depois de um dia de trabalho...

Que vida estúpida é esta? Para quê? Para pagar mensalidades de casas que hão-de ser nossas quando formos caquéticos? Para pagar mensalidades de carros e de electrodomésticos, mensalidades de 550 canais de televisão que nem conseguimos chegar a ver e de Internet que nos leva a todo o Mundo?

Sim, se calhar estamos a passar uma crise própria da idade a que chegámos, mas a verdade é que o que queríamos mesmo é que fosse o Verão o ano todo...



Estereofonia Informática

Eu e a minha Máquina,
Agora, Em casa

O meu computador velhinho está guardado. Encerrado. À espera de que haja tempo para o esvaziar completamente de todo o trabalho que me ajudou a fazer durante cinco anos. O mais complicado não é o trabalho que lá está guardado, mas a quantidade brutal de fotografias que terão de ser passadas para um disco externo ou para CD's, não sei...uma trabalheira para a qual ainda não houve tempo nem paciência.

As fotografias fazem-me falta neste novo companheiro. Tal como as minhas palavras, as fotografias que tiro são pedaços de mim. Pedaços da realidade que guardo com a minha máquina e aos quais regresso sempre que me apetece. Muitas vezes, quando as palavras não me chegavam com a urgência pretendida, abria a pasta das fotografias e escolhia a que havia de dar mote ao pensamento e à escrita. Falha-me agora esse apoio. A menos que faça uma estereofonia informática. Ligo os dois. Revejo as fotografias num e escrevo noutro.

Posted by Picasa

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Violência Doméstica? Não Obrigada!

Vale a pena abrir a porta do Gabinete e ler o que por lá se escreve hoje. Eu trouxe a música.

É importante relembrar o que o dia de hoje assinala. Não fazer de conta que não se sabe, que não se vê. Não insistir em que "entre marido e mulher não se mete a colher". Insistir em que somos todos iguais e que nenhum deve ser o intimidador do outro. Os dois devem ser companheiros e não rivais. Companheiros e não superior e inferior.


A minha Menina está um bocadinho down. Preocupa-me.
Não é de falar muito a minha Menina.
Ontem disse-me que sente falta da "gente" dela. E as lágrimas vieram-lhe aos olhos.
Anda cansada. Numa roda viva entre Lisboa e a Faculdade, os trabalhos, as leituras. Numa roda viva entre as demonstrações Bimby, as burocracias do banco e das Finanças. E não fala...
Preocupa-me. Começa a fazer lembrar-me demasiado de mim. Sem grandes "amigas do peito", muito certa das primeiras impressões sobre as pessoas que se cruzam na vida dela, crescida, responsável, a lutar pela vida...
Que venham depressa as férias do Natal para ela respirar fundo e armazenar energia familiar para fazer frente aos meses seguintes!

Reencontros


Entrei ontem na farmácia que foi a Farmácia de pesar os meus primeiros filhos enquanto bébés. Estranhei a remodelação que a faz parecer uma qualquer loja de Centro Comercial. Sorri e senti-me tão reconfortada ao ver as mesmas caras de há 18, 15, 11 anos atrás. Com mais cabelos brancos, mas com as mesmas atitudes simpáticas, com os mesmos sorrisos. Olhei-os e pensei que nos outros nos vemos a nós e que o envelhecimento acontece a todos. Continuei a sentir-me em casa. Parecia que estava a entrar em casa de familiares há muito não visitados. E vim para casa "aquecida" pelas recordações de dias mais fáceis.

Premência

Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar. Preciso de conversar.

Sem ser sobre Escolas, Filhos, Avaliações, Dificuldades Financeiras.

Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de csair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair. Preciso de sair.

Sem ser para ir às Escolas recolher crianças, ir ao supermercado, ir ao dentista.

Conversas de chacha, de "gajas", de coração, de cusquice, de livros... Saídas de andar sem destino, de ver montras por aí, de acariciar livros em expositores, de ver uma exposição, assitir a uma peça de teatro ou a um filme.

A ?


Ontem. 14:30. Toca o telemóvel. Número da Escola do Mateus. "Pode vir buscar o Mateus? Está muito xoxinho, dói-lhe a cabeça e tem 37,3º." Fui. Viemos. Sofá da sala, manta. Dormiu a tarde toda. Acordou com mais febre. Telefonei a uma Mãe/Pediatra. Resumi sintomas. "Deve ser a própria da doença...não há muito a fazer a não ser baixar a febre e mantê-lo em casa. Prepare-se, a seguir caem os outros todos." E pronto. Cá estamos nós.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pensamento Estúpido # [20]



O meu blogue ressente-se da fase de esvaziamento mental porque estou a passar.

Aguardo pacientemente pelo fim deste estado? Procuro uma palavra que me desperte da letargia do silêncio, um acontecimento que se queira revelado.

Pensamento Estúpido # [19]

Eu e a minha Máquina,
S. Pedro Estoril,
Fevereiro 2008

Está um Sol maravilhoso.

Está um Mar espectacular.

Apetece-me ir para a rua. Passear.

Não me apetece ir sozinha.

Fico em casa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu ... Já ... Nunca ... Sei ... Sonho # [1]



Em Estado Puro vi o meu nome no final de um post sobre revelações. Fiquei a olhar para as quatro letras que me dizem. Como revelar mais de mim num blogue onde já tanto é revelado? Às vezes até penso que todos os que me leêm já me conhecem melhor do que eu consigo conhecer-me a mim, mas decidi que não viraria costas ao desafio e que conseguiria descobrir mais revelações sobre mim.
Eu já pensei adptar uma criança.
Eu nunca passei férias sem os meus Filhos.
Eu sei o quanto custa perder pessoas de quem gostamos.
Eu quero conseguir, um dia, ir a Moçambique.
E a Nova Iorque. E a LA. E a Barcelona.
Eu sonho com quase nada, mas gostava de
me ver publicada, em papel.

(In)Decisões Impregnadas de Preguiça

Sei perfeitamente o que me espera em cada divisão da casa.

Até já afastei as cadeiras da mesa da casa de jantar para aspirar... Até já recolhi todos os pertences dos meus "ricos filhos" que estavam espalhados pela casa, quais destroços de fim de semana...Até já olhei para o céu que escurece e pensei que tenho de estender a roupa abrigada da chuva que deve estar aí a rebentar...

O pior é que não me apetece mesmo fazer nada. Ou melhor, apetecer apetece, mas não o que tenho para fazer.

Sou tão parva, não sou?

Hesitações



Já escrevi.
muitas palavras
muitas frases
muitas pontuações
de seguida apaguei-as.

souberam-me a azedo
pareceram-me escuras
puseram-me triste a olhá-las

ignorei-as. não quis que fossem minhas.

um arrepio percorre-me o corpo
sopro as mãos para as aquecer
encolho-me
que siga o dia...

a solidão dos números primos




Foi um dos que me foi oferecido no meu aniversário. Comecei a lê-lo com algum cepticismo. Ao princípio não me pareceu extraordinariamente bem escrito, pareceu-me até um pouco incompleto na descrição de ambientes e personagens. A verdade é que à medida que as páginas iam passando, a minha vontade de ler mais ia aumentando. Li-o todo. Este fim de semana.

sábado, 21 de novembro de 2009

Natal # [3] - Planeamento


I. Marcadores de Mesa

Lembrei-me de uns vasinhos de cartão, guardados, comprados por altura do Dia da Mãe. Lembrei-me de origami. Lembrei-me de árvores de Natal. Ideias básicas? Talvez, mas de simples execução. Vamos precisar duns trinta marcadores de mesa!

II. Presentes

Tenho de começar a fazer a lista dos presenteados...

09:30
Abro a porta da cozinha. Hoje o pão do pequeno almoço precisa da minha intervenção. Vai ser pão de forno. Deixei a massa feita de véspera, a levedar, tapada com um pano molhado. A cozinha cheira a maçãs e é boa esta sensação de cheiro a fruta. Nos dias que correm a fruta não deita cheiro. Estas maçãs foram oferecidas ontem à Catarina por uma cliente a quem foi demonstrar a Bimby. São vermelhas, não muito grandes, imperfeitas, mas muito perfumadas! São maçãs a sério. E cheiram bem...

11:30
Meto-me no carro. O apito de aviso de depósito vazio. A luz no tablier. Who cares? Vou só lá abaixo num instante. Buscar os jornais e os livros. Vou em ponto morto enquanto for a descer. Deve ser proibido...se calhar é melhor não escrever isto... Chego à Marginal. É gira a sensação que tenho sempre que chego à Marginal perto de casa. Sensação de alívio quando olho o mar. Impossível não inspirar e expirar bem fundo. Impossível a não emoção quando olho o mar a perder de vista. Ponta do Sal. Bafureira. Hoje, em linguagem de surf, o mar está torto. Há campeonato de longboard, mas não me parece que tenham muita sorte. Mar torto e muita espuma. Mar desordenado.

11:32
Arrumo o carro. Entro na tabacaria. Os meus jornais, os meus livros separados. Caras conhecidas. Bom dia. Dois dedos de conversa. Bom fim de semana.

14:11
A mesa do pequeno almoço continua posta. Há também livros, folhas, computadores e estudo. Procuro o sentido das minhas palavras. Ouvimos os Xutos. Lá fora a chuva cai. Cá dentro está quente. Podia estar mais...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vidro


Parto-me em pedaços.
Desfaço-me.
Esmigalho-me.

Varro todos os bocadinhos. Tento que os meus olhos captem tudo. Tenho que me consertar e não o poderei fazer senão recolher todos os pedaços em que me desfiz.

Equilibro-me.
Qual bailarina amadora nas pontas da sapatilha.
Olho em frente, um ponto imaginário.
Sigo
Em frente

É Sexta Feira !!! # [1]


A chegar ao fim, finalmente. Ainda faltam os banhos e o jantar, mas à sexta feira deixo-os em paz, não corro a impôr os horários de final de dia. Eu dou em "crazy" todas as sextas feiras. Sempre! Se por um lado suspiro de alívio por a semana estar a chegar ao fim, por outro levo o dia em exercícios auto-calmantes porque sei que o stress sobra sempre para mim. Vai pôr um a um sítio, vai buscar outro e mais outro. Trânsito de final de dia e de semana. Obras, buracos e ruas fechadadas por todo o lado. O relógio a não parar de andar. Eu a stressar...na última volta que fiz acho que já nem estava a ver o caminho, ia em "piloto automático". (suspiro e sopro)...era nestas alturas que queria ser personagem de uma qualquer série de televisão. Dois braços à minha espera, jantar feito, eu sentada no sofá sem ter que me preocupar com mais nada...é nestas alturas que eu percebo que a minha vida é demasiadamente real.

Natal # [2], Presente

Imagem e mais informação aqui

Já está à venda na FNAC.
O Kit de Natal Rock in Rio vai directamente para a minha wishing list.

Directamente de Bruxelas...

Eu e a minha Máquina

...vieram ontem três belas caixas de chocolates!

Adivinham-se uns serões de fim de semana muito calóricos! Posted by Picasa

Problema de Expressão

Se eu fosse um grupo musical, poderia ser este.

Se eu fosse uma letra de música, poderia ser esta.

Hoje sou este grupo e esta letra de música!

Pensando em Mim


"Faz o que a tua mão e o teu espírito acham que deves fazer, mergulha na hora que passa e não te ponhas a remexer nas próximas horas com o teu pensamento, os teus medos e as tuas preocupações."

Tanto&Tão Pouco

São tantas as pessoas que existem no Mundo. Tantas e tão diferentes. São tantos os países, as cidades, as vilas e as aldeias. Cada qual com as suas tradições, a sua cultura, as sua rotinas diárias. A diversidade humana atrai-me. Não penso muitas vezes no que poderia ter feito se..., mas quando penso, quando leio experiências de outras pessoas que têm a oportunidade de sair deste pequenino país e cruzar a sua vida, as suas experiências, os seus conhecimentos, com os de outras pessoas, de outros pontos do Mundo, penso que poderia ser eu, como gostava de poder ser eu.

E é nisto que penso hoje. Conheço TANTAS pessoas, mas na realidade conheço TÃO POUCO.

É Sexta Feira!!!!

último dia
semana diferente
dia em que tudo passa a correr
dia em que corro o dia todo

sim, é sexta feira...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As Escolas & Eu # [2]


Serei só eu? Quando oiço os debates parlamentares relacionados com educação, pergunto-me quantos daqueles deputados terão filhos em escolas públicas. Quantos daqueles deputados saberão, na realidade, o que se passa diariamente nas escolas públicas. Quando são estes debates apetece-me Mesmo poder falar com todos eles. Dizer-lhes que as Escolas lutam diariamente com falta de funcionários. Com instalações deficientes. Com alunos cada ano mais desinteressados, mais não cumpridores de regras. Com Pais/Encarregados de Educação mais ausentes. Com Professores que têm cada vez mais "as mãos atadas" em termos de procedimentos disciplinares. Com Professores sobrecarregados com trabalho administrativo. Serei só eu a sentir este desconforto, de saber o que realmente se passa e que para que as coisas mudem é preciso mudar mentalidades, atitudes? Não sei. Só sei que quando os oiço, penso que há outro mundo educativo muito diferente daquele que eu conheço...

Regresso!!!

Hoje, ao serão! Nova temporada. Estou desejosa por saber o que vai acontecer a quem!
PS - OK. Já vi o que aconteceu a quem. Chorei durante dois episódios inteiros :-/

O termo
A palavra
O conceito
A sensação
O prazer
A vontade
Na cabeça nada surge sem estímulo, sem uma razão.
Paz é a palavra que hoje existe na minha cabeça.

As Escolas & Eu # [1]


Sei que não gostaria de ser Professora. Não porque não tivesse prazer em ensinar algo de que gostasse a muitos outros, mas porque sei como se portam, hoje em dia, as crianças e os jovens nas salas de aula e porque sei que não iria ter paciência para faltas de educação e maus comportamentos. Apesar disto, gosto imenso de Escolas. Foi em Escolas que passei toda a manhã de hoje. Acabei de chegar a casa. Primeiro na Escola do Manel. Depois na Escola do Martim. Gosto de observar os miúdos, de conversar com os Professores, de perceber quais são as carências, os desejos, os anseios, de planear o que se pode fazer durante um ano lectivo.

Gosto. De Escolas. De Pessoas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Serão

Eu e a minha Máquina
Novembro de 2009
Os pés do V.

Já estou assim. Sentada. De pernas esticadas. Dividindo a atenção entre o livro, a Fox Life e o computador. O importante é que já estou em período de descanso. Os "pequenos" já estão deitados e a dormir. Eu e os "grandes" vamos ficar por aqui a amolecer até nos arrastarmos para ir dormir...


O dia de ontem foi inteiramente dedicado ao estudo da Filosofia para poder explicar ao Manel. Li e resumi durante toda a tarde.

Hoje a pilha de roupa que se acumula à espera de ferro é comparável à de livros para ler ;)

V de Vera


« Confesso. Levei algum tempo a descobrir
a minha natureza de ave.
Tudo aconteceu
naquele dia em que
o homemdo tractor
levantou os olhos e disse:
"Raios me partam se aquele tipo
não é um pássaro".

Então pensei:
"Se não sou pássaro
por que é que me confundem com um pássaro?
será que tudo se pode confundir
com os pássaros?
Ou com o voo deles?"

E vi
que tinha asas
Levantei voo por cima

das casas
das ruas
dos barcos
das fábricas
dos campos

Depois
depois nunca mais dormi
descansadinho
nunca mais fui
"o meu menino"
deitadinho no berço do alfabeto.
Porquê?
Porque de repente
a gente vê.»

Mário Castrim,
Estas São as Letras,
Caminho, 1996
Ficha do livro aqui

Natal # [1] - Avé Maria

O céu cinzento de frio e não de chuva fazem-me pensar que estamos a caminhar a passos largos para o Natal.

A nossa casa vai ser, este ano, o centro de todas as festividades. Receber Família de um lado e doutro desde 24 até à noite de 25. Já começámos a falar sobre como fazer a Árvore de Natal, os marcadores de mesa, os embrulhos. Gostava de conseguir ter mais disponibilidade e imaginação para fazer todos os presentes para Familiares a Amigos, mas como sei que isso não vai ser possível, ando a magicar qual o presente ideal para quem e estou com vontade de usar as lojas dos Museus de Portugal para fazer as minhas compras.

E enquanto penso e planeio vou ouvindo esta música que me faz mesmo sentir dentro do Natal!

Livro em Branco

Imagem vinda Daqui

Nem sempre encontro o que dizer. Há dias em que acordo com as minhas páginas em branco. Quando isso acontece não adianta estar a "espremer" os neurónios em busca de palavras bonitas, mais vale ver a beleza do espaço em branco, do vazio.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Muito Trabalho + Muito Esforço = Bons Resultados


Qualquer um de nós, Adulto, sabe que a partir do momento em que passamos da fase da puberdade e início da adolescência, começamos a ser tratados como "crescidos". São-nos aumentadas as responsabilidades, são-nos pedidas atitudes mais responsáveis. Nem sempre é fácil corresponder às expectativas dos que já adultos esperam de nós comportamentos para os quais ainda não nos sentimos preparados para ter.

A vida adulta não é uma vida fácil, precisamente por todas as responsabilidades que acarreta. A passagem do 9º para o 10º ano é uma das fases da vida dos nossos jovens em que são sentidas maiores dificuldades. O grau de exigência do ensino básico em nada se compara ao grau de exigência do ensino secundário. A preparação, em termos de hábitos de estudo, é muito deficiente. Os alunos habituados a uma carga horária que lhes disponibiliza tardes/manhãs livres para o estudo encontram no secundário uma carga horária que pouco ou nenhum tempo livre lhes deixa. O primeiro período é sempre uma fase de susto, para estudantes, pais e professores.

Parece-me que seria importante reflectir numa eventual reorganização do sistema de ensino. A separação física entre segundo/terceiro ciclo e secundário, acaba por criar alunos que não crescem o suficiente para fazer frente aos desafios que o secundário lhes trará. Por outro lado, deveriam ser estimulados os hábitos de estudo em casa, individualmente ou em grupo para que os alunos se fossem habituando a organizar apontamentos próprios a interagir com os colegas em grupos de trabalho e não apenas de diversão.

Por outro lado, do lado das Famílias, é muito importante o apoio. Saber como agir perante resultados menos satisfatórios é um factor determinante no auxílio que se dá aos alunos. Se os maus resultados se devem apenas a preguiça, a dependência do computador e outro tipo de diversões, então há que agir com o típico castigo da retirada do elemento de diversão sem ter problemas de peso na consciência. Se os maus resultados se devem à falta de bases com que o básico prepara os alunos, então os Pais devem motivar, devem estar mais atentos, mais cooperantes e dialogantes com a Escola através dos Directores de Turma, encontrando estratégias comuns para que se consigam superar as dificuldades. Os hobbies ou desportos praticados não devem ser retirados. Eles são o momento de pausa, de descarregamento da energia e do stress que se vão acumulando durante a semana de trabalho.

Finalmente, os Pais de mais do que um Filho deverão ter em conta que determinada escola, por ter sido boa para um dos filhos, poderá não o ser para todos. É importante ter essa sensibilidade mesmo que ponha em causa toda uma organização familiar.

Por último é importante, para os alunos do secundário, entenderem que todas as notas contam. Desde o 10º ano. A média que os fará entrar ou não nas Faculdades desejadas será calculada tendo em conta as notas desde o 10º ano. Estudar, Estudar, Estudar. Criar hábitos de trabalho e de organização para que o tempo lhes chegue para o estudo e ainda lhes deixe de bónus alguma disponibilidade para os hobbies é extremamente importante.

Aos Pais cabe o estímulo, o acompanhamento, o diálogo, mas também a exigência!
Blog Widget by LinkWithin