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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Breve Crónica do Tempo que passa

Daqui

Tudo mudou para mim.
O tempo deixou de ser contado entre lençóis engomados a preceito e peúgas estendidas aos pares para que a tarefa de as dobrar fosse facilitada.
O tempo passou a ter outra importância. A importância de um trabalho que gosto de fazer e que me traz num vaivém de kms, de conversas, de pessoas.
[Sobre estas tantas pessoas que tenho conhecido, quase poderia escrever uma centena de crónicas. São tantas as que tenho conhecido nestes últimos 17 meses.]
17 meses, tanto tempo e que parece tão pouco. Parece que foi ontem que me lancei nesta aventura, de braços abertos como se de asas se tratasse. De alma aberta para novos desafios.
17 meses, a altura em que as crianças ensaiam passos mais ousados, palavras mais completas. É como me sinto. Uma criança que está a arriscar as aventuras de andar e falar.
O ano encerrou as portas comigo em sucesso e Janeiro trouxe consigo a surpresa de novos desafios. A princípio fiquei quase em coma. As palavras ouvidas a ressoarem-me no cérebro. A minha vida a passar como um filme. 46 anos. Tudo o que fui fazendo. Tudo o que me fez o que sou.
Já estive suspensa. Depois vieram dias de formação. Ouvir, ouvir, ouvir. Escrever, aprender, digerir, dar a volta a todos os pensamentos e tentar que se arrumem e me ajudem a arrumar-me.
A nova etapa já começou. Plena de desafios. Plena de trabalho. Horas e horas fora de casa...

E eu? Eu só. A Vera. A que lê. A que pensa. A que espera sempre mais.

Continuo eu. A leitura em ponto lento. O pensamento sempre presente. Eu, os outros, o presente e o futuro, porque ainda não atingi a capacidade de um dia de cada vez.
Continuo a acreditar que no futuro algo de melhor vai acontecer. Continuo que os dias vindouros me irão surpreender. Coisas boas. Acredito sempre nelas.

sábado, 17 de dezembro de 2011


Daqui

Há dias mágicos...

O dia de Inverno em que acordamos com o Sol a fazer riscas de sombras nas paredes do quarto e a aquecer os pés da cama.
O dia de Verão em que o calor nos acorda cedinho e nos chama para a vida, irresistível na sua energia e alegria.
O dia em que acordamos depois de uma noite bem dormida e de um sonho que nos pôs com um sorriso nos lábios e um calor no coração.

Hoje é um dia mágico sem que nada disto tenha acontecido.
As letras comovem-me sempre, as leituras muito mais e quando tudo isto se alia às emoções, então há, de certeza, magia na maneira como olho o dia.
Uma colega desta "profissão" recente vê hoje o produto do seu trabalho nas bancas - Velocidade Colher - e eu não consigo desligar este acontecimento importante na vida dela, do meu sentir.
Trabalhar num projecto como é O livro, é trabalhar na obtenção de um resultado que, não é à toa, se diz ser idêntico ao de ter um filho. É uma coisa que nasce, mas uma coisa onde tudo transpira o ser de quem nele trabalhou. Ao folhear o livro da Gasparzinha não me senti a folhear apenas mais um livro de culinária. Senti-me a fazer parte do mundo dela, porque é isso que um livro deve transmitir, bocadinhos de quem o criou, e o livro dela traz logo isso no início, a dedicatória.
Hoje, o dia é mágico para ela. E este post é para ela.
A fotografia escolhida, do meu fotógrafo/blogger preferido. Uma fotografia que me faz sonhar com cartas de amor. As cartas que gostaria de ter atadas com uma fita vermelha dentro de uma gaveta perfumada com o cheiro intenso de sabonetes de outras eras.
Hoje, o dia é mágico porque me fez vir aqui e, ao chegar, encontrar 12 comentários para publicar. Cheios de saudades, de ternura e de pedidos de regresso. E as lágrimas a virem-me aos olhos, porque, às vezes, o virtual consegue ser tão mais forte que o real.
Hoje, o dia é mágico. Por vocês.
Obrigada!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Misturando Realidades

Da Net
Tenho tido algum pudor em falar da minha actividade.
Por achar que não se coaduna, por achar que talvez não seja muito ético falar aqui do que vou vivendo nesta minha nova aventura. O que se passa é que algo que nunca me havia passado pela cabeça fazer se transformou completamente num projecto a tempo inteiro. O planeamento é uma característica essencial na actividade em que me insiro agora e dedico-lhe uma boa fatia de tempo. Depois, tenho também  que acompanhar os meus clientes. Aqueles que me receberam e que se renderam, aqueles que me receberam e não se renderam. Todos merecem o meu respeito e a minha atenção. Um bom pós-venda é meio caminho andado para novas vendas.
Para além da minha responsabilidade profissional, existe também a minha paixão por pessoas. Tenho conhecido pessoas extraordinariamente interessantes, completamente diferentes umas das outras, mas pessoas tão idênticas naquilo que me leva às suas casas, às suas cozinhas. Sendo que eu já praticava no meu dia a dia o "não preconceito", agora pratico-o muito mais. A partir do momento que uma pessoa que não me conhece de lado nenhum aceita receber-me em sua casa e passar comigo cerca de duas horas, que interessam as diferenças que possa ter em relação a mim?
 Desloco-me sempre com a mesma vontade e ânimo. Mais uma ficha de cliente, novos hábitos ou apenas uma repetição de rotinas já vistas noutra cozinha, quando saio de casa saio sempre de sorriso interior, de pensamento positivo, de vontade de vencer. E tem resultado em cheio!
Em casa de cada um, a educação tem-se revelado um exercício constante, porque se há pessoas que respeitam o trabalho que faço e se portam à altura desse factor - aquele é o meu trabalho -, outras há (até agora um ínfima percentagem!) que não conseguem manter uma postura de quem assiste ao trabalho de outrém.
Gostava de, um dia, juntar todos os meus clientes num jantar. Para que todos se conhecessem nas suas diferenças, se unissem no que os tornou um factor comum. Ando a pensar nisto e a pensar como reagiriam eles.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Partilhar

Daqui
Penso que já todos os que me leêm e seguem perceberam que a minha vida se alterou.
O número de posts diminuíu drasticamente e o tempo que costumava dedicar à leitura/comentário do que os outros bloggers escrevem/publicam diminuiu também.
Aceitei, em Novembro, um desafio que me foi colocado pela minha Filha. A falta de tempo dela para a actividade que desenvolvia a par da Faculdade, levou-a a desafiar-me a ser eu a desenvolvê-la. No início estive renitente, mas depois pensei que não tinha nada a perder e que era uma parvoíce sentir receios completamente infundados, mas, no fundo, próprios de quem está há 11 anos em casa a tratar exclusivamente da gestão familiar. Seria eu capaz de entrar em casa de outras pessoas, de mostrar com qualidade um produto que utilizo há sete anos, sem parar um dia? Seria eu capaz de procurar novos clientes, de gerir a minha actividade de uma forma profissional, a par da gestão familiar? Eram receios demasiados, mas apenas meus, enumerados dentro da minha cabeça.
Decidi que iria arriscar, porque uma vida sem riscos para pisar e ultrapassar é uma vida morta e vida e morte são contradições e não sinónimos.
Na altura em que tomei esta decisão, tomei também outra. Não tornar público no Vekiki o que fazia. Porque a política da empresa a que pertenço agora não é a publicitação da actividade nem a angariação de clientes de outra forma que não a referenciação.
Passados já três meses de actividade produtiva e que me tem dado (a mim e à Família) uma melhoria da qualidade de vida, penso que não estarei a actuar mal se disser finalmente o que ando a fazer e que me retira tempo cronológico e mental para as minhas escritas.
Ando a demonstrar
E estou a adorar!!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Agora os Casacos não Páram Aqui

Daqui
Foi há onze anos.
A fusão de duas empresas, as reestruturações, os funcionários de duas empresas a terem de cohabitar.
Eu tinha menos onze anos do que tenho hoje. E menos um filho. E três filhos pequenos que largava num colégio bem cedo e recolhia bem tarde. Com os meus filhos eu partilhava as piores horas do dia. Deles. Minhas. As horas em que o cansaço já só pede o silêncio, em que as birras se acumulam sem razão. Sentei-me à mesa da casa de jantar da altura e fiz contas. Alinhei despesas, as despesas pelas quais trabalhava, e decidi. Deixar de trabalhar. Deixar de pagar um colégio que me levava o ordenado quase todo. Deixar de correr para uma cidade feita de gente que corre.
Passaram-se onze anos.
De maneira inesperada e impulsiva, troquei o ram ram da vida de Mãe e Dona de Casa pela agitação de uma actividade que exige de mim organização, planeamento, estabelecimento de objectivos e responsabilidade. O que a princípio me pareceu um desafio quase impossível, transformou-se num prazer. As pessoas que vou conhecendo em cada demonstração que faço, as pessoas que conheci numa empresa cuja dinâmica é verdadeiramente motivadora.
Alteraram-se as rotinas da casa. A Mãe já não está sempre em casa e tudo o que continua a fazer com os Filhos tem de ser planeado e encaixado entre reuniões semanais, demonstrações e entregas de Bimbys.
As tarefas domésticas que até Novembro desempenhava diariamente com mais ou menos afinco, afiguram-se-me agora aborrecidas e preciso de me disciplinar muito para continuar a assegurá-las.
Amanhã fechamos o mês de Fevereiro. Tenho menos uma venda do que em Janeiro, menos duas do que em Novembro e Dezembro. Não gosto da sensação de ter trabalhado muito e não ter conseguido alcançar o mesmo patamar ou um superior, mas também isto é parte da aprendizagem. Aprendo a ser humilde, a não me lançar para voos para os quais ainda não tenho treino suficiente.
Amanhã fechamos Fevereiro e lançamo-nos em Março.
Eu espero ter um bom mês. Conseguir angariar bons contactos, expandir a minha rede de negócio e planear o meu tempo de maneira a conseguir postar diariamente.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Stocker

A alcunha que me foi posta pela minha Filha desde que me meti nesta nova actividade.
Reconheço. Sou uma stocker, mas não gosto de trabalhar para aquecer. Não gosto de me empenhar e não alcançar resultados. Não gosto de retirar tempo à minha Família e regressar de mãos a abanar.
Sou uma stocker? Sou e não me importo!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tenho Sono


I.
Levantei-me cedo.
A Associação de Pais foi o meu primeiro compromisso do dia. Às nove da matina já estávamos a trabalhar. Cinco pessoas em redor de uma mesa numa manhã fria de Janeiro. Um prato de pão quente, cafés e chá, papéis, canetas e lápis, portáteis e muitas palavras. O bom destes nossos encontros de trabalho é que nos damos realmente bem. Somos tão diferentes uns dos outros, mas gostamos muito do que fazemos. Às vezes temos a veleidade de pensar que gostamos mais da Escola do que os professores que lá trabalham. Parvoíce nossa. Quando nos juntamos para trabalhar, parvamos muito.
II.
Regressei a casa já perto da hora de almoço. Aspiradela e camas.
Afinal era preciso voltar a sair. Sopa de peixe iria ser o menu do almoço e faltava um dois ingredientes. Já que o supermercado era o destino, aproveitei para trazer as coisas que eram precisas para o doce que vamos levar para o almoço amanhã. [A minha cunhada mais nova decretou que o Natal se deveria repetir mensalmente e, portanto, amanhã será dia de almoçarmos juntos].
A tarde estava destinada a demonstração. Aqui perto de casa, aliás, no mesmo edifício onde, de manhã, tinha estado reunida a Associação de Pais. Com três pisos de diferença! Às quatro da tarde lá estava eu. Mochila num ombro, o meu instrumento de trabalho noutra mão. O Sol passou de resplandecente e luminoso a um pontinho longínquo no céu que escurecia. De novo a caminho de casa. Contente, com mais um objectivo pessoal cumprido.
Cozinha em completa ebulição. Com mais uma criança em casa a brincadeira instalada, no auge. Máquina da loiça carregada, deito mãos ao trabalho ingrato de dobrar roupa interior e peúgas. Aproveito e faço uns telefonemas que acabam por não resultar em trabalho para amanhã. Acredito que algo ainda irá aparecer!
Finalmente o jantar fica pronto e à mesa sentamo-nos, hoje, sete.
De novo a loiça e a máquina. Arruma-se a que sai quente, enfia-se na máquina um monte de outra usada no jantar. Devolve-se à sua casa e à sua Família a criança que está a mais no grupo. Infelizmente o sofá ainda está longe. Há um cesto carregado de roupa para estender. Há dois estendais carregados de roupa seca para apanhar. Mãos a esta obra!
O sofá chega finalmente!!!!
Ainda tenho os mails de hoje para ler e responder e outros para enviar. Tenho o ficheiro de clientes para actualizar, e o grupo de mail para alargar a mais dois elementos.
Começo a sentir o peso nos olhos...os meus companheiros de sofá já dormem todos.
Acho que vou arrumar o estaminé e enfiar-me no quentinho...descansar mente e corpo.
Amanhã será outro dia. Feliz, espero eu!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Eu e as Cozinhas...


Sinto-me especialista em cozinhas.
Quando bato à porta e entro, não conheço outro caminho nem qualquer outra assoalhada. Unica e simplesmente a cozinha.
Grandes umas, pequenas outras, modernas, antiquadas. Cozinhas que fazem sentir que ali se cozinha, cozinhas que transmitem o vazio que por vezes também ilustra as vidas.
Já em minha casa, é onde passo a maior parte do dia.
Uma divisão à qual nunca dei demasiada importância, de repente transfigura-se. É o centro do meu mundo, é o objectivo do meu dia a dia. De repente outras imagens vêm à memória. Em festas, jantares, almoços, é na cozinha que todos gostam de se concentrar, nem que seja por minutos, a conversar, a partilhar novas ideias culinárias, a beber um café antes de ser servido na sala. Realmente é na cozinha que está o coração de uma casa. É dela que saem as energias que alimentam os que por ali habitam, é dela que transpiram aromas que se espalham pelo ar.
Agora, o meu objectivo são as cozinhas.
De Norte a Sul. De Este a Oeste...
...vinde a mim!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Saltos [para o desconhecido, ou não]

I.
Completaram-se 11 anos sobre a data em que saí, pela primeira vez na minha vida de adulta, da minha zona de conforto. Na altura, há 11 anos efectiva numa grande empresa nacional e já com três filhos, comecei a observar a minha vida à lupa. Saía cedo de casa e voltava tarde. As crianças ficavam num colégio, onde eram dos primeiros a chegar e dos últimos a sair, a casa era tratada por uma empregada. Papel e lápis ajudaram-me a decidir o que o meu inconsciente me dizia para fazer - deixar de trabalhar fora de casa e dedicar-me às crianças e à casa. A vida, tal como estava organizada, alterou-se completamente mas para melhor. Deixaram de existir ansiedades com a hora de fechar do colégio, deixei de ter de andar de casa para Lisboa e vice-versa, deixei de sentir um enorme peso na consciência de cada vez que algum deles adoecia (enquanto trabalhadora, sentia-me sempre em falta de cada vez que tinha de ficar com um doente).
II.
Em Novembro de 2010 voltei a sair da minha zona de conforto. Desta vez um salto muito maior, desta vez um salto para o desconhecido. Longe de tudo o que alguma vez fiz a nível profissional, longe de papéis, canetas, computadores, arquivadores e telefones que eram a minha especialidade, decidi dizer sim a uma actividade comercial. Divulgar/promover um produto que cá em casa não tem mistérios para ninguém e que todos utilizam/estão habituados a ver utilizar. Vender não é o meu género, impingir muito menos, portanto tem sido com muito gosto e com muito prazer que tenho desempenhado este meu novo trabalho. A saída da zona de conforto é, neste caso, radical. A minha cabeça, até agora programada para a gestão familiar, está, de repente, programada para o atingir objectivos. Convém dizer que os objectivos são criados de mim para mim, mas a exigência comigo é uma característica que me define e, portanto, a fasquia é sempre alta, o que eleva também o nível de stress. A angariação de contactos é, para mim, a questão mais complicada deste trabalho. Tendo que continuar a minha função de gestora da casa/da família, o tempo para andar na rua não é muito...mas se não andar na rua, se não falar com outras pessoas (outras que não as do meu círculo de rotina), como encontrar novos clientes?
Ponho-me a pensar na hipótese de ter que investir algum do meu lucro em literatura especializada nesta área.
III.
Sair da zona de conforto.
Acção extremamente difícil para grande parte de nós. O que está dentro do círculo é o conhecido, o que não nos afronta, o que não nos põe o coração mais depressa se não tivermos forma de resolucionar esta ou aquela questão. Mas será que fechar o círculo e ficar lá dentro, é mesmo a melhor forma de viver? Acredito que viver é um desafio que devemos propor-nos em cada dia que se inicia e, sendo um desafio, devemos enfrentá-lo com a vontade de nos superarmos, de fazermos cada vez melhor, de darmos mais de nós aos outros, de saber receber mais dos outros.
Eu saí e estou a gostar!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lufa Lufa


Casa - Algés.
Moedas no parquímetro. Moedas engolidas e ticket népia. Mudança de parquímetro.
Elevador [odeio elevadores], 16º andar. Tranquilo.
Destino atingido, claustrofobia superada.
Preparação. Trabalho. A meio rebentam os fusíveis. Recuperar a energia. Voltar ao trabalho.
Algo corre mal. Não solucionável ali, naquele momento.
Algés - Lagoas Park. Resolvido o problema.
Lagoas -Casa.
Camas.
Aspirador.
Tábua de engomar e ferro.
Turcos. Lençóis.
Casa - Algés.
Fila na Marginal. Acesso à A5 cortado. Fila e mais fila. Sono.
Algés. Elevador. 16º andar.
Experiência. Tudo nos trinques.
Regresso ao carro. Chuva e mais chuva. Vidros embaciados. Fila e mais fila. Sono.
Enfim em casa!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Messed Room


Já tinha avisado.
Uma das tarefas urgentes destas férias de Natal - limpeza/arrumação a fundo ao quarto dos mais novos.
Hoje está a ser o Dia.
Uma forma de descarregar a energia negativa acumulada por não ter conseguido marcar demonstrações para esta semana, por não conseguir atingir o objectivo que me propus a mim mesma para o mês de Dezembro.
Tirei para fora do quarto cadeiras de secretária, blocos de gavetas, brinquedos. Enchi um saco IKEA de brinquedos para dar. Enchi um saco IKEA de roupa para dar. Casacos. Os meus filhos são alérgicos a casacos e por isso os que têm vão ficando curtos e apertados apesar de quase novos.
Lavei vidros (por dentro), aspirei, limpei pó e passei esfregona. Tirei roupa das camas e fiz uma pilha que há-de encher umas duas máquinas.
Estou a fazer uma pausa. Curta. Vou retomar o trabalho!
Quanto às demonstrações...que alguém queira surpreender um ente querido com um belo presente na próxima sexta feira é o único desejo que tenho para o meu Natal!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Férias

Hoje foi o último dia. De aulas.
Discutiram notas e fizeram auto-avaliações. Para casa, vieram os comentários ao que foi dito pelos professores, ao que foi argumentado pelos alunos, às situações que consideraram injustas. O comportamento e a conversa na sala de aula penalizam. Os meus filhos são fortes na conversa.
As férias do Natal são as minhas preferidas, apesar de ser nas do Verão que me sinto mais de férias. Estes quinze dias são os dias da Família, por excelência. Gosto do quentinho de casa e de não ter que sair para pôr e buscar.
Hoje também houve um acontecimento especial que pontuou o meu dia. Gostei de me ter oferecido, gostei que o meu oferecimento tivesse sido aproveitado. Mais duas pessoas a juntar ao meu album de pessoas. Queridas. Gostei de as ter conhecido.
Sigo agora para um jantar de equipa Bimby depois de muito stress para gerir jantares, jogo de corfebol, crianças.
Vou

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Colher, Colher, Colher


Colher, Colher, Colher.
Um verbo, um foco.
Foi com esta palavra repetidamente dita que a Directora Comercial da empresa onde estou agora inserida incutiu a mensagem de incentivo em cada um de nós na passada segunda feira, na nossa reunião semanal.
Esta palavra, este verbo,este foco, tem estado presente na minha cabeça desde então. Sobre ele tenho reflectido muito.
Na vida, como no campo, para que possamos colher temos de semear, mas semear todos os dias, porque ao contrário da agricultura, a nossa vida não tem épocas certas para semear e para colher. A forma como nos relacionamos com os outros, os que nos são próximos e aqueles com que nos vamos cruzando social ou profissionalmente, é absolutamente decisiva para definir a forma como somos tratados por esses outros.
Têm sido de sucesso os meus dias nesta actividade? Sim, de imenso sucesso. Sorte de principiante? Acredito sinceramente que tenho colhido tudo o que tenho vindo a semear. Um dos princípios fundamentais da minha vida tem sido, sempre, tratar de igual modo todas as pessoas com que me cruzo, com que me dou. Brancos, pretos, amarelos, ricos e pobres. Preconceito é algo que não tenho, nem nunca tive. Há pessoas que vão ficando próximas, há outras que a vida afasta, mas no essencial, a semente está lá. Quando chegar a altura de colher, existirá fruto, sempre.
Será imodéstia da minha parte, mas tenho de o dizer. Quem não souber semear este tipo de sementes, também não poderá ter colheita para fazer neste campo.
As pessoas e as relações entre pessoas são dos temas mais complexos, das situações mais difíceis de gerir. A partir daqui, tudo deve ser feito com naturalidade e não com esforço. Se as pessoas se esforçam por ter uma relação, então não devem insistir nela. As relações devem basear-se na empatia, na vontade de partilhar algo.
Estou feliz com este novo foco na minha vida.
Estou feliz por ter sabido semear, sempre.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sem Ideias mas Repleta de Lugares Comuns

Há uma série de lugares comuns que me povoam a cabeça, a saber
 dizer que está frio
 constatar que termina hoje o mês que antecede o do Natal
 reconhecer que estou com medo de não conseguir atingir o que me propus até dia 20
 saber que os que gostam de mim vão dizer "tu vais conseguir"

Estou com tanto medo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Atingir Objectivos, Superar Expectativas

Da Net
Comercial. Actividade que nunca me passou pela cabeça desenvolver. Pensei sempre que não ia ser capaz de vender nada a ninguém, que me ia esconder debaixo da mesa ainda antes de conseguir começar a falar.
Desde a segunda semana de Novembro que ando embrenhada em actividade comercial. A "escarafunchar" completamente os meus contactos, a enviar mails e sms's a alertar para o "meu" produto. Em três semanas atingi o objectivo que me foi proposto cumprir em três meses e a partir desta meta atingida, estabeleci a mim mesma um objectivo para o próximo mês. Superei as minhas expectativas em relação ao que consigo fazer nesta área em que nunca pensei entrar. Tenho ouvido, dos meus clientes, grandes elogios quanto à maneira como demonstro o produto e como o explico. Para mim, é óbvio que não podia ser de outra maneira. Falo para pessoas (adoro pessoas) de uma máquina que faz parte do meu dia-a-dia há muitos anos e sem a qual já não me imagino na cozinha. Só assim consigo explicar o sucesso que foram estas três primeiras semanas.
Espera-me um novo mês.
Com um objectivo que eu estabeleci.
Se eu o atingir, o nosso Natal vai ser bem mais iluminado!!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Inconsciente, Irresponsável, ... ?

Está tudo preparado.
[Ainda me falta ir ao supermercado comprar uma coisita que me esqueci há bocado].
Tenho a papelada toda na pastinha de micas...organizada...alguns papéis já preenchidos (como manda a formação!).
Volta não volta a minha cabeça lembra-me que ainda não sei todos os momentos com a precisão necessária a uma execução perfeita, mas rapidamente apago esse pensamento e mudo de plano. Nunca pensei meter-me numa "aventura" destas, desde o primeiro momento em que a ideia surgiu (já há uns 3 anos), cataloguei-me a mim mesma como incapaz para a tarefa. Nunca teria jeito para uma actividade destas...disse na altura. O que mudou desde então? Não sei responder a esta pergunta, mas sei que depois do elogio que ouvi da formadora num dos momentos que eu considerava como sendo dos mais difíceis para mim, estou cheia de confiança. Não no que vou fazer, mas no que posso fazer! A prova de hoje não vai ser tão "clean" como eu a pensei à partida, mas vai ser, de certeza, "prova superada".
Break a leg!!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Explicação de Ausência...

Durante dois dias inteiros, foi este o assunto que me ocupou todos os sentidos.
A partir de amanhã, quando, pela primeira vez, entrar em casa de alguém para pôr a trabalhar a máquina que no meu dia a dia trabalha vezes sem conta, passo a ser a Vera com mais uma ocupação, com mais uma responsabilidade, mas, com certeza, uma Vera com mais felicidade no olhar.
Pode parecer parvo, mas estes dois dias fora do meu pequenino Mundo seguro, foram um descanso que rapidamente se desvanece assim que meto a chave à porta de casa e entro. E me deparo com maior parte das coisas por fazer. As coisas que, comigo em casa, se fazem quase automaticamente. Não se trata de imodéstia, trata-se de me reconhecer como motor, como a peça que faz andar toda uma engrenagem.
Foram dois dias de descanso de corpo, mas principalmente, de alma.
A partir de amanhã passo a ter um objectivo diferente nos meus dias. Um objectivo que não tem nada a ver com transportes de Filhos, roupas e limpezas. Terei de me pôr à prova todos os dias, saber compreender quem tenho à minha frente e como conseguir conquistá-lo/a. Vai ser um desafio e tanto...mas não estou minimamente receosa. O que levo para mostrar é algo que conheço perfeitamente e que domino, de trás para a frente, da frente para trás.
Se vou ter sucesso? Vou, de certeza!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Muito Rapidamente [antes de ir domir]


Foi rápido.
Quase não dei pelo tempo a passar.
Amanhã repito a dose.
Depois, estou por minha conta.

Quando cheguei a casa tinha uma doente no sofá, com febre, mas aprovada no exame de código que foi fazer a Lisboa logo de manhã. Também tinha os rapazes mais pequenos a fazer os TPC. Pelo caminho para casa ainda fiz um desvio pela praia para recolher o mais velho que tinha ido apanhar umas ondas. Já era de noite.  Estava gelado, mas feliz, claro.

Durante o dia, o telefone esteve no silêncio. As mensagens não pararam e fui sabendo de tudo. Os testes recebidos e respectivas notas. O que se ia fazendo.

Quando cheguei a casa tive mais beijinhos e abracinhos do que costumo ter no dia a dia. Tantas saudades que os "pequenos" tinham de mim...

Amanhã volto para lá.

Out of Office


O que me apetece dizer, não me apetece escrever.
Digo só que hoje não estarei por aqui.
Aventuro-me.
Saio do meu casulo e experimento mergulhar noutro mundo.
Expectativas?
Conseguir respirar neste mergulho.
Conseguir mostrar que há muito de mim para além do que ultimamente se vê.
Conseguir dar algum valor a mim mesma, um valor que outros valorizem porque o valor que sei ter é completamente invisível aos olhos de todos os que me rodeiam, me conhecem.
A mim mesma, desejo Boa Sorte.
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