Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Stocker

A alcunha que me foi posta pela minha Filha desde que me meti nesta nova actividade.
Reconheço. Sou uma stocker, mas não gosto de trabalhar para aquecer. Não gosto de me empenhar e não alcançar resultados. Não gosto de retirar tempo à minha Família e regressar de mãos a abanar.
Sou uma stocker? Sou e não me importo!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Corre Corre Vera

Ultimamente a minha vida tem sido uma correria. Já era uma correria, mas uma correria que se resumia ao espaço interior da minha casa, ao sobe e desce, ao lava-estende-apanha, ao aspira, engoma e arruma. Agora a correria faz-se também fora de portas. Corro de uns lados para outros, falo com pessoas nunca antes vistas, entro em casas nunca antes visitadas. Para aqueles que não sabem, ando super feliz com esta nova animação na minha vida.
O tempo é que é um chato e não percebe que devia modernizar-se. Se até já o horóscopo percebeu que não pode ser estático e encaixou em doze meses mais um signo, porque é que o tempo também não dá um jeitinho de maneira a que as horas, minutos e segundos de um dia se prolonguem um pouco mais? Não é por mais nada, mas é que assim, resumida às mesmas 24 horas da minha vida simples de dona de casa, não consigo fazer tudo o que preciso e ainda algumas das coisas de que gosto.
A minha escrita no blogue tem sido a principal penalizada. A aceleração em que ando não me dá pausas suficientes para me sentar a escrever de maneira inspirada, ficcionada e organizada. O número de posts diminuíu substancialmente e o número de visitas diárias também.
A minha capacidade de ir vasculhar prateleiras na senda da citação mais adequada ao estado de espírito do dia, também se encontra diminuída.
As minhas leituras têm sido resumidas aos bocadinhos em que estou sentada no Pavilhão em que as crianças jogam corfebol. Consegui terminar hoje o "Sindicato da Bondade" e agora nem sei bem qual hei-de tirar da pilha. O que me anda a apetecer ler são estudos e ensaios. Aprender, aprender, aprender.
Não tenho conseguido deixar por aqui bocadinhos mais precisos das minhas escolhas literárias...
...mas não temam por mim. As minhas qualidades de leitora dedicada e de escrevinhadora imparávela continuam asseguradas. Talvez um bocadinho relegadas para segundo plano, mas continuam cá, comigo! E eu continuo aqui, para o que der e vier. A brincar a brincar já estou perto do 3º aniversário.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Notícias

Ouvi ontem nas notícias, na rádio, às seis da tarde,
"O Presidente da Câmara de Cascais vai aproveitar a comemoração do 9º ano de mandato para anunciar a suspensão do mandato pelo período de um ano. O Presidente apresenta razões de saúde para justificar esta decisão."
O meu estômago ficou embrulhado e senti-me a corar. Que estúpida! Não conheço pessoalmente o meu Presidente da Câmara e as poucas vezez que me cruzei com ele, geralmente em eventos relacionados com escolas, nunca lhe dirigi a palavra. Então porque me senti como se a notícia tivesse a ver com alguém que me fosse próximo?
Já aqui tenho deixado várias vezes expressa a minha opinião sobre o trabalho que a Câmara Municipal de Cascais tem desenvolvido em várias áreas. Não sendo um executivo camarário que se identifique com as minhas convicções políticas, é, com toda a certeza, um executivo camarário que me tem feito aplaudi-lo e, orgulhosamente, felicitá-lo.
Sei que o trabalho visível de uma autarquia é resultado do trabalho de muitas equipas, de muitos vereadores, de muitas pessoas. O Presidente da Câmara pode, até, ter a seu cargo apenas o trabalho de despachar favoravelmente ou fazer parar os assuntos que os seus vereadores lhe apresentam, mas eu quero acreditar que o nosso Presidente tem sido o ponto de uma máquina onde várias peças se encaixam e trabalham em grande conjugação de movimentos.
Saber que Cascais vai deixar de ser guiado pelo comandante cujo nome já pronunciávamos como se fosse da família, deixa-me um bocadinho apreensiva. Será que vamos ser capazes de sentir pelo Vice (agora Presidente) o mesmo afecto familiar que sentíamos pelo agora ex-Presidente?
O que sei é que me sinto um bocadinho abandonada.
E também preocupada. Pelos alegados motivos de saúde.
Que espero não sejam graves...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Adolescência, Violência e Género

"Gostaria de iniciar a minha participação neste Seminário agradecendo o convite que me foi dirigido.
Gostaria ainda de felicitar a Câmara Municipal de Cascais por todo o trabalho que tem desenvolvido nas área social, da educação, da juventude e da cultura.
Relativamente ao tema que aqui nos trouxe e que aqui tem sido falado durante a manhã, penso que fará algum sentido referir e realçar as dificuldades sentidas pelas Associações de Pais em comunicar e chamar os Pais/Encarregados de Educação às Escolas.
Todos nós sabemos e sentimos na pele que o tempo nos ultrapassa todos os dias, obrigando-nos a ser uma espécie de máquinas multifunções, mas penso que seria interessante conseguir encontrar e estabelecer um canal de informação eficaz entre Pais/Encarregados de Educação de uma mesma escola e Pais/Encarregados de Educação de todas as escolas do concelho. Isto porque os problemas e questões que a adolescência levanta são comuns a todos os Pais e Adolescentes e porque havendo no Concelho estruturas a funcionar que podem dar resposta e suporte a muitas destas questões de forma gratuita (e, estou a falar, nomeadamente, das Lojas Geração C), não faz sentido que os Pais e Adolescentes não as aproveitem.
A falta de participação dos Pais nas Escolas leva-nos a questionar qual o tipo de comunicação que existe entre os Pais/Encarregados de Educação e os seus Filhos/Educandos.
A comunicação, o diálogo entre Pais e Filhos, é um dos factores determinantes na prevenção e detecção de possíveis comportamentos e atitudes de violência.
A sensação de indiferença com que é visto o “trabalho” das crianças e jovens – a escola – pode ser também um factor desencadeante de atitudes e comportamentos violentos sobre os pares. As crianças e, principalmente, os jovens podem olhar e falar com os seus Pais com alguma “superioridade”, mas inconscientemente está sempre o anseio da aprovação dos progenitores e, nesta medida, demonstrar interesse pelo que se passa no dia a dia é essencial. Os Pais não devem nunca esquecer que um Filho é um projecto de uma vida inteira, é um projecto que será tão bem mais sucedido quanta a capacidade que se tenha de criar um canal de comunicação eficaz. Não se pode ter a pretensão de que os Filhos partilhem 100% do que se passa nas suas vidas, nos seus dias, mas pode-se (e deve-se) ter a certeza de que se algo não estiver a correr bem com os nossos Filhos, eles terão o à vontade suficiente para nos procurar e partilhar as suas preocupações. Aqui, quando vestimos a pele de confidentes dos nossos filhos, também devemos saber dosear as nossas respostas. Não desvalorizar completamente os anseios e preocupações (que aos olhos dos Adolescentes são sempre maiores do que na realidade são!), mas também não os empolgar.
Já muitas vezes se disse que educar é, não só uma tarefa difícil, mas essencialmente, um desafio. Um desafio que implica muito investimento afectivo e de tempo, que implica muita coerência nas regras, muita intimidade.
Temos que perceber que o tempo não passa rapidamente apenas para nós, adultos. A sensação de tempo que voa é comum aos nossos filhos, crianças e jovens. Nós adultos, sejamos Pais ou professores, temos que ter a capacidade de orientar o aproveitamento e rentabilização do tempo para que os nossos jovens não se sintam completamente perdidos.
Em jeito de conclusão, penso que será essencial reforçar a ideia da importância da criação e aproveitamento de redes de suporte e de partilha para Pais e Educadores. Tentar a dinamização de encontros periódicos de Pais, com temas de conversa e discussão de interesse comum a todos, em grupos pequenos para que se proporcione o ambiente de partilha e se diminua a sensação de constrangimento em falar perante um grande número de pessoas desconhecidas. Para os Pais, treinar a partilha entre os seus pares, será também uma forma de atingirem o know-how de que necessitam para estender o hábito da partilha às suas Famílias, aos seus Filhos."

Foi mais ou menos isto que eu disse esta manhã no Centro Cultural de Cascais. Consegui falar calmamente, mas o meu coração estava completamente parvo. Mais um bocadinho e saltaria pela boca fora!
Foi uma boa manhã!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Do Campo para a Cidade

Admito a minha urbanidade assumida. A proximidade da capital, o mar ali ao fundo da rua, as características várias deste concelho onde resido, são parte de mim e não me imagino a viver sem elas. Já houve um tempo em que estive pertíssimo de largar tudo isto e de me instalar numa cidade de interior, também algo elitista, mas longe do mar. Não fomos...
No entanto, a vida das cidades de interior e das suas populações continua a atrair-me. O custo de vida, por exemplo. São cidades rodeadas de pequenas povoações, aldeias e vilas onde ainda existe o culto da terra, onde quem lá vive sabe as alturas certas de semear/plantar e colher. Onde ainda existe a troca entre vizinhos. Uns têm laranjas, outros têm couves, e as trocas fazem-se naturalmente pelo excesso e pela necessidade. Muito diferente do consumismo obrigatório de quem vive fechado em pequenos apartamentos em prédios de muitas pessoas.
Ontem, ao princípio da noite, a minha cozinha foi invadida por produtos vindos directamente de um determinado pedaço de terra ali para os lados de Estarreja. Laranjas, tangerinas e limões apanhados especialmente para nós. [não os pude fotografar porque a máquina estava sem bateria...] E também duas abóboras para sopa e uma gila (as que não se podem cortar com faca e têm de ser atiradas ao chão para abrir). E ainda um saco de 5 kg de farinha de centeio e muitas regueifas!!!!
Não sei explicar muito bem o que senti quando vi todos aqueles sacos encostados aos armários da cozinha para arrumar, mas foi assim um sentimento de conforto, foi como se dentro de cada um daqueles sacos, dentro de cada uma daquelas frutas viesse um bocadinho de abraços das pessoas que as colheram e as ensacaram para nós. Foi uma sensação boa de acompanhamento, de amizade para sempre. A sensação de que a Família é mesmo constituída, também, por aqueles que ao longo da vida se cruzam conosco e acabam por criar laços e ficar para sempre nossos.
Obrigada :-)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Poupança e Ecologia

Já andava a pensar nesta opção de lavar roupa há uns tempos.
Em conversa calhou falar-se dos custos dos detergentes e das quantidades astronómicas que se lavam em casas onde a densidade populacional é alta e veio à baila a Ecoball.
Não comprar detergente é uma poupança substancial em cada carrinho de compras, por isso lá fomos nós. Direitinhos ao supermercado onde nos disseram que havia e pelo preço de um pacote de detergente que dá para 70 lavagens comprámos uma linda bola azul que diz que vai lavar a nossa roupa 1000 vezes.
A primeira foi hoje!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Enterpigaitada

Palavra que deriva do verbo enterpigaitar que quer dizer causar confusão, atabalhoação....
Enterpigaitada parece-me ser a palavra mais bem escolhida para designar a semana que hoje começa e que na minha agenda se visualiza como um monte de compromissos a lápis, a caneta, a cores.
Com a agravante de tudo o que em casa se enterpigaita sempre que os meus dias são mais fora do que dentro.
Não vos vou traumatizar com quantos kgs de roupa terei para engomar...afinal é segunda feira e temos de começar a semana com o ego em cima e espírito positivo! Está frio lá fora e temos de nos mexer para aquecer.
Eu estou de saída!!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sentimento

Porque é ele que nos mantém vivos
seja sentido entre duas pessoas, ou entre três, ou entre uma Família inteira de muitas pessoas
o Amor que nos enche o peito de ar e a barriga de falta de ar
o Amor que nos enche os olhos de luz e a cabeça de pensamentos luminosos
o Amor que nos enche as mãos de palavras lindas que queremos escrever e partlhar
o Amor que nos enche
o Amor que nos preenche

Período de Reflexão

Diz-se do tempo que medeia entre o final da campanha eleitoral e o dia do acto elitoral. É o tempo que estamos a viver e durante o qual seria suposto pensarmos em tudo o que ouvimos da boca dos candidatos e decidirmos em consciência a nossa escolha. Sinceramente parece-me uma tarefa bastante complicada, mas a abstenção não é opção. Aliás, a abstenção é uma forma de mostrar indiferença e a indiferença pela "coisa pública" é a indiferença pelas coisas de todos nós. É célebre o lugar comum que diz que quem não vota não deve ter direito a reclamar. Parece-me bastante claro que por muito más que sejam as nossas hipóteses de escolha, pelo menos temos o direito de escolher e, como tal, devemos exercê-lo. Por nós e também por exemplo de cidadania para todos os que, mais novos do que nós, devem compreender que votar é mais do que um direito. É um dever cívico.
Amanhã, antes de rumar a Lisboa para o almoço familiar, todos os maiores de idade desta Família irão exercer este direito.

Tenho Sono


I.
Levantei-me cedo.
A Associação de Pais foi o meu primeiro compromisso do dia. Às nove da matina já estávamos a trabalhar. Cinco pessoas em redor de uma mesa numa manhã fria de Janeiro. Um prato de pão quente, cafés e chá, papéis, canetas e lápis, portáteis e muitas palavras. O bom destes nossos encontros de trabalho é que nos damos realmente bem. Somos tão diferentes uns dos outros, mas gostamos muito do que fazemos. Às vezes temos a veleidade de pensar que gostamos mais da Escola do que os professores que lá trabalham. Parvoíce nossa. Quando nos juntamos para trabalhar, parvamos muito.
II.
Regressei a casa já perto da hora de almoço. Aspiradela e camas.
Afinal era preciso voltar a sair. Sopa de peixe iria ser o menu do almoço e faltava um dois ingredientes. Já que o supermercado era o destino, aproveitei para trazer as coisas que eram precisas para o doce que vamos levar para o almoço amanhã. [A minha cunhada mais nova decretou que o Natal se deveria repetir mensalmente e, portanto, amanhã será dia de almoçarmos juntos].
A tarde estava destinada a demonstração. Aqui perto de casa, aliás, no mesmo edifício onde, de manhã, tinha estado reunida a Associação de Pais. Com três pisos de diferença! Às quatro da tarde lá estava eu. Mochila num ombro, o meu instrumento de trabalho noutra mão. O Sol passou de resplandecente e luminoso a um pontinho longínquo no céu que escurecia. De novo a caminho de casa. Contente, com mais um objectivo pessoal cumprido.
Cozinha em completa ebulição. Com mais uma criança em casa a brincadeira instalada, no auge. Máquina da loiça carregada, deito mãos ao trabalho ingrato de dobrar roupa interior e peúgas. Aproveito e faço uns telefonemas que acabam por não resultar em trabalho para amanhã. Acredito que algo ainda irá aparecer!
Finalmente o jantar fica pronto e à mesa sentamo-nos, hoje, sete.
De novo a loiça e a máquina. Arruma-se a que sai quente, enfia-se na máquina um monte de outra usada no jantar. Devolve-se à sua casa e à sua Família a criança que está a mais no grupo. Infelizmente o sofá ainda está longe. Há um cesto carregado de roupa para estender. Há dois estendais carregados de roupa seca para apanhar. Mãos a esta obra!
O sofá chega finalmente!!!!
Ainda tenho os mails de hoje para ler e responder e outros para enviar. Tenho o ficheiro de clientes para actualizar, e o grupo de mail para alargar a mais dois elementos.
Começo a sentir o peso nos olhos...os meus companheiros de sofá já dormem todos.
Acho que vou arrumar o estaminé e enfiar-me no quentinho...descansar mente e corpo.
Amanhã será outro dia. Feliz, espero eu!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Violência, Género e Adolescência


Na próxima quinta feira vou estar numa das mesas deste seminário organizado pela Câmara Municipal de Cascais. Mais uma vez o meu Concelho preocupado com questões sociais cada vez mais frequentes, com pessoas que sofrem e/ou fazem sofrer.
De mim é esperado que fale sobre o que pensam os Pais, sobre as estratégias que se deverão pensar em conjunto com as Escolas e as forças de segurança para que as situações de violência que envolvam jovens e adolescentes diminuam. Reuni hoje com os organizadores do seminário e com o meu colega de mesa. Trouxe o relatório que deu origem a este seminário para tentar passar os olhos e organizar as ideias para a minha intervenção. Enquanto os pequenos treinavam corfebol, fui adiantando a leitura d'"O Sindicato da Bondade" onde fui sublinhando algumas frases relacionadas com a relação entre Pais e Filhos Adolescentes, com o nível de protecção, com o nível de intimidade entre uns e outros.
Espero ter, durante as 48 horas que se aproximam, tempo para escrever uma cábula que me permita falar durante 10 minutos para uma audiência de 150 pessoas sem me engasgar, sem me emocionar, sendo precisa e concisa!
Querem ajudar dando algumas dicas úteis sobre este tema?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Bilhardices


I.
Nunca tinha ouvido esta palavra.
Bilhardice, bilhardar, estranhas mas engraçadas pelo som que emitem, estas duas palavras são características do código linguístico da Madeira e querem dizer falar sem qualquer tema muito específico, falar por falar, conversar, cuscar.
Desde o passado ano lectivo que convivo com duas Mães que têm origem na ilha da Madeira e foi com elas que aprendi este termo que, sinceramente, me enche as medidas. Quando elas dizem que nos vamos juntar para bilhardar, fico deliciada e sinto-me uma miúda pequena que combina com as amigas de escola uma tarde bem passada a dar à língua sobre esta e aquela, este e aquele, corta aqui, corta acolá!
Agora, andava pelo mail a ver mails em atraso, a responder a uns, a arquivar outros, e lembrei-me que o que me apetecia mesmo era ter alguém com quem bilhardar um bocado.
II.
Está um frio de rachar e eu e o frio não somos propriamente os maiores "budies" (não sei bem se é assim a grafia correcta, mas também não faz mal). Ontem à noite a minha rica Filha lembrou-se que hoje devíamos ir andar de manhã. Argumentei que quando o frio aumenta não se devem fazer esforços físicos que impliquem a perda de energia. Ela não se mostrou nada impressionada por esta bela teoria da sua progenitora e insistiu que iríamos andar a pé, bem cedo, assim que eu viesse da distribuição matinal.
Saímos a pé. Pelo passeio em que batia o Sol, de vez em quando fustigadas pelo vento mais que frio, mas lá fomos. Bilhardando. As duas. Uma em roupa de treino. Outra em roupa normal. Fomos ao sapateiro buscar as botas. Fomos ver as montras. Fomos à Europa América. Folheámos, comentámos, escolhemos e trouxemos uns livritos. Fomos sentar-nos numa das pastelarias mais emblemáticas da Parede. Chá, chocolate quente, pastel de nata, tosta...as duas a saborear uma manhã de "meninas". Fomos ao banco, saber informações. Voltámos para casa, sempre pelo passeio do lado do Sol.
De vez em quando, sabe bem deixar-me guiar pelas mãos e vontades de quem não tem medo de enfrentar o frio e as perdas de energia.
Sim, temos de repetir!

Fora da Blogoesfera, Dentro das Páginas de Uma Revista

Hoje, todos os que comprarem o jornal Sol, ficarão a conhecer a cara e alguns dos espaços em que me movo dentro de casa.
Fui entrevistada, antes do Natal, para um artigo sobre donas de casa. Saíu hoje.
É giro ver o que os profissionais da palavra fazem com as palavras que lhes vamos dizendo numa conversa informal de final de tarde de um dia frio de Dezembro e é bom ver no papel que a quantidade de tarefas que me enchem os dias são realmente muitas e não apenas produto da imaginação de quem passa muitos dias em casa.
Sinto-me mais orgulhosa de mim. Sinto que tudo aquilo, ali, de repente transformado em informação para muita gente ler, é um prémio por todo o trabalho que faço, sem remuneração nem qualquer tipo de incentivo, há 11 anos!
Leiam e deixem aqui as vossas opiniões :-)

Notícias da Bloger Desaparecida

Esta semana foi sugada pelo meu constante movimento.
Constato isso quando abro o meu blogue, o meu sitemetter e vejo o que por aqui aconteceu.
Desde sábado ausente, as visitas desceram tão abruptamente quanto eu não queria que descessem. Mas também, quem é que visita um blogue onde nada acontece durante cinco dias seguidos?
Na minha vida acontecem ao ritmo da luz imensas coisas. Vão-se acumulando os nomes e os locais que vou conhecendo pela primeira vez. Vão-se acumulando experiências e partilhas. Vão-se acumulando contactos que nem sempre querem ter o prazer de me ver entrar em suas casas...
E por minha casa também se vão criando adaptações a este novo estilo de vida da Stay Home Mother. Confesso que o cesto das meias e cuecas para dobrar está um pouco sobrelotado, mas nada que um belo serão não consiga resolver. A roupa para engomar tem continuado a ter o seu lugar de destaque na cozinha e a máquina da roupa não consegue perceber qualquer diferença, pois o seu ritmo de trabalho não abrandou.
O Natal foi finalmente desfeito, as decorações arrumadas e a sala voltou a ter um canto disponível ao ver a árvore de natal sair porta fora.
A vida move-se ao seu ritmo. Agora mais acelerado para mim, mas também mais feliz.
Questiono-me sobre como suplantar as faltas no blogue, as faltas de leitura...mas não me penalizo por elas. Sei-me humana e, apesar de lamentar, sei que não consigo chegar a tudo de forma igual, mas estou contente com esta nova vida em que cada saída de casa é um desafio, um novo conhecimento, um novo percurso.
A vida move-se ao seu ritmo e eu desafio-lhe a velocidade. Feliz. Sorridente.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Aniversário

Fez 25 anos esta semana.
É uma marca de referência na história do skimming em Portugal. À sua frente e na sua origem tem um Senhor. Um querido. Um apaixonado por estas coisas do mar, das madeiras, das resinas, das cores, das ondas.
Juntamo-nos hoje na Praia de S. Pedro do Estoril para cantar os Parabéns e brindar à continuação do sucesso das pranchas e dos atletas, sejam eles do team Folha ou não. O importante é o skimming, o mar e a "boa onda".
Vamos até lá!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Eu e as Cozinhas...


Sinto-me especialista em cozinhas.
Quando bato à porta e entro, não conheço outro caminho nem qualquer outra assoalhada. Unica e simplesmente a cozinha.
Grandes umas, pequenas outras, modernas, antiquadas. Cozinhas que fazem sentir que ali se cozinha, cozinhas que transmitem o vazio que por vezes também ilustra as vidas.
Já em minha casa, é onde passo a maior parte do dia.
Uma divisão à qual nunca dei demasiada importância, de repente transfigura-se. É o centro do meu mundo, é o objectivo do meu dia a dia. De repente outras imagens vêm à memória. Em festas, jantares, almoços, é na cozinha que todos gostam de se concentrar, nem que seja por minutos, a conversar, a partilhar novas ideias culinárias, a beber um café antes de ser servido na sala. Realmente é na cozinha que está o coração de uma casa. É dela que saem as energias que alimentam os que por ali habitam, é dela que transpiram aromas que se espalham pelo ar.
Agora, o meu objectivo são as cozinhas.
De Norte a Sul. De Este a Oeste...
...vinde a mim!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Orgulho

Iniciar um texto pela palavra não, parece-me algo negativista e pouco correcto, mas era mesmo por ela que eu gostaria de começar a minha reflexão.

Não faço a mínima ideia de qual é o sentimento que cada pessoa tem relativamente à autarquia do seu local de residência. Não faço mesmo ideia se cada pessoa ocupa algum do seu tempo mental a reflectir sobre este tipo de questões. Seja como fôr, ontem, após terminado o Encontro Coisas de Todos Nós no Centro Cultural de Cascais, foi com um enorme sentimento de orgulho e alegria que saí daquele espaço cultural para o sol da vila.
Cascais é uma autarquia que tem trabalhado imenso as questões sociais, da educação, da cultura, do desporto e da juventude. Sempre com uma enorme discrição e sem espalhafato, porque é assim que deve agir quem tem a humildade intrínseca.
Cascais é uma autarquia que tem trabalhado para a criação de redes sociais que funcionem. Redes sociais na verdadeira acepção da palavra, são redes de pessoas que trabalhando em locais diferentes se vão agregando em torno de um objectivo comum, unindo saberes, trocando experiências, criando um suporte sólido para que outras pessoas sejam ajudadas, orientadas.
A nível da educação/parentalidade existe o projecto Coisas de Todos Nós que é, como o nome indica, um ciclo de conversas sobre temas que são comuns a todos os que são Pais e educadores. São conversas que vão às Escolas, desde o jardim de Infância até ao Secundário, falar com os Pais sobre coisas tão básicas como as regras, os comportamentos, a adolescência. São conversas que não pretendem debitar certezas, mas pretendem, com toda a certeza, promover a partilha. Essencialmente, partilha de experiências de "fazeres", porque educar não é uma tarefa fácil. Educar é um desafio que não se limita ao dizer não, como em muitos casos nos foi dito a nós, os que agora somos Pais. Queremos ser Pais e Mães melhores do que os que tivemos e isso deixa-nos frágeis. Cheios de dúvidas e incertezas para as quais não podemos ter a veleidade de pensar que alguém terá uma resposta definitiva. Nunca isso acontecerá. Lidamos com pessoas, com Filhos, com personalidades distintas, com sentires distintos. Só por esta diversidade já a nossa tarefa educativa se torna exaustiva.
Os Encontros de Pais são o local da partilha, são quase terapêuticos, no sentido que nos mostram que todos nós, pais, temos os mesmos problemas e as mesmas dúvidas.
Hoje, ainda em estado de contentamento pelo Encontro de ontem, manifesto aqui o  orgulho que tenho na minha autarquia e no trabalho que desenvolve a pensar em pessoas.
Obrigada!

Instantaneamente Feliz

Daqui
O Sol tem este efeito em mim.
Na rádio toca a Zephir Song. Subo o volume, abro a janela do condutor e canto alto, a plenos pulmões.  
A certeza de que o dia vai ser bom, de que tudo só pode correr bem, de que as horas se esticarão para que o tempo não fuja entre os dedos ocupados de tarefas. 
Conduzo com a vontade de quem se dirige para o melhor encontro da sua vida, com a vontade de abraçar, beijar, cobrir de ternuras quem me aparecer pela frente. 
Felicidade instantânea.
Porque o Sol tem este efeito em mim.

Grande Écran


Daqui
Leva-me pela mão. Como se eu fosse outra vez pequenina.
Compra-me um chocolate regina  com sabor de ananás e leva-me pela mão. Não quero ir de carro. Quero ir a pé, como dantes. Passeio fora. Até ao cinema. Quero outra vez um bilhete de cinema e não um ticket de papel térmico. Quero sentar-me e ficar em silêncio presa às imagens até que chegue o som que nos dirá que chegou o intervalo. Quero ir ao bar e beber um café de saco. Conversar sobre tudo e nada que nos enche de intimidade. Quero que me digas que me fica bem o vestido que escolhi para esta saída especial. Quero que o filme acabe num final feliz. Levas-me ao cinema?

Desejos [de Natal]


Daqui
Livraria Ferin, Rua Nova do Almada
Espreito-os cá de fora.
Causam-me desejo. Um desejo tão forte que mal controlo a emoção sentida ao pensá-los tão perto de mim. São centenas, milhares deles. À minha disposição. Alinhados, pacíficos, anseando por atenção e ternura.
O vidro embacia com o vapor causado pela minha respiração. O frio é cortante e sinto-o a atravessar-me a roupa, a gelar-me os ossos, a paralisar-me os movimentos. Tenho as mãos enfiadas nas algibeiras do casaco que não consegue parar o meu tiritar. Tenho o nariz colado ao vidro. Vejo-me no reflexo e, simultaneamente, deixo de me ver quando a névoa da respiração cobre tudo e encobre o que lá dentro repousa. No quentinho de um ar condicionado, na temperatura ideal.
Hesito entre empurrar a porta e passar a fazer parte do que observo e continuar cá fora, espectador atento da calma e da serenidade que só prateleiras inteiras cheias de livros me conseguem transmitir. Se eu entrar, a serenidade será violada. O meu desejo far-se-à notar e todo este mundo que observo, embaciado, se transformará. Eu, pessoa, sou capaz de alterar o ambiente em que entro. O meu desejo por todas as letras é demasiado intenso. Acelera-me a respiração...
...o pensamento vagueia, adivinha cada uma das histórias que as prateleiras abrigam. Não são histórias de amores felizes, essas não me agradam em nada. São histórias densas e complexas, com palavras estranhas que me obrigam a um outro livro por perto para decifar aquele que escolhi para ler. São histórias onde os amores são real e cruelmente infelizes, atribulados, recheados de segredos que não se dizem.
Já não me lembro do frio e por isso decido não passar da porta para dentro. Estou adormecido ali na soleira da porta. É Natal e não quero sair dali. O que me espera não me faz correr, prende-me ao chão, à calçada, maravilhosa e fria. No vidro embaciado que me hipnotiza o olhar e me ata pés e mãos, surge outro rosto que pelas costas se aproxima de mim. Encosta o corpo ao meu. Pousa a cabeça no meu ombro sussurando-me ao ouvido o meu nome, P e d r o. As cinco letras ditas assim, baixas e roucas, quentes no frio da noite, com os corpos chegados um ao outro, soam-me, ressoam-me no cérebro. O meu nome naquela voz, que conheço, que me faz tremer as pernas. Viro-me. Os meus braços cruzam-lhe o corpo que se me oferece tão simplesmente. E o desejo que ainda há pouco me estremecia o corpo ao olhar os livros, volta. Quente, forte, sufocante. Passo-lhe as mãos no cabelo, aliso-lhe. Desenho-lhe com os dedos a curva das sobrancelhas, o recorte dos lábios. Os olhos fechados, o corpo abandonado ao meu. Beijo-a. Abraço-a como se a quisesse proteger. Abrigo-a do frio em mim. Sinto-a.
Afinal é Natal...

Poema Sobre a Recusa

Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.

Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda
Maria Teresa Horta

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

01.01.011

Hoje é o 1 o algarismo do dia. Sinónimo de primeiro, de antes de todos, de princípio, de que nada aconteceu antes dele. Repete-se pela data fora. O 11º dia do 1º mês do 11º ano da 2ª década. Há-de haver, com certeza, quem encontre um qualquer significado neste acumular de uns. Há-de haver quem pressagie e quem se atemorize. Para mim é apenas engraçado e já adivinho tema de conversa quando a campainha da escola tocar e iniciarmos o caminho de regresso a casa.
Vem-me à memória a passagem de século. O medo que tomou conta dos informáticos de todos os cantos do Mundo. Os bugs que se adivinharam, as questões que se puseram quanto à reprogramação de rotinas informáticas onde o campo data não estaria programado para ter dois zeros a identificar o ano. Já passaram onze anos sobre esse "pânico". O mundo acelerou o passo desde então, a informática galopa descobertas e inovações, parece que já nada pode ser obstáculo à comunicação global.

Hoje é o 11º dia do mês 1º do ano 2011.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sindicato da Bondade, Eduardo Sá

[...]
«Uma família serve para nos sentirmos acompanhados por dentro, adivinhados quando nos sentimos misteriosos e arrebatadores (sempre que estamos sonolentos). E ensina-nos que perdoar é esquecer sem dar por isso. Eu acho que, para tantas coisas, uma família, para ser família, tem de ser numerosa. E só se for assim será sagrada. Nas famílias de verdade cabe a educadora que nos contava histórias e a professora que nos ralhava, sempre que mordíamos a língua para pensar. E o senhor da padaria, que nos sorria, de manhã, como muitos dos nossos tios nunca o fizeram. E o Augusto dos jornais, que mal falava mas que, por nada que se esperasse, se comovia enquanto ria. E a D. Isaura, dos bordados, que fazia de conta que não percebia quando estávamos a mentir. E o Pai Natal e Deus, sempre que ficávamos, noite fora, à calhandrice com eles (mais vezes do que conversávamos com os nossos amigos). E os amigos, claro, para além de todos aqueles que sentimos serem nossos. Uma família é uma barafunda. E só se for assim é paz. E é amiga de verdade, sem a qual se é desfeliz. E puxa os sentimentos, de supetão, do fundo da alma para a superfície da pele. E desabotoa a fantasia. E é dedicada com o colo. E afeiçoa-se ao brincar. E à esperança, é claro. E a tudo o que mais que quem fala dos valores da família nunca nos diz. Na verdade, a ideia de família tem sido tão enxovalhada que já não sei se gosto dela. Do que gostava - mesmo! - é que a família fosse, simplesmente, um sindicato da bondade. Mas não sei se conseguirei explicar porquê, mas acho que, só se for assim, será família. E será feliz.»
Sindicato da Bondade,
Eduardo Sá,
salamandra,
Outubro 2010

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dia de Reis


...dia de "desmanchar" o Natal, dia de dar e receber presentes em Espanha.
Não fiz Bolo Rei. Ainda temos o que sobrou da Passagem de Ano.
Não desmanchei a Árvore nem as decorações nem os presépios. Um dos Filhos pediu que deixasse "mais um bocadinho, passou tudo tão depressa!". Faço-lhe a vontade até amanhã. Amanhã, quando regressarem da Escola, espero ter tudo arrumadinho para só voltar a sair da arca daqui a 11 meses.
Passo as últimas horas desta tarde de Dia de Reis a engomar camisas. Uma maratona, aborrecida, mas obrigatória. Daqui a 35 minutos tenho a reunião de entrega de notas do nº3.
Fim de dia, chuvoso e ventoso.

Saltos [para o desconhecido, ou não]

I.
Completaram-se 11 anos sobre a data em que saí, pela primeira vez na minha vida de adulta, da minha zona de conforto. Na altura, há 11 anos efectiva numa grande empresa nacional e já com três filhos, comecei a observar a minha vida à lupa. Saía cedo de casa e voltava tarde. As crianças ficavam num colégio, onde eram dos primeiros a chegar e dos últimos a sair, a casa era tratada por uma empregada. Papel e lápis ajudaram-me a decidir o que o meu inconsciente me dizia para fazer - deixar de trabalhar fora de casa e dedicar-me às crianças e à casa. A vida, tal como estava organizada, alterou-se completamente mas para melhor. Deixaram de existir ansiedades com a hora de fechar do colégio, deixei de ter de andar de casa para Lisboa e vice-versa, deixei de sentir um enorme peso na consciência de cada vez que algum deles adoecia (enquanto trabalhadora, sentia-me sempre em falta de cada vez que tinha de ficar com um doente).
II.
Em Novembro de 2010 voltei a sair da minha zona de conforto. Desta vez um salto muito maior, desta vez um salto para o desconhecido. Longe de tudo o que alguma vez fiz a nível profissional, longe de papéis, canetas, computadores, arquivadores e telefones que eram a minha especialidade, decidi dizer sim a uma actividade comercial. Divulgar/promover um produto que cá em casa não tem mistérios para ninguém e que todos utilizam/estão habituados a ver utilizar. Vender não é o meu género, impingir muito menos, portanto tem sido com muito gosto e com muito prazer que tenho desempenhado este meu novo trabalho. A saída da zona de conforto é, neste caso, radical. A minha cabeça, até agora programada para a gestão familiar, está, de repente, programada para o atingir objectivos. Convém dizer que os objectivos são criados de mim para mim, mas a exigência comigo é uma característica que me define e, portanto, a fasquia é sempre alta, o que eleva também o nível de stress. A angariação de contactos é, para mim, a questão mais complicada deste trabalho. Tendo que continuar a minha função de gestora da casa/da família, o tempo para andar na rua não é muito...mas se não andar na rua, se não falar com outras pessoas (outras que não as do meu círculo de rotina), como encontrar novos clientes?
Ponho-me a pensar na hipótese de ter que investir algum do meu lucro em literatura especializada nesta área.
III.
Sair da zona de conforto.
Acção extremamente difícil para grande parte de nós. O que está dentro do círculo é o conhecido, o que não nos afronta, o que não nos põe o coração mais depressa se não tivermos forma de resolucionar esta ou aquela questão. Mas será que fechar o círculo e ficar lá dentro, é mesmo a melhor forma de viver? Acredito que viver é um desafio que devemos propor-nos em cada dia que se inicia e, sendo um desafio, devemos enfrentá-lo com a vontade de nos superarmos, de fazermos cada vez melhor, de darmos mais de nós aos outros, de saber receber mais dos outros.
Eu saí e estou a gostar!

Partilha [Completamente] Fútil

Saldos.
Palavra mágica para uma grande parte da população mundial. A época mágica que se inicia cada vez mais cedo e que me faz pensar nas grandes somas que as lojas mais presentes em Centros Comerciais arrecadam quando não estão com os preços reduzidos. Vender a 50% do preço marcado é, com certeza, vender e ainda ganhar dinheiro, certo?
Já tenho dito por aqui que centros comerciais não são o meu destino preferido e que a gastar dinheiro o faço sempre, em primeiro lugar, em livros.
Foi pelos livros que comecei hoje. Depois de uma reunião na CMC que me deixou empolgadíssima para trabalhar na (minha) preparação para falar num seminário para que fui convidada, segui viagem em direcção ao Cascaishopping. Tinha umas coisas para trocar, dois livros para comprar (leituras para a escola), enfim...fui dar um giro, sair da rotina.
Mergulhei de cabeça na FNAC. Sem uma lista de "eu quero" escrita ou na cabeça, fui passeando pelos expositores. Procurei o livro do Martim e uma agenda de 2011 (que ele pediu para "se organizar") e depois fui-me deixando viajar entre capas e páginas. O resultado foi volumoso.
Deixo para trás a FNAC e entro no reino feminino, trapos. Curiosa a minha falta de vontade para comprar esta ou aquela peça de roupa. As calças de ganga (embora por vezes me farte delas) continuam a ser a melhor peça de vestuário alguma vez inventada pelos homens e eu, mulher, agradeço-lhes! No entanto, enfiada naquele universo de etiquetas  com os preços reduzidos a metade, acabei por me deixar tentar por outros tecidos e outros formatos.
Regressei a casa com algumas coisas novas. A sensação é boa!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ouvi e Fiquei a Pensar...





...
que tenho alimentado pouco o meu blogue
...
que escrevo sempre as mesmas coisas
...

Olha, Já Estamos Em 2011 !!!

Estamos no 2º dia.
O Dia 1 começou tardio e subitamente estava terminado.
O 2º dia não durou muito mais. Entre arrumar os destroços da passagem de ano e dar um jeito na casa e iniciar a mentalização de reiniciar as aulas, o dia de hoje também se despediu da luz e entrou no lusco fusco do final de dia.
Amanhã recomeçamos o dia a dia. O acordar cedo e não parar. O vaivem, as escolas, as reuniões de entrega de avaliações, as reuniões da AP e da FAP, as reuniões da Bimby e as demonstrações.
Amanhã os Filhos voltam à Escola. O Pai fica em casa de férias.
Eu mantenho uma rotina mais ou menos idêntica em cada dia que passa!
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