Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Para o Artur


Daqui

O Artur tem saudades das minhas palavras nas imagens dele.
Eu tenho saudades das imagens dele nas minhas palavras.
Não nos conhecemos. Vamos trocando emails, planeando algo em comum, encontrando-nos na virtualidade de um espaço a que acedemos pelo teclado dos nossos computadores.
Encontrar um meio termo entre os meus posts diários que se multiplicavam e a minha ausência de semanas actual não me está a ser fácil.
Sinto falta absoluta das páginas dos meus livros, sinto falta absoluta de ver este meu espaço repleto de palavras que me vão saindo à medida que os dedos se abandonam ao prazer das teclas brancas do meu pequenino computador.
Sinto falta de me ver lida, sinto falta de me ver escrita, mas não sei como hei-de conciliar tantas tarefas. A que de rompante entrou na minha vida e a alterou completamente ocupa-me dias e pensamentos. As que há onze anos desempenho diariamente absorvem o tempo que sobra, multiplicando-se, espalhando-se como polvos, crescendo como uma esponja cresce quando absorve a água em que é mergulhada. E eu, atónita, quase sufoco sem saber como hei-de dar volta a tanta coisa. Sem outros braços que me ajudem, sem os meus braços conseguirem dar vencimento a tanta solicitação.
Ai!!!! Um ataque de ansiedade invadiu-me um dia destes.
Senti que sair era urgente, mas não consegui. Sair da solidão sempre povoada, das palavras envoltas em silêncio e vazio, da aparente calmaria dos dias.
Senti saudade de pegar em mim e na minha máquina (até ela tem estado abandonada, sem carga, fechada num armário) e ir. Lisboa sempre o meu destino de sonho. As ruas escorregadias e a luz clara espelhada pelo rio. Sensação de espaço e fuga em ruas estreitas de pessoas envelhecidas. Guardei a saudade. Expliquei-lhe que não era ainda a altura certa para a libertar do peito. Enrolei-a de forma criteriosa e engoli-a para dentro do meu coração sempre aos saltos.
Os dias têm-me engolido, têm-me retirado o pouco tempo que me dedicava.
Saudades profundas
Das imagens do Artur
Das minhas palavras
Dos meus pensamentos
Dos meus livros que se acumulam cada vez mais
(porque não lhes resisto quando os vejo no escaparate)
Necessidade premente de aprender a conjugar vários verbos em simultâneo!

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Acontecimento do Dia

Eu e a Minha Máquina,
Agora Mesmo!

A nossa casa é uma casa de Família. Sem dúvida nenhuma!
Somos seis. Um Pai, uma Mãe, quatro Filhos.
Na cozinha, a fazer-me companhia diariamente temos três periquitos. Barulhentos, porcalhões, mas companheiros.
No quintal temos dois cães. A Rebeca e o Bethoven. São irmãos, filhos de uma outra cadela que já habitou este espaço, mas que cansada da maternidade fugiu de casa e nunca mais ninguém a viu. Nem os filhos que nos deixou, nem nós que gostavamos tanto dela. Por razões de "private joke", chamava-se Bibá.
A Rebeca e o Bethoven são "a menina dos olhos" do Martim. Não pode viver sem eles, rebola-se com eles no chão do quintal, deixa que lhe saltem para cima, que o lambam, que o sujem todo.
Esta noite, serena e discretamente, a Rebeca aumentou a densidade populacional do nosso jardim/quintal. Ao abrir a janela de manhã, ouvi os gemidos de bébés a aconchegarem-se às maminhas da Mãe.
São lindos!!! Todos parecidos com o Pai, todos aninhados a ela, num canteiro, camuflados pela folhagem da hera que nos separa das casas vizinhas.
Aos poucos irei publicando a evolução dos novos bébés. Daqui a dois meses vamos precisar de Pais adoptivos e carinhosos para eles!

domingo, 25 de abril de 2010

Final de Domingo

O dia amanheceu inteiro e limpo.
Saí de manhã à rua, na procura das flores vermelhas que a minha jarra vazia exigia ostentar no dia de hoje. Embora pequenos e praticamente inodoros, lá os encontrei, em pequenos molhos de oito, a um preço algo inflaccionado. Trouxe-os, orgulhosamente.
Costuma ser este o dia em que iniciamos a época dos caracóis. Hoje fez-se a excepção.
Houve almoço familiar. Avós, Pais,Tios, Sobrinhos e Filhos.
Houve risos. Houve música e cantorias.
Lá fora o Sol a brilhar. Um dia inicial inteiro e limpo.
Um domingo que foi feriado.
Um domingo especial que chega ao fim.

25 de A B R I L


Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.“
Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 23 de abril de 2010


Se alterações existem nos comportamentos e atitudes nos útlimos anos, são as que se relacionam com a preocupação ambiental as que mais se destacam. É quase estranho pensar que em muitos milhares de anos de existência do planeta Terra nunca houve preocupação em saber como o defender do vandalismo a que sucessivas populações o foram submetendo. Enebriados pelas riquezas naturais com que nos brindava nunca nos detivemos para pensar que a água poderia um dia escassear, o ar que respiramos poderia tornar-se menos puro se autorizassemos a destruição em massa de florestas e pequenos bosques, os animais que identificamos poderiam deixar de existir e tornar-se desconhecidos para as gerações que nos sucederiam.
É agradável notar que há cada vez mais pessoas preocupadas com a boa saúde do planeta, que são cada vez menos os que insistem em misturar todos os tipos de lixo, que são cada vez mais os que fecham a torneira no banho enquanto se ensaboam...
No Dia Mundial do Livro é bom que pensemos como é que o livro impacta no ambiente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Bancos de Jardim


Gosto de bancos de jardim.
De madeira tratada, assente em ferro pintado de verde escuro.
De madeira ressequida pelo tempo, esbranquiçada, assente em ferro pintado de verde escuro.
Na Alameda lisboeta onde vivi havia-os de pedra. Com um feitio nas costas que me fazia lembrar, sempre que os olhava, pastilhas elásticas Chiclets.
Gosto de os ver vazios. Envoltos na pouca vegetação que vai sobrevivendo na cidade. São pontos evocativos da pausa. Do descanso. Da leitura.
Gosto de os ver ocupados. Sofá urbano de uma só pessoa. Sofá urbano de pares de pessoas. De mãos dadas ou braços sobre os ombros. Protegendo.
Gosto de os ver a velar carrinhos de bebés. Que dormem. Que chucham. Que descobrem as mãos e brincam com elas. Sob olhares atentos e de deleite de mães jovens para quem a aventura da maternidade está ainda a começar. Sob olhares atentos e de orgulho de avós que se maravilham com a beleza de uma maternidade repetida, mais calma, mais branda.
Gosto de os ver ocupados por idosos. Bengalas nas mãos, olhando quem passa, comparando interiormente o que viram e o que veêm, fazendo de tempos diferentes o presente do seu tempo.
Gosto de pensar que, um dia, vou ter tempo para me sentar num banco de jardim.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vieira da Silva
Paris
S/ Data

O dia de hoje vai ser dedicado a um outro blogue. O da Biblioteca da ESFLG.
Já me rodeei de material para publicar uma série de posts subordinados às temáticas do 25 de Abril. Letras de canções dos poetas de Abril, poesia e excertos de textos, cartazes e notícias de jornais.
Vão até lá. Façam-se seguidores. Comentem e sugiram, porque é deste intercâmbio que se fazem os blogues.
Até já!!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A B R I L


Abril chegou finalmente.
Com Abril chegam-me à memória os dias dos cravos vermelhos.
O cheiro dos cravos vermelhos em jarras dentro de casa, nos tabuleiros de quem os vendia em padiolas nas ruas alfacinhas.
Chegam-me memórias tantas vezes já ditas de pessoas tão queridas já desaparecidas.
Chega-me a nostalgia da celebração. A perda. A dor. A saudade.
Abril chegou finalmente.
Com Abril chega-me a vontade de ler as palavras escritas para Abril.
De cantar as palavras escritas para serem cantadas por/para Abril.
No meu coração há lugar para um Abril especial.
Que viverá enquanto eu viver.
Em festa.
Em cravos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Arte Urbana ou apenas Meninos Rabinos Pinta Paredes (alcunha atribuída aos militantes do MRPP)?

Mural encontrado nesta parede
As tarefas quinzenais atribuídas pela Professora de Desenho da Catarina, mais os temas de Diário Gráfico, vêm sempre ao meu conhecimento. Umas vezes porque é necessária ajuda de texto, outras vezes porque é preciso pesquisar em livros que só eu sei onde encontrar, outras ainda porque os testemunhos de outros são solicitados.

É nesta última hipótese que se enquadra a Tarefa Quinzenal agora em vigor. Cabe aos Alunos fazerem uma pesquisa sobre os Murais que animavam (sujavam) as paredes da cidade pós 25 de Abril. É-lhes proposto que procurem vestígios desta arte (sujidade) e que, conjugando opiniões de quem viveu a época, deêm a sua opinião sobre estes Murais.

Quando se deu o 25 de Abril, eu tinha oito anos. Estava a seis meses de fazer nove anos. Agora que penso nesta realidade, pergunto-me como posso ter guardado com tantas raízes de felicidade uma memória de um tempo tão distante, em que eu era tão pequena...

Para mim, as pinturas nas paredes fazem parte do album dessas memórias felizes. Sei que gostava daquelas extensões de côr, movimento e letras. Para mim, naquela época, era apenas isso. Pinturas sobre pessoas que acreditavam numa mudança para melhor.

Não sei se ainda será possível encontrar algum vestígio destes murais na cidade de Lisboa...se quiserem contribuir com a vossa opinião sobre as pinturas do período revolucionário e pós-revolucionário, bem como com pistas sobre onde ainda existam vestígios fotografáveis, a Estudante agradece e a Mãe também!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Loucura


Antecipo o dia em que me dizes que vais voar para longe.
Cerro os lábios até fazer sangue.
Cerro-os para que não deixem que se soltem palavras sem nexo, descontroladas.
Os olhos abrem as defesas e soltam água, infinita.
Enlouqueço por antecipação?
Não, reajo como não hei-de reagir nesse dia vindouro.


Dizes-me que vais voar para longe.
Cansaste-te, precisas do ar que não te consigo dar.
Escancaro a boca num riso idiota. Feio de tão falso.
Gargalho enquanto por dentro morro.
Um riso feito do desespero e do silêncio em que mergulham os abandonados.
Os olhos páram. Fixam-se na imagem de ti e, imóveis, não acompanham o riso da voz.


sonhos.pesadelos.inquietações.mera loucura.

Pensamento Estúpido # 13

Encontrei-me, assim, na Internet!

Detesto as alterações hormonais! Num dia peso x. Dois dias depois peso x+y. Não é uma boa forma de começar o dia...ai não é não! Hoje só vou comer reinetas e sempre quero ver o que dizem amanhã as hormonas quando as puser em cima da balança!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Fios


Descobríamo-nos.
A passos pequenos, a palavras trocadas à medida do que os corações desejavam falar. Queríamos entender o outro lado e partilhar este lado. Do vento, do sol, do viver. Do que sentíamos quando nos juntávamos. Do que pensávamos ter em comum e de tudo o que nos afastava. Descobríamo-nos em Mundos diferentes e gostávamos. A passos pequenos. O que nos uniu dias a fio foi-se desfiando. Em muitas pontas soltas que nos levaram para outros lados. Do vento, do sol, do viver. No centro do novelo fica a vontade de repetir descobertas e dias.

Aos poucos...

Tristeza a preto e branco, encontrada na Internet

A tristeza tem vindo a dissipar-se. Provavelmente não tenho mesmo feitio para permanecer triste durante muito tempo. Continuo a pensar que não há nada como escrever à noite no silêncio e que não posso fazê-lo. As minhas ideias ficam mais soltas. Não há vozes a chamar por mim de minuto a minuto, não sou interrompida e consigo pensar com princípio meio e fim. Continuo a pensar que não é justo. Não há forma de ultrapassar esta barreira. Os meus pensamentos não levam a nada que seja digno de ser escrito. Sinto-me "cortada"...
...mas sou forte e quero ser Feliz, Contente, Sorridente. Avanço. Nos meus pensamentos entra o que eu quiser que entre. Isso ninguém me pode tirar!

Laurear = Vadiar

Eu e a minha Máquina, a laurear no Algarve
Abril 2009


vadiar [va] v.intr. 1 levar vida de vadio; 2 andar de um lado para o outro, sem se fixar; vaguear; 3 não ter ocupação profissional; 4 viver na ociosidade (De vadio + -ar)

Dizem de mim. Que ando sempre a laurear. Reconheço que aprecio cada vez mais o facto de não ter que prestar contas a ninguém, no sentido de não ter horas de entrar e de sair. Horas de almoço. Horas de ir beber um cafezinho à esquina ou de ir fumar um cigarro à entrada do prédio. Se é verdade que há dias em que só saio de casa para as entregas e recolhas de Filhos também não é menos verdade que acordo com um plano de vadiagem na cabeça e só volto a casa quando o dou por terminado.

O dia de hoje estava planeado. Ao planeado ainda fui juntando mais umas coisinhas...o Dia da Mãe, presentes para aniversariantes de Maio, compras de supermercado.

Decidi que quero oferecer às minhas Amigas mais especiais, as que são Mães, um miminho para assinalar a data. Vadeei toda a manhã pelas ruas das redondezas. Entrei em lojas e lojinhas. Mexeriquei, vi preços e desatinei!

Terminei nas compras necessárias, de supermercado.

Estou a ver que amanhã terei de voltar a laurear/vadiar. Não posso deixar as minhas
Amigas do coração sem os seus mimos de Dia da Mãe...

Quando a Escrita começa a ser Criativa!


Escrever. Para quem o faz diariamente e retira desta actividade prazer talvez seja uma recordação muito vaga a forma como se iniciou nesta prática. Provavelmente pensará que escrever é algo inato, natural. As palavras surgem e as mãos apenas se limitam a dar-lhes corpo. Na verdade todos nós fomos ensinados a escrever. Melhor ou pior. À custa de muitos ou de nenhuns erros nos ditados de 5 linhas e de palavras difíceis copiadas no caderno umas dez ou vinte vezes para as fixarmos bem. À custa de cópias feitas em cadernos de duas linhas para ficarmos com uma caligrafia perfeita. Métodos que já não se usam mas que surtiam efeitos reais!

Quando escrevemos, para além de termos que saber utilizar correctamente as palavras e de termos (ou devermos) que saber a grafia correcta, é muito importante o uso da pontuação. Sem pontos, vírgulas, reticências e travessões, a nossa escrita tornar-se-ia um armazém de palavras que dificilmente seria legível e que poderia dar azo a tantas interpretações quantas as pessoas que a lessem.

Actualmente a escrita é já um exercício muito criativo e que foge muitas vezes às regras rígidas que nos foram ensinadas na Instrução Primária. Uma frase nunca deve ser iniciada pela palavra "porque" nem por "E", que também não deve ser utilizado depois de uma vírgula. Os diálogos devem obedecer à regra dos "dois pontos, mudança de linha, travessão".

Se atendermos à escrita dos maiores
mestres da palavra da actualidade, todas estas regras caem por terra. Todas são infringidas e a nossa leitura não fica prejudicada, pelo contrário, aprendemos que há diversas formas de escrever bem.

Isto tudo a propósito do post que está hoje publicado no Blogue da Turma do Mateus e que fala de dois sinais de pontuação recentemente aprendidos - o ponto de exclamação e o ponto de interrogação. É interessante pensar no que nunca pensamos, que sem eles a escrita perderia muito do seu movimento, da sua vivacidade. É interessante tentarmos fazer o exercício de voltar a ter sete ou oito nos e descobrir como a nossa escrita fica diferente se no fim duma frase lhe colocarmos um ponto de interrogação ou um ponto de exclamação. É interessante pensarmos que para formular uma pergunta a arrumação das palavras deve ser feita de forma diferente da que fazemos se quisermos mostrar admiração ou espanto. É nesta altura da aprendizagem da língua que a escrita das crianças começa a ser uma escrita criativa e é de modo embevecido que eu leio as composições que nestes dias chegam no caderno de casa acompanhadas do comentário positivo da Professora e do "nós temos jeito para escrever" do Mano mais velho!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ciúme, sentimento difícil [para quem sente, para quem é objecto dele!]

Ciúme trazido da Internet

ciúme n.m. 1 inveja de alguém que usufrui de uma situação ou de algo que não se possui ou que se desejaria possuir em exclusividade; 2 sentimento de possessividade em relação a algo ou alguém; 3 sentimento gerado pelo desejo de conservar alguém junto de si ou por não conseguir partilhar afectivamente essa pessoa; sentimento gerado pela suspeita da infidelidade de um parceiro [...]

O ciúme, por todas as definições acima enunciadas, é um dos sentimentos humanos mais difíceis de controlar.

Durante a minha infância, graças ao meu feitio ensimesmado, à minha tendência para o isolamento e a dedicação à leitura, sofri deste sentimento em relação ao sucesso que a minha irmã, mais nova do que eu três anos, fazia com todas as pessoas com quem nos relacionávamos. Ela era expansiva, bem disposta, lingrinhas e ágil, uma verdadeira maria-rapaz, o que a tornava mais simpática socialmente. À medida que fui crescendo, este sentimento que era mais de inveja do que propriamente de ciúme, foi-se dissipando e acabou por desaparecer.

Nos meus namoros nunca fui ciumenta, no meu casamento também não. Como se dentro deste tipo de relações a minha auto-confiança fosse tão forte que me protege de qualquer tipo de ciúme. No campo simples, da amizade, a minha auto-confiança esvai-se completamente. Dou por mim a pensar que não sou suficientemente atraente como companhia para uma tarde de conversa ou para um passeio pela cidade. Dou por mim, agora, a ser ciumenta em relação a algumas, poucas, pessoas do meu círculo de amizades. Não é bom. Nem para mim, nem para aqueles de quem tenho ciúmes. Sou crescida e não devia sentir este tipo de sentimentos (passo a cacafonia!).

Hoje, à mesa do lanche, falou-se de relações de amizade e de ciúmes entre amigos. Diziam os miúdos que não conseguiam entender as "birras" e a ciumeira de alguns dos seus amigos. São um grupo que anda junto desde o 1º ano de escolaridade e que está agora a entrar na chamada pré-adolescência. Há miúdos mais "crescidos", miúdos mais "abebezados", miúdos que não estão nem aí para estas confusões e só querem mesmo continuar amigos e a brincar. Expliquei-lhes que ser ciumento é algo que muitas vezes não se consegue controlar e que traz grande sofrimento a quem dele sofre. A eles, os que não sentem ciúme e para quem são normais estas tardes passadas em conjunto sem que haja motivo especial para tal, cabe-lhes não criticarem os amigos ciumentos. Cabe-lhes serem ainda mais Amigos. Explicarem que se juntam porque calhou assim, que estudam, brincam, discutem em conjunto porque são Amigos e serem Amigos em sub-grupos não destrói a Amizade que continua a uni-los e a fazer deles um todo, um Grupo.

Não sei se vão conseguir, mas acredito que alguma coisa do que lhes disse devem reter e se irão lembrar, mesmo que em pequenas doses!

Mais vale prevenir...

Máscaras vindas da Net
Não fui ao México, nem em sonhos, não estive com ninguém que de lá tivesse vindo nos últimos dias. O que é certo é que estou com uma constipação "e pêras". Tenho o nariz a pingar sem descanso, um peso enorme nos olhos, tosse, sede, falta de olfacto. A cabeça também não está a funcionar a 100% e a prova disso é que já estou levantada há horas e ainda não consegui escrever uma linha que me agradasse verdadeiramente.

Pelo sim pelo não, aconselho-vos a usarem uma máscara descartável quando me vierem visitar, não vá o vírus que me afecta já estar tão desenvolvido que consiga propagar-se através dos clicks na Internet!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um Conselho e uma Palavra de Esperança

Livros trazidos da Net

Já é quase um lugar comum afirmar que as nossas crianças e jovens não leêm. Os Professores queixam-se de que as maiores dificuldades dos alunos não estão apenas na capacidade de estudo e assimilação da matéria dada nas aulas, mas sim na dificuldade de interpretação do que lhes é pedido em fichas de trabalho e testes de avaliação. Quem não lê não adquire a competência do conhecimento da língua, não desenvolve a capacidade de interpretação das palavras e seus significados consoante o contexto em que são utilizadas.

A falta de gosto pela leitura não pode ser apenas uma culpa imputada aos Pais e às Famílias. O poder da comunicação audiovisual é enorme e entra pelas casas dentro desde manhã até à noite. É de simples compreensão, não há que se estar concentrado.

No meu caso concreto, e porque sempre gostei de livros e de ler, desde a primeira gravidez que fui fazendo colecções de livros infantis e depois juvenis, com o intuito de estimular o gosto pela leitura nas minhas crianças. Apesar de estarem habituados a ver-me sempre com um livro na mão e de saberem que ler faz parte da minha vida, os livros nãos os atraem.

Este ano é o último ano lectivo da Catarina no secundário. Já teve que ler Os Maias, A Mensagem. No Verão passado, para se preparar para o que a esperaria no 12º ano, iniciou a leitura do Memorial do Convento. Não lhe foi fácil avançar. Lia e parava. Quando voltava a pegar no livro tinha que ir atrás para conseguir situar-se na história. Já durante este ano lectivo estipulou um plano de leitura que a obrigava a ler um determinado número de páginas por dia. Leu o livro todo (há colegas dela que dizem que só vão ler os resumos!) e gostou. Assim que o terminou, pediu-me que lhe desse A Aparição.

O facto de já ter uma filha a chegar aos 18 e mais três por aí abaixo, dá-me algum à vontade para dar um conselho a todos os que são Pais e Mães. Os livros devem estar presentes na nossa vida e na deles com estatuto de prazer e nunca de obrigação. Aos poucos, a vontade de ler irá aparecendo. É importante que consigamos descobrir qual o tipo de histórias que mais os cativam e que as vamos sugerindo, oferecendo, nunca utilizando o livro como castigo. Se o fizermos, estaremos a adubar uma sementinha que cultivámos enquanto lemos as primeiras histórias de encantar e que irá germinar sem que quase nos apercebamos de tal.

Sigam o meu conselho e acreditem que os dias de leitura irão chegar!

Pensamento Estúpido # 12


Porque é que há blogues que têm 26 pessoas online e o meu só tem 2? Lá porque tenho sono e não fui capaz de resistir à febre de limpeza e arrumação isso não quer dizer que não mereça também muitos online e muitos comentários, ou quer?
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