Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

De Amizade


"Amigo é aquele que já chorou à minha frente
e à frente de quem eu já chorei.",

alguém disse. Subscrevo e concluo que são poucos aqueles a quem posso chamar Amigos.

Afectos no Interior da Fragilidade


Somos Três. Já nenhum de nós tem as mãos assim pequeninas, apetitosas de bébé. Já todos nós fechámos dentro das nossas outras mãos pequeninas, apetitosas de bébé, dos nossos Filhos. Para os nossos Pais continuamos a ser os bébés a quem eles seguraram as mãos, encheram de beijos nas bochechas, de mimo. Os papéis invertem-se agora. A vida quis mostrar-nos que nós Três, diferentes, tão diferentes, continuamos a ser os mesmos que há muitos anos atrás formavam um trio inseparável e que, apesar de termos crescido e seguido rumos diferentes, temos características e gostos que nos continuam a unir. Juntámo-nos hoje na visita ao Pai. Chegaram primeiro as raparigas. Viajaram juntas Marginal e A5 fora. A mais nova conduziu. A mais velha deixou-se conduzir. Dispensaram o elevador e subiram cinco andares a pé, unidas pelo pavor a elevadores. Chegou por último o caçula. De canadiana vestida e mochila às costas. Rapidamente as pernas do Pai se transformaram em suporte para o trabalho fotográfico do rapaz. Comentaram-se imagens, elogiaram-se umas e outras nem tanto. Pedincharam-se algumas (eu, claro!), com sucesso. Saíu de seguida a máquina fotográfica. E o caçula fotografou soros, bacias de inox, pés articulados de cama de hospital, tubos, o que lhe apeteceu. Falámos de tudo e de nada. Despedimo-nos. As manas tinham que regressar aos seus bébés já crescidos. O mano ia dar o seu lugar de visita à mãe do seu bébé que esperava a vez de entrar. Descemos a pé cinco andares. No estacionamento conversámos, rimos da "marretice" dos nossos Pais, preocupámo-nos em conjunto pela incerteza do que ainda está para nos chegar, mimámos a benjamim da Família. Vieram de novo as manas, A5 e Marginal fora. Agora debaixo de céu mais do que plúmbeo, de chuva forte, de mar ainda e sempre revolto.
Neste bocado de tarde de domingo não houve filhos para tomar conta, maridos a exigir atenção, casas a quererem lembrar-nos da nossa condição de adultos. Neste bocado de tarde de domingo houve Filhos em redor de uma cama de Hospital, enchendo de afectos o ar impregnado pela fragilidade da doença.

Coisas de Todos Nós

Um Encontro de Pais
Uma Máquina noutras Mãos

Fomos cerca de trinta. Pais e alguns Professores. O mote foi lançado, Adolescência.Todos demos as nossas definições. E falámos e conversámos e rimos e emocionámo-nos. Quando se ouve falar alguém cujo único objectivo é conversar com as pessoas que tem à frente como se todos estivesssemos sentados em confortáveis sofás numa tertúlia nocturna, os relógios param. Que interessa que chova e faça vento lá fora. Somos todos um só, unidos pelo amor que temos aos nossos adolescentes, com as suas crises, hormonas, rebeldias, medos, irresponsabilidades, etc, etc.

Ao ouvi-lo falar tive a certeza da boa direcção da linha da educação que tenho dado aos meus Filhos - regras/ respeito/ confiança/ responsabilidade/ companheirismo/ amizade/ ternura. Não sou a melhor Amiga de qualquer um deles, mas sou, de certeza, uma Amiga com quem podem contar, a Mãe que nunca faltará à chamada, mesmo quando a palavra de três letras quase se esgota de tanto ser dito durante as 24 horas do dia.

Gostava de deixar aqui registado tudo o que foi dito. Foi muito. E bom.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Medo

O Álvaro e o BB
Hoje, na Marginal

A Terra está revoltada. Com todas as alterações que lhe temos vindo a impor.
Eu fico assustada.
Só hoje já houve terramotos, tsunamis, ventos ciclónicos. O Mar veio mostrar o seu poder a terra firme.
Não quero acreditar que o Mundo vai mesmo acabar.

Deu-me para isto # [5]

Aniversário, o Segundo


Hoje tenho tanto para dizer.
Depois de ontem ter tido um excelente final de dia, pensei que hoje iria escrever sobre como é bom ouvir falar uma pessoa que sabe envolver quem o ouve...
Dormi mal. Rapidamente e mal. Acordei cedo. Dei com um temporal lá fora. A vegetação do jardim verga-se ao peso do vento e o prenúncio de chuva torna cinzento o meu início de dia. O estômago está num nó, levemente enjoada, sem ontem ter jantado mais do que uma reineta. Decido que o melhor que tenho a fazer é levantar-me, ir ao pão e ao jornal, tratar do pequeno almoço. Saio para a rua. Desço ao mar. Ao cinzento da invernia junta-se a espuma branca, desordenada, alterada pela ventania. A tempestade está instalada nos ramos de palmeiras que perdem a compustura tropical perante o vento. As ventoinhas eólicas rodam a uma velocidade que faz desaparecer as pás, tornando-as apenas um rasto branco empurrado pelo sopro do ar.
Pão e jornal no banco do pendura. Regresso a casa. Os meus Filhos recebem-me com os Parabéns pelo segundo aniversário do blogue. Risos e beijos.
Hoje tenho mais uma "filha". Mesa para sete. Pequeno almoço animado pela presença de mais uma menina entre os três rapazes e a mana crescida. O meu nó no estômago continua e nem a animação destes jovens/adolescentes/crianças o conseguem desfazer e, no final da refeição, toca o telefone. A minha Mãe. O meu Pai vai voltar para o hospital. O nó no estômago aperta com mais força. Sobe à garganta. Promete inundar os olhos.
O dia está cinzento. O vento sopra lá fora. Forte!
Hoje eu tinha tanto para contar, mas perante a fragilidade da doença, tudo é pequeno, insignificante, pouco. O meu blogue faz dois anos. O meu Pai volta para o Hospital. E eu...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Algarve
Agosto 2007

Ser Mãe é um trabalho de toda a vida. Um trabalho que para se fazer bem feito dá mesmo muito trabalho. Ao longo do tempo que tenho de Mãe tenho aprendido muita coisa, tenho mudado imenso a minha forma de ser. A refilona impaciente que fui enquanto jovem e jovem adulta foi-se transformando numa Mulher mais calma e com mais capacidade de aguentar os embates que dantes me faziam explodir, ferver em pouca água. Nunca fui de ler livros sobre o bebé, o adolescente, etc. A minha carreira profissional como Mãe tem sido feita sem formação específica para além do bom senso e do transportar para os dias de hoje os princípios e educação que recebi dos meus Pais. À medida que estes quatro têm vindo a crescer, os desafios que me são postos têm crescido também. Quatro filhos são quatro pessoas diferentes. O que para um é básico, para outro pode ser complicado, o que para um é maravilhoso, para outro pode ser a coisa mais banal do mundo. E eu, sempre com eles, tenho de ter a adaptabilidade de saber dar o valor a cada coisa no momento certo e na hora certa.

Estou agora numa nova etapa. Já dei o primeiro passo. A minha vida é uma luta, mas uma luta que eu vou vencendo batalha a batalha. As marcas vão ficando em mim, mas fica também a sensação de que este caminho que escolhi é o caminho certo. Que esta profissão que tenho é desempenhada da forma mais correcta para cada um deles. Por vezes é difícil não sentir a frustração ou mesmo a culpa por não ser tão disponível para cada um individualmente, mas não sou definitivamente a SuperMulher.

Acredito sinceramente que eles valorizam o que têm em mim. E isso é recompensa suficiente!

Fragilidades

Quando a doença chega e se instala debatemo-nos com uma avalanche de emoções. O "porquê", o "vai correr tudo bem", aquilo em que acreditamos e aquilo em que queremos acreditar.

Na minha Família já passámos por esta situação três vezes. Sempre os homens a cair. As mulheres a sufocarem o peso do seu próprio sofrimento em prole de uma esperança e da ajuda de quem sofre a doença.

As fragilidades vêm todas ao de cima. As emoções andam encapotadas. Não se podem mostrar até ao momento em que rebentam a represa e se espalham, se alargam a todos nós.

Ando aparentemente calma. Um dia de cada vez, aguardando a sentença. Que será ditada na próxima semana.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aqui no Murtal

Fotografia trazida
do blogue da

Vivemos na província. O Murtal é uma localidade campestre. Sobranceira ao Mar. Muitas casas antigas. Algumas casas recuperadas. Construção nova a nascer. Tal como as habitações também a maioria dos habitantes desta zona são pessoas idosas.

No fim de semana, depois de uma aventura digna de filme de acção canino aqui no meu quintal, fiz um bolo para ir oferecer aos meus vizinhos de trás. Para lhes agradecer a ajuda que me tinham dado durante a dita aventura.

"Os senhores vieram dar uma grande animação a esta zona.
Já não existem crianças por aqui e nós sentíamos falta..."

Pois é. Há mesmo uma grande falta de crianças por estas bandas. Tirando os Escoteiros que se juntam aqui aos sábados à tarde, a nossa vizinhança é feita de casais idosos. Pessoas que passam os seus dias por casa, que vão até à papelaria mais próxima levantar os cheques das reformas, que vão ao minimercado às compras e à cabeleireira de bairro saber as novidades nas revistas côr-de-rosa.

Vivemos na província, mas gostamos. Em qual outro local poderia eu sair de casa, em pijama, para ir deixar os meus Filhos à Escola ou correr atrás dos cães que decidem ir trocar cumprimentos com os seus companheiros de raça que vagueiam pelas ruas?

Gostava que tivessemos um espírito idêntico ao de Wisteria Lane. Os chás entre vizinhas, o companheirismo e a entreajuda. Faz-me falta o convívio e a conversa.

Por vezes sinto falta do bulício da cidade, mas na maior parte das vezes, é imortal o meu amor por este local onde vivo. Que se chama Murtal.

O Post Possível Depois de Um Dia de Jejum (forçado)


Estamos na Quaresma. Para os Católicos, este tempo é um tempo de abstinência, de resistência aos prazeres e às tentações. Talvez por isto, o facto de ter passado um dia sem escrever uma única palavra, [por não funcionamento do servdor de blogue], tenha sido um sinal. De que devo dedicar-me em menor quantidade de tempo às coisas terrenas, ao que me dá um prazer momentâneo. 

A minha cabeça em perfeita ebulição. Hesitando entre dar continuação à "Tempestade" ou simplesmente deixar ficar em aberto e à consideração de cada leitor o que se seguirá aquele dia cinzento e carregado de chuva.
Na realidade, o cinzento é a cor que tem definido os nossos dias. Afecta-me a falta de sol. Fico neura e sem paciência. Espreito o mar daqui do alto e só vejo uma enorme mancha, também cinzenta e bastante picada pelo vento que se faz sentir. Arrancando à massa de água novelos de espuma que se deslocam sem nenhum nexo. Ondas que rebentam, ventos que sopram infernais.
E a vida que tem de continuar debaixo da escuridão. E o tempo que não pára, que não avança, que não se transforma. Os dias. Continuam cinzentos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dificuldades de Leitura ([ou post típico de Facebook]


Quando encalho na leitura fico irritada.
Ando com Os Pilares da Terra há um ror de tempo.
Já acabei o primeiro volume.
Já iniciei o segundo, mas agora não há meio de desenvolver.
Tenho três pilhas de livros que aguardam ansiosamente por começar a sair da estante. Enquanto não acabar este não passo para outro...ando mesmo irritada!

Tempestade

Fotografia gentilmente
emprestada por

"Life is not about waiting for the storms to pass...it's about learning how to dance in the rain."

Pego no telefone. Quase me cabe na palma da mão. Penso se devo fazê-lo. Marcar o teu número. Ouvir o toque, deixar que atendas, ouvir a tua voz, sentir-te ouvir-me respirar do lado de cá da linha. Em silêncio. Só te quero ouvir. Resisto. Tremem-me as mãos, a garganta seca ao mero pensamento de ter de expelir som para falar contigo. O meu corpo deseja-te. Como te deseja.O sangue que corre dentro de veias e artérias queima-me por dentro. Uma tempestade humana que de mim se apodera, que me sufoca. De pouco me vale a clareza do cérebro que se mantém intacta e que envia mensagens de perigo ininterruptamente. De pouco ou nada me vale passar os olhos pela mesa, tentar concentrar-me em folhas e letras que exigem ser lidas e que os meus olhos desfocam e transformam num só vocábulo. O do teu nome. Rodo a cadeira. A chuva começou a cair em gotas grossas e encorpadas, fustigando os vidros antigos, com bolhas de ar, os originais deste andar onde todos os dias me encerro para trabalhar, ou talvez apenas para fugir da vontade que todos os dias me levaria a ti. Tranformando dois mundos numa aventura maravilhosamente perigosa. Lá em baixo o Tejo. Cinzento, reflectindo o peso das nuvens negras que lhe servem de tecto, corre macio para o mar. Pego no casaco pendurado no bengaleiro de ferro, visto-o, troco os saltos por umas botas baixas, confortáveis, de caminhada e desço os quatro andares de madeira encerada que me separam da tempestade de final de tarde em Lisboa. Não carrego chapéu de chuva. Saio a porta pesada de madeira lacada de verde. Os pés nos degraus de pedra. A chuva a cair. O barulho da chuva na calçada, nos telhados, nos vidros. Os carros que rolam indiferentes a quem nos passeios se encolhe para não ser atingido pela água que fazem saltar quando passam. Velozes no macadame escuro da cidade. Escuro como o dia de chuva. Alheada de tudo lanço-me passeio a baixo. Ando sem rumo. Sem pensamentos. Apenas o teu nome a ribombar-me na cabeça, uma, duas, três vezes, por cada passo que dou. Penso estar a enlouquecer. Viro o rosto para cima, para o céu, e deixo que a água me cubra. O cabelo, os olhos, a boca. Preciso da sensação de frescura, de libertação. O teu nome continua cá, mas agora dentro do peito. Guardado. Resguardado da insanidade de um cérebro que não o quer deixar ser esquecido. Murmuro-o. Quero senti-lo nos meus lábios. Como se da chuva fria tivesses aparecido propositadamente para me beijar. A sensação é de quase conforto. Estás em mim. Só eu sei disso. Sorrio. O toque de sms de dentro da algibeira do casaco. O teu nome...a garganta seca, as mãos tremem, o corpo (re)deseja-te e a tempestade volta. Acompanhando a chuva que continua a cair do céu cinzento e carregado de Lisboa.

Homofobia? Não Obrigada!

Ao assistir ao jornal da noite de ontem, na SIC, fiquei a par da campanha ["...é tempo de reconhecer que lésbicas e gays são mães e pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, vizinhas e vizinhos, amigas e amigos, familiares ou colegas - e que é tempo de deixar de dizer "eles" ou "elas" e de finalmente passarmos todas e todos a dizer "nós". ..."]que a associação ILGA está a levar a cabo em Lisboa, com a parceria da Câmara Municipal da cidade e o apoio do projecto SIC Esperança.

Entrevistas de rua demonstraram que, na sua maior parte, os cidadãos portugueses não estão ainda preparados para conviver, abertamente, com a diferença.

Não se trata de pouca vergonha ou de descaramento como alguns dos entrevistados referiram, trata-se unica e exclusivamente de aceitarmos a diferença e de termos a capacidade de nos pensarmos diferentes. A orientação sexual de cada um não pode ser factor discriminatório nem pode, à partida, determinar o pressuposto de determinadas qualidades/defeitos de cada pessoa.

A todos os que são Pais&Mães cabe a tarefa de educar para a aceitação da diferença independentemente de se conseguir ou não perceber essa diferença e, até de concordar com ela.
A tolerância é uma qualidade indispensável a todos os que vivem em comunidade/sociedade, sendo a Família o primeiro grupo onde essa qualildade se treina. Há que a transpôr para fora do nosso seio familiar e praticá-la em relação a todos os que nos rodeiam, em todas as vertentes da nossa vida. A sociedade, portuguesa e não só, necessita de mentalidades mais abertas, de cidadãos que marquem a diferença pela compreensão de si mesmos e dos outros.

Eu educo para o respeito pela diferença.

Today's Wishing List

a) Medo, de Al Berto
b) Rodrigo Leão no Museu do Oriente
(aceitam-se doações!)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Se houvesse degraus na terra... [Para todos, na Madeira]


"Se houvesse degraus na terra e tivesse anéis o céu,
eu subiria os degraus e aos anéis me prenderia.
No céu podia tecer uma nuvem toda negra.
E que nevasse, e chovesse, e houvesse luz nas montanhas,
e à porta do meu amor o ouro se acumulasse.
 Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,
levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.
Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,
e a fímbria do mar, e o meio do mar,
e vermelhas se volveram as asas da águia
que desceu para beber,
e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.
 Maldito seja quem atirou uma maçã para o outro mundo.
Uma maçã, uma mantilha de ouro e uma espada de prata.
Correram os rapazes à procura da espada,
e as raparigas correram à procura da mantilha,
e correram, correram as crianças à procura da maçã."
Herberto Helder,
(nascido a 23 de Novembro de 1930
no Funchal,  ilha da Madeira)


Aqui

Há Pessoas Maravilhosas na Minha Vida # [1]

Só quando me ponho a pensar há quantos anos conheço esta ou aquela pessoa é que percebo bem a idade que tenho.
Depois do jantar maravilhoso de sábado veio uma manhã de domingo um bocadinho difícil. Tivemos de acordar cedo e as primeiras horas da manhã foram um tudo ou nada nubladas, tal como o céu.
À tarde, à hora em que as pessoas normais começam a pensar lanchar e em que nós, pessoas aparentemente normais, começamos a pensar almoçar, apareceram visitas. Mãe e Filha. Mãe/Amiga de há 3 décadas e mais um bocadinho, Filha com a idade do Martim. Passadas as primeiras "vergonhas" iniciais por parte da menina e "parvoíces" por parte dos rapazes, a casa era um corropio de corridas e risos. Jogo das escondidas num sobe e desce de escadas que mais do que uma vez me fez pensar que a nova Urgência de Cascais ainda não está a funcionar...
Maravilhoso observar como nós duas continuamos a ter do que falar e do que rir. Maravilhoso observar que tanto uma como outra temos Filhos que não precisam de muito mais do que uns breves minutos para se transformarem nos "melhores amigos do Mundo" e já não quererem separar-se.
Sim, eu tenho Pessoas Maravilhosas na Minha Vida!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Há Pessoas Maravilhosas na Minha Vida

A minha Máquina noutras Mãos
Setembro 2007
Largo do 31 da Armada, Lisboa

Já lá vão vinte e três anos.
Corria o ano de 1987. Acabada de fazer o primeiro ano do curso de Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, concluí que a minha preparação do secundário não me iria permitir continuar naquele curso obtendo bons resultados. Inscrevi-me num programa OTJ que acabou por me levar a conhecimentos que me conduziram a um curso de informática (escritório electrónico, era o nome dele)financiado pelo FSE.
Em horário laboral que se estendia pela noite fora, remunerado e intensivo. Num edifício da Rua D. Estefânia em Lisboa, duas turmas por piso, elevadores que passavam a vida a avariar, pessoas vindas de todos os pontos do país. Durante sete meses fomos a família uns dos outros e aquelas salas de aula, a juntar aos cafés da zona, eram a nossa casa.
Há três anos juntámo-nos para celebrar a passagem dos 20 anos sobre aqueles dias gloriosos e, mais velhos, mais gordos, mais carecas, mais magros, com filhos, sem filhos, todos nos sentimos como se tivessemos menos duas décadas em cima e continuassemos a ser os mesmos que se tinham conhecido para aprender a trabalhar com aquelas coisas estranhas que funcionavam em comandos de DOS e se programavam em linguagens como PASCAL e DBaseIII Plus... Criámos ligações que nos unem apesar das distâncias e dos períodos de silêncio que nos separam.
Ontem, directamente do Cartaxo, chegaram dois para jantar. Um jantar feito em menos de um ai e que deu direito a conversa à mesa até às quatro da manhã. E foi bom. Sentir o aconchego que se sente quando se está entre pessoas com quem sabemos podemos estar despidos de máscaras e de defesas. Sentir que tudo o que se diz é ouvido, que tudo o que se sente é compreendido.
Obrigada por terem vindo e por serem meus/nossos Amigos!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Para Desanuviar...


Na maior parte das vezes, o Mateus é a laranja cá de casa!

Pirosa, Eu?


Eu Pirosa me confesso.
Entrando completamente no espírito de hoje, dei por mim a cantar no chuveiro. Nada demais dirão vocês. Maior parte das pessoas gosta de exibir os seus dotes vocais para os frascos de shampoo, amaciador e gel de banho que se acotovelam em prateleiras de vidro ou mesmo na borda da banheira. Qual o pirosismo da situação?
Se eu vos disser que enquanto tomei duche, me sequei e aperaltei não parei nem por um minuto de cantar uma das músicas do Música no Coração? E se acrescentar que para além de as cantarolar no banho as sei todas de cor e salteadas (resultado de uma cassete com a banda sonora do filme, existente na minha Infância, e que tocava até à exaustão) e as canto frequentemente? Já acreditam que sou mesmo uma grande Pirosa?

De Que É Que Eu Quero Falar?


Quero falar bem deste grande hospital.
De como as instalações já intervencionadas estão agradáveis.
De como é bom sentir que o pessoal que ali trabalha tem a consciência de quão são importantes as palavras e atitudes certas ao contactar com doentes internados e familiares.
Neste momento quero mesmo contrariar o espírito português e acrescentar que não há nada que chegue a um Hospital Público.

Obviamente, Sábado!

Trazida Daqui

Sei que a Gingko não me vai processar por utilizar esta imagem e por isso trouxe-a para a minha casa, porque é esta a frase que melhor define a minha relação com cada sábado de cada semana.

Hoje acordei quase tão cedo como aos dias de semana. Um dos nossos cães decidiu fazer um furo na vedação do vizinho do lado e ir dar um passeio à rua, sozinho. A cadela, frustrada por não ter sido capaz de tamanha habilidade ficou do lado de cá a ganir. O suficiente para nos fazer saltar do quentinho antes das oito da matina. Recompensa deste despertar precoce a um sábado, um sol maravilhoso que inundava o ar e fazia brilhar as poças de água que a chuva da noite deixou ficar na calçada.

É bom acordar cedo.
O dia vai render mais.
Ao final da tarde irei a Lisboa visitar o meu Pai.
Até lá, estou por aqui. Eu e o Sol.
Num casamento perfeito com o Sábado!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Altos e Baixos de Mim

Eu e a minha Máquina
Alentejo
Agosto 2008


Desde o início da minha aventura bloguista que sinto este espaço como um diário. O diário de chavinha dourada que nunca tive enquanto criança/adolescente. Ao sentar-me na frente do ecran não me preocupo com o que pensará cada um dos que me lê. Escrevo o que sinto, ou o que imagino sentir. Por vezes penso que provavelmente não deveria expor-me tanto, mas é superior a mim a vontade que tenho de deixar soltar o que me rói. Nem tudo o que rói cá por dentro salta para o formato de escrita. Talvez se eu fosse mais imaginativa conseguisse soltar tudo isto como sendo os sentimentos de outro alguém. Realmente não o sou. Talvez tenha falta de histórias de encantar no meu imaginário infantil. Talvez tenha começado a ler cedo demais palavras e frases que me fizeram saltar a fase dos príncipes e das fadas. Talvez tenha crescido mais rápido e seja essa a lacuna na minha formação como pessoa.

Por tudo isto, não deixo de me admirar pela quantidade de pessoas que me leêm. Não imagino como me imaginam nem me preocupo com o que pensam de mim, mas volta não volta surgem comentários que me fazem repensar a "linha editorial" do blogue. O que escrevo é demasiado pessoal para ser comentado...E se quem me lê se começar a sentir cansado das minhas palavras sempre tão pessoais? O blogue deixará de me fazer sentido. Ele é pessoal e intimamente diário, mas também é o meu veículo de comunicação com os outros. Que gosto de "ouvir" no que me deixam escrito, com os quais gosto de aprender sobre o que e como escrever ... e ponho-me a pensar que algo tem de mudar neste espaço.
Como se faz isso?
Como será que os escritores conseguem sair do seu Eu e entrar noutra dimensão. na que nos leva a lê-los com a voracidade e o prazer que só quem gosta de ler sabe o que é? Concluo que tenho muito ainda para aprender nesta magia das letras. Concluo que preciso de sair de mim...mas se sair de mim, será que encontro um outro Eu que sinta o mesmo prazer que eu sinto quando escrevo?

(Fu)(So)nambulismo


Nunca na minha vida teria coragem para me dedicar ao funambulismo. [Só de pensar em equilibrar-me em cima de um qualquer fio a não sei quantos metros do chão fico mal disposta. Os meus pés são enormes. A minha dislexia de movimentos é brutal.] Os dias passam e a vida revela-se, dia após dia, um verdadeiro número de funambulismo. Equilibrada num fio ténue, vou tacteando o caminho. Devagar. Sabendo o quão frágil é a linha em que me desloco, o quão tensa está e o quão perigosa poderá ser a queda se acontecer. Desta linha em que me equilibro avisto outras. Tentadoras. Apaixonantes. Enxoto-as do meu campo de visão. Na minha linha tensa concentro o olhar. Continuo a andar...em perfeito estado de sonambulismo. Amedronto-me com o que poderá acontecer se acordar.

Apaziguador

Eu e a minha Máquina
S. Pedro Estoril
Janeiro 2010

Aqui está o que me pacifica. O que me apazigua com a vida. O que me faz querer não pensar em cada passo que dou e lançar-me de cabeça no que quero. Como se mergulhasse. No mar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

No Ruído do Meu Silêncio

Sei que a Marta não se zanga comigo.
Encontrei em casa dela este poema que hoje me faz todo o sentido.

"no ruído do meu silêncio não me perco, traço pontos entre linhas imaginárias, os pontos reais , os pensamentos incorpóreos, e entre um ponto e outro anoto as variantes de silêncio que percebo:

o silêncio do vento parado, o silêncio do ar respirado, o silêncio do meu coração, o silêncio da minha alma
 custa-me mais ouvir a alma, esse silêncio que toco de uma a outra
 letra à música que faço no silêncio que afogo

há silêncios tão longos como uma noite longe"

Pedro Faria Lopes


Citadina(saudosa)mente Campestre

Eu e a minha Máquina
à janela dA Cozinha
Póvoa de Cima, Estarreja
Junho 2009

Eu sou uma rapariga da Cidade.
Nascida, Crescida e Criada no meio da urbe. Da capital do país. Entre carros, gente e barulho. Manifestações antigas de 1ºs de Maio de outros tempos mesmo à porta de casa. Multidões a pé pelo meio de Alfama, a caminho do Castelo em noites de Stº António. Bares de música ao vivo em ruas da cidade. Autocarros, eléctricos e metropolitano fazem parte do meu imaginário. Pelo meio, entre final de aulas e reinício de aulas, havia viagens à província. Às terras de uma Avó e de outra. Aí eram tempos de carroça, de pés na terra, de noites debaixo de céus cheios de estrelas brancas, brilhantes e reluzentes.
Eu sou uma rapariga da Cidade.
Gosto do que é típico nas cidades. Do lado cosmopolita de mim quando ponho os pés na Lisboa que adoro. Gosto de estar aqui. Perto do Mar. Senti-lo tão perto. Vê-lo do terraço do sótão. Sentir-lhe o cheiro em dias de maresia. Saber que é ele que me humidifica o ar que gosto de respirar. Nunca poderia viver sem o ter por perto. Não consigo sequer imaginar-me sem o ter. Mesmo que passe dias sem o ir visitar. (há tantas coisas assim...).
Eu sou uma rapariga da Cidade.
Ontem, ao ver num jornal da noite uma entrevista feita algures no campo português, deu-me uma saudade enorme do campo que agora sinto meu. O que se vê da janela dA Cozinha. Porque o verde que se vê daquela janela é como um mar. Feito de vegetação e não de água. Era lá que queria agora estar.

Desinteressante

Estou em estado de adormecimento de raciocínio.
Não penso muito, escrevo pouco e falo menos. Não me surgem palavras bonitas, nem frases para aqui escrever.
Desinteressante será o melhor adjectivo para mim neste momento.
Quero que me passe. Sentir-me desinteressante é algo que não me agrada, de todo.
Onde estão as minhas ideias para ser escritas? Onde andam os sentimentos que me fazem destilar palavras e frases? Tudo será válido. O silêncio não!

...continua


E eu continuo em movimento como o círculo da vida. Porque não podemos parar. Porque parar é morrer.
Repeti (mais ou menos) a toillete da passada sexta feira. Achei-a mesmo uma combinação com ar chique sem perder o meu lado quase hippie. Senti-me confortável. Calcei umas botas que me apertavam os pés mas já não apertam (comprei o 39, porque era o único número que havia, quando calço 40!), pus ao pescoço um lenço que me foi oferecido há uns 500 anos por uma Amiga grande (Carlota, um lencinho Hermés, faz de conta, do tempo dos TLP, lembras-te?)...enfim, manobras de pura diversão!
Voltei a pegar no carro hoje. Ao fim de quase uma semana. Parecia uma tosca...acontece-me sempre isto quando retomo a condução depois de um período de descanso.
Estou de saída. Para a ESFLG, para a reunião de avaliação intercalar. Quero aproveitar para falar um bocadinho com dois ou três professores no final. Ou seja, uma manhã inteira dedicada à Escola. Vai-me fazer bem. Eu adoro assuntos de escola e a minha cabeça precisa de outros pensamentos.
Eu volto.

A Vida...


Tirando a insónia que se repetiu esta noite, estou bem.
Eu sou uma miúda forte. Aguento os impactos. Ando para a frente e acredito que tudo há-de correr bem.
Infelizmente já vi este filme mais do que uma vez. Eu e todos nós. Sabemos de cor todos os passos e estamos todos a fazer figas para que desta vez se inverta o sentido das coisas. Nós merecemos que o final seja diferente. Precisamos que seja diferente. Para acreditarmos que esta espécie de karma familiar pode ser vencido. Estamos em fila de espera...Todos.
Não vou lá. Foi decidido familiarmente. Não há vantagem nenhuma em irmos todos em romaria para o hospital. Quem lá está precisa de descanso. Quem vai de fora leva "porcarias" e pode trazer outras. Vamos comunicando e sabendo notícias. Iremos a correr se quem está a servir de pilar precisar de nós
A vida é isto.
Estou bem...mas custa um bocadinho.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma Parte já Passou


E se esta fosse uma história já teria dado por findo o primeiro capítulo. O que eu temia aconteceu. Vamos aguardar calmamente pelo que vier a seguir. Não estou lá fisicamente. Não posso. Só amanhã haverá ordem para visitas. Não sei o que sinto...

Amor/Matemática

Em vésperas do Dia de S. Valentim a professora de Matemática do Manel distribuíu pela turma um exercício original, uma equação literal em ordem a x. Se algum de vocês fôr cromo da Matemática, esteja à vontade para a resolver e deixar na caixa de comentários a solução (considerem que existe um traço entre os valores da linha de cima e os da linha de baixo). Claro que eu só a sei porque eles a resolveram na aula...

(AM+BC)x = AM - CTE
B(x+BOC)      B   (x+BOC)

A acompanhar vinha o poema,

"O amor é feito matemática...
Tem suas complicações e suas resoluções
Tem problemas para subtrair e também dividir.
Beijos para ser adicionado.
Amor para ser multiplicado.
Divisão de carinho.
Potenciais de paixão.
Equação de emoção que acelera o coração...
Amor e matemática.
Igualdades e diferenças.
Matemátrica causa preocupações.
O amor envolve corações...
Duas pessoas adicionadas.
Subtrair a dor.
Multiplicar o amor.
Dividir a felicidade.
Amar e ser feliz de verdade."

Reny Nobre

Insónia


Esta noite dormi mal. Virei-me e revirei-me. Mudei de posição ajeitei as almofadas vezes sem conta. Tive sonhos estranhos e sem sentido, com pessoas que não conheço e com outras que conheço mas a quem não reconheço importância para se infiltrarem nos meus sonhos nocturnos. Ainda estamos de férias e por isso obriguei-me a ficar deitada até uma hora que me lembre que não tenho distribuições para fazer. Dormitando sempre com sobressaltos. Desisti e levantei-me. Assim só voltarei a ter insónias logo à noite. E sonhos com gente que aparece sabe-se lá de onde também logo à noite. Durante o dia só pensarei em quem eu quiser. E ninguém terá nada a ver com isso. Em quem penso é exclusivo meu.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Fim de Dia

Eu e a minha Máquina
Agosto 2009
Salgados, Algarve

Partilho
Final de dia
Frio lá fora
Saudade de dias quentes
Saudade de pessoas que há muito não vejo
Constatação de que nem todos os que amo se lembram
De mim

Desabafo


Hoje andei a fazer uma campanha de marketing baseada na distribuição de cartazes A4 pelas lojas das redondezas. Fui a cafés, papelaria, supermercado, churrasqueira, estação de serviço e a uma loja chinesa. Em todos os estabelecimentos onde entrei e expliquei ao que ia fui bem recebida e prontamente atendida. Todos me disseram que sim, que iriam colar o pequeno cartaz numa das montras das suas lojas. Todos menos o dono da loja chinesa (que fica mesmo ao pé da Escola). Um monte de problemas, de explicações, de impedimentos. Não vou fingir que marimbei para ele, porque não marimbei. Fiquei "piursa" e dei por mim a soltar impropérios contra o senhor chinês. Assustei-me comigo mesma. Estaria eu a ser xenófoba, racista? Não, não pode ser. Eu não sou nada disto! Mas fiquei furiosa!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Falta

Eu e a minha Máquina
Algarve, Agosto 2009
Último dia de Férias

Morro quando faltam as palavras. As que quero dizer e as que quero ouvir.
Morro quando faltam os abraços. Os perfeitos que aconchegam e fazem sentir que não existe nada para além do corpo fechado entre dois braços.
Morro quando faltam os beijos. Sentidos. Dos que fazem os pés levantar os pés do chão.
Morro.

Serenidade


Não me lembro porque vim aqui. talvez tivesse pensado em dizer-te qualquer coisa. talvez apenas me apetecesse saber-te presente. não te vejo, adivinho-te. não te sinto, pressinto-te. e quando apareces sorrio. enlouqueço. o coração muda de sítio de tanto bater. a respiração altera-se. que parte de ti me faz sentir assim? irremediavelmente feliz. irremediavelmente diferente. completa. transformo o meu mundo num sonho. sou leve e os pés saem do chão. flutuo e no meu flutuar embalo ideias. são ideias que tenho dentro de mim.  não me abandonam e eu não as abandono a elas. tenho medo de as perder. elas são a parte de mim que não sendo real me prende ao real da vida. como poderia eu viver os dias duros da realidade se não tivesse dentro de mim as ideias que não existem à vista desarmada?

Post Concentrado de Segunda Feira

I.
Domingo, 14/02
Não houve post. De propósito ou apenas falta de tempo? Consciente ou inconsciente falta de tempo? Who cares? O que dizer de um dia que alguém inventou além mar, que alguém importou aquém mar...nada a acrescentar ao muito que se deve ter postado por esse blogo mundo fora. Fico fora. Não me junto. Só porque sou do contra ou apenas porque um dia dedicado a corações não faz o género de alguém que se pudesse passaria a vida em estado de pura paixão? Talvez seja por aí. Pelo lado do contra que me define em muito do que sou na vida. E gosto. E quero. E vou continuar assim. Do contra. Só para mim. Para ti.

II.
Domingo, 14/02
Consigo uns breves momentos de pausa para ler o jornal. Eh eh...caso raro. Leio as gordas. Leio os pequenos artigos. Passo os olhos por todo o jornal e acabo por me dedicar à leitura do Zoom//Daniel Proença de Carvalho. Gosto do que leio. Sinto-me inteligente quando leio o que eu própria penso "A liberdade de expressão em Portugal está ameaçada? Isso aí dá.me vontade...Acho isso perfeitamente ridículo. Todos os dias o primeiro-ministro e os políticos em geral e o governo e o Presidente...Acho que é dos momentos tristes da nossa vida democratica, que qualquer cidadão verifica diariamente não existir. Todos os dias se vê toda a gente a criticar à vontade, às vezes até com execssos de linguagem e muitas vezes sem nenhuma razão, mas com total liberdade. Não conheço nenhum constrangimento à liberdade em Portugal". Estou mais confortável. É que eu já cresci com liberdade de expressão, não tenho termo de comparação...Obrigada.

III.
Domingo, 14/02
Posso ser considerada pirosa. Posso ver o meu sitemetter a descer vertiginosamente. Posso ver os meus comentários passarem de zero para menos 20, ou menos 100, ou menos 200. Who cares? Vejo os Ídolos desde a fase de casting. Desde a fase de casting que havia qualquer coisa no Filipe que me deixava a torcer por ele. A timidez, a humildade, a força quando cantava. Estava a torcer por ele desde aí. Rendo-me completamente. Sou pirosa? Talvez. Mas não posso deixar de dizer que este rapaz é um ARRASO!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

As Escolas Os Professores Os Alunos Os Pais

As questões ligadas à educação são questões que me interessam sobremaneira. A educação tornou-se a minha principal preocupação a partir do momento em que deixei de ser Vera para ser "a Mãe de...". Enquanto trabalhei tive os meus filhos num Colégio. Eu saía cedo de casa, voltava tarde, as escolas públicas ainda não tinham prolongamento de horário nem as AEC's e eu não tinha suporte familiar que me permitisse optar pelo público que foi sempre o meu ideal de educação.
Quando tomámos a decisão de me transformar em Mãe a tempo inteiro, a primeira despesa que abolimos foi a do Colégio. Não fazia sentido continuar a pagar por um ensino que tinha alternativa no sistema público. Os mais velhos foram para uma Escola oficial (4º e 1º ano) e o mais novo, na altura, com um ano e meio, ficou comigo em casa até aos três anos, tendo depois ingressado num Jardim de Infância Público. O mesmo aconteceu quando chegou a vez do quarto ir para a Escola.
Neste momento, todos os meus Filhos estão em escolas públicas e é grande a experiência que tenho e o conhecimento de causa com que falo e escrevo quando este assunto vem à baila.
Continuo a querer acreditar, por uma questão de princípios e de forma de estar na vida, que o ensino público é o caminho certo, mas interiormente, cada vez mais, penso que há muito a mudar nos estabelecimentos de ensino do estado.
As questões disciplinares são cada vez mais complicadas. Os alunos, hoje em dia, não respeitam a autoridade do professor como se respeitava na altura em que fui estudante. O tempo que um professor leva a conseguir iniciar uma aula é desesperante e, se tivermos em conta que um tempo de aula corresponde a 45 minutos, quando consegue ter todos os alunos sentados e prontos a trabalhar já tem quase metade do tempo de aula gasto nesta tarefa. Os professores, por se dizerem sobrecarregados com mil tarefas de índole burocrática, estão cada vez menos disponíveis para dinamizar nas escolas actividades extra-curriculares que prendam os alunos à escola. Resultado, temos estabelecimentos de ensino cheios de alunos que vão à escola por frete e obrigação e professores que só querem é conseguir dar as suas aulas e cumprir programas cada ano mais extensos.
Do outro lado estão os Pais. Com vidas cada vez mais complicadas e cheias de tarefas, com cada vez menos tempo de qualidade para os seus filhos. Carreiras ou simplesmente a manutenção de postos de trabalho fazem-nos perder a infância e a juventude dos seus descendentes. As Associações de Pais veêm-se e desejam-se para conseguir ter pessoas activas e disponíveis.
Nas escolas públicas dos nossos dias há muito trabalho para fazer mas que só poderá realmente ser feito de forma a defender os interesses dos alunos, dos professores e dos encarregados de educação, se todos se compenetrarem de que em conjunto formam uma comunidade educativa e que uma comunidade é um conjunto de pessoas que trabalham todas para um objectivo comum. Não se pode continuar a atirar culpas de pais para professores e vice-versa. Alguns Pais são Professores. Muitos Professores são Pais. O que nos move a todos são objectivos claros e comuns - dar uma boa instrução (porque a educação deve ser dada em casa, pelas Famílias), preparar pessoas civicamente activas, proporcionar um bom ambiente de trabalho e de estudo.
Para quando uma efectiva conjugação de interesses e esforços?
Eu sou optimista e continuo a trabalhar para atingir estes objectivos.

O que ainda quero fazer hoje...

Ainda quero ler o jornal e a revista que estão aqui do meu lado direito;
Ainda quero pensar num bom post;
Ainda quero fazer uma sobremesa para o jantar;
Ainda quero ir pôr roupa a lavar;
Ainda quero ter boa disposição para receber as convivas para o jantar...

O que já fiz hoje...

me levantei cedo para dar apoio moral ao surfer que saíu de casa às sete e meia da manhã para ir para um campeonato na Costa da Caparica;
me voltei a levantar cedo para ir a uma reunião de Associação de Pais;
fui comprar o meu jornal de sábado e comer uma maçã que ele me ofereceu (obrigada i);
fiz uma mini lida de casa antes de almoçar;
fui a um funeral;
estive sentada numa mesa de café a "descomprimir";
fui fazer um mini passeio a pé com os "pequenos"...

Visitas Indesejadas

No início o Vekiki tinha verificação de palavras para os visitantes que chegavam e que pretendiam deixar a sua opinião sobre o que tinham lido. Depois houve alguns visitantes (dos assíduos) que se queixaram. Que não gostavam de estar ali a decifrar letras e a copiá-las para poderem dizer qualquer coisa. Tirei a verificação de palavras. Tudo tranquilo.
De repente começaram a chegar ao mail do Vekiki uma série de comentários que de comentários nada têm. Mensagens pouco simpáticas, algumas de gosto duvidoso. Fui ignorando e apagando, até que decidi que não quero mais receber estes comentários. Prefiro ter um post sem comentários do que ter de moderar palavras que me incomodam quando as leio. Principalmente as de pessoas que nem coragem têm para ter o seu perfil público ou que preferem assinar como anónimas.
Um blogue é um caderno público. Eu tenho a liberdade de me exprimir nele e todos têm a liberdade de o ler. Quanto a comentários de mau gosto, demonstram falta de princípios, de educação, de respeito pelo outro. Que neste caso sou Eu.
A partir deste momento, o Vekiki torna a ter verificação de palavras!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Concurso de Chapéus

Este é o aspecto do chapéu que as estudantes de Belas Artes idealizaram e "construíram" para o Mateus apresentar no Concurso de Chapéus da escola dele.
Veio triste o pequeno. O chapéu dele não foi escolhido para ser premiado. "Não podes ficar triste só porque não ganhaste. Participaste e isso é o mais importante."
Hoje fui lá ver a exposição. Realmente! Havia chapéus MUITO giros e MUITO originais.
Parabéns a todos.
A escolha do júri não deve ter sido nada fácil.Posted by Picasa

São Valentim entre Mãe e Filhos

(Eu e o Mateus dentro do carro)
- Já pensaste que está quase a chegar o Dia dos Namorados?
- Sim, eu sei...
- E então? A quem vais oferecer um cartão de Dia dos Namorados?
- A ninguém, não tenho namorada.
- Ah...
- Já sei, vou oferecer-te a ti.
(O Manel quando chegou da escola, hoje)
- Mãe, toma. Trouxe da Escola para ti. Havia em mil línguas, mas já não havia em Português.(um crachá feito de papel a dizer Te Amo)

Sol (de papel)

Pronto!!!!

Chega de ouvir falar no Sol!!! Já sabemos. Providência cautelar não obedecida. Escutas. Já sabemos. Grande grupo de media que se preparava com a ajuda da PT.

Estou um bocadinho cansada. Compreendo que o Sol tenha de vender exemplares, mas por favor...todo o dia a ouvir a mesma notícia. Não há pachorra!

Vou ali comprar o Sol e já venho.

Efeitos do Frio (em Mim)

Ultimamente, não sei se provocada pelo mau tempo que tem estado ou apenas por um súbito ataque de gulodice, só me apetece fazer bolos, doces e afins. Esta semana já fiz pão de ló e arroz doce. Fui espreitar o que a Belita tinha de novo e dei de caras com uns bolinhos de canela que vou ter de experimentar no fim de semana. Ai ai...se o Sol não volta estou tramada!

PS - esta tira da Mafaldinha alia o meu actual estado de pesquisa imparável de receitas e a tão clamada falta de liberdade de imprensa (precedida da sigla mais falada ultimamente).

A vida acrescentou ao meu conceito de Família alguns Amigos. Pessoas que entraram no meu dia a dia e que pela sua presença em muitos momentos importantes, pela sua atitude, pela qualidade de amizade que oferecem, passaram a fazer parte da Família sem que o sangue nos una.
Hoje chegou ao fim a vida de uma dessas pessoas. Nestas alturas em que a palavra fim se acrescenta à vida de alguém que me é querido, passo em revista dias, momentos, sorrisos, gestos de carinho especiais, particulares. Nestas alturas quero acreditar que a vida termina mas algo permanecerá. Porque a vida não pode ser só isto. Um início e um fim.

É Sexta Feira # [11]

É Carnaval e está a chover. Evidência.
Dizem que quando chove no Carnaval há Sol na Páscoa. Boa! Assim tenho a esperança de que nas férias da Páscoa já possa começar a ganhar alguma corzinha, perdida nestes intermináveis dias de Inverno e sombra.
Hoje estou contente. E gira. Gosto do resultado final da roupa que decidi vestir hoje (apesar de achar que há partes de mim que estão maiores do que deviam...).Vou almoçar em boa companhia. Conversar e pôr as fofocas em dia. Depois vamos até à Escola dos Meninos ver a exposição dos chapéus (ver se tiro umas fotografias giras para postar aqui).
Amanhã tenho reunião da AP da escola do Manel. Temos imensas coisas para tratar e para fazer e isso também me deixa animada. Gosto de estar envolvida em equipas e em projectos activos!
Enfim. Evidência. Hoje chove, é sexta feira, mas eu estou em "good mood".
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