Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dreams into Plans

Daqui
Aos poucos despede-se de mim a capícua da quarta década da minha vida. Aos poucos vai-se aproximando o dia e a hora em que alcançarei o meio da idade 40. Não tenho bem a certeza se ainda estarei na altura de seguir os conselhos do post it que ilustra estas linhas e como hei-de fazer esta transformação na minha vida. Os dias que vivemos são tão instáveis, tão inseguros, tão complicados. Não é que os meus sonhos sejam de tamanha grandeza que se tornem irrealizáveis, mas o meu realismo leva-me ao cepticismo na maior parte das vezes.
Se eu verbalizar os meus sonhos, torná-los-ei impossíveis de realizar? E se os verbalizar? Que opções terei de tomar para os transformar em planos?

Fico-me pela meia medida:
Moçambique, escrita mais consistente, estudar, ser feliz.

Será sonhar alto demais?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Casa de Bonecas


Daqui

Nunca tive uma casa de bonecas.
No passeio que me vi obrigada a fazer no domingo, entrei numa mega loja de brinquedos. Um dos brinquedos que lá estava exposto era uma casa de bonecas. Estranho, porque não sendo daquelas coisas que eu penso "ai, gostava tanto de ter tido" [aliás, parece-me que não existe nada que me faça pensar nesta frase], quando olhei para a casa disse "gostava tanto de ter uma casa de bonecas". Que disparate. Com esta idade, para que quero eu uma casa de bonecas? Para ter mais uma coisa em casa para limpar o pó, com certeza.O que eu acho é que mantenho o sonho de ter um quarto só de brinquedos, como os que se veêm nos filmes, como os que vêm descritos nos livros da Condessa de Ségur.
Com os filhos já crescidos e muito pouco virados para a temática "brinquedos", a minha oportunidade de vir a ter um quarto de brinquedos com uma casa de bonecas, atira-se para o futuro, para quando fôr Avó e tiver tempo para me sentar a brincar com os meus netos.
O quarto vai ter também um cavalinho de pau. Adoro-os. E um teatro de fantoches. E um baú cheio de roupas para as crianças se mascararem. E uma cortina na janela feita de espanta-espíritos coloridos e infantis que tilintarão ao sabor do vento. E uma cadeira de baloiço onde me hei-de sentar a ler enquanto eles brincam, ou a escrever, ou a ler histórias em voz alta. As janelas deste quarto de brinquedos vão ter, por dentro, portadas de madeira que se fecharão na hora da sesta. Caixas de música, de corda, enfeitarão prateleiras da estante dos livros e marcarão os compassos das horas que ali passaremos, as de brincar, as de ler, as de dormir e sonhar.
Gosto desta ideia. De poder ter tempo para me sentar no chão a brincar aos chás de bonecas. Quando era miúda, as brincadeiras com as bonecas tinham por tema o hospital, os doentes, os exames, as "picas", as máscaras nas nossas caras. Influências...

Vou continuar a pensar nisto!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Hoje é Dia de Confessar Algo Nunca Confessado # [1]


[...]"A mais vil de todas as necessidades - a da confidência, a da confissão. É a necessidade da alma de ser exterior.
Confessa, sim; mas confessa o que não sentes. Livra a tua alma, sim, do peso dos seus segredos, dizendo-os; mas ainda bem que os segredos que digas, nunca os tenhas tido. Mente a ti próprio antes de dizeres a verdade. Exprimir é sempre errar. Sê consciente: exprimir seja, para ti, mentir."[...]

Fernando Pessoa/Vicente Guedes
Livro do Desassosssego, pg.227
Ed. Relógio d'Água, Outubro 2008

Passión, [Rodrigo Leão + Lula Pena]

Hoje é Dia de Confessar Algo nunca Confessado

Eu e a minha Máquina
Lagoa de Albufeira,
Setembro 2008

Depois de um fim de semana sem pausas mentais para a escrita eis que surge esta ideia de confessar algo nunca antes confessado.. Um sinal de expressão de tudo o que se pensa. O eterno azul do mar que me faz repousar alma dorida de tanta questão, de tanta dúvida. Os dias em que as lágrimas caem só de o olhar. A lembrança do gosto que a minha Avó tinha em ver o mar. Revolto e furioso. Tal como eu gosto de o ver. Enchi-me dele. Tenho-o dentro de mim. Desejo-o todos os dias. O nunca confessado...o desejo de partir. A vontade que se adensa de começar tudo outra vez. Noutro local. Noutro tempo. Noutra personalidade. Noutras companhias. Eventualmente sem companhias, quem sabe. Porque as companhias transformam-se, deixam de proteger, passam a agredir, passam a esquecer. Não mais quero ser esquecida. Exigo que me lembrem. Exigo que venham sem ser chamadas. Exigo que me abracem, que me protejam. Dos meus medos, das minhas inseguranças, das minhas estranhas vontades de evasão. O azul do mar. sempre por perto. A minha companhia fiel. O meu interlocutor silencioso mas atento. Sempre aqui para mim. E, quando um dia eu partir, quero que seja o mar ó último a abraçar-me, a embalar-me, a guardar-me dos males. O nunca confessado...a paixão.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pensamento Estúpido # [23]


É um pensamento muito pessoal. Muito íntimo. Não o vou partilhar para não ofender quem me rodeia. Não quero ofender ninguém. Não posso deixar de pensar que se fazem coisas muiiiiito estranhas no espaço blogosférico. A troco de quê? Porquê? Não percebo...mas isto é um pensamento estúpido, só meu.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Taras&Manias


"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do recrutamento. Cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blogue."

O que é que eu acabei de dizer no post anterior? Este blogue está mesmo em Silly Season...até já aceita desafios para fazer mais um postzinho...O Ogre deixou-me este desafio/aviso na caixa de comentários e aqui estou eu. A pedir ajuda às minhas crianças porque não consigo lembrar-me de 5 manias/hábitos pessoais...

1º NUNCA sair de casa com as camas por fazer. Mania herdada da minha Avó Materna que dizia que sabemos como saímos, mas não sabemos como entramos e se entramos...

2º GORDURA. Trauma que me acompanha desde sempre. Passo a vida a pesar-me, a proibir-me de comer isto ou beber aquilo e mesmo assim, acho SEMPRE que estou GORDA...

3º SOUTIENS&CUECAS sempre iguais. Nem pensar em vestir cuecas brancas. Nem pensar em ter um soutien de uma cor e umas cuecas de outra! NUNCA!!!!...

4º ESTALAR A LÍNGUA quando estou chateada...(esta foi o Manel que disse e tenho que corrigir. É horrível!)

5º ACHAR, SEMPRE, QUE NÃO SOU SUFICIENTEMENTE BOA ou que não faço as coisas bem feitas (algumas coisas). É irritante até para mim...

Bem...e agora que já sabem mais coisas sobre mim, desafio-vos:

Asinhas de Frango, Escrito a Quente, Verde Água, AnjoDemónio, Em Estado Puro,

a confessarem as vossas manias!!!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Intimidades

Que a minha escrita é íntima. Que não é fácil comentar intimidades.
That´s the way I am!

Quando me sento e escrevo, as palavras que saem são as que bailam dentro da minha cabeça, dentro do meu coração. Sim, sou feita de muitos afectos. Isso sai-me naturalmente quando escrevo. Não o faço pensadamente. Faço-o porque o sinto e não me sinto mal com esta forma de estar na escrita. O que escrevo não tem que ser necessariamente o que comigo se passa. Pode haver uma outra dentro de mim que sente para que seja escrito. Isso agrada-me. Agrada-me escrever uma escrita de intimidade, de pensamentos, de segredos. Agrada-me o sussurro. A proximidade. O afecto que existe no que é íntimo.

Mas também me agrada saber o que pensa quem lê, quem me lê.

Escrevo porque gosto, porque me dá prazer, porque gosto de palavras, mas também porque gosto de comunicar. Sou um ser social, comunicador e comunicante. Gosto de saber que sou lida e gosto de saber como sou lida.

Com prazer? Com vontade? Com admiração? Com tédio?

Sim, vou continuar. A expor a minha intimidade, a minha ou a da outra que solta os sentimentos feitos palavras, as palavras escritas.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Teatro

Gosto quando o pano fecha definitivamente.

Quando a sala se esvazia e fico sentado nas tábuas do palco. Sozinho com o meu medo da solidão.

Coisa mais parva esta, mas tão verdadeira. Escondo-me por trás da fantasia efémera de cada espectáculo, deixo que cada um dos personagens tome conta de mim e me leve para um mundo onde eu realmente não pertenço mas onde me sinto seguro. Lá ninguém precisa de ser verdadeiro, apenas vestir uma pele e com ela conviver com outros. Nesta segurança irreal despeço-me de todos os medos e de tudo o que atormenta o espírito enquanto pessoa real.

Quando a sala se esvazia e me sento nas tábuas do palco. Respiro fundo. Gosto de sentir o cheiro daquele chão, daqueles tecidos pesados, de uma sala onde muitas pessoas estiveram durante duas horas envoltas num mundo de ilusão. As tábuas do palco já foram pisadas por centenas, milhares de pés, antes do meus. Que histórias de inseguranças e medos poderão elas contar-me?

Tenho medo da solidão, mas ao mesmo tempo preciso dela. Tenho medo de não ter ninguém à minha espera, alguém que me abrace e me faça sentir querido. Ao mesmo tempo, tenho uma necessidade imensa de silêncio, vazio, companhia de mim próprio. Será de mim ou comum a todos os que se catalogam de criativos?

Quando a sala se esvazia e me sento nas tábuas do palco. Penso. Em todos os que ali vivemos, todos os dias, todas as horas. O que conhecemos de cada um dos outros? O que deixamos que cada um dos outros conheça de nós?

As minhas contradições deixam-me ansioso. Não consigo entender-me a mim próprio. Não consigo entregar-me completamente…a ninguém…anseio por algo que não consigo definir…vivo, ou sobrevivo?

Quando a sala se esvazia e me deito nas tábuas do palco. Olhos fixos nos projectores apagados, no sistema complicado de suporte de luzes. Procuro nas luzes apagadas um sinal que me indique o caminho a seguir, a opção a tomar, o Eu real despido da fantasia.

Deito-me no chão, nas tábuas do palco. Saio de mim e observo-me de cima. Gosto de me ver assim. Diferente da imagem que o espelho do camarim me devolve quando me observo nele. Quem aparece no espelho é quem todos vêem, quem todos pensam saber quem é. Daqui, de onde me observo a mim próprio, sei quem vejo e quem quero ver. Vejo-me como devia ter a coragem de ser. Livre. Capaz de sair do seguro e lançar-me no desafio do desconhecido, do novo, do desejado.

Quando a sala se esvazia há uma parte de mim que desaparece para sempre. Até ao dia seguinte. Talvez seja aquela a parte mais verdadeira de mim. A parte que necessita da pele de outro para existir, embora numa existência fantástica. A parte que pode ser duas sem ter que revelar a sua única existência. A parte que tem por companhia aqueles que não exigem nada, apenas assistem e garantem que a solidão continua individual, privada.

Palco quente, sensual e desejado.

Vida só, sensual, privada, eternamente imaginada…

sábado, 19 de julho de 2008

Silêncio, II



Ando por aqui

Calada, em Silêncio
Não quero ser intempestiva
Não quero invadir espaços que não são meus
Vidas que não são minhas

O Silêncio não é natural em mim
é um esforço,
Tal como o afastamento
Eu sou proximidade e contacto
A distância não me agrada

Nos meus sonhos acontece o normal em mim
Agradeço ao meus sonhos por me trazerem os Momentos
Que a vida corta

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Nova Semana

2ª feira

Início de uma nova semana, após um fim de semana em que me parece que só dormi e vivi como num sonho.

Hoje chove, o céu está cinzento.

Tenho dois M.M.s cheios de tosse e a pedirem sessões de aerossol.

Tenho uma C. empenhada em estudar Geometria Descritiva até à exaustão para conseguir uma nota Fantásica no exame na próxima quinta feira.

Tenho-me a mim, ainda meio adormecida.

Tenho-me a mim.

sábado, 7 de junho de 2008

Alma

Empty, that's how I fell today.
Can't recognize me like this.

Procurando cá dentro o que se passa, para onde estou a ir.

Where's my soul?
My body's here, staring...

Sinto-me como se me estivesse a observar a mim própria.

Body and Soul, apart from each other
Sleep that's all I want to do.

Estranho-me
Penso-me
Procuro-me

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pensamentos


A minha Caixa de Pandora abriu-se e deixou fugir todos os pensamentos que lá estavam guardados.
Sentiu-os ir embora. Esvaziei-me de sentimentos que não eram verdadeiros. Fiquei só.
Já me tinha habituado à companhia algo esquizofrénica de pensamentos e sentimentos que não existiam sem ser na minha imaginação. Existiam no outro Ser de mim. O Ser que me observa, que vive dentro de mim e, às vezes, em paralelo.
Agora a solidão do meu Ser verdadeiro é real e os pensamentos, que não encontram eco no outro Ser de mim, não têm a fantasia de outrora.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Para ti

Hoje vou estar contigo no pensamento.
Já cá andas há uns dias, semanas, talvez, mas hoje é um Dia Especial. Sei que deves estar num stress imenso e ainda mais com este tempo horroroso que não ajuda nada ...
Se conseguires concentrar-te, talvez consigas receber por telepatia as minhas mensagens de "força"...
...talvez apareça para te abraçar.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Lisboa

Soube-me tão bem!
O passeio, o almoço tibetano delicioso, a companhia, o poder sentir-me Vera e não Mãe.
Soube-me tão bem poder caminhar, passear e conversar como Mulher com outra Mulher.
Soube-me tão bem sentir a Amizade presente no silêncio.
A sério, obrigada mesmo!

Cosmicidades

Hoje vou pegar em mim e no meu livro e apanhar o comboio à hora de almoço. Vou sentar-me e embalada pelo "pouca-terra" deixar-me ir.
Preciso de ir e quem me desafiou sabe disso.
Quem me desafiou tem tido a magia suficiente para me fazer dizer o que era preciso ser dito a alguém que não eu mesma.
Eu, que até nem acredito em seres superiores, tenho dado por mim a questionar-me sobre a importância das pessoas que se têm cruzado na minha vida nos últimos tempos. Se o Cosmos orienta tudo e se existem razões cósmicas para encontros e desencontros, então o meu último ano de vida tem sido rico em experiências cósmicas...
Vou passear pela Baixa Lisboeta, recordar, conversar, ver montras, ver pessoas diferentes.
Estou a precisar...

sábado, 10 de maio de 2008

Gosto de acordar cedo. Eu acordo sempre cedo.
Gosto de sair p'ra rua cedo, sentir o cheiro da manhã e a tranquilidade das ruas.
Gosto do silêncio efémero que me permite pensar um pouco.
Gosto de saber que há um dia novo p'ra viver.
Gosto

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Devagar...


Vamo-nos mostrando
Devagar
Em pequenos passos
Em grandes frases
Porque as palavras nos unem

Vamo-nos mostrando
Devagar
Deixando vir ao de cima
O que vamos guardando
Para ouvintes especiais

Vamo-nos mostrando
Devagar
Nos olhares que trocamos
Nos risos que partilhamos
Numa cumplicidade de pensamentos

Vamo-nos mostrando
Devagar…


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