Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.
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sábado, 5 de novembro de 2011

Continuo por Aqui


Diário de Lisboa - The Lisbon Diary

Completou-se na quinta feira um ano. Um ano inteirinho de trabalho intenso, de uma reviravolta imensa na minha rotina de Mãe, Dona de Casa, blogger dedicada.
Os resultados têm sido excelentes, surpreendentes para mim e, penso, para todos os que de mais perto me conhecem. Impensável, na minha cabeça, esta coisa de andar de um lado para o outro, a entrar de casa em casa desconhecida, a sair de minha casa à hora em que todos regressam, a entrar em minha casa à hora em que já muitos dormem.
Sim, tem sido uma vida marcada pela diferença relativamente aos últimos 13 anos. De casa. De Filhos. De Família. De roupas. De pós. De refeições. De tantas coisas completamente enfadonhas e absurdamente pouco criativas. No entanto, foi no meio de tão pouca criatividade em meu redor que nasceu este blogue que acumulou 126 seguidores ao fim de 3 anos, que acumulou comentários que me deixaram orgulhosa dos pontos e vírgulas que sempre soube usar e das palavras sem erros que vou ter de reaprender a escrever.
Sinto-lhe a falta. Aqui foram ficando pedaços de mim. Os pedaços que realmente eram meus e os que ia inventando, deixando sair à medida que as mãos se agarravam às teclas. Cheguei a imaginar, na minha cabeça desprovida de outras preocupações que não as inerentes à esplendorosa carreira de Dona de Casa, que alguém, lendo o meu blogue, me convidaria para escrever em locais de maior visibilidade e que a oportunidade de ter um livro com o meu nome na capa poderia surgir. Nada disto aconteceu...
Hoje, em conversa com alguém que também gosta da escrita, embora a condimente com sabores e cheiros diferentes dos meus, voltou esta vontade súbita de dar aos outros as minhas palavras. Porque elas continuam a dançar cá dentro da cabeça quando, agarrada ao volante, ando por estradas conhecidas e desconhecidas, com vontade de ter um aparelhómetro que ligado ao meu cérebro fosse registando o que naqueles momentos únicos de solidão me vai surgindo como escrevível.
Depois o sinal de sms abanou o meu telefone e outra pessoa, esta das mais importantes na história deste blogue, veio avivar a vontade de voltar a ler comentários aos meus posts.
Nada como as imagens do Artur para me porem a escrever! As saudades dele também são grandes!
Fui lá buscar esta fotografia. Aquela pode ser a minha mão. A mão que empurra, dia após dia, portas de escada de prédios desconhecidos e que faz trabalhar o que me leva a cada casa onde entro.
Um ano. Foi o tempo que já passou desde que começou esta minha nova vida.
65 é o número de pessoas que passaram a estar ligadas a mim por causa de uma máquina. 44 é o número de pessoas que me conheceram, a mim e à máquina, mas não ficaram tão ligadas a mim.
59,6% é o número que representa o meu sucesso nesta actividade.
Eu, que nunca fui fã de números, vivo agora em função deles. E vivo bem...mas tenho saudades das minhas letras que sempre me ocuparam a mente.
Continuo por Aqui e sei que apenas depende de mim, mas preciso de incentivos e esses, vêm daí!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Motivação, Desenvolvimento Pessoal


Terminei o livro do Daniel Sá Nogueira.
Trata-se de um livro cujo objectivo é por-nos a pensar na pessoa que existe e nos caminhos que essa pessoa segue e persegue e quais as motivações que a levam a continuar.
Confesso que o li mas não preenchi as páginas de exercícios. Visualizei mentalmente o que poderia estar ali a escrever mas não o fiz fisicamente. Não o fiz porque quero passar este livro aos meus filhos. Primeiro aos mais velhos. Acredito que muitos dos conselhos que ali são dados são altamente motivadores. A questão do ser positivo, da forma como interagimos com quem nos relacionamos, o tipo de energia que espalhamos nos ambientes em que estamos inseridos. Tudo isto são factores muito importantes da vida em sociedade, não só para o conviver mas principalmente para o conviver com nós próprios.
Ser uma ovelha, no meio de muitas, não me incomoda. Já o facto de ser uma ovelha igual a muitas outras me desagrada profundamente e prefiro ser a ovelha cor de laranja que olha espantada para todas as que a rodeiam.
[Neste momento, conduzo um carro altamente vulgar. Igual a tantos outros escolhidos por Famílias Numerosas ou a caminho de o serem. Enquanto não fiz dele um carro completamente diferente de todos os outros com que ele é gémeo, não descansei. A uniformização por moda não é para mim. Cada pessoa é uma e, apesar de viver em sociedade e por ela ser influenciada, não pode destituir-se das suas convicções, dos seus gostos, das suas opiniões, das suas crenças. Eu gosto de ser diferente e aposto nessa diferença.]
Quanto ao optimismo, ele é, seguramente, o melhor fertilizante para que tudo o que façamos dê bons frutos. É ele que me tem servido de base na minha nova actividade e é ele a fonte do meu sucesso. Queixar-me da crise, da falta de contactos, dos telefonemas que não dão em nada, das pessoas que desmarcam à última da hora não irá trazer nada de bom. Ao contrário, se eu pensar que a pessoa x desmarcou mas eu vou conseguir encontrar a pessoa y que me vai receber, de certeza que tudo correrá melhor. Cruzar os braços nunca foi comigo. Ficar sentada no sofá à espera que algo acontecesse enquanto na televisão vão passando os programas pirosos da manhã e da tarde, também não é para mim. Eu gosto de ir à luta. De sair e procurar as oportunidades. De conversar e de fazer valer a vontade que tenho de que as coisas deêm certo! Estou, cada dia que passa, mais positiva na minha forma de pensar e estar.
É bom, mas difícil de conciliar com atitudes quase sempre marcadas por frases iniciadas por não ou por cargas negativas.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dúvidas Metafísicas

Daqui
Deus.
Quem é?
Deus existe?  
Onde se esconde?

Está dentro de cada um de nós ou num local qualquer distante do Universo? E se existe, como se manifesta para cada uma das pessoas, dos seres não humanos na terra? Protege-nos do mal ou apenas nos guia como se fosse uma lanterna que vai apontando no escuro o caminho mais seguro por onde caminhar? Dá-nos a força que a humanidade terrena nos retira?
E quando não o encontramos, viveremos pior? A falta da fé num ser superior faz-nos mais frágeis? E que dizer daquelas pessoas que se acham Deus na terra? Cuja pretensa sabedoria pretendem transmitir a todos os que as rodeiam como se fossem a voz de um ser superior.
Em mim reside a pouca sabedoria do que cada dia me ensina. Reside a vontade, sempre enorme, de fazer mais e melhor. Reside a confiança em mim e na minha capacidade de gostar dos outros e de os ensinar a gostar de quem os rodeia. Reside a humildade necessária para aceitar cada um na sua maneira de ser e ver o mundo, diferente da minha.
A fé? A que ponho em tudo o que faço, em tudo em que acredito, em mim.
Não me julgo superior. Acredito-me capaz.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pelo Pensamento é que Vamos # [I]

Assisto a uma Grande Reportagem na SIC Notícias. Uma reportagem da autoria da jornalista Cândida Pinto, (que eu admiro imenso), que entrevista diversas pessoas, de diversas áreas profissionais, sobre os seus desejos e propostas para o País nos próximos anos. Todas estas entrevistas são comentadas por um Filósofo, José Gil.
Crianças que frequentam um ATL no bairro da Cova da Moura, onde têm, entre outras actividades, contacto com a disciplina de Filosofia para Crianças, foram também entrevistadas. Independentemente da pertinência dos desejos manifestados por estas crianças, foi interessante ouvir as palavras do Filósofo José Gil que defendeu a importância desta disciplina no curriculum escolar desde cedo. Segundo ele, as crianças têm as suas mentes abertas e disponíveis para o filosofar contínuo, pelo interesse genuíno que têm por tudo o que os rodeia, pelas questões que poêm continuamente sem constrangimentos.

Tanto o Martim como o Mateus tiveram e têm a sorte de ter esta disciplina nas AEC's do 1º Ciclo e tanto um como outro adoram a actividade. Durante 45 minutos falam sobre um tema proposto pela monitora e efectuam trabalhos que são expostos na Escola. Os sentimentos, a agressividade, a comunidade e muitos mais vocábulos são o ponto de partida para que cada um diga o que pensa e oiça o que cada um dos outros pensa.

Aprender a conversar, aprender a ouvir, aprender a respeitar a diferença e, acima de tudo, aprender a pensar são os objectivos desta disciplina que ainda é vista com estranheza por alguns Encarregados de Educação.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

V de Verinha

Há 44 anos, na minha Família, fui a primeira criança. Segundo dizem fui mimada por Avós dum lado e doutro e pelo único Tio que tive, meu Padrinho, como mandava a tradição na altura. Para uns era a Vera, para outros (incluindo eu própria) a Vekiki, para o lado paterno da minha Família, a Verinha. Foi assim que sempre fui tratada pelos meus Avós Paternos, mesmo quando de inha já não tinha nada, quando já nem quase me lembrava do meu nome e pensava que tinha sido rebaptizada com o substantivo Mãe, que também é um adjectivo já que indica a minha qualidade de ser. Foi assim que o meu Tio/Padrinho sempre me tratou, até se despedir...
Hoje, foi com emoção que recordei este tratamento quando o ouvi da boca da minha Tia, a única que ainda me faz grande um nome que sem diminutivo é tão pequeno!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Life

Starts
Ends
That's what life is made off
And we fight
we cry
we smile
we beg for a hug
Trying to carry on
The life...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009


O termo
A palavra
O conceito
A sensação
O prazer
A vontade
Na cabeça nada surge sem estímulo, sem uma razão.
Paz é a palavra que hoje existe na minha cabeça.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009



O dia de ontem foi inteiramente dedicado ao estudo da Filosofia para poder explicar ao Manel. Li e resumi durante toda a tarde.

Hoje a pilha de roupa que se acumula à espera de ferro é comparável à de livros para ler ;)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Já tinha saudades disto...


"As Mães não podem ficar doentes...vê lá se te pões boa!" foi o que me disse uma das minhas colegas-Mãe à porta de uma das Escolas por onde nos encontramos na recolha.

Verdade verdadinha. Ser Mãe é assumir um estatuto de super-heróis para toda a Vida. A Mãe está sempre disponível, presente, a Mãe sabe tudo, a Mãe é uma espécie de enciclopédia andante. O dom da ubiquidade adquire-se no acto de dar à luz.

Isto tudo para dizer que depois de ter passado a manhã de ontem a tentar reagir ao mau estar que tomou conta de mim, a partir das três e meia da tarde tudo teve que voltar ao normal.

Ir buscar um. Conferir TPC's. Ir buscar outro. Ir ao dentista com outro. Voltar a casa. Gerir mais tempo de TPC's, de banhos, de jantar. Qual doença, qual quê...toca mas é a mexer que a vida não foi feita para mariquinhas.

O Manel precisava de ajuda com a Filosofia. Hum...que delícia! Há que tempos que eu não experimentava o prazer de me sentar a uma mesa, rodeada de papéis, apontamentos e livros para desembrulhar os fios que a Filosofia quer esticados para tecer um caminho novo. E soube-me tão bem. Estudar é um prazer imenso, para mim. Sempre foi. A Filosofia é uma disciplina que nos leva onde quisermos se nos deixarmos conduzir. E eu deixei-me ir...quando dei por isso já o jantar devia estar na mesa e as crianças sentadas. Espero que o teste lhe tenha corrido bem.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pelo Pensamento é que vamos

Corro o risco de que me chamem Mãe galinha mas não me importo mesmo nada. Corro o risco de perder seguidores e de ver as minhas visitas diárias a descerem, mas também não me importo. Ando numa fase de orgulho imenso dos Jovens e Crianças que tenho cá em casa e quero gritar este orgulho aos quatro ventos e aos ouvidos deles.

O Manel mudou de escola. Foi para uma Secundária onde conhecia algumas pessoas mas onde não tem "amigos do peito". O mês de férias foi passado em sufoco a pensar como seria a vida quando recomeçassem as aulas.

Ontem, à mesa do jantar, propôs que falássemos sobre a Vida. No sentido lato do que é viver, do que são ou parecem ser as coisas que nos rodeiam. Do que é tudo o que sonhamos. Será realidade a Vida ou o Sonho? Quem nos disse o que é real? E quem nos disse, saberá o que é na realidade? E enquanto falava, os olhos dele quase lhe saíam das órbitas. O sorriso fácil. O entusiasmo estampado no rosto, nos seus maravilhosos 15 anos.

E quem diz que a Filosofia é a Ciência com a qual e sem a qual nós ficamos tal e qual, é porque não tem a capacidade de se espantar, de se entusiasmar com as peguntas na demanda do pensamento...
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