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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quantos Meses Faltam para o Verão?

Eu e a minha Máquina,
Algarve
Agosto 2010
I.
Ontem acordei pesada. Não pesada de peso mensurável na balança, mas de peso psicológico. Acordei sem vontade de acordar. Contrariada arranjei-me para sair e cumprir a obrigação (na maior parte das vezes um prazer) de reunir nas manhãs de segunda feira. Lá fui, sem vontade. Lá estive, sem vontade. Ouvi partilhas e experiências. Aplaudi feitos e conquistas. Aplaudi as minhas próprias conquistas e corri para casa assim que acabou. Almocei com as crianças, de férias. Voltei a sair. Programa entediante mas necessário, repartição de Finanças. Tirei o Livro da mochila e tentei terminar as páginas que me separam da palavra Fim. Não consegui. Tinha de estar atenta à passagem dos números no écran electrónico, não me conseguia isolar das conversas de muitas pessoas sentadas nas cadeiras da sala de espera, dos toques de telemóvel de um e de outro, da conversa telefónica de uma Mãe, ao meu lado direito, que queria partir para Braga antes que se fizesse de noite, da conversa telefónica de um senhor, ao meu lado esquerdo, que calmamente se mostrava indignado com acusações de dívidas que lhe eram feitas do outro lado da linha, ia olhando para mim (eu sentia-o apesar de não olhar para ele e fingir que estava presa às linhas de uma Cais por ali abandonada) em busca de compreensão, de um aceno de cabeça simpático...
Chegou a minha vez. Fui atendida simpaticamente por uma cara já conhecida, de maneira simpática! Assim se passou um dia.

II.
O dia hoje amanheceu diferente.
Estou com um espírito mais positivo e com mais energia. [A minha energia, às vezes, abandona-me e deixa-me sem vontade de fazer nada. Ora eu não posso dar-me a esse luxo de não fazer nada!]
Já fiz muitas coisas e estou agora dedicada "aquela" tarefa.
Os rapazes mais novos jogam Wii (presente de Natal do Pai). Saltam, gritam e discutem um com o outro.
O mais velho foi aos saldos. A mais velha foi aos saldos.

III.
Aproxima-se o fim. Do ano 2010.
Confesso-me muito pouco adepta das festas de fim de ano. Quase todas me soam a forçadas, a alegria encomendada, a sorrisos obrigatórios. Mal comparada, a alegria do reveillon soa-me quase tão falsa como a do Carnaval. Festa é quando nos apetece mesmo festejar e não quando a sociedade acha que é tempo de festejar! Ainda não sei o que vamos fazer...mas por casa vamos ficar, de certeza.

IV.
A fotografia deste post representa as saudades que sinto do Verão.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lufa Lufa


Casa - Algés.
Moedas no parquímetro. Moedas engolidas e ticket népia. Mudança de parquímetro.
Elevador [odeio elevadores], 16º andar. Tranquilo.
Destino atingido, claustrofobia superada.
Preparação. Trabalho. A meio rebentam os fusíveis. Recuperar a energia. Voltar ao trabalho.
Algo corre mal. Não solucionável ali, naquele momento.
Algés - Lagoas Park. Resolvido o problema.
Lagoas -Casa.
Camas.
Aspirador.
Tábua de engomar e ferro.
Turcos. Lençóis.
Casa - Algés.
Fila na Marginal. Acesso à A5 cortado. Fila e mais fila. Sono.
Algés. Elevador. 16º andar.
Experiência. Tudo nos trinques.
Regresso ao carro. Chuva e mais chuva. Vidros embaciados. Fila e mais fila. Sono.
Enfim em casa!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Aniversário e Saída à Noite [a Primeira]

Eu e a minha Máquina,
Cerro da Águia, Algarve
Agosto 2010

[Este post da Cócó inspirou as palavras que a seguir se escrevem!]

O Manel fez 16 anos. No Algarve, como já vem sendo hábito de há 14 anos para cá.
Passámos o dia na praia escolhida por ele para que pudesse fazer as suas skimadas, jantámos em casa um jantar escolhido por ele, recebemos os Amigos de férias para cantar os parabéns a você e beber uma taça de espumante. Nada de extraordinário até aqui.
Depois surgiu o pedido. Uma saída à noite. Discoteca. Para ele seria a primeira vez. Concordámos. Afinal, férias são férias, o momento certo para fugir à rotina e às regras do resto do ano. Não existindo muito conhecimento sobre os locais da moda, deixámo-nos guiar pelas sugestões que outros ditaram.
Dois carros conduzidos por Pais, com a lotação máxima de jovens candidatos a uma noite de dança, saíram de Albufeira em direcção a Vilamoura. Atravessar Vilamoura de uma ponta a outra foi quase um concurso de paciência que acabou por se revelar inglório visto não ser ali a discoteca pretendida pelos "dançantes". Afinal era para a Quinta do Lago que tínhamos de ir. E lá fomos, acabando por chegar à porta do T-Club por volta das duas da manhã, a hora certa para começar a dançar, na opinião dos mais experientes.
Dos sete candidatos, dois não entraram. Uma por falta de idade (apesar da altura) e outro por falta de documento de identificação. Ficámos então, quatro adultos e dois adolescentes, ali, sem saber o que fazer até à hora de saída dos foliões.
Decidimos sentar-nos numa das esplanadas do recinto agradável da Quinta do Lago. Uns sofás simpáticos e confortáveis receberam-nos e alojaram-nos até que a chuva, improvável naquela noite quente de Verão, nos afastou dali para fora.
Instalámo-nos numa outra esplanada, já fechada, mesmo por baixo da discoteca onde os nossos meninos se divertiam. Valeram-nos umas cervejas aparecidas sabe-se lá de onde e, mais uma vez nas nossas vidas, a companhia agradável e as conversas que sendo como cerejas, nunca nos levam a fartar delas!
Deitámo-nos quando o Sol já nascia em Albufeira. E não dançámos...

Ao Ar Livre

Eu e a minha Máquina,
Parque de Campismo de Canelas
Agosto 2009

A nossa casa de férias do Algarve é uma casa partilhada. Ou seja, durante os meses de Verão, os irmãos organizam-se e dividem a casa em períodos de tempo que vão dos 15 dias a um mês. A nossa parcela tem sido sempre de 15 dias, até que no Verão passado experimentámos a sensação de ter um mês de férias, pela primeira vez na vida. Sendo que só nos cabiam, por direito, 15 dias do mês de Agosto, foi fácil a decisão de saltar de uma casa para um parque de campismo. A estranheza dos nossos companheiros de praia, achando que nos devia ser muito difícil sair de uma casa para uma roullote. A nossa felicidade.
Quem gosta de acampar sabe que não há nada que chegue a umas férias em que maior parte do tempo se anda ao ar livre. Não existem paredes a limitar o espaço, não existem vizinhos de baixo, de cima, ao lado. Não existem escadas para subir ou descer. Não existem camas para fazer ou casa para arrumar.
Este ano considerámos a hipótese de, ao sair dos nossos 15 dias de casa de família, alugar um outro apartamento onde ficar nos segundos 15 dias do mês, mas depois, pensando bem...passamos o ano inteiro fechados numa casa. Vamos gastar dinheiro para nos fecharmos numa casa que nem sequer é a nossa? Nã...vamos buscar a nossa "casinha com rodas" e estacionar num parque de campismo. Foi o que fizemos!
Poderá parecer estranho a muita gente, mas é no Parque de Campismo que me sinto realmente de férias. Gosto de acordar cedo e vir cá para fora ler. Gosto de respirar o ar puro e não me incomoda ouvir as conversas que se cruzam, vindas desta ou daquela tenda, desta ou daquela roullote vizinha. Gosto de saber que quando chego da praia não tenho que me enfiar numa cozinha a preparar o jantar, que não tenho máquina de loiça para arrumar e desarrumar. As férias no parque de campismo são a altura em que toda a Família colabora nas tarefas. São a altura em que não existe televisão e os mais novos se entretêm a brincar com outros miúdos.
Acampar é mesmo muito bom e não me venham cá com histórias de casas de banho, de duches, de falta de privacidade. Viver ao ar livre, passar férias ao ar livre, é sentir mesmo liberdade de viver!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Último Dia de Agosto

Eu e a minha Máquina,
Montargil,
Agosto 2010

Agosto.
O mês do calor. O mês das férias. O mês da pausa.
Termina hoje.
A Catarina já regressou das suas mini-férias alentejanas, sem Pais, sem Irmãos. Ela e o/as Amigo/as. Encontrou o quarto mudado e semi-arrumado.
Os rapazes andam por aqui, a giboiar, de sofá para sofá, da sala para os quartos e vice-versa.
No 1º andar o movimento de quem faz obras. Envernizar chão é a etapa que se pretende agora ultrapassar.
Eu ando de um lado para o outro. Faço umas coisitas. Enceto outras. Sento-me. Levanto-me. Penso nos muitos quilos de roupa que tenho para engomar e penalizo-me por não conseguir fazer em casa o que faço durante as férias - tirar do estendal, dobrar bem dobrado e enfiar nas gavetas. Estupidez minha. A electricidade que eu poupava, o cansaço que não sentiria.
No último dia de Agosto sinto-me como se fosse o último dia do ano. Verdadeiramente, para mim, os anos definem-se pelos anos lectivos e não pelos anos do calendário que os dita de Janeiro a Dezembro. Se há altura em que planeio algo mentalmente, essa altura é a do recomeço das aulas.
O que espero do próximo ano: que a Catarina consiga entrar no curso que no ano passado lhe escapou; que o Manel consiga, com a mudança de área de estudos, obter boas classificações e realização pessoal; que o Martim goste (mais uma vez) da nova escola; que o Mateus faça um bom 4º ano. Para mim: que os quilos que a balança me diz que vieram comigo de férias se cansem e se vão embora rapidamente; conseguir encontrar um part-time aqui na zona que me liberte um pouco da casa e me permita manter o apoio que tenho dado aos meus Filhos.
Agosto termina hoje. Foi tão rápido! Termina hoje também o meu período de férias. A partir de amanhã, tal como na história da Gata Borralheira, a realidade voltará. Não existirão passarinhos para me dobrar a roupa ou arrumar a casa...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Reentré 2010

Eu e a minha Máquina,
Agosto 2010

I.
Regressar a casa também significa reunir os amigos.
Antigos e recentes.
Com um menú que nos faz acreditar que ainda estamos de férias.
Com o tom bronzeado a dar-nos ainda "aquele" ar saudável.
Sorrisos e conversas que se prolongam, que se cruzam, que ficam por encetar porque o tempo não chega para todas as palavras que se querem dizer.
Aperitivo para que outros encontros aconteçam!

Eu e a minha Máquina,
Agosto 2010

II.
Regressar a casa também significa combinar, com amigos, programas diferentes que nos permitam aproveitar os dias de Verão que ainda restam.
Um dia passado na margem de uma barragem, com o sol a escaldar, à sombra de árvores, a andar de barco. Silêncio. Conversas. Partilhas. Daqueles/as que só os amigos sabem partilhar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Juventude Prolongada por Deformação Profissional

[...]
«E isso podia significar ou desespero de isolamento ou juventude prolongada por deformação profissional. Isso: juventude prolongada por deformação profissional. Já tinha reparado, efectivamente, que os professores não são bem homens. Lidando com jovens, dissolvem a personalidade, ficam uma geleia de jovens e de adultos. Só mais tarde vi que também o artista marra, esforçadamente, para a juventude. Estará a arte virada para a frente e a velhice para trás. Enfim, hoje penso que Sérgio brincava às idades. E que, se se mantinha jovem, era, ao contrário do que dizia, pelo desejo danado de conservar justiça à sua luta da juventude.»
[...]

Promessa,
Vergílio Ferreira,
2010. Quetzal Editores
págª 52

Digo que...

Eu e a minha Máquina,
Isla Mágica, Sevilha,
Agosto 2010

...foram sete os livros que me acompanharam.
O número não foi escolhido ao acaso. Os títulos também não.
Dos sete consegui ler dois, iniciar o terceiro (O Elefante Evapora-se; Promessa; Solar). A minha capacidade de concentração não esteve no seu melhor e as conversas, banhos de mar e de sol na praia também não deram tréguas, deixando para trás as páginas que todos os dias carregavam o saco de praia.
Por outro lado, empenhei-me na leitura dos jornais e reforcei a minha opinião sobre a atracção que sinto pela palavra escrita em estilo jornalístico.
Com computador mas sem net portátil, as férias foram uma pausa forçada na actividade cibernáutica. As canetas, os lápis e lapiseiras, o caderno. Todos se passearam comigo, sem que uma única linha fosse escrita.
Regresso devagar.
As palavras também hão-de voltar.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Só Porque Tinha Muitas Saudades de Blogar....

A minha Máquina noutras mãos,
Tavira,
Agosto 2010

Um dos meus cunhados é repórter de imagem num dos quatro canais portugueses.
Já foi noutro.
É um dos cunhados de quem mais gosto.
Pai de cinco Filhos.
Na praia falou-me de um projecto que está para acontecer e no qual o nome dele vai estar envolvido.
Disse-me que me ia enviar por mail para eu ler.
Esta manhã foi a primeira coisa que fiz. Abrir o mail e ler.
E responder-lhe que quem escreve tem um dom.
E quem tem o dom de saber e conseguir escrever deve compartilhá-lo.
Porque não há nada mais belo que as palavras quando bem utilizadas.
Alinhadas. Separadas pelas pontuações certas.
Agora fico à espera. Ansiosamente. Que o projecto se concretize e seja um êxito!

Cadeira Vazia

Eu e a minha Máquina,
Praia dos Salgados
Agosto 2010

Cadeira de praia não é para mim. Praia é sentir o quente da areia, de preferência a escaldar, por baixo da capulana, porque toalha turca também não é para mim. As toalhas turcas pesam no saco da praia quando as carregamos para lá, pesam ainda mais quando regressam a casa, ensopadas de água, micro partículas de areia e sal. Se a areia tiver sido namorada pelas ondas durante a noite e ficar ligeiramente húmida, também não me faço rogada e faço dela a minha cama. Na praia, qualquer spot é um bom spot. Com sol aberto e escaldante ou com céu nublado, esbranquiçado e pesado de calor, praia é praia e quem não a aprecia bem burro é.
Sinto-me hoje um bocadinho aborrecida pelo facto de não ser dona de um património que me permita aproveitar mais dias da estação do ano que mais aprecio. O ano, comprido e custoso de passar, tem 365 dias. Destes, só 22 foram de descanso e passaram tão rápido que duvido que cada um deles tenha tido as mesmas 24 horas que tem cada um dos outros 343 que passo na labuta do dia-a-dia. Provavelmente ninguém está preparado para o regresso à realidade quando as férias de Verão terminam, mas eu, Sol-dependente, Mar-dependente, queria mesmo poder continuar por lá. Na terra onde as praias são grandes e pegadas umas às outras, onde as dunas, que atravessamos para encontrar areal com pouca gente, cheiram a flores silvestres, onde os dias se aproveitam até à última gota de sol no horizonte.
Na nossa companhia de praia faltaram hoje seis pessoas. Nós.

Zona de Serviço


O meu cérebro é um écran onde as três dimensões existem, sem óculos especiais.
Os olhos do cérebro não se cansam da paisagem de mar azul e extenso.
O olfacto detecta o odor silvestre das plantas que crescem nas dunas. Dunas imensas que atravesso para que o areal sem ninguém em redor seja uma realidade difícil mas possível de encontrar.
Regressar. Palavra que não estou ainda preparada para pronunciar. Conceito que não estou ainda preparada para concretizar.
Zona de serviço. Onde me encontro. Onde todo o serviço me espera. Impaciente.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

De Onde Vens? Venho da Festa...

Uma das minhas Avós, quando eramos pequenos e a seguir a uma festa ficávamos naquele estado de semi inconsciência que nos dificultava a locomoção e, consequentemente, a ida para casa, tinha sempre este dito acompanhado da mímica facial que indicava alegria ao ir para a festa e cansaço ao sair da festa.
É mais ou menos nesse estado de embriaguez que me encontro. A festa foi até bem tarde e o meu despertador mental acordou-me bem cedo.
Hoje é o dia de ir. Ainda tenho de tratar da escola e do quiproquo da mudança.
Saio agora. Hei-de voltar para pequeno-almoçar com a Família adormecida.

sábado, 31 de julho de 2010

Sábado, Final de Tarde, Véspera de Festa, Véspera de Férias


Como é possível dizerem que os dias de Verão são maiores que os de Inverno? São seis e meia da tarde e ainda tenho tanto para fazer.
A minha cama está coberta de montes personalizados de roupa. É fácil imaginar. T-shirts a multiplicar por seis, calções idem, fatos de banho, cuecas, boxers, meias, agasalhos para noites mais frias, calças de ganga; saco de toalhas, panos e protectores; saco de sapatos,chinelos, ténis e afins; saco de livros; máquina fotográfica....
Preparar férias é de dar em loucos. A lista está feita e vou picando o que vou pondo em cima da cama, mas lembro-me sempre de mais qualquer coisa que vou acrescentando e quando finalmente está tudo pronto, a quantidade de tralha à porta de casa é coisa para precisarmos de um atrelado de carga, um porta bagagens de tejadilho e qualquer dia de dois carros!
Entretanto, hoje é também o dia de chegada dos mais velhos. A Catarina, depois de uma semana na Noruega com o Avô. O Manel, depois de três dias de surfadas intensas em Peniche. A casa vai voltar ao reboliço do costume e isso é bom!
Amanhã é dia de festa de aniversário. O 19º! Caramba, o tempo passa mesmo a correr e nós nem nos apercebemos disso. Sou Mãe há 19 anos. Tento lembrar-me de como era antes de ser Mãe e não me lembro...
Estou contente. Finalmente vou sair daqui.
Mas...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quinta Feira, Quase de Férias

I.
Estou Mãe de filho único. O último.
Estranho. Como diz um desenho animado, primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Tem sido bom não os ter todos à pega uns com os outros, cada um a stressar com a sua coisa, cada um a pedir a sua atenção.
Faço tudo mais devagar e com mais calma.
Já devia estar na praia e ainda não estou. Mas vou.
Ele já devia estar arranjado e ainda está a ver desenhos animados.
Who cares?
Estamos quase de férias (ele está de férias!) e está demasiado calor para stressar.
II.
Quando conduzo de manhã pela Marginal até Cascais gosto de sentir o cheiro do mar e de o ver tão perto. Também gosto de apostar comigo própria que vou cruzar-me com alguém conhecido ou ir atrás ou à frente de alguém conhecido. Ontem ganhei a aposta. Hoje também.
III.
Sei que a maré está vazia e que vamos ter muito espaço quando chegarmos à praia, mas não tanto como tínhamos ontem no Guincho. Sózinha com o mais pequeno não me apetece ir para "tão" longe. Vamos para a praia perto de casa.
IV.
Tal como tenho crises de escrita, também as tenho de leitura.
Há uma pilha de livros para ler. Nenhum me atrai especialmente. Há uma lista de livros a comprar antes de rumar a sul. Espero conseguir! Fui à estante do sótão e tirei O Idiota. Enquanto não me decido, ando pela Rússia.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Terça Feira, Quase de Férias [Hesitações Encaloradas]

Eu e a minha Máquina,
Lagoa de Albufeira
Março 2008

Ontem houve jantar de aniversário. Hoje há jantar de aniversário.
Ontem estavam 32º às nove da manhã. Hoje estavam 25º. No Guincho havia vento quente e a temperatura era mais alta do que em Cascais.
Na Marginal havia cheiro intenso a maresia e a maré estava vazia, deixando a descoberto todas as rochas que são fundo do mar das nossas praias em tempo de maré cheia.
Nas praias, vistas da Marginal, já não havia areia. Apenas muitas rodelas de cores e muitas, muitas pessoas.
A vontade de ir para a praia é grande. A vontade quase desaparece quando rebobino as imagens que já gravei.
Dentro de casa consigo manter o fresco. A casa escurecida.
Hesito. Talvez vá. Talvez fique. Talvez seja melhor ir.

Arrepio de Paixão


Afastou-me o cabelo da testa, dos olhos. Pegou na revista que tinha na mão e abanou-a junto à minha cara. O calor dos dias de verão. O suor no meu rosto. Não disse nada. Pegou-me na mão direita. Beijou-me o pescoço. O arrepio percorreu-me o corpo, a pele transformou-se em pele de galinha, o suor congelou em pedacinhos na testa. Decidi não lhe dizer nada. Deixá-la usufruir do prazer que também eu estava a sentir. Speachless. Os olhos escuros procuraram os outros olhos, buscando neles o ardor que de repente transformava tudo em frescura, em arrepio, em vontade do abraço. Irreal o sentimento de que paixão é calor...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Segunda, Quase de Férias

Não houve praia no fim de semana.
Ontem pensei que ia morrer com calor.
Hoje já está imenso calor. Tenho imensas coisas para fazer. Se há coisa que a minha Filha herdou de mim, foi a mania das listas. Quando começamos a ficar em stress fazemos listas. Já comecei a inventariar tudo o que tenho de fazer durante esta semana que é a última. Precisamente de hoje a uma semana, "bazo" daqui para fora.
Hoje tenho de começar o dia na cozinha. A minha Irmã faz anos e vai haver jantar. Que era para ser surpresa, mas não sei lá porquê, já deixou de ser. Vou fazer duas sobremesas.
Amanhã tenho a festa de anos da minha sobrinha, em Lisboa. Vou aproveitar e tratar de umas coisas por lá.
Na quarta vou dar lanche a uma pessoa especial.
Na quinta tenho de me dedicar à arrumação.
Na sexta tenho de fazer malas.
No sábado chega a Catarina.
No domingo faz anos. Temos festa.

Não sei porquê, mas sinto que este blogue está a ficar com uma falta de interesse do tamanho do mundo...

sábado, 24 de julho de 2010

Sábado, Quase de Férias # [2]


Medo!!! Descobri há bocado que não vou ter internet portátil nas férias.
Não. Não me é possível sobreviver sem o meu blogue, sem ler os dos vizinhos, durante as férias.
Faço um apelo. Aos operadores, aos meus leitores, aos meus admiradores. Ofereçam-me uma pen de internet portátil para que eu possa blogar durante as férias. Please?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

"Queimar os Últimos Cartuchos"


Cansaço, Esgotamento, Depressão.
Três vocábulos que frequentemente são utilizados para caracterizar estados de alma, estados físicos debilitados.
Sinceramente nunca utilizei nenhum, porque médicos são pessoas que nunca visito e porque de mim espero força e alento para seguir sempre em frente e nunca dar parte de fraca.
Acontece que à beira de ir de férias me começo a sentir um pouco como se tivesse de me arrastar para fazer o que tenho de continuar a fazer e obrigando-me a socializar quando o que me apetece mesmo é desaparecer para o silêncio das minhas leituras de Verão.
Esta semana já vi o meu carro a deslizar à frente dos meus olhos enquanto pagava o combustível que ainda lhe estava a entrar no depósito [tradução, saí do carro e não puxei o travão de mão]. Hoje procurei o meu telefone por todo o lado, enquanto ele estava muito sossegado ao meu lado, em cima da mesa. Na festa de aniversário de uma das minhas sobrinhas, esta semana, onde estão sempre pessoas que eu adoro e com quem gosto imenso de estar e de conversar, parecia que estava fora de um vidro a observar o que se passava do lado de lá. As aulas já terminaram há um mês e eu ainda não consegui sentir a sensação de alívio que costumo sentir quando tenho de encaixotar livros e cadernos no final do ano lectivo [para dizer a verdade, ainda nem esta simples tarefa cumpri]. O ano lectivo foi trabalhoso e muito exigente para mim. Os problemas de saúde dos nossos Pais (homens) também me deitaram abaixo. Pessoalmente, andei a puxar por mim própria...
Não me apetece aspirar, nem limpar. Não me apetece pensar em refeições e muito menos fazê-las. Não me apetece lavar roupa e muito menos engomá-la [até consegui fazer as camas dos miúdos com rooupa tirada directamente do estendal!!!].
Faltam poucos dias, é verdade, mas nesses dias tudo o que não me apetece fazer vai ter de ser feito.
Para além disto, ainda vou ter o aniversário da minha Irmã [aproveitei que a Catarina ainda está cá e já fui com ela escolher o presente] e o aniversário da minha pequenina sobrinha de 2 anos [também já tenho os presentes].
After, a Catarina faz anos no dia 1 e vamos ter festa cá em casa. Na próxima semana vou ter de aproveitar a ausência dela e preparar tudo de maneira a que exista o factor surpresa numa festa que ela pediu para ser feita.
Não gosto de medicamentos e muito menos de estimulantes, mas neste momento acho que precisava de algo que me desse um speed mesmo à séria!
É que até escrever se está a tornar difícil...

PS - se alguém ligado à medicina/psiquiatria me ler, diga-me: são graves estes sintomas?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dificuldades de Raciocínio


I.
Estas minhas linhas talvez não sejam muito animadoras para os que têm filhos pequenos e ainda vivem na ilusão (boa) de que à medida que eles forem crescendo, a sua missão de Pais vai ser mais facilitada. Na realidade, os anos passam, as crianças crescem e com este crescimento tem também de aumentar o nosso nível de atenção e de empenho. Nunca, em Verão nenhum, anterior a este, me tinha sentido tão esgotada do papel de Mãe a 100%. Têm sido dias exaustivos, de solicitações variadas, de necessidade de atenção especial a multiplicar por quatro. Estava habituada a dias de praia ao pé de casa com os meus 4 meninos, numa moleza boa de férias até partirmos para as Férias em Família e esta diferença na rotina tem-me alterado os sentimentos.
II.
No fim do 3º período fomos surpreendidos por novas directivas do Ministério da Educação, apontando para a criação de Mega Agrupamentos de Escolas. Medida algo estranha se pensarmos que ainda há pouco tempo terminou o processo de constituição de agrupamentos e eleição dos respectivos directores. Mais estranha ainda porque em Mega Agrupamento vão ser agrupadas escolas que distam bastante umas das outras, sendo que os Professores poderão ter de leccionar em escolas diferentes dentro de um mesmo Mega Agrupamento. Na verdade ainda não consegui entender bem este novo conceito para além da perspectiva económica, mas também ainda não consegui parar para ler sobre o assunto, reflectir e tentar chegar às minhas próprias ideias e conclusões sobre o assunto.
III.
É hoje. O primeiro passo para uma tentativa de mudar os meus dias.
Branco a cor escolhida para a roupa. Azul para os acessórios.
Aí vou eu.
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