Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Holidays

Os posts de amanhã estão agendados.
Depois de amanhã não sei se haverá tempo para escrever.
Depois de depois de amanhã também não...
Vou de férias finalmente!
Levo um saco carregado de livros.
Levo dois cadernos e lápis de carvão afiados (gosto de escrever na praia).
Levo as moradas dos que recebem sempre postal ilustrado (um hábito meu).
Alguém há-de levar computador. O meu fica em casa.
Enquanto estiver na parte portuguesa da Península, postarei.
Quando me mudar para a parte espanhola, limitar-me-ei a escrever em papel.
As férias são a altura ideal para pôr pensamentos em dia. Quero fazê-lo. Tenho de o fazer!
Portem-se por cá bem.
Boas férias para quem também for a banhos nesta altura.
Não esqueçam o Vekiki quando listarem as leituras de férias ;-).

Bye

Atraso no Crescimento...

Tenho para mim que não cresci. Em termos de afectos continuo a ser uma criança. Caio de quatro, dedico-me, dou-me. Acabo sempre a pensar porque é que ajo assim...ninguém retribui com a mesma intensidade. Acabo sempre a dizer a mim mesma que tenho de mudar. Não sei se algum dia vou conseguir...

Hiperactividade (?)

Dormi mal. Sonhei durante toda a noite. Não me lembro o quê, mas sei que me incomodou. Não me senti a descansar. Parece que a minha cabeça está sempre a mil por segundo e não consegue parar...às vezes tenho a sensação de que vou explodir...

Está quase...só falta o quase...


Eu e a minha Máquina,
Algarve,
Agosto 2007


I. Termino hoje malas e sacos atafulhados com toda a espécie de roupas, chinelos, toalhas de praia, fatos de banho, etc, etc...pela primeira vez na vida vamos estar de férias um mês inteiro. Pela primeira vez na vida vamos comer kms de Península Ibérica depois de passarmos 15 dias de papo para o ar na nossa bela praia algarvia. Tudo isto me anima mas não me consegue diminuir a pressão que tenho no peito e na cabeça...

II. Hoje vou ter de voltar à porcaria da Inspecção...o senhor decidiu implicar com o farol de nevoeiro do lado direito, à frente. Por mero acaso até é proibido ligá-lo, mas como a carrinha o tem e ele decidiu não acender ontem, vou ter de voltar lá para lhe mostrar que já está a funcionar e para me dar o selinho verde...como se não bastasse tudo o que ainda tenho para fazer...que M...A!!!!

III. Uma das coisas que mais trabalho me dá em casa é a secção de lavandaria. A ajudar ao nível constante do meu cesto de roupa por engomar, tenho um jovem que inunda a cama várias vezes por semana durante a noite. Ontem inundou, esta noite inundou...NÃÃÃÃÃÃÃÃOO!!!!!!!!!

IV. O presente da Catarina está quase...ainda falta um ou outro detalhe...depois é só embrulhar artisticamente...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Copy Paste # [2]

Este texto ficou-me a bailar na cabeça desde o dia em que o li no 31. Hoje decidi não resistir mais à tentação de o partilhar também. De o subscrever. Porque não ando fácil, nem para mim!

“A década que medeia entre os 40 e os 50 anos é para as pessoas temperamentais, para os artistas, sempre uma época crítica, de inquietação e frequente insatisfação, uma altura em que é comum haver dificuldades em lidar com a vida e com nós mesmos. Depois disso, sobrevêm tempos de acalmia. Pude experimentar isso não só em mim mesmo, como também o observei em muitos outros. Por muito bela que seja a juventude, uma época de efervescência e de combates, também o envelhecer e o amadurecimento possuem a sua beleza própria e proporcionam felicidade.
Com 50 anos, o ser humano começa a pôr de lado certas criancices como a obtenção de fama, reputação e estatuto, passando a olhar retrospectiva e desapaixonadamente a sua vida passada. Aprende a esperar, a calar-se, a escutar; ainda que porventura alguma dessas virtudes venha a ser corrompida por quaisquer debilidades ou por algumas fraquezas, nunca deixará de considerar proveitoso este processo.”

No Plano das Ideias, habito

Eu e a minha Máquina,
Jardins da Parede, Maio 2007


Talvez eu não seja real. Provavelmente sou apenas uma entidade existente no plano das ideias. O plano terreno não me interessa grandemente. Vivo envolvida por pensamentos, ideias, conceitos, abstracções. Sinto-me diferente. Talvez eu não seja diferente de ninguém. Talvez seja apenas mais uma, uma entre muitas, entre milhões de outras que por aqui andam. Mas então porque me sinto cada dia mais distante, mais alheada? Porque faço esforço para assentar os pés na terra? Porque não me prendo às âncoras que criei à minha volta? E se essas âncoras perderem peso? Deixarei de ser um corpo com forma e peso e transformar-me-ei numa ideia, num conceito?

Sophia (do grego, sabedoria)...

"[...] A cultura não existe para enfeitar a vida, mas sim para a transformar - para que o homem possa construir e construir-se em consciência, em verdade e liberdade e em justiça. E, se o homem é capaz de criar a revolução é exactamente porque é capaz de criar a cultura" (02.09.1975)[...]"
Sophia de Mello Breyner,
citada por Guilherme D'Oliveira Martins
in "A paixão das ideias", JL, 15-28 Julho 2009

Automobilisticamente falando...# [1]


A minha carrinha está tão brilhante que até faz doer os olhos...perdeu a camada de pó que lhe dava um ar "cool"...os vidros estão tão limpos que até estranho não ter que esguichar água para conseguir conduzir...e por dentro...não dá para acreditar que aquele é o interior da minha carrinha. Não há pó...não há areia nos tapetes...está um cheirinho a limpo...eu confesso que é agradável ter o carro assim, mas também confesso que não vou andar com o pano do pó e a Rainbow atrás de mim para manter a limpeza!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Aperto

A Máquina do Martim nas mãos da Catarina
Cascais, Março 2009

Não sei o que me deu. De repente formou-se um nó na garganta e o estômago está como se tivesse levado um murro com uma mão bem fechada e bem forte. Não sei se é a sensação estranha de ter muito para preparar e não me apetecer. Não sei se são as saudades da Catarina que me apertam assim. Não sei se foram as palavras da Belita sobre uma amiga comum. Não sei...só sei que estou transformada num aperto!

Passeio Matinal

A máquina do Martim,
nas mãos da Catarina,
Março 2009


Ontem voltei a tentar a minha sorte no levantamento do Cartão de Cidadão. Cheguei a Cascais às dez da manhã. Estacionei, fui ligeirinha à Conservatória do registo Civil. Para variar, o dispensador de senhas já apresentava a mensagem "Indisponível"!

Oh...quero lá saber...vou pedir o reenvio do Cartão para Lisboa e aproveito para ir à cidade. Ou à terra!

Aproveitei e passei a manhã em Cascais, a passear com os canochas. Gosto imenso de Cascais antigo. As ruas, as casas baixinhas, a luz que se reflecte do Mar nas fachadas brancas.

Mergulhei na Galileu. Não fui comprar, fui apenas sentir o espírito característico daquele espaço maravilhoso e com uma história de trinta anos na Cascais cosmopolita. Folheei livros usados e acabei por trazer uns marcadores que ainda não tinha. Fiquei a saber que a Galileu foi escolhida para ser A livraria do novo Museu Paula Rego em Cascais.

Fiz duas ou três perguntas sobre livros. Gostei da simpatia própria do comércio tradicional.

Uma manhã diferente e muito saborosa...sem Santini!

Automobilisticamente falando...

Eu e a minha Máquina,
A minha carrinha, muitos autocolantes atrás!

O uso que faço do meu carro é o uso que eu entendo que um carro deve ter. Transportar-me para onde o conduzo, em segurança. Dentro do meu carro existem sempre diversas tralhas espalhadas por todo o lado, e muita areia. Sinais inequívocos da quantidade de crianças/jovens que são transportados por uma carrinha facilmente identificável. Autocolantes por todos os lados, fazem desta carrinha um modelo original (a que esta fotografia já não faz juz...).

Limpar o carro não é tarefa com que perca tempo. Já tenho trabalho suficiente dentro de casa e não me faz confusão a verdadeira "mess" que é o meu carro!

Porém hoje vou ter de ir tratar dele.
Estamos a poucos dias de ir embora, de férias, para outras praias que vão contribuir com novos grãos de areia...que têm direito aos seus dias de fama dentro da carrinha mais enfeitada da Linha!
Depois de bem limpinho e aspirado vou até ao Centro de Inspecções mais próximo...quer dizer...vou ter de ir amanhã, já não há lugar para hoje (maravilhosa Internet que nos poupa tempo!).

Blogue em estado de Preguiça...

Desculpo-me com a correria dos últimos dias antes da partida para férias.
Não tenho tido tempo para me sentar tranquilamente à espera das palavras que querem ser ditas, escritas.
Pergunto-me se será só isso.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Sentir, sentindo o sentido de MIM

(pensava que a minha Filha não me lia, nestes dias em que está longe...afinal lê e chamou-me a atenção para uma falha...a origem desta imagem! Peço desculpa, por escrito, e informo todos que esta imagem é uma fotografia de um trabalho feito pela minha Filha, durante o Ano Lectivo, no seu Diário Gráfico!)


De que é feito o sentir?

Das cores com que me cubro e me fazem
sentir bela

Das músicas que trauteio e me fazem
sentir as palavras

Do que observo em meu redor e me faz
sentir viva

Das páginas que folheio e me fazem
sentir inspirada

Do sentido que dou ao meu sentir...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

De Mala Aviada


Esta semana é a última antes de ir de férias. Durante estes dias a minha roda viva fica ainda mais viva. Entre preparar roupa, fazer listas, riscar e acrescentar o que me vou lembrando, as malas e os sacos vão-se compondo e eu sempre desejando não esquecer nada...

Ainda vou ter de levar o carro à inspecção...coisa que nunca fiz...espero que esteja tudo OK...pelo menos já tem pneus novos...

Seis pessoas...
Vamos de férias...
Quase nem acredito...

domingo, 26 de julho de 2009

Truz...Truz...


Está aí alguém?

333


Terminei-o ontem.
Deixo aqui uma passagem do Epílogo:

"[...] Um livro não nos pertence: mas quem lhe deu vida une-se ao destino da história, as suas veias abrem-se para os mares da cabeça do leitor, e vive até o último leitor morrer. O meu corpo foi feito de todas as mortes do livro. Mesmo que um leitor ame os livros, como posso saber se esse amor é durável? Todos os livros são a consciência do tempo, reflectido; mas os homens não podem ver o tempo de frente; e por isso morremos nesta terra, destruindo as mensagens que conseguimos roubar ao silêncio. Até termos de o fazer de novo, repetidamente, e até as voltarmos a perder.[...]"

São Caracóis, são caracolitos...


Caracóis. Uma das iguarias mais apreciadas aqui por estas bandas! Ontem reunimo-nos quinze em torno de uma mesa que teve de se mudar do exterior para o interior graças à bela ventania que se fazia sentir lá fora. Claro que para além dos rastejantes, houve outros petisquitos e muitas jolas!

Houve tanto riso, tanta brincadeira, foi um encontro de Amigos que se fazem companhia, ano após ano, nos areais algarvios, foi a preparação de dias que se aproximam e se querem animados.
Razão da falta de post ontem...razão do post tardio de hoje...(aproveitem para ver o vídeo que linkei a este post - um fado da Amália que faz parte das minhas mémórias de infância, em single, em casa dos meus Avós Paternos!).

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Olhos verdes, brilhantes como Estrelas, disseram-me "Até Domingo!"


O Manel saíu esta manhã, às nove, como todos os dias desta semana.

Ao fim de dois meses longos de recuperação, o fisioterapeuta deu-lhe alta e autorização para voltar ao surf. Skate, diz ele, Manel, nunca mais! A semana foi dura. Dois meses é muito tempo para quem, como ele, não está habituado a estar parado mais do que o estritamente necessário. O corpo ressente-se da falta de exercício, o surf está deficiente...

Esta manhã, saíu carregado de mochilas. Depois de uma batalha que não foi fácil (mas esse será o tema de outro post), lá conseguiu autorização paterna para uma mini surf trip. Destino, Peniche. Prancha, tenda emprestada, saco cama, comida e roupa. Cara sorridente. Peito inchado. Fora de casa um fim de semana de três dias, só, sem Família, entre "homens".

Surf Trip.
Sorrio.
Com ele.
Confio nele.
Sei que tudo vai correr bem.

As Paredes têm ouvidos (?)

Eu e a minha Máquina,
a minha Casa há dois anos...


Será que as paredes da minha casa absorvem a tristeza,
a alegria, o choro, o riso e as lágrimas?

Será que as paredes da minha casa sabem
de cor quando devem fechar-se sobre elas próprias,
escondendo-se de mim?

Será que as paredes da minha casa respiram
de alívio quando me sentem de tempestade passada,
de velas viradas para a bonança?

Será que as paredes da minha casa me compreendem?

Com Mia Couto a espreitar por cima dos pincéis...


Eu e a minha Máquina,
hoje, no Diário Gráfico,
para a Catarina!


"Nessa tarde, eu me varandeava, olhando o oceano. Não é que eu olhasse aquele todo azul. O mar levava era os meus sonhos a passear. E eu ficava cego para lembranças, sempre recém-nascente. Assim, no velho degrau da minha varanda, não estava calado - eu era o próprio silêncio, embalado a Índico."

Eu não sei pintar nem desenhar, mas a Carolina acha que a minha letra já é arte, diz que enquanto andava na Galiza, via passar os papéis da Associação de Pais assinados por mim e passava horas a tentar imitar a minha letra. Eu não sei pintar nem desenhar mas sei precisamente aquilo que quero que apareça neste Diário Gráfico especial. Escolhi excertos de textos que quero que fiquem para sempre com a minha Filha, pela beleza das palavras, pelo que me/nos dizem. Este é um deles. Palavras de Mia Couto desenhadas pela minha letra, ilustradas pelo pincel da Carolina!

Hoje

A Carolina e a Joana,
anteontem, a criar!!!


Retomo o trabalho que resultará no presente de aniversário da Catarina.
Além das duas Amigas do coração, vai estar cá a Professora de Desenho
(aqui aplico a frase que é título de um post da Laurinda Alves, esta semana
- "As voltas que a vida dá e os laços que tecemos").

Vai ser divertido!

Mia Couto, Jesusalém

Convite trazido da Leya

Soube do lançamento do livro através do blogue da Laurinda Alves. Ficou imediatamente marcado na minha agenda mental. Primeiro por se tratar do Mia Couto, inventor de novas palavras, inventor de novos mundos, moçambicano...a minha nacionalidade do coração. Depois por a apresentação ser feita pela Laurinda Alves, uma pessoa que sigo desde os tempos do trânsito na TSF, que sigo agora de perto, diariamente no blogue.

Fui com os rapazes. Nunca tinha estado numa apresentação de um livro...estava nervosa...sentámo-nos, [graças ao olho vivo do Manel que conseguiu descobrir umas cadeiras livres]...

A apresentação foi iniciada pelo Senhor Caminho, Zeferino Coelho, pela apaixonada de Mia, Laurinda Alves. Seguiram-se as leituras de excertos do livro - Jesusalém - nas vozes de Paulo Pires (voz maravilhosa, encorpada, quase parecia não pertencer aquele corpo!) e Natália Luiza. Durante as leituras viajei...para aquele mundo inventado, sonhado. Quase senti o cheiro da terra que não conheço, quase me senti personagem da história que ainda não li. E emocionei-me. Senti as lágrimas a fugirem dos olhos, pela beleza das palavras, pela capacidade de escrever tão bem.

Mia Couto encerrou a sessão. Falou. Em tom calmo e baixo, íntimo, como se estivesse a falar com cada um dos que ali estava, sozinho, numa sala silenciosa...falou de si e do seu mutismo enquanto criança...falou de si e da sua família deixada para trás...falou de si e da família que foi sendo criada pelas palavras da Mãe...falou de si e das suas famílias inventadas. Sempre calmo, sempre sereno, sempre...

Não fiquei para os autógrafos.
Quis que dentro de mim ficasse a marca. Daquelas vozes. Daquela magia. De África...tão longe e sempre tão dentro de mim...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fim de Dia...

Cheguei agora do cinema - IGOR - com os pequenos.
À porta tinha o surfista à minha espera.
Vou sair já a correr para ir assistir, com eles,
na Leya, à apresentação do livro novo
do Mia Couto!!!
Que bom :-)
Até já!

Which Art Are You?


the result is Painting

You are a passionate person. You see the emotional undertones that others miss.
Compared to other people, you are sentimental. You allow yourself to feel everything.

Believe that art should capture the beauty and mood of a moment.
The best art speaks to your heart. It makes you smile, dream, or even cry.

De que somos feitos, o que transmitimos aos nossos Filhos...

" Porque é que a Tia não foi para Artes?"

A pergunta seria correcta se me questionasse sobre qual a razão ou razões que me levaram a não "ir" para coisa nenhuma. Acho que não saberia como lhe responder, porque eu própria não sei porque é que não tive a força de continuar na altura certa, ou talvez saiba perfeitamente as razões que me fizeram desviar do caminho que deveria ter seguido e que talvez tivesse modificado todo o rumo da minha vida.

A minha memória atraiçoa-me no que respeita ao meu passado infantil e juvenil. Lembro-me de mim como uma pessoa insegura, a achar sempre que não seria capaz disto ou daquilo, encerrada em livros, com sonhos que não realizei.

Quando a Catarina chegou ao final do 9º ano e se/me questionou sobre se deveria ou não ir para Artes, não hesitei em responder-lhe afirmativamente. Nunca passou pela minha cabeça que Artes fosse uma área onde eu poderia vingar, portanto nunca me pesou na consciência este meu conselho como sendo uma forma de reflectir nela o que não consegui fazer. Limitei-me a dar-lhe força para que sentisse que tinha apoio para estudar o que realmente gosta e a apaixona. Agora, que o Manel chegou ao final do 9º ano, fiz precisamente o mesmo, mas de forma diferente. A ele, tive que lhe dizer que ele consegue, que vai ultrapassar o medo do papão que é a Matemática e que vai conseguir chegar à Motricidade Humana. Será sempre este o meu papel na vida dos meus Filhos. Fazê-los acreditar neles, fazê-los sentir que acredito neles, espicaçá-los quando percebo que se estão a deixar ir na rotina, que estão a baixar os seus próprios níveis de exigência com eles mesmos. Nunca, mas nunca, irei exigir que sejam os melhores, apenas que sejam felizes, porque isso é o que realmente importa.

Desta minha forma de estar e de viver a maternidade a tempo inteiro espero que resultem quatro pessoas conscientes de si mesmas, do que querem e, principalmente, do que não querem para os seus futuros. E não posso deixar de acreditar que o meu Destino se traçou assim para que eu pudesse ter este papel importante na vida dos meus Filhos, porque me conheço e sei que se fosse uma Mãe trabalhadora não teria, para eles, a disponibilidade de que necessitariam.

Somos feitos de DNA, somos feitos de hereditariedade e genes, mas também somos feitos do que ao longo da vida vamos fazendo de nós e é este auto-fazer e auto-crescer que vamos buscar a inspiração e os ensinamentos que desejamos transmitir aos nossos Filhos.

Obama em directo


Está a dar na SIC Notícias e é interessante e apaixonante ver a forma de trabalhar deste Presidente, diferente! Toda a Casa Branca se mexe, por todo o lado existe vida, que o Casal Obama promove de forma excepcional. A Casa Branca, além de uma horta que alimenta quem ali vive e não só, passou a ter uma colmeia!

Se puderem, vejam! Como diz a Carolina, "Com este homem, eu casava-me já!

Bom Aproveitamento

Tenho saudades de estudar. Do prazer de ler e sublinhar, tirar apontamentos, resumir e perceber, escrever à minha maneira e criar. (In)felizmente não posso retomar os estudos aproveitando Novas Oportunidades, o nível de ensino em que parei obrigar-me-ia a pagar para poder continuar e isso é algo que as nossas finanças não suportam neste momento...fico-me pelas minhas leituras recreativas, pelo meu blogue onde as letras vão aparecendo e escasseando conforme os dias e as ideias na minha cabeça e pelo contentamento sincero com os sucessos académicos de quem me rodeia.
Recebi ontem a notícia de que a
Belita foi premiada com uma bolsa de Mérito ao terminar o seu Curso de Gestão Hoteleira como a melhor do seu ano e com uma nota de 20 no estágio! Fiquei tão contente! Fiquei mesmo contente por ela, uma estudante trabalhadora na década dos 40, que parou de estudar no 12º e que ama de paixão tudo o que se relaciona com o prazer da comida. Cheiros, sabores, cores, misturas, plantações e colheitas. De tudo isto é feita a história dela!

Parabéns!

...cada lugar teu...Para ti, porque Sim!

CriaSão


Logotipo criado pelo Grupo de Trabalho
da Catarina

Para começar, e para esclarecer quaisquer dúvidas que possam surgir nas cabeças de quem me lê, quero explicar o título deste post. Um dos trabalhos que a Catarina teve que fazer no passado Ano Lectivo, foi um trabalho para Área de Projecto que consistia em criar um Gabinete de Trabalho que desenvolvesse um produto. Tudo tinha que ser feito pelo grupo de trabalho - logotipo, escolha do produto, escolha da população alvo, estudo de toda a legislação que enquadrasse esse produto na população alvo. O grupo da Catarina intitulou-se CriaSão, no sentido de serem um Gabinete que iria criar produtos sãos destinados a crianças.

Eu e a minha Máquina, ontem,
a Carolina e a Joana,
inspiradas e concentradas


Ontem a nossa casa transformou-se num Atelier de Criação! Centenas de fotografias em papel, muitas exclamações "Ai que querida...", muitas ideias, muitas frases ditas por quem conhece a Catarina, foram o ponto de partida para um presente que vamos construindo. Começámos às duas e meia da tarde e já passava das oito quando decidimos que tínhamos de arrumar tudo e voltar ao tempo presente e à realidade, porque aquilo que estamos a construir é um presente intemporal que queremos que a acompanhe para sempre.

A Professora de Desenho e de Área de Projecto aceitou o nosso convite e vai juntar-se a nós na próxima sessão de trabalho, amanhã! Entretanto já elaborou um enunciado idêntico aos que lhes distribuíu durante os três anos em que os teve como Alunos. Está lindo...

...e eu estou a adorar este trabalho. Pela criatividade que nos permite, pela companhia destas duas Meninas de quem gosto como se fossem minhas sobrinhas à séria, por poder ver a cumplicidade que as une, o muito que se conhecem umas às outras, o quanto se gostam!

Amanhã há mais!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Children Blog

Por estes dias o meu blogue tem-se transformado num Children Blog. Não é um baby blogue, porque já não mora cá ninguém com direito a ser tratado por bébé, mas é de certeza um blogue sobre filhos! Também é difícil pôr a cabeça a pensar noutra coisa que não sejam Filhos uma vez que vivo rodeada por eles de manhã à noite, portanto tenham paciência comigo e com a minha falta de originalidade...é que as Férias são um momento de Curso Intensivo de Filhos!

Tu, e tu, e tu, e tu, e tu...*


Hoje abro o Vekiki com um link para o blogue grafia com "Foto".


A proposta que lá vão encontrar é altamente estimulante, porque ajudar não custa nada, porque o que para cada um de nós é mínimo noutras paragens pode ter o valor do maior tesouro do mundo, porque ser cidadão do Mundo também passa por aí, pela consciência de que globalização não é só termos o Mundo ao alcance dos dedos que batem em teclas!

'Bora lá visitar o blogue do Sávio e ajudar São Tomé!

"* A convocatória, ou em como este blogue não é só palhaçada"

terça-feira, 21 de julho de 2009

Nas asas deste tempo que passa, continuamos a voar...

Eu e a minha Máquina,
Alentejo, Verão, 2008

Terrível passar do tempo.
Maravilhoso passar do tempo.

Estou a preparar um presente especial para o 18º aniversário da Catarina. Ela não pediu nada de especial e eu quero fazer-lhe algo especial. Esta manhã subi ao sótão para ir aos cestos onde tenho guardados os muitos álbuns de fotografias anteriores à invenção da fotografia digital.

Percorri folhas e folhas de imagens desde que ela nasceu. Ela e cada um dos que se seguiram de três em três anos. Não me senti nostálgica nem saudosa dos momentos gravados naqueles pedaços de papel A5, senti-me incrédula pela voragem do tempo. Como é possível já se terem passado 18, 15, 11 e 8 anos desde que o berço foi fotografado com um novo ocupante vestido de cueiros já usados por outro antes dele?

Terrível passar do tempo porque voou tão rapidamente; porque fez o Mundo evoluir tanto, tão depressa; porque nos obrigou, a todos, a entrar no ritmo rápido dos dias, tirando-nos o prazer de viver devagar, como dantes se vivia.

Maravilhoso passar do tempo porque permitiu que continuássemos a aventura de ser Pais e Filhos, juntos; porque permitiu que os nossos Filhos crescessem sem precalços e se revelem todos os dias como pessoas muito saudáveis em todos os aspectos das suas vidas.

Nas asas deste tempo que passa, continuamos a voar...

Chuva Maravilhosa!



Há coisas que nos chegam ao mail e nem abrimos, apagamos;
Há coisas que nos chegam ao mail, abrimos e pensamos "OK, girito" e apagamos;
Há coisas que nos chegam ao mail, abrimos, vemos, ouvimos e queremos voltar a ouvir.

Esta é uma das últimas! Chegou ontem e voltou a chegar hoje. Aos dois remetentes agradeço, a todos os passantes do Vekiki, ofereço! Chuva cantada para refrescar dias quentes de Verão.

Marcador de Livros

Marcador de Livros
idealizado pela Si para Mim!


Quem gosta de ler, gosta de marcar livros. No sítio onde parou a leitura, em páginas onde se quer voltar mais tarde. Juntamente com os meus livros tenho vindo a coleccionar marcadores de livros que ponho em exposição e que vou utilizando conforme a disposição com que pego no livro. É uma forma de acessório, uma forma fashion de ler!

Hoje recebi este por mail. Vindo de Praga, pela mão da Si! Agora vou imprimi-lo, recortá-lo, plastificá-lo e expô-lo juntamente com os outros.

Obrigada!

Bolsa de Livros

Uma das minhas características é a dificuldade que tenho em me separar de coisas, de pessoas, de tudo o que julgo pertencer-me. Graças a esta minha soberba são muitas as caixas que se vão armazenando com objectos que por um motivo ou outro me recordam algo ou alguém especial em determinado momento da minha vida. Pertencem a este armazém de "tesourinhos deprimentes" todos os livros escolares e cadernos de cada um dos meus filhos. Se atentarmos no facto de que tenho uma Filha prestes a completar 18 anos e a ingressar na Faculdade e no facto de ter uma casa onde espaço é o que não falta, será fácil perceber a quantidade de livros que existem fechados em caixas devidamente identificadas por ano e por conteúdo...Como se este espírito de ferro velho não fosse já suficiente para acumular muita coisa que poderia mudar de ares, ainda tenho Amigos/as que me entregam os livros que os filhos deixaram de usar com a desculpa de que eu tenho muitos filhos, pode ser que ainda venham a ser úteis cá em casa. Tenho, portanto, uma Bolsa de Livros Escolares particular!

Uma das minhas sobrinhas mais novas vai, no próximo ano lectivo, iniciar-se no segundo ciclo. A minha irmã trouxe a lista dos livros adoptados pela Escola e eu mergulhei na Bolsa de Livros. Consegui poupar-lhe a compra dos manuais de Matemática, História e Música! Agora vou ver a lista do Martim para ver se consigo reaproveitar todos os que já foram dos manos mais velhos...

Eu sei que tenho bons motivos para ser "ferro-velho"! Nada se perde, tudo se transforma :-)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Eu, pecadora, me confesso...


Tirando o essencial, hoje ainda não fiz nada de verdadeiramente útil. Está um calor...e eu estou com uma preguiça...só pensar em ter que fazer alguma coisa já me dá vontade de me deitar a descansar. Espero que o dia de amanhã me acorde com mais energia e vontade de trabalhar!

Tenho que começar o presente que estou a imaginar para a Catarina. São 18 anos. Já pensei no que lhe quero oferecer, de mim para Ela. Nada comprado. Ela disse-me para eu puxar pela imaginação e para lhe oferecer um presente diferente e é isso que vou fazer! Só espero que o resultado seja mesmo o que estou a imaginar.

Ele&Ela

Eu e a minha Máquina,
Praia Alentejana, Verão 2008


Ela precisava da solidão em que tinha mergulhado os seus dias.
Ele insistia em distraí-la dessa solidão.

Ela distanciava-se, mais e mais.
Ele insistia na proximidade que ela não queria adivinhar.

Ela desejava a coragem de falar o que, na ferida das palavras, tinha ficado cravado.
Ele iludia-se numa aparente calma.

Ela acreditava que um dia tudo iria mudar.
Ele queria que ela acreditasse que tudo seria igual sempre.

Ela acabava por duvidar se estaria certa no seu pensar
No seu querer
No seu desejar

Estranho Silêncio...

Eu e a minha Máquina,
Mesa de Natal 2007

Quando se tem habitualmente uma casa cheia de gente e de movimento, quando os dias nunca se pautam pela calma e pelo silêncio mas sim pelo entra e sai, pela azáfama de nunca estarem todos nos sítios certos ao mesmo tempo, estranha-se quando de repente tudo pára...e não há pensamentos positivos que me "adrenalinem"...

Camping # [1]

Eu e a minha Máquina,
SITAVA, Abril 2008


A Catarina já está acompanhada. Os Amigos/as acabaram de chegar ao pé dela! Pelo que me disse por sms ninguém levou internet...vamos ter que continuar a teclar em ponto pequeno!

Camping

Eu e a minha Máquina, Abril 2008

Este fim de semana foi longe da casa imóvel. Mudámo-nos para a nossa casinha com rodas, instalada num belo Parque de Campismo alentejano, à sombra de imensos pinheiros. Foi um fim de semana que soube a pouco, porque aquele espaço é maravilhoso. Deixámos lá a nossa "Menina" que a partir da hora de almoço de hoje, e até ao dia do seu aniversário, no primeiro dia de Agosto, passará a estar acompanhada por meia dúzia de amigos/as. Desejo-lhes uns óptimos dias de férias por terras alentejanas!



domingo, 19 de julho de 2009

Portugueses, Gente bonita ou nem por isso?

A minha Máquina noutras mãos,
Lagoa de Albufeira, Setembro 2007


"Portugal é um país de gente feia. As pessoas são todas tão feias.", disse ela. Numa reunião familiar em que se conversava sobre os filmes que uns e outros tinham visto ultimamente. "Não, não vi o Slumdog Millionaire. Estou farta de ver tristezas, desgraças, doenças e gente feia.", continuava ela do alto da sua experiência profissional (médica), feita de hospital público, serviço de urgência. Achei-a presumida, pensei-a convencida.

Em tudo isto penso agora. Sentada numa mesa de esplanada no Parque de Campismo onde me sinto como se estivesse em casa...observo quem chega, quem está, quem passa. Sim, as nossas pessoas comuns são feias e, porque estão num parque de campismo, são desmazeladas. Estar de férias ou de fim de semana não deveria ser sinónimo de "who cares?". Deveria ser sinónimo de descontracção e leveza, nunca de má aparência - homens de T-Shirts sem mangas, homens em tronco nu exibindo barrigas capazes de considerar anoréctica qualquer grávida em fim de tempo, mulheres que esquecem os espelhos e as balanças e se bamboleiam em panos enrolados à cintura ou em calças/calções de licra que há muito pedem "reforma".

Torno-me presumida ao passar para o papel estas palavras observadas? Talvez sim...

sábado, 18 de julho de 2009

Eu, nas palavras de Clarice Lispector...

“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”

sexta-feira, 17 de julho de 2009

My (un)perfect Soul


Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.

Tem o peso da
palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.
Tem o
peso de uma lembrança.
Tem o
peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.

Tem o imaterial
peso da solidão no meio de outros
Clarisse Lispector

O que eu não suporto no Verão


Que NOJA!!!!

Querido Diário:

Hoje o tempo estava ranhoso de manhã...

Hoje não fui à praia...


Estes dois não estão em casa...


Eu estou a engomar desde as 11:00...


Vou fazer brioches, crumble de maçã e chá...


Vou-me sentar à mesa a lanchar com os pequenos!

Leituras # [8]


Começo a fazer as listas mentais e físicas do que é preciso levar para férias. As minhas leituras são sempre um dos primeiros sacos a estar pronto. Neste momento, para além do 333 iniciado ontem e que não sei se estará lido na altura em que partir, estão já alinhados:

Arlington Park, Rachel Cusk
A Elegância do Ouriço, Muriel Barbery
O Tigre Branco, Aravind Adiga
Leite Derramado, Chico Buarque
No teu deserto, Miguel Sousa Tavares

Provavelmente a lista aumentará até sairmos! Em férias transformo-me n' "A Devoradora Implacável de Livros".

Notícias da Gripe

Vírus recolhido aqui

Usar máscara pode não nos proteger de apanhar a Gripe. Usar luvas sim! Ouvi agora nas notícias que pontos como caixas multibanco, varões de transportes públicos, puxadores de portas de edifícios públicos, poderão ser pontos de contágio! Luvas no Verão, muito chique!

É impressão minha...



...ou este Senhor está a endoidecer por completo? Será que tanta água à volta lhe está a inundar o cérebro? Ou será o fumo dos charutos? Mas os melhores charutos não são os cubanos? E Cuba não tem um regime comunista? Estou baralhada...não percebo nada...

Estão a precisar de ânimo?

Estamos no meio do mês sete (7). Maior parte de nós só consegue tirar os esperados dias de férias anuais durante o mês oito (8). Mas também há aqueles que não têm filhos e conseguem optar pelo mês nove (9). Para todos, que esperam desesperadamente por dias de dolce far niente, principalmente para os do sexo feminino, deixo um presente que descobri noutro vizinho da blogosfera. Hoje é sexta feira, casual friday, os vossos patrões/chefes não se vão zangar se vos apanharem a fazer uma terapia em frente ao écran do computador! Vá, vão lá...

Leituras # [7]

Capa vinda daqui

Comecei ontem. O pouco que consegui ler, porque a palavra Mããe soava quase de minuto a minuto, fez-me ter a certeza de que irei adorar este livro. Não é uma leitura fácil. Pelo contrário, é uma leitura feita de escrita elaborada que me obriga a atenção, mas é destas leituras que gosto. As que me ensinam a arte da escrita, as que me mostram novas conjugações de palavras e ideias e que me dão vontade de sublinhar cada palavra, porque cada palavra parece ter uma magia, um corpo próprio. (Ao ler palavras escritas desta forma, penso que a minha ideia de que sei escrever é quase uma fantasia. Sei alinhar palavras, pontuá-las e pouco mais, essa é a realidade! Tenho muito que aprender, que treinar, que escrever, até saber escrever!)

Se estiverem compradores de um livro, visitem este, deixem-se apaixonar por ele, levem-no convosco. Não se vão arrepender!

Digam-me, por favor!


É conhecido o meu gosto por determinadas séries que passam nos fox's. Como a nossa hora de jantar coincide quase sempre com o início das séries que gostamos de ver, utilizamos a box da Zone para gravar e vemos mais tarde. Ontem, estavamos a ver o episódio da Anatomia e, quase a chegar ao fim, num ponto em que a acção estava no auge, a gravação parou. Nem queríamos acreditar...quem me diz? A Izzie morreu? E o O'Malley?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quatro Elementos

Eu e a minha Máquina,
Montargil, último domingo


Reimagino-me noutro corpo, noutro elemento da Natureza, do Universo.
Visto-me com as cores claras do céu que amanhece iluminado pelo Sol. Céu azul de Verão raiado de tons rosa que prenunciam o calor que o Astro Rei espalhará pelo Mundo quando acordar.
Visto-me com as cores do Mar e da Água que refrescam corpos e gargantas, plantas e animais quando o Sol escalda, que acalmam a fúria do Fogo quando chamas vermelhas, zangadas, devoram o verde, inocente.
Visto-me com as cores do Sol poente, reflectido na Água, tornando-a prateada, reluzente, espelhada.
Reimagino-me noutro corpo e posso ser feita do pó das estrelas que iluminam o Céu escuro das noites alentejanas. Pó de estrelas aos milhares, companhia de viajantes, pequenas luzes que juntas formam caminhos mágicos que levam o meu pensamento para longe, para fora deste Mundo.

Linhas e pontos


Atravesso-me nas vidas de quem passa pela linha da minha vida. Há vidas que me deixam caminhar pelas suas linhas partilhando pontos, rectas e curvas. Há outras que apenas permitem o cruzamento momentâneo e se desviam, continuando o seu caminho, numa linha que não querem partilhada, apenas cruzada. Em todas as linhas de vidas que cruzo gosto de sentir que deixei alguns pontos da minha linha, porque todas as vidas precisam de se entrelaçar e porque eu gosto dos pontos entrelaçados que formam outros pontos mais elaborados, mais artísticos, mais fortes. Quando sinto que a minha linha incomoda as outras linhas afasto-me suavemente, não podendo deixar de sentir desalento ao ver os pontos a desfazerem-se, a separarem-se em pequenas partículas que nunca mais voltarão a ser fortes. Sigo a minha linha, ao longo das outras linhas...

Estou-me a passar...

Algures, na vizinhança, há um cão que uiva todo o dia. Deve ficar preso em casa sozinho e não se cala. Estou sentada na mesa da cozinha, a tentar escrever. Não consigo desligar-me do uivo do cão...que cena!

Sonho # [1]

Interior da Lello, vindo daqui

Há muitos anos que tenho este sonho. Ser dona de uma livraria. Não precisava de ser uma grande livraria, aliás, o que eu sonho ter é um espaço onde estantes bem recheadas (em qualidade e não quantidade) cohabitem com uma zona de leitura e com um pequenino bar de apoio. Lá está o problema de não jogar no Euromilhões e de quando jogo não me sair sequer o dinheiro que investi! Não há ninguém que me apoie neste sonho. Ai e tal porque ninguém lê, ninguém compra livros a não ser nas grandes superfícies, o mercado editorial e livreiro é um mercado muito complicado, estamos em crise...se me saísse o Euromilhões, comprava uma bela loja que tem uma placa de Vende-se bem no centro da Parede e instalava-me lá. A única livraria que existe na Parede é um verdadeiro caos. Interior já bastante desactualizado, arrumação deficiente e organização igual a zero. De cada vez que tento ir lá, acabo sempre a insultar-me a mim própria. Juro que se conseguisse ter "aquela" loja, ia ter uma Livraria bem fixe! E um balcãozinho com um belo chá, scones, pão caseiro e outras mariquices convidativas. Alguém quer ser meu sócio neste sonho?

PS - Acabei de ver agora que me plagiei a mim própria...bolas, ando mesmo com falta de imaginação...já escrevo posts iguais a outros...

Pensamento Estúpido # [16]


Gostava tanto de ganhar o Euromilhões! Acabava as obras inacabadas cá de casa, contratava uma empregada para dar conta de tanto pó e das toneladas de roupa que existem sempre para lavar, estender e engomar, abria a livraria com que sonho há anos...

...mas não jogo!...

...detesto a sensação de ter deitado dinheiro à rua de cada vez que confiro os resultados do dito Jogo...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Porque será que as cozinhas são o centro de qualquer casa?

A nossa mesa de pequeno almoço

Por maior que seja uma casa, por mais espaço que tenha, a cozinha é sempre o seu centro. É na cozinha que se juntam as pessoas à conversa quando há uma festa, mas também é na cozinha que aparecem as coisas mais disparatadas. Ou será só na minha cozinha? Neste momento, uma das bancadas foi invadida por uma Família de Senhores Batata, cada um mais engraçado que o outro...


...mas também por aqui se passeia um frasco de acetona...

Será só a minha cozinha que parece o centro do Mundo? Será que este post é mesmo parvinho?

Verão Azul

Eu e a minha Máquina,
Agosto 2007, Praia dos Salgados

Não tenho dúvidas. O Verão é a minha estação! Há mais luz, mais tempo, mais disponibilidade para fazer coisas diferentes, mais vontade de juntar pessoas que me são queridas à minha volta.

Desde que as aulas terminaram, ainda não houve um único dia em que não tivesse de ir a uma das escolas. Exames, pautas, dúvidas sobre matrículas, recursos de notas e tralhas afins têm-me feito andar numa roda viva. Se o nosso horário de praia já não é o mais saudável em condições normais, este ano tem sido completamente fora dos limites do razoável, mas nem isso retira aos dias o sabor especial que devem ter nesta altura do ano. Tenho a certeza de que estes dias especiais, de férias, de sol mar e amigos ficarão gravados nas recordações de Verão de cada um dos meus Filhos e de cada um dos/as Amigos/as que arrastam consigo.

Ontem, na praia, eram um grupo de onze! Eu, sentada na areia, já com o Sol a esconder-se na Ponta do Sal, olhava-os. Dentro de água, entre mergulhos, risos, gritos provocados pela alegria de haver ondas para fazerem carreirinhas, pranchas a saltarem de uns para outros. Com o mais pequeno ao colo, enrolado numa toalha, a aproveitar-se do calor do meu corpo. Eu, sentada na areia, a pensar na sorte que tenho. Em poder ter os Filhos que tenho, em poder viver com eles estes dias fáceis, em poder ter os Amigos deles por perto, em poder fazer parte das memórias deles. Sempre!
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