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A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

M(ã)e(ditando)


Estudar-se o que se gosta pode fazer toda a diferença em termos de classificações finais.
Penso que todos nós, Pais e Mães, somos unânimes em afirmar que aos 14, 15 anos, os nossos Filhos são ainda muito imaturos para poderem decidir o que querem fazer da vida que ainda está tão longe, no sentido de que fazer qualquer coisa da vida significa saber o que se quererá fazer como profissão quando a idade adulta a isso o obrigar.
No ano lectivo anterior a este em que nos encontramos foi complicado gerir a insatisfação, a dureza de horários e a extensão de matérias. O tempo não era suficiente para tanta informação e as bases eram frágeis demais para conseguir sustentar a matéria que o secundário trazia consigo. Foi um ano muito complicado mas que serviu para que percebessemos (Filho e Pais) que aquela não era a área certa!
Novo ano lectivo, nova área de estudos, o mesmo ano de escolaridade. Uma carga horária muito mais racional, libertando algumas tardes para o Mar. Matérias que o fazem estudar com gosto porque as percebe, porque não as sente como algo completamente estranho e "chinês". 
As notas a subir. A auto-estima a subir.
"Que vai ele fazer quando o secundário terminar? A área de estudos em que estava no passado ano lectivo é muito mais abrangente e com muitas mais saídas profissionais. A área das humanidades é uma área mais virada para o sexo feminino."...
Tal como já aconteceu com a Irmã, só tenho um conselho para dar. Estudar o que nos dá gozo. Os anos que passamos a estudar são muitos e encaixados num dos melhores períodos da nossa vida, então que o estudo seja uma característica também agradável destes anos e não a maior seca de todos os tempos! Quando o tempo da profissão se aproximar, logo pensaremos qual será a que mais se adequa.
Para já, fico feliz com cada sms que chega dando conta de mais uma boa classificação num teste.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Estudo do Meio, a Matemática, o Estudo e a Falta de Tempo para o resto...

Saíu da escola cabisbaixo, ao contrário do que acontece diariamente. Calado.
Aos poucos, a saca-rolhas, lá percebi que o desempenho a responder a perguntas de Estudo do Meio não tinha sido nada positivo. A juntar a este confissão a saca-rolhas juntam-se as vozes das meninas a dizer que ele não tinha direito a ganhar o esqueleto, porque não respondeu a  nada... (as meninas são tramadas e o ensino está feito para elas, vantagem das vantagens!). A telha era tal que nem lhe apeteceu ir brincar ou andar de skate como faz todos os dias antes de virmos para casa.
Com tão mau humor, foi fácil metê-lo no carro e vir para casa. E aí é que foi. Longe dos olhares críticos e trocistas das meninas, as lágrimas vieram em queda livre pela cara abaixo e as palavras em tropeções pela boca fora. Na véspera a prioridade era estudar matemática e não estudo do meio, mesmo assim tinha-se enganado na resolução de, pelo menos, um problema. A Professora não podia querer que eles estudassem tudo para o mesmo dia. Ele assim não ia conseguir ter boa nota. Enfim, uma tragédia daquelas.
Fiz a minha parte de educadora.
Que o estudo se tinha de ir fazendo diariamente e não de empreitada na véspera dos testes. Mais lágrimas e reclamações. A minha voz calma e baixa para ele não desesperar ainda mais.
Cá dentro a vontade imensa de lhe dizer que tem razão. Que só tem nove anos. Que está na primária e que é na escola que passa a maior parte do dia (precisamente oito horas e meia). Que devia poder vir para casa e fazer o que lhe desse na telha - brincar, ver desenhos animados, pintar, ler -, mas não pode, porque tem TPC e estudo, porque tem de jantar a horas e a horas ir para a cama para dormir o número de horas necessário a um bom desenvolvimento. Mais uma vez me defronto com a exigência de um tempo em que queremos que tudo seja perfeito - os filhos, a alimentação, o estilo de vida, o sono -, mas em que o relógio nos escraviza e nos retira momentos de prazer e de lazer em prol de momentos de perfeição.
Às vezes apetecia-me "baldar" para as regras. Por eles. Por mim. Por nós.
Mas não consigo! A minha consciência é demasiadamente rígida e castigadora...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia Mundial da Alimentação [em antecipação]

Daqui
E hoje assinala-se na ESFLG o Dia Mundial da Alimentação.
Filmes, Nutricionista da Geração C, Canal Geração C, distribuição de palitos de cenoura, agricultor biológico com os seus produtos, eu e os sumos naturais...
O S. Pedro não parece estar do nosso lado, mas nós estaremos lá.
A lembrar os nossos Meninos como se come saudavelmente, longe das comidas prontas de supermercado, dos rápidos fast-food, dos sumos de pacote.
Vai ser uma manhã animada!!!
E de ausência por estas bandas virtuais.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novo Ano Lectivo - Materiais, Livros e Contas...[muitas contas]


Este ano, numa lógica de economia familiar, decidi que não iria comprar manuais, a menos que não os conseguisse via empréstimo. Para além de poupar (muito) dinheiro, estou também a contribuir para a sustentabilidade do planeta, não contribuindo para o desperdício de mais papel no final do ano lectivo.
Pus-me em campo e, contacto a contacto, lá fui conseguindo reunir os manuais de que iríamos precisar cá em casa para enfrentar mais um ano de escola. 7º e 10º anos. Consegui todos os manuais e cadernos de actividades. Que bom, pensei. A vida não está mesmo fácil e uma conta de água relativa a uma fuga no quintal arrasou com todo o nosso orçamento no regresso de férias.

"Mãe, o meu livro de Matemática é diferente do dos outros. O que vale é que o da Profª é igual ao meu.", discurso do Manel (10º ano);
"Mãe, o livro de Matemática que eu tenho não é igual ao dos meus colegas.", discurso do Martim (7º ano)

Ouço estas frases quase gémeas, ditas com uma diferença de 24 horas, quase com indiferença. Se existe alguém a quem se aplica a célebre frase "Um almoço nunca é de graça", esse alguém sou eu. Estava a considerar a hipótese de ser mesmo muito sortuda, por não ter de comprar livros. Aborrece-me esta política dos livros. Mantêm-se capas, mantêm-se autores e nome do manual, muda a ordem das páginas, razão suficiente para que os professores aconselhem a compra do livro deste ano. Já me aconteceu uma vez, também com matemática.
Não sendo nem tendo sido nunca beneficiária da Acção Social Escolar, debato-me, ano após ano, com a exorbitância de preços de manuais e material escolar que se acumula em listas completamente impossíveis de compreender (este ano, para o 4º ano, foram pedidas três resmas de papel e quatro cartolinas grandes...). Diz-se que o ensino obrigatório é gratuito. Se o compararmos com o particular, poderemos considerá-lo gratuito visto ñão sermos obrigados ao pagamento de mensalidades, mas se pegarmos na definição de gratuito e a aplicarmos ipsis verbis, teremos tudo menos um ensino sem custos. Não consigo compreender que num país em crise, todos os anos, se alterem interiores de manuais escolares para que os Pais/Encarregados de Educação tenham de comprar novos exemplares quando os poderiam reciclar de amigos, irmãos, primos.
Compreendo que as escolas públicas não tenham orçamentos que lhes permitam fornecer o material básico aos seus alunos, o papel. Já não compreendo porquê.
No meu caso, somos uma Família Numerosa, com um só vencimento, com despesas com habitação, alimentação, saúde, educação. O único vencimento é declarado na totalidade e, assim sendo, é decidido, por quem de direito, não haver lugar a acção social escolar. No entanto, casos há, em que havendo a hipótese de não se declarar a totalidade do que se aufere, há também lugar à concessão do dito apoio.  Por mais vigilância e controle que existam por parte das Finanças, estas situações vão sempre acontecer, porque vão sempre existir formas de "fugir" e, assim sendo, o sistema nunca será justo. Por mais que se acabe com subsídios por um lado e se tente tornar mais justos os que subsistem, nunca existirá essa justiça.
É discurso unânime em todos os quadrantes políticos que as famílias vivem momentos de grandes dificuldades, resultantes da situação económica e financeira difícil que se vive nas sociedades mundiais actuais. Então, porque não se criam medidas que possam aliviar algumas dificuldades? Porque não se dão orientações para que os manuais sejam reutilizados? Porque não se dão orientações para que o material pedido no início de cada ano lectivo seja o minimamente indispensável e não o que presumivelmente se irá utilizar durante um ano lectivo inteiro?

No final do mês de Setembro, tratarei de comprar os livros cujas páginas mudaram de sítio.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O 1º Dia 2010/2011


Mochila limpa e criteriosamente arrumada
Cadernos novinhos em folha
Canetas novinhas em folha
Borrachas imaculadas
Lápis afiados

Tudo o que manda a lei do primeiro dia de aulas.
Boa sorte para todos.
Entrem com o pé direito.

sábado, 31 de julho de 2010

Sábado, Quase de Férias, Stress de Última Hora


Este ano as matrículas foram caracterizadas por uma nova modalidade: a existência de uma Central de Matrículas. Para evitar cunhas, para que fossem assegurados os critérios de ingresso dos alunos nas escolas a que realmente pertencem, foram as razões dadas para esta inovação de última hora. Fiz, calma e serenamente as matrículas e nem me passou pela cabeça a ideia de que teria de confirmar que os dois rapazes mais velhos iriam ficar nas escolas onde os matriculei. Estava, portanto, completamente, "na boa".
Ontem, quase às nove da noite, recebo um sms de uma outra Mãe perguntando se eu sabia que as listas de alunos aceites na Escola de Stº António da Parede já estavam publicadas e que o nome do Martim não estava lá. Fiquei logo em pulgas. Às nove da noite, do último dia útil do mês de Julho, véspera de saída para férias de maior parte dos Pais e Mães de alunos adolescentes deste país? Eu não queria acreditar no que me estavam a dizer. E se não está naquela Escola, a que Escola foi parar? E que raio de sistema é este que retira um aluno (neste caso, mais do que um, da mesma turma de 6º ano) de uma turma, de uma Escola e não envia uma comunicação ao Encarregado de Educação? Claro está que peguei em mim e nos meus contactos e toca de desatar a teclar. Mails para um lado, sms's para outro, esquema montado para na segunda feira de manhã me "plantar" na secretaria da Escola e pedir explicações.
Se a dita Central de Matrículas pretendia evitar o factor "cunha", pressinto que não vai conseguir mais do que o que se fazia no meu tempo de "ciclo preparatório" - a Escola escolhida pelos Encarregados de Educação não era a da zona de residência, então descobria-se um amigo ou familiar que vivesse na dita zona e dava-se aquela morada como sendo a do Aluno. Vamos voltar a este sistema? Não tem sido dito que os Encarregados de Educação devem ser livres de escolher a Escola que querem para os seus Filhos? Não me parece que isso esteja a acontecer. Pior. Não acontece e quem está à frente da Escola também não age da melhor forma.
Mais um stress para anteceder as férias. Mais uma "merdice" para nos atrasar a saída, porque não sei realmente quanto tempo vou demorar a resolver este assunto. Mais uma experiência negativa relativamente ao nosso sistema de ensino, às directrizes do Ministério da Educação.
Triste.
Publicamente: triste a forma como se resolvem as coisas em Portugal. Como se mexe com a vida das pessoas sem se ter qualquer tipo de consideração/respeito. Quando é que eu iria saber desta alteração? Em Setembro, quando voltasse? E os livros? Por mero acaso não os comprei, porque a primeira tentativa foi arranjar os livros emprestados. Já cá tenho alguns. Quando é que a Escola me notificaria? Durante o mês de Agosto quando eu não estivesse cá para abrir a caixa do correio? Telemóveis? Custam dinheiro. Mails? Não os sabem escrever? São grátis e imediatos!
Estou pior que estragada com tudo isto.
Segunda feira lá estarei. Uma certeza tenho desde já. Uma escola que age assim, não me serve. Como tal, o próximo filho não irá para lá. Irei arranjar uma morada emprestada para que ele possa fingir pertencer a uma outra escola.
Que tal?

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Laboratório de Vida


I.
Se entendermos e analisarmos o pequeno mundo de cada um de nós como um laboratório onde milhares de experiências são vividas dia após dia com resultados sempre tão diferentes, podemos entender como é possível que no Mundo aconteçam biliões de coisas diferentes em apenas 24 horas. Pessoas que nascem. Pessoas que morrem. Pessoas que choram. Pessoas que riem. Felicidade e Infelicidade são apenas conceitos de uma vida que nunca está parada, nunca está de portas fechadas para tudo o que se passa e que faz dela viva.
O dia de hoje começou com lágrimas e nós na garganta, apertos no estômago e no coração. A dor da perda de quem não nos sendo próximo, o era realmente. Pela proximidade da visibilidade pública, da simpatia e da simplicidade, do acreditar no dia de amanhã. Estas dores fortalecem-nos ou envelhecem-nos um pouco mais? A partir de hoje, quem existia na nossa vida sem a ela pertencer, passou a ser mais uma recordação, mais uma memória que vamos tentar perpetuar. Vendo as Conversas, vendo o Filme, falando dele como profissional de mão cheia que nos deixou a lição de vida do último ano e meio (difícil) da sua própria vida.
Depois não nos podemos ater a estes acontecimentos e continuamos. A nossa vida está aqui e pede para ser vivida. Egoísta e rápida não se compadece do que sentimos e empurra-nos, acorda-nos para a urgência de viver. E nós vamos. Empurrados pela corrente, a princípio. Já meio adormecidos da dor, no fim. E os acontecimentos vão acontecendo...
II.
A cabeça atordoada esqueceu a missão que deveria ter sido a primeira do dia. As notas da 2ª fase dos exames nacionais do secundário. Oh não. Como me fui esquecer? Não fazendo listas, claro! Catarina longe. Amigas dela perto. Tia, depressa, temos de ir ver as notas. Tia, a Tia vai morrer quando vir as notas da Catarina. Tia, não consegui resistir e já lhe telefonei. Tia, eu sei que a Tia queria ver mas deixe-me dizer-lhe. [Aqui está a roda da vida a não parar, a empurrar-me, a querer que eu participe nela e a faça ter sentido. Ainda agora comentávamos com lágrimas o acontecimento que nos ensombrou a manhã e já estamos a deixar que a garganta se feche em nó de comoção de alegria. Estranho cérebro o nosso que nos dá lágrimas para dois sentires tão distintos.]. Tia, 19 a GD e 17 a Desenho. E pronto. E chorámos as duas de imensa alegria. Pelas notas da Catarina. Pelas notas desta Amiga. Porque com estes resultados é dífícil não entrarem nos cursos que no ano lectivo passado lhes fugiram entre décimas não atingidas.
A vida é um laboratório, de emoções, de sentimentos. Que temos de saber gerir muito bem e dosear de maneira a que nada nos expluda nas mãos, nas gargantas, nos corações.
Hoje, os meus tubos de ensaio experimentaram todos os pontos altos do sentir humano.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dores de Barriga


A esta hora já tocou a campainha do Liceu.
A chamada já foi feita e os alunos já estão perante um enunciado que lhes pede a resolução de exercícios para que demonstrem os seu conhecimentos nesta área. Entre eles, está Ela, a C.
Depois de ter cumprido um ano lectivo exemplar em que conseguiu aliar o primeiro ano de uma Faculdade que para ela foi um desencanto, num curso que não foi a sua primeira escolha, a uma actividade de Agente Bimby e à colaboração das tarefas inerentes à vida familiar, eis que se atira de alma e coração à repetição de exames do secundário na esperança de conseguir subir a média de entrada na Faculdade e assim consegui ingressar no curso que era a sua primeira escolha. Já fez desenho e não gostou.
Hoje, quando a campainha voltar a tocar (daqui a três horas), termina a primeira volta, porque Ela ainda não pôs de parte a ideia de tentar na segunda fase...
Anda calada e tensa, mas não desiste.
O dia de anteontem foi passado a fazer exercícios. O dia de ontem foi passado a fazer exercícios. O fim de semana foi passado a fazer exercícios....
Tivesse eu alguma influência no Concílio dos Deuses e apresentaria uma moção de confiança a esta minha estudante que merece protecção divina que a leve ao destino desejado. Não a tendo, fico-me pela minha capacidade de pensamento positivo, durante três horas, com a barriga a doer e a torcer para que os "riscos" pedidos não sejam muito difíceis e que ela consiga obter a classificação que precisa!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Arraial na ESFLG

Eu e a Minha Máquina,
Santos Populares,
Estarreja, 2009

Hoje vamos ter Arraial.
A partir das 7 da tarde e até à meia noite estaremos embrenhados no verdadeiro espírito das Festas Populares. Os caracóis prometidos já estão nos frigoríficos da Escola.
A chuva veio inundar as nossas cabeças de nuvens cinzentas [eu, pelo menos, sinto-me como os bonecos da banda desenhada, com uma nuvem, cinzenta e um raio de trovoada a atravessar-me a cabeça!] e eu só estou a fazer figas para que chova bastante durante o dia, mas que à noite as coisas melhorem.
Não querem meter uma cunha ao S.Pedro? Vá lá! Nós merecemos!

quinta-feira, 3 de junho de 2010


Estou um pouco perdida. Na minha cabeça atrapalham-se as ideias que venho pensando, as dúvidas para as quais gostava de encontrar certezas. Esta manhã, ao ler o JL desta semana, surgiram palavras que não apontei. Agora, depois de umas míseras três horas de praia, a moleza instalou-se e o cérebro recusa-se a comunicar com as minhas mãos. Visito os Diários e trago uma parede onde o estuque se esboroa como miolo de pão e constrói uma forma que se assemelha a um mapa. Da Europa.
Talvez se inventariar o que li e me despertou a atenção consiga ir aos poucos chegando ao que queria ter escrito e não escrevi.

I. Um artigo escrito por Viriato Soromenho-Marques (meu Professor Assistente na cadeira de Filosofia do Conhecimento na Faculdade de Letras de LIsboa) sobre Saldanha Sanches;
II. Um texto da autoria de António Carlos Cortez, Professor no Colégio Moderno, dedicado aos seus alunos e onde se lê, a determinada altura "Na verdade, tenho aprendido imenso com eles, [...] ter cuidado com o aluno, isto é, cuidar dele, fazendo das aulas um lugar onde ordem em liberdade se aprendem com o estudo, o mais aprofundado possível, dos textos.[...]";
III. A entrevista a Manuel António Pina e os diversos excertos de outras entrevistas a outros jornais e revistas, em outras datas;
IV. Um artigo escrito por João Santos sobre a "Cidadania Incerta, Socialização política e crise da escola";...

Sinceramente, a concentração (ou a falta dela) não me permitem escrever, agora, tudo o que me tem passado pela cabeça e que diz respeito à Educação, aos Pais, às Escolas, aos Programas, ao passar dos dias sem que nada seja feito. Nada que mereça a pena ser enaltecido. Nada que mereça a pena ser registado na História.
Porque cada vez mais penso que o "Sistema" (seja isso o que fôr) nos anda a enganar e nós deixamos. Porque cada vez mais penso que o "Sistema" anda a fazer dos nossos Filhos meros competidores numa competição que nem eles sabem bem se querem entrar. Porque cada vez mais penso que os Pais (da minha geração) andam completamente "fora", embrenhados em vidas profissionais que lhes absorvem toda a energia e os devolvem às famílias em pedaços, em restos, em sombras despidas de tempo para conjugar os verbos amar, dedicar, proteger, cuidar.

Os nossos dias matam-nos e, nós, vivemos na ilusão de que vivemos e trabalhamos para dar aos nossos Filhos um futuro melhor. Estamos todos enganados. Os nossos Filhos terão um futuro melhor se tivermos tempo para eles. Se lhes dermos tempo do nosso pouco tempo. Para brincarem, para chorarem, para fazerem birras, para crescerem. Os nossos Filhos terão um futuro melhor se lhes soubermos transmitir responsabilização e confiança em verdade, fazendo-os perceber que a verdade, por mais custosa que seja a sua assumpção, é sempre o caminho correcto. Nós, Pais, temos o dever de educar, de orientar, de dizer o que está certo e o que está errado dentro dos padrões de educação que queremos para os nossos Filhos. Os nossos Filhos, (tal como nós também fizemos), têm em si a vontade de experimentar para lá do limite. Saber assumir essa "infracção" sem medo, sem mentira, mas com responsabilidade, é um sinal de uma educação assente em pilares estáveis, em princípios que são claros para eles, e para nós.

Há muito, mesmo muito para dizer sobre Educação nos dias que correm. Dentro de muros escolares, dentro de muros familiares. Há muito a ser feito, mas para que seja feito é preciso que todos os Pais declarem a necessidade urgente da renovação, da mudança, do começar do ponto zero. Ou então, seremos sempre "dois ou três carolas, com tempo", a tentar mudar o Mundo!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

[IN] D E C I S Õ E S

Do alto da nossa idade adulta dizemos muitas vezes que "no nosso tempo é que era, na nossa altura as coisas eram diferentes e melhores, os miúdos agora têm tudo e não sabem nada...". Concordo que muitas coisas mudaram, que muitas mudaram para melhor e outras tantas são diferentes. Melhores? Piores? Não tenho forma de fazer essa avaliação sem cair em frases feitas e em "verdades" de Velho do Restelo. O que eu sei é que, talvez pela maneira como a minha geração tem assumido a pa/maternidade, os nossos jovens e adolescentes são mais protegidos do que nós alguma vez fomos, são crianças durante mais tempo, demoram a atingir o ponto de maturidade que gostavamos que encontrassem mais cedo, nas suas vidas, o que não lhes facilita a vida em termos de tomada de decisões que, para já, decidirão o rumo a tomar nos anos mais próximos. Falo da orientação escolar quando o 9º ano termina.
Já por aqui tenho deixado a minha opinião crítica e desfavorável relativamente à forma como se encontra organizado o sistema educativo no período que medeia entre o 5º e o 9º ano de escolaridade. São anos de mudança, anos de passagem de 2º para 3º ciclo, anos de preparação para o secundário, durante os quais a exigência que é pedida aos alunos não os prepara de forma alguma para a exigência que lhes é pedida a partir do momento em que ingressam no ensino secundário. Já aqui expressei também a minha opinião sobre a junção de ciclos, ou seja, juntar numa escola o que dantes se encontrava separado entre "Ciclo Preparatório" e "Liceu". Acredito que aqueles cujos Pais optam por os matricular numa Escola Secundária quando transitam para o 3º Ciclo, acabam por apanhar mais rápido o "comboio de alta velocidade" que é o ritmo do secundário. Dentro de toda esta falta de exigência e facilitismo, não é raro acontecerem bons resultados no 9º ano, a todas as disciplinas, conferindo aos alunos a sensação de que seja qual fôr a área de estudos que escolherem (Ciências e Tecnologias, Humanidades ou Artes), o sucesso estará minimamente garantido. A orientação escolar/profissional que é feita nas escolas também não é a solução milagrosa para indecisões ou pré-estabelecidas vocações e os jovens lá tomam uma decisão, uns às cegas, outros mais ou menos crentes de que estão no caminho certo, outros absolutamente convencidos de que será aquele o caminho a seguir.
O primeiro ano do secundário, tal como o primeiro ano do ensino universitário, constitui sempre um ano de embate. Os resultados descem, as amizades separam-se, a adaptação a novos colegas é por vezes complicada. O ano lectivo transforma-se num ano de muitas dúvidas, indecisões e frustrações, por vezes.
A minha atitude é porventura estranha aos olhos de alguns/outros Pais&Mães. O ensino não é gratuito e ter filhos a estudar traduz-se num esforço financeiro grande, mas não considero que a postura de castigos e grandes sermões seja o caminho para motivar à obtenção de melhores resultados. Tenho, neste ano lectivo que se prepara para terminar, o exemplo acabado de que a escolha feita aos 15 anos não é adequada à realidade dos nossos jovens. Mais uma vez, a minha experiência me vem dizer que talvez ganhassemos todos mais se o sistema de ensino assentasse numa maior base de ensinamentos durante um período que se estendesse para além do 9º ano de escolaridade.
Termina este ano lectivo. Com indecisões, com mais orientação profissional, com mudanças, com esperança que o próximo decorra nos caminhos certos!
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terça-feira, 25 de maio de 2010

Cheaters [na versão portuguesa, A Grande Farsa]

 

Foi o nosso serão de ontem.
Um filme que mostra bem as diferenças entre uma Escola Pública recheada de recursos, orçamento e selecção de alunos e uma Escola Pública de subúrbios e como o mesmo sistema de ensino pode conduzir a resultados tão díspares, porque, na verdade, as oportunidades não estão à disposição de todos de igual modo.
Um filme que mostra a batota como uma característica das sociedades dos nossos dias.
Apesar de já ter 10 anos, é um filme que merece ser visto e pensado.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Boas Práticas, o Ponto de Partida


Acelerei o dia todo. Do plano que tinha traçado para o dia de hoje só não consegui cumprir uma alínea. Desmarquei-a, troquei-a para amanhã.
À hora marcada lá estava eu. Na biblioteca da Escola.
O painel sobre Boas Práticas na Escola está integrado numa série de outros painéis que têm vindo a ser feitos no âmbito da avaliação da escola.
Fomos nove pessoas na mesa, frente ao auditório. Professores que foram, este ano lectivo, pela primeira vez colocados na ESFLG, um representante da CMC, o Director da Escola, uma Professora que secretariou o painel e eu.
Na assistência, professores.
Após os agradecimentos e apresentações iniciais, cada um de nós falou sobre o que lhe agradava e desagradava na Escola.
Foi muito bom ouvir o que os Professores, novos na Escola, tiveram para dizer. Foi bom ouvir uma opinião generalizada segundo a qual a Escola é um espaço simpático de trabalho, com boa relação entre os Professores, com boa relação com o Conselho Executivo. Foi muito bom ouvir tudo isto, porque não era isto que eu estava habituada a ouvir até chegar a esta Escola. É claro que existem pontos a melhorar na Escola, mas também é muito claro que este espírito que se vive na ESFLG não é o espírito que se vive, actualmente, nas Escolas em geral.
Foi bom fazer parte de uma reunião/debate deste género, porque para que as coisas melhorem é necessário que as pessoas se juntem e conversem. Sobre o que está bem e deve ser mantido, sobre o que está mal e deve ser alterado, sobre o que se pode incluir de novo. O primeiro passo foi dado!
Agradeço à Escola o convite e a todos a participação.




quarta-feira, 12 de maio de 2010

Surfar, Apenas Surfar

O Desenho, maravilhoso, é do

Estamos a chegar a meio do mês de Maio. Sinto os miúdos cansados, desejosos pela pausa preguiçosa das férias grandes. Também eu me sinto assim. Este ano lectivo tem sido duro.Quando se tem mais do que um Filho, tem-se tudo o que a cada um deles vem agarrado, em doses diferentes. Posso dizer que me encontro a viver pela primeira vez a fase da adolescência. Quem por ela passou em primeiro lugar cá em casa não deixou que nos apercebessemos disso e agora nem sempre é fácil lidar com a insegurança, o desânimo, a vontade de voltar a ser criança. Para mim, o mais complicado tem sido superar o sofrimento que me provoca o sofrimento deste adolescente. Tão sensível, tão frágil, metido dentro de uma pele de "sou o maior". Nem sempre consigo manter a calma que ele precisa de sentir em mim quando me questiona sobre coisas que o atormentam. Para que servem as disciplinas difíceis que o obrigam a estudar sem parar, e nas quais não consegue obter bons resultados, se a ele só lhe interessa (neste momento) o estado do mar, as ondas que não sobem, o mar que está torto, os treinos a que não tem podido comparecer...
Já perdi a conta às vezes que lhe expliquei que esta é uma fase da vida dele que vai ter de passar, em que as dificuldades são muitas mas não são invencíveis, que tem de se empenhar mesmo mas que se o fizer terá bons resultados. Sinto-o esgotado e a entrar na fase do desânimo. Nunca tive o sonho de poder conhecer o futuro, mas neste momento da minha vida, e dele, gostava de saber o que o futuro lhe reserva para o poder sossegar com segurança, sabendo do que estava a falar.
E penso que este ainda é o 2º, ainda me faltam mais dois. Se por cada um deles sentir as penas que tenho sentido, como vou estar quando chegar ao 4º?
E neste momento, mais do que em muitos outros da minha vida, queria poder(saber) entrar com ele dentro de água e remar, remar, remar, alcançar o ponto onde as ondas são as melhores, onde sabemos que vamos apanhar "aquela" onda que nos vai devolver à areia, cansados, mas felizes. E queria pegar-lhe ao colo, aninhá-lo em mim, enrolá-lo como quando era bébé e garantir-lhe que tudo vai dar certo. Porque ele merece. Porque vai conseguir ter uma profissão que lhe permita surfar, surfar sempre!
(post lamechas, mas que gritava nos meus dedos por ser escrito!)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Boas Práticas nas Escolas

Recebi um convite do Director da escola do meu Filho nº 2 para participar numa reunião/debate subordinada a este tema.
Confesso que apesar da minha muita experiência em escolas, estou receosa. Há tanta coisa que considero errada nas escolas de hoje em dia, na nossa ESCOLA.
Como vou eu, simples Mãe, explicar o que sinto em relação ao que se passa no ensino dos nossos dias? Como vou explicar que tenho a sensação de que o sistema está em colapso e que todos, Pais, Professores e Alunos deveriam ser submetidos a uma espécie de lavagem ao cérebro que os fizesse ver mais claro as questões fundamentais, as premissas que estão profundamente erradas neste grande silogismo que é a Educação? Como vou dizer que considero profundamente errada a forma como está organizado o nosso sistema de ensino básico, deixando que os Alunos flutuem num mar de águas calmas que em nada os prepara para a tempestade que encontram depois no secundário? Como vou explicar que não consigo entender um sistema de ensino, público, em que os alunos têm de ter explicações fora da escola para obterem os resultados que a escola espera deles? Como vou explicar, sem ofender ninguém, que apesar de acreditar que todos devem ter direito à educação, também acredito que existem pessoas que não têm capacidade nem motivação para frequentar um ensino obrigatório durante 12 anos? Como vou explicar que os Pais da actualidade são muito culpados pelo nível a que desceu o nosso ensino, graças à postura de eterna defesa dos filhos e ataque aos professores? (eu não sou professora, sou Mãe, e é como Mãe a tempo inteiro que falo contra os Pais, que insistem em colmatar a sua presença junto dos Filhos com o facilitismo e a desculpabilização sistemáticas.) Como vou defender a ideia de que fazem falta no ensino actual os cursos técnicos, aqueles que não sendo superiores ou bacharelatos, conferiam competências próprias para o exercício de determinadas profissões, sem que isso menospreze as pessoas que os frequentam? Será sobre isto que querem ouvir-me falar? Ou será sobre boas práticas no que concerne à forma como se lida com os alunos em sala de aula? Ao espírito que deveria existir nas Escolas e que está, infelizmente, a desaparecer? O espírito de se sentir pertença de um grupo do qual se sente orgulho em pertencer, de uma instituição da qual se sente orgulho em falar, pelos ensinamentos que transmite, não só a nível académico, mas também humanístico, artístico e desportivo. Porque eu acredito numa Escola de sucesso em que a parte académica se deva aliar às vertentes artística e desportiva como complementos de uma cultura que se pretende geral e não superficial sobre alguns temas. Não é por acaso que escolas particulares de sucesso têm estas vertentes nos seus planos educativos.
É já na próxima segunda feira e eu, que não gosto de fazer nada mal feito, quero preparar-me bem, quero conseguir defender bem os meus pontos de vista.
A todos os que me visitam faço um convite - façam-me saber qual a vossa opinião sobre Boas Práticas nas Escolas!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

De Novo no Exterior


Hoje não há sol em Cascais.
O dia acordou cinzento e ventoso.
Das calças frescas e das blusas sem mangas, voltei à ganga e ao casaco.
Esta será uma manhã estudantil/cultural.
De máquina fotográfica, a acompanhar uma visita de estudo à Casa das Histórias.
No regresso a casa, tratar dos presentes de Dia da Mãe das Amigas! Embrulhar.
E, até já :-)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Repórter de Imagem em Trabalho de Exterior


E é com esta minha amiga dentro da mala que saio agora
Em reportagem fotográfica de evento teatral
Que se transformará em palavras no

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vieira da Silva
Paris
S/ Data

O dia de hoje vai ser dedicado a um outro blogue. O da Biblioteca da ESFLG.
Já me rodeei de material para publicar uma série de posts subordinados às temáticas do 25 de Abril. Letras de canções dos poetas de Abril, poesia e excertos de textos, cartazes e notícias de jornais.
Vão até lá. Façam-se seguidores. Comentem e sugiram, porque é deste intercâmbio que se fazem os blogues.
Até já!!!!

Em Obras

A Escola do Mateus está em obras. Ao fim de muitos anos de espera, de pedidos dos Pais, de cartas e de reuniões das sucessivas Associações de Pais com as entidades autárquicas, começaram finalmente as obras de melhoramento do espaço envolvente e recreio.
O espaço está agora reduzido e delimitado por barreiras metálicas para proteger os meninos de qualquer perigo decorrente das obras.
Esta manhã, antes de tocar para a entrada às 09:00, um aluno foi avisar a Coordenadora da Escola de que um grupo de outros meninos estaria a retirar os parafusos das ditas barreiras metálicas. A Coordenadora mandou, de imediato, chamar os meninos (rapazes e raparigas!) em causa. Sentou-os no salão e deu início ao chamado "sermão". Terminado o sermão, ficou a saber que este grupo de pequenos Bob O Contrutor gostariam de passar um dia a trabalhar nas obras, tendo-lhes prometido que iria combinar isso para que durante um dia, com os devidos cuidados e protecções, eles possam trabalhar nas obras. De seguida pediu que devolvessem os parafusos. Das algibeiras das calças começaram a sair mãos cheias de parafusos retirados por pequeninas mãos hábeis das barreiras metálicas. Da algibeira do Mateus, saíu, ao mesmo tempo que muitas lágrimas saíam dos olhos, um saco de plástico cheio de parafusos.
Após os ter enviado para a sala de aula, a Coordenadora não conseguiu conter o riso e, na companhia das auxiliares, riu a bom rir.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Dia do Estudante


Quatro Estudantes cá em casa.
Os mesmos Pais, as mesmas condições de estudo para cada um, o acesso aos mesmos materiais, às mesmas fontes de informação.
Cada um deles com as suas características próprias, enquanto estudante, com resultados díspares.
Seguindo o dia a dia destes estudantes, como sigo, é-me impossível não estabelecer comparações com o meu tempo de estudante. Não pretendo ser "bota-de-elástico" e afirmar que "no meu tempo é que era", até porque o meu tempo é este em que vivo, contemporaneamente aos meus Filhos, mas são muitas as diferenças que contribuem para a alteração de costumes e valores dentro das Escolas.
Apesar de eu já ter estudado após o 25 de Abril, o número de estudantes da altura em nada se pode comparar ao da actualidade. Por outro lado, em termos comportamentais e de atitudes, os Alunos mantinham (em termos gerais) pelo Professor um respeito e uma consideração que não existem nas Escolas dos dias de hoje.
Os nossos Estudantes, enquanto estudantes, têm as suas vidas muito mais facilitadas. Para fazerem qualquer trabalho têm o acesso directo a milhares de páginas de informação que nem têm de se dar ao trabalho de traduzir, uma vez que essa é também uma função do computador. Têm uma facilidade de comunicação entre uns e outros que lhes permite rapidamente trocar impressões, tirar dúvidas, compilar ideias e assuntos.
Seria de esperar que toda esta panóplia de recursos fizesse deles melhores estudantes, pessoas mais cultas, o que na verdade (na maioria dos casos) não acontece.
Os hábitos de leitura vão-se perdendo, a Internet vai ganhando. Esta é uma das frases que mais vezes ouço os Pais (como eu) proferirem. Não posso deixar de a subscrever porque sei que é um facto, mas se me detiver sobre ela, poderei eu atirar pedras aos meus Filhos e a todos os jovens desta geração? Verdadeiramente, não. Parece-me que o aparecimento da Internet foi um acontecimento maravilhoso para todos. Muitas são as pessoas da minha geração que a utilizam como ferramenta indispensável, como passatempo, como vício, até. Eu própria já não sei viver sem ela. Poderemos então deitar todas as culpas para cima dos avanços tecnológicos, telemóveis, televisão 24 horas por dia, internet non stop? Não me parece. Parece-me, sim, que também nós não estavamos preparados para ser Pais de uma geração high tech. Podemos ter tido educações rigorosas e comportamentalmente exigentes, mas não fomos educados para lidar com a informação excessiva, precisamente porque ela não existia "no nosso tempo".
Como fazer então a mudança? Como poderemos encontrar um ponto de equilíbrio entre o que foi o nosso tempo de estudantes e o que é agora o dos nossos Filhos? Como ultrapassar/resolucionar questões dramáticas do nosso ensino actual - violência, desrespeito pela autoridade do Professor, facilitismo - contribuindo para uma Escola melhor?
Leio o que escrevem os especialistas na matéria, assisto a programas televisivos em que se debate o estado da Educação em Portugal, envolvo-me em acções nas Escolas, nas Associações de Pais, na Comunidade em geral e concluo que chegámos a um ponto em que tudo deveria ser alterado. Tudo deveria ser mudado. Tudo deveria ser retomado a partir do ponto zero. A nossa geração precisaria de, mantendo os princípios que lhe foram transmitidos pela geração anterior, conseguir entrar na pele desta geração; esta geração precisaria de sentir o "travão" que a nós nos era imposto.
No fundo, as questões geracionais são uma eterna realidade e sempre existirão e a solução a utilizar deverá ser a do informático - CTRL+ALT+DEL - e começar tudo de novo!
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