Aquele parecia-lhe o espaço ideal. Uma varanda fechada sobre o Mar, vidros imaculadamente limpos, uma temperatura amena. A mesa, redonda, estava coberta por uma toalha branca, bordada à mão. As cadeiras, de verga, estavam dispostas em redor da mesa.
Sim, era ali que ela queria recebê-lo. Queria que aquele espaço silencioso, calmo, quase mágico, se enchesse com o seu perfume, o seu olhar, o seu riso. Ela sabia que a ele pouco interessavam as coisas materiais, a sua maneira de ser transbordava simplicidade e gosto por tudo o que era simples, natural.
Era a primeira vez em que iam estar a sós depois do que se havia passado entre eles. Ela não queria admitir, estava nervosa, não sabia bem sobre o que iriam conversar, sobre o que diriam um ao outro…mal se conheciam. A conversa de ocasião deixava-a triste, vazia… O melhor era não tentar pré estabelecer o rumo, deixar correr o tempo, a conversa ou o silêncio.
Foi até à cozinha. Tirou do forno os brioches e dispô-los num prato. Num tabuleiro ordenou pacotes de chá, diversas qualidades, várias origens. Para ela, o aroma e a temperatura do chá eram condições ideais para bons momentos de conversa…ou íntimo silêncio.
1 comentário:
Olha que tens de continuar esta história...e está-me a irritar não puder, ainda, ler mais...!!! Please!!
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