Ao assistir ao jornal da noite de ontem, na SIC, fiquei a par da campanha ["...é tempo de reconhecer que lésbicas e gays são mães e pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, vizinhas e vizinhos, amigas e amigos, familiares ou colegas - e que é tempo de deixar de dizer "eles" ou "elas" e de finalmente passarmos todas e todos a dizer "nós". ..."]que a associação ILGA está a levar a cabo em Lisboa, com a parceria da Câmara Municipal da cidade e o apoio do projecto SIC Esperança.
Entrevistas de rua demonstraram que, na sua maior parte, os cidadãos portugueses não estão ainda preparados para conviver, abertamente, com a diferença.
Não se trata de pouca vergonha ou de descaramento como alguns dos entrevistados referiram, trata-se unica e exclusivamente de aceitarmos a diferença e de termos a capacidade de nos pensarmos diferentes. A orientação sexual de cada um não pode ser factor discriminatório nem pode, à partida, determinar o pressuposto de determinadas qualidades/defeitos de cada pessoa.
A todos os que são Pais&Mães cabe a tarefa de educar para a aceitação da diferença independentemente de se conseguir ou não perceber essa diferença e, até de concordar com ela.
A tolerância é uma qualidade indispensável a todos os que vivem em comunidade/sociedade, sendo a Família o primeiro grupo onde essa qualildade se treina. Há que a transpôr para fora do nosso seio familiar e praticá-la em relação a todos os que nos rodeiam, em todas as vertentes da nossa vida. A sociedade, portuguesa e não só, necessita de mentalidades mais abertas, de cidadãos que marquem a diferença pela compreensão de si mesmos e dos outros.
Eu educo para o respeito pela diferença.