Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Gulodice...

Não sei o que me está a dar, mas espero que seja passageiro...levantei-me, qual sonâmbula, dirigi-me à cozinha. Abri a porta da despensa, estiquei o braço para a prateleira em frente e trouxe a caixa comigo. Estou a comer bolachas recheadas de laranja e cobertas de chocolate...a balança, amanhã, não me vai perdoar...

Partilha

Eu e a minha Máquina, Dia de Natal 2008

É tarde. Devia ir-me embora mas não tenho coragem. Quando consigo ter-te assim, só para mim, balanço entre o que devo e o que quero fazer. É tão raro dares-te assim. Sem teres medo do que eu possa pensar sentir. Sem teres medo do que se possa passar no teu coração a quem tu insistes em não dar ouvidos. Já não estremeço quando estou perto de ti. Já não me falta o ar quando penso em ti ou te vejo aproximar. Não. Essa fase já passou. Agora é apenas o contentamento. O prazer que me dá estar perto de ti. E aqui está-se tão bem. Sentes o calor que a lareira está a fazer só para nós? A lenha estala à medida das pausas que fazemos na nossa conversa sussurrada. Pressente-nos e por isso aquece-nos. Sabe que nos enroscamos, que nos encolhemos debaixo das mantas coloridas, apenas mãos de fora para segurar as canecas do chá e o livro que partilhamos. É tarde. Diz-me qualquer coisa que me faça ficar um pouco mais. Uma qualquer banalidade que te passe pela cabeça. Podes até dizer-me que tens medo. Que não te deixe só. Por dentro irei rir-me de tal desculpa. Por dentro baterei palmas de contentamento. Fechas os olhos. O cansaço começa a vencer-te. Gosto de te ver assim. Em paz. Gosto de imaginar que quando fechas os olhos, à noite, sonhas comigo de vez em quando. É uma forma de me manter por perto quando o tempo nos afasta. Há quanto tempo? A invasão do espaço e do tempo não te agradam. O teu espaço, o teu silêncio, o teu tempo são preciosos. Sei-o agora. Custosamente compreendo-o. Respiras fundo. Adormeceste. Olho-te só mais uma vez. Fecho o livro, marcador na página. Aconchego-te a manta. Azul. Certifico-me que a lareira está esperta para te aquecer toda a noite, sem perigo. Não te toco. Um bilhete em cima do livro lembrar-te-à, amanhã, de que esta noite aconteceu.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Um fim, um princípio

2008. A chegar ao fim.

[Lembro-me quando nos preparavamos para receber 2000. O stress dos sistemas informáticos. O que iria acontecer? Foi nessa passagem de ano que recebi autorização para sair da empresa onde trabalhava, para rescindir o contrato que a ela me ligava há já onze anos. É desde essa passagem de ano que estou a tempo inteiro nesta minha profissão de Mãe.]

Não consigo lembrar-me precisamente de cada dia deste ano que agora termina. Tenho a certeza de que foi um ano muito rápido.

Foi um ano que me marcou por um acontecimento muito triste, mas também foi um ano em que amizades se reforçaram e novas amizades se fizeram. Foi o ano em que me lancei internet fora e fui deixando que o meu Eu passeasse por aí de mão em mão.

2009. Quase a nascer.

Que quero eu deste novo ano? Tão pouco. Não tenho grandes ambições nem grandes sonhos. Quero que os meus Filhos vivam, dia-a-dia, felizes. Quero que todos tenhamos saúde, emprego e paz. Quero conseguir continuar a dirigir esta "empresa", com amor e pulso forte. Quero conseguir criar o meu tempo, para ler, para escrever, para fotografar, para estar com pessoas de quem gosto, para parar por mim. Quero...

Reveillon, os preparativos (I)

Às 11:30 iniciámos as hostilidades.
Aventais postos, tachos, panelas, Bimby, colheres de pau, facas, tudo andou numa roda viva.
Às 18:10 tínhamos tudo feito. Entradas, pratos principais, sobremesas.
Ao serão vou escrever menus em papel pergaminho que serão selados com lacre vermelho e amanhã entregues aos convidados e convivas.
Cansativo mas saboroso. O sabor da amizade partilhada!

Reveillon, os preparativos

Hoje, terça-feira, vai ser dia dedicado à cozinha.
Duas Mães, oito Filhos, uma cozinha e muitos ingredientes. Das nossas mãos sairá todo o menu da noite de Reveillon.

Sim, já sei.

Somos mesmo

F a n t á s t i c a s ! ! ! !

Intimidades

Que a minha escrita é íntima. Que não é fácil comentar intimidades.
That´s the way I am!

Quando me sento e escrevo, as palavras que saem são as que bailam dentro da minha cabeça, dentro do meu coração. Sim, sou feita de muitos afectos. Isso sai-me naturalmente quando escrevo. Não o faço pensadamente. Faço-o porque o sinto e não me sinto mal com esta forma de estar na escrita. O que escrevo não tem que ser necessariamente o que comigo se passa. Pode haver uma outra dentro de mim que sente para que seja escrito. Isso agrada-me. Agrada-me escrever uma escrita de intimidade, de pensamentos, de segredos. Agrada-me o sussurro. A proximidade. O afecto que existe no que é íntimo.

Mas também me agrada saber o que pensa quem lê, quem me lê.

Escrevo porque gosto, porque me dá prazer, porque gosto de palavras, mas também porque gosto de comunicar. Sou um ser social, comunicador e comunicante. Gosto de saber que sou lida e gosto de saber como sou lida.

Com prazer? Com vontade? Com admiração? Com tédio?

Sim, vou continuar. A expor a minha intimidade, a minha ou a da outra que solta os sentimentos feitos palavras, as palavras escritas.

Home Cinema

Este período de pausa escolar tem dado espaço para a verdadeira preguiça e para a verdadeira "boa-vida".

Passo a explicar. Desde que as aulas acabaram o ritmo abrandou cá em casa. Não ando a correr dum lado para o outro, não ando a olhar para o relógio de cinco em cinco minutos, não ando a stressar com horas de entrar, de sair, de banhos, TPCs, jantar e cama. Esta calma instalada tem dado espaço a serões familiares (com os "crescidos") bestiais! Temos "comido" filmes acompanhados de canecas de chá que nos fazem esquecer a hora regulamentar de ir para a cama.

Já vimos o Mamma Mia, Mulheres Perfeitas, A Rainha e O Lado Selvagem.

Este último impressionou-me. Comecei por pensar que gostava de ter aquela coragem. Abandonar tudo e todos e partir. Sem nada para além do que é realmente essencial. Quase achei que havia felicidade, de vez em quando, naquela vida. Mas a solidão foi forte demais. Se ao princípio havia uma comunhão com a natureza, essa comunhão foi-se perdendo. A angústia da fome, do isolamento, da doença, impressionou-me muito. Se tivesse sobrevivido à experiência, Christopher McCandless teria agora 40 anos!

"A felicidade só é real quando partilhada"

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dardos para Receber e Oferecer

Prémio oferecido pela Si
O Ano de 2008 está a chegar ao finzinho. Ainda não postei um balanço de ano porque quero fazê-lo mesmo no último dia do ano, mas adianto já aqui que uma das melhores coisas que me aconteceu foi e é este cantinho. Só meu. Onde escrevo o que me passa pela cabeça, onde ponho as fotografias que tirei e que gosto de ir revendo em cada dia que passa.

Tenho "conhecido" muitas pessoas. Já conheci alguns (poucos) bloggers pessoalmente, tenho vontade de conhecer outros.

Tenho-me dado a conhecer a muitas pessoas. Tenho tido um excelente feed back. Para mim não é importante o número de comentários. É importante saber que há muitos/as que aqui vêm diariamente e que gostam de ler, mesmo sem terem "jeito" para comentar.

Uma das pessoas que conheci neste bairro, foi a Si. Não chegou aqui há muito tempo, mas impôs-se nos meus links pelo que escreve e como escreve.

Foi ela que me deixou este prémio! Desde já, agradeço-o do fundo do coração e deixo aqui as regras que vêm com ele:

Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.”

Regras:

1) Exibir a imagem do selo;

2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;

3) Escolher 15 outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos.

Ao contrário da Si, acho que a parte de atribuição do Prémio é a mais difícil. São muitos os que leio por hábito e por puro prazer, deleite mesmo. Assim, deixo aqui 15 links pensando em tantos mais...

Dias Úteis/ Laurinda Alves / Bilhete de Ida / O Blog da Turma do MM3 / Coolinária / Blog dos Cinco / Escrito a Quente / Dias de uma Princesa / O Amor é um lugar Estranho / O Blog que era para não ter nome mas teve que ter / Jurista Narcoleptico / Admirável Demência / Saltos Altos Vermelhos / Anjo Demónio / A minha Vida dava um Filme.

Uf...já acabei de vos linkar!

Deu uma trabalheira!!!

Levem lá os vossos Dardos e acertem noutros bloggers!!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Palavras do Nosso Natal

Apontamento de Natal na Cozinha, Eu e a minha Máquina

O nosso Natal distribui-se sempre por duas casas. Duas Famílias. De características muito diferentes, de número de pessoas muito diferente. Dum lado 20 e muitos, doutro lado 14. Dum lado sobrinhos já crescidos, já com companheiros/as. Doutro lado sobrinhos pequenos e bébés. Dum lado a alegria que explode em barulho, confusão, risos e palhaçadas. Doutro lado a alegria que se reveste de calma, conversa, confidências e prazer em estarmos juntos.

O nosso Natal já perdeu alguns elementos. Tanto de um lado como de outro, já nos faltam alguns nomes na mesa e todos nos fazem falta. Uns partiram porque a idade os levou, outros partiram porque a doença lhes traíu o resto das vidas.

Dum lado e doutro do nosso Natal, quando estou à mesa, não consigo abstrair-me. Observo cada um de nós. Observo em cada um o tempo que passa, as mudanças que traz e as lembranças que deixa para trás. Relembro a voz, o sorriso e a presença dos que já não estão. Anseio porque demore muito até que outros me façam falta à mesa de Natal. Porque todos me pertencem e fazem falta.

As Palavras do nosso Natal são íntimas, sussurradas, doces e especiais.

Imagens do nosso Natal, Árvores

A Árvore de Natal em nossa Casa, Eu e a minha Máquina
A Árvore de Natal na Casa da minha Cunhada, Eu e a minha Máquina
A Árvore de Natal em casa do meu Irmão, Eu e a minha Máquina

Imagens do nosso Natal

O Presépio da Véspera de Natal, Eu e a minha Máquina

O montinho de presentes destes Pais, Eu e a minha Máquina na Véspera de Natal

A Tia "espreguiçadeira", a sobrinha "bolinha", no Dia de Natal

A mesa do jantar de Dia de Natal, Eu e a minha Máquina

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Hum...That's me ;-)!!!

Your Sensuality Score is: 80%


You taste, smell, feel, see, and hear more strongly than most people.

Even the smallest sensual act can be quite divine for you.

You are a hedonist. You like to experience it all... whether it's food, art, music, or sex.

If you're not careful, you're apt to overindulge or get addicted to a certain pleasure.

How Sensual Are You?

Para todos,
os que me leêm,
os que só aqui vêm de vez em quando,
os que vêm todos os dias,
os que comentam,
os que não dizem nada,
para todos

Fé (I)

Noite de 23 de Dezembro, 21:00. Missa na Igreja de Stº António do Estoril. Casa Grande e ATL da Galiza - 25 anos de existência, Escolinha de Rugby. Comunidade do Bairro do Fim do Mundo. Amigos e Voluntários.

Todos comparecemos à chamada, independentemente da nossa Fé, do nosso Credo, da nossa capacidade de acreditar.

Para mim é sempre comovente. Ver e sentir. Pertencer.

A oração fica aqui, para recordar, para mostrar que a Fé tem lugar para todos.

"Oração de consagração do ATL da Galiza, Casa Grande e Escolinha de Rugby a Nossa Senhora
Queremos hoje e todos os dias da nossa vida
Consagrar-te a nossa casa
As nossas crianças
Os nossos jovens
A nossa equipa
Os nossos voluntários, amigos,
E as nossas Famílias
Porque só contigo
E com o teu Amor
Podemos ter a Paz
Que tanto procuramos.
Queremos oferecer-te todos estes anos
De alegria, tristeza, sofrimento
Dor, Fé, esperança
Queremos oferecer-te
Tudo aquilo que somos e temos.
Queremos oferecer-te o nosso trabalho
E o nosso esforço em sermos melhores.
Queremos pedir-te que continues
A olhar e a proteger esta casa.
Queremos pedir-te que nos dês força
Para fugir a todas as tentações.
Queremos pedir-te
Que nos ajudes a aceitar
Tudo aquilo que não entendemos.
Queremos pedir-te
Que nos leves cada vez mais
Ao encontro do teu filho Jesus
Ámen"








Ilustração vinda daqui

Chego atrasada. Pouco, mas atrasada.
Quando atravesso a porta a minha respiração quase se suspende. A Igreja está cheia. Desde o Altar até à porta.
Cabeças, pessoas, adultos e crianças.
Sento-me. Incluo-me no grupo. Sossego o bater do coração e deixo que o espírito se sobreponha. A voz do sacerdote e as palavras. O coro. Jovens e crianças. As guitarras, os djambés, o som, o som onde vive Fé. Impossível não sentir aquela força, aquela vontade, a alegria de pertencer ali.
As palavras, A Palavra, quase sussurradas, mas quentes, encorpadas, que me tocam espírito e coração.
Saio para o frio da noite, aquecida, como se alguém me abraçasse e aconchegasse.

Véspera de Natal

Os meus Presépios

Chegou!

Lembro-me. Quando eu e os meus Irmãos eramos pequenos, a Véspera de Natal era um dia de loucura. Os nossos Pais atarefados em casa com os preparativos para a Noite, a nossa Avó materna atarefada em casa dela com os doces, a telefonar a pedir que um de nós lá fosse ajudar (vivíamos à distância de uma rua!!!), e nós completamente excitados a contar quantas horas faltavam para a meia noite.

Agora chegou a nossa vez de preparar a Noite. Chegou a nossa vez de parar todos os relógios da casa para não ter que ouvir a contagem descendente durante todo o dia.

Hoje é o dia dos últimos preparativos. De nos alindarmos para estarmos "no ponto" nesta noite de Família, Tradição e Magia. De separarmos os presentes por Famílias para ser mais fácil a distribuição pelos sapatinhos/sapatões quando a meia-noite soar. De confirmar se todos os presentes têm identificação e cartão.

Hoje é o Dia da Noite mais desejada.

Feliz Natal!!!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Hum...I'm a Lady!!!



You Are 72% Lady



Overall, you are a refined lady with excellent manners.

But you also know when to relax and not get too serious about etiquette

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A minha Cor

Houve uma Vizinha nossa, do nosso condomínio blogosférico, que desafiou a criação de Avatares de Natal. Vesti-me de Verão, porque sim. Pintei-me de castanho, porque sim. Já ouvi muitas vezes dizer que sou africana de alma, de maneira de ser e de estar. Acredito que sim, que sou. E gosto de o ser. E a cor Obhama está, definitivamente, na moda (tenho que ir comprar uma base Obhama)!

Na véspera de Natal ficamos assim:


Eu, os meus pés e a minha Máquina, no Natal de 2007

É nossa tradição. Jantamos tarde e vamos ficando à mesa. Cavaqueiras e parvoeiras. De um lado para outro de uma mesa onde nos juntamos 20. Já não temos muitas crianças pequenas (agora só são três os que ainda "acreditam" no Santa) e por isso a cavaqueira estende-se enquanto o tempo vai passando sem darmos por ele. Quando alguém nos obriga a sair do dolce far niente do prazer da mesa, todos temos que tirar um dos sapatos/ténis/botas. Juntam-se os sapatinhos em grupos de famílias e começa a loucura da distribuição dos embrulhos.

Eu e a minha máquina a fotografar o nosso cantinho de presentes, Natal 2007

Claro que este processo é sempre demorado e divertido! As Crianças fechadas noutro quarto, os adultos na risota.

Está quase a chegar a Noite. Mágica. Divertida. Familiar.

Natalices desta Família


Quando os Meninos/a eram mais pequenos, uma das nossas "tradições" era a fotografia com o Pai Natal num Shopping perto de nós...
Depois houve um ano em que a C. já não quis tirar a fotografia.
Hoje o M.M. 3 quis. O 1 e o 2 não queriam. O 1 disse que só tiraria a fotografia se eu tirasse também. OK.
Tirámos todos. Piroso...Giro!!!

Out of Service


Não autorizado.
Uma vez. Duas vezes. Três vezes.
As pessoas atrás de mim. A "menina" do balcão a olhar para mim e a pensar "Olha a Tia...não tem dinheiro e finge que vem fazer compras de Natal".
Esqueça. Vou levantar dinheiro lá fora e já volto.
Tudo o que era máquina de multibanco dizia o mesmo. Que eu estava a tentar levantar um montante que excedia o autorizado. Mas autorizado por quem? Pelo SIBS? Mas porquê? Quem o incumbiu dessa protecção da minha conta bancária nos dias natalícios?
Sim. Fiquei furiosa!
Voltei para casa furiosa.
O Natal também tem destas coisas simpáticas!!!

Pairando

Eu e a minha Máquina, FIL Arte 2008, Novembro


Calma.
O tempo a deslizar lento dentro da sua ampulheta.
Eu a vê-lo passar.
Dias serenos.
Aguardando o tempo que chega e que passa.
Fruindo os momentos que por eles mesmos se marcam no nosso tempo.
Dia e noite juntos num só.
Que o dia não quer parar, que a noite não quer chegar.
Tanta calma...

domingo, 21 de dezembro de 2008

21 de Dezembro, 12:04

Obrigada a quem desenhou

Data e hora do solstício de Inverno, dia mais curto do ano. Má notícia!

A partir desta data e desta hora, os dias começarão a crescer. Boa notícia!!

Recordações de Natal

Fui buscar aqui

Já não me consigo lembrar em que data é que este LP apareceu lá em casa...lembro-me que era obrigatória a sua presença no velhinho gira-discos de casa dos meus Pais quando o Natal se aproximava.

O Lenhador, os Amigos, os Pais, o Pasteleiro eram (e são) as minhas preferidas. Continuo a saber de cor as letras e as músicas e a cantá-las.

Hoje encontrei esta recordação no blog da Princesa e decidi que iria postá-la no Vekiki, porque os Operários são uma das melhores recordações natalícias da minha infância!

sábado, 20 de dezembro de 2008

As coisas simples são as melhores :-)

Eu e a minha Máquina

Ontem, ao final do dia, recebemos este presente de Natal!

Adorei. Nunca tinha recebido um presente via estafeta, com cartão e tudo. Adorei mesmo!

Família Branco, obrigada!!!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Férias de Natal


Ontem, dia de Festas, sorteio de Cabaz de Natal, baby-sitting de coleguinhas cujos Pais não podiam ficar com eles depois de terminadas as aulas mais cedo do que o costume, filhos que foram para casa de outros coleguinhas...o costume do final de período!

Hoje é o primeiro dia de férias. O que me dá o direito de ainda estar em pijama, pastelando por aqui como há muito tempo não tinha tempo...

Dia de reunião de notas na Escola do mais novo. Dia de continuar a tarefa que me foi atribuída pelo Pai Natal, embrulhar presentes de forma personalizada. Dia de escrever cartões para os presentes. Dia de construir um presente especial.
Tenho sempre tantas expectativas para estes dias em que os Meninos estão todos em casa :-)!
PS - O 2 vai surfar...claro!!!!!!!!!!

Do you Know it´s Christmas time?

Sim, eu sei que o nome da canção é Do they Know...mas apeteceu-me perguntar-vos, a cada um de vocês, se sabem e sentem o espírito de Natal.

Eu gosto imenso desta música (Eu adoro música de Natal e coros) e hoje apeteceu-me postá-la aqui para vocês todos cantarem em coro comigo. Hoje estou imbuída do espírito do canto!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Conversa na Solidão

Trouxe-o daqui


Apareces para tomar um chá? Tenho saudades de o beber contigo. Tu sabes, sou muito dado a saudades, incorrigível no que toca aos sentimentos, às pessoas, às coisas de que gosto. Tenho bebido chá, mas sozinho. Sempre sozinho. Faço tudo como se estivesse à espera de alguém. Ponho a mesa com o requinte que me conheces. O bule é sempre o que me deste. Trouxeste-o da Índia, acho eu. Já não me lembro bem. A solidão tem destas coisas. Começamos a trocar as memórias, a misturá-las com as que inventamos. As que não são memórias, são simples ideias que nos atravessam o cérebro e que logo armazenamos para que não nos escapem, para que nos façam pensar que vivemos mais do que a realidade. A mesa é a de braseira. Nesta altura do ano não prescindo de sentir aquele quentinho. Sento-me ali durante horas. Os meus livros, os meus jornais, os meus cadernos. Cada vez mais vazios. Cada vez mais cadernos. Não percebo porque insisto em comprá-los. É uma espécie de pulsão. Vejo-os e tenho que os ter. Depois quando os vejo aqui acumulados...está tanto frio...sabes que a solidão mata? Invento estes chás, para inventar que vou ter companhia. O que é que andas a fazer? Porque é que não apareces para tomar chá comigo? Cansaste-te não foi? Tens razão. Que interesse poderei eu ter para ti? Tu, com a tua vida agitada, os teus amigos, os teus jantares, o teu trabalho absorvente e de responsabilidade. Eu, aqui, na minha varanda, na minha mesa, com os meus livros, os meus jornais e os meus cadernos, cada vez mais cadernos. Olho através dos vidros e vejo o tempo passar. Lento mas rápido. Como se fosse possível tal contradição. Como se o tempo pudesse ver-me e também ele fugir de mim. Acreditas que há pessoas que têm este condão de se sentir sempre sós, de não conseguirem manter-se acompanhadas? Pudesse eu mudar o rumo da vida e seria igual a ti. Não me deixaria prender por ninguém. Seria livre. Tomaria a rédea da minha vida e seria o único a ditar as regras do meu jogo. Não, não seria capaz...vês? Lá estou eu a inventar. Daqui a bocado já não sei se vivi mesmo este momento...sabes que a solidão mata? Aos poucos, por dentro, vai roendo tudo e deixando o vazio.
Apareces para tomar um chá comigo? O bule já está em cima da mesa.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Folhas que li...

I. Imagem da colecção de livros que eu gostava de conseguir ter
Esta fui buscar aqui

II. Preâmbulo de um desafio
Antes de começar a escrever este post, tenho que confessar uma coisa. Já há uns dias que eu andava a ver os meus vizinhos todos atarefados com as memórias das leituras de infância. Eu via-os, pela minha janela, dum lado para o outro, a coçarem a cabeça, de olhar perdido no infinito, de lápis na boca, escrevinhavam qualquer coisa e voltavam ao pensamento...a razão de tudo isto era um desafio deixado nas caixas de correio e que todos estavam empenhados em responder da melhor maneira. Eu estava triste. Triste mesmo. Ninguém tinha deixado aquele desafio na minha caixa. Logo eu, uma rapariga com tanta leitura. A minha Avó queixava-se que eu nunca ajudava a fazer nada, só queria estar lá sentadinha no meu cantinho a ler...

Até que por obra de uns pozinhos de perlimpimpim que só as Fadas têm, o desafio veio ter à minha caixa de correio. Apeteceu-me beijar o carteiro, abraçá-lo, dançar com ele à chuva. Não fiz nada disso!

III. Regresso ao Passado

Já de posse do meu envelope com o desafio, tenho andado a viajar na minha memória e na dos livros que ela recorda (tenho que confessar que não tenho grandes memórias de infância...).

As minhas primeira memórias de leitura vão para o Diário de Notícias quando ele ainda era um jornal em formato grande. O meu Avô tinha por hábito lê-lo no chão e foi com eles, Avô e Diário de Notícias, que me iniciei na leitura (curioso. quando tive idade para isso, foi no Diário de Notícias que me iniciei na escrita, no DN Jovem).

Na Escola Primária a minha Professora, a D. Maria Rosa, oferecia-nos uns pequenos livrinhos de histórias de cada vez que não havia erros nos ditados. Não me consigo lembrar do nome dessa colecção, mas sei que tive bastantes, porque erros de ortografia nunca fizeram o meu género!

IV. O Passado com imagens

Em casa dos meus Pais os livros foram sempre uma companhia. Não havia escondidos nem proibidos. Havia livros em muitos sítios, disponíveis, elegíveis e legíveis.

Na infância fizeram-me companhia, estes:

e ainda um "Os Mais Belos Contos de Fadas", antologia de 825 páginas editada em 1970 pelas Selecções do Reader's Digest, que eu li e reli durante muitos anos;

e também, já mais crescidinha,(a partir dos 10), estes:

Herança do meu Avô. São três volumes divertidíssimos que contam as aventuras e desventuras de um Padre italiano cujo melhor amigo é um Comunista. Li estes livros muitas vezes (havia uma série, a preto e branco na televisão)!!!

conheci este autor com este livro (que li e reli tantas vezes, chorando sempre!) e tenho todos os outros que também li (Rosinha minha Canoa, Veleiro de Cristal,...);

Erico Veríssimo, Edições Livros do Brasil, Clarissa e Olhai os Lírios do Campo;
Max du Vezit, Colecção Azul, muitos volumes, muitos romances, finais sempre felizes;
Brigite Solteira, Brigite Casada, Brigite Mamã;



Tintim e Astérix, leituras à hora do pequeno-almoço, sentada num banco de cozinha;

na adolescência vieram estes:

A Cidade e as Serras, A Relíquia, O Crime do Padre Amaro, Mistério da Estrada de Sintra e os Maias

Gabriela Cravo e Canela e Tieta do Agreste

A Casa dos Corações Perdidos e mais alguns deste autor que a minha Mãe comprava no Círculo de Leitores e que eu adorava.

Há muitos mais livros que fazem parte das minhas memórias de leitora em crescimento, mas este post já vai longo e o meu blogger está cansado de tanto carregar imagens!

Queridos vizinhos, sintam-se desafiados, vasculhem as vossas memórias, abram as arcas antigas e postem aqui o que leram!

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