Nas férias de Verão havia sempre um período reservado ao campo. Numa aldeia para os lados de Torres Novas.
Vistas à distância que me separa delas, continuam a ser umas férias mágicas.
A casa para onde íamos não tinha água canalizada, mas era paredes meias com uma fonte. À fonte íamos com jarros e vasilhas de barro buscar água para casa, para beber, para nos lavarmos.
O dia era passado na rua, a brincar.
Juntavam-se restos e cascas de batatas e frutas para se dar às galinhas.
Não se passava à frente de determinadas casas para “não nos darem o quebranto”…
Ao fim do dia, quando o calor já não apertava, íamos até à “fazenda”. Apanhávamos verduras e legumes, regávamos a horta, andávamos de pés descalços na terra, tomávamos banho no tanque de rega. Pelo caminho íamos apanhando fruta das árvores e comendo, pêssegos e figos. Em Setembro, na altura da apanha dos figos, era preciso pô-los em tabuleiros ao sol, a secar. Guardar os tabuleiros ao final do dia para não apanharem a humidade da noite.
Amassava-se pão e cozia-se num forno a lenha.
Jantava-se grandes pratos de sopa de feijão vermelho e sardinhas fritas.
Não havia televisões. O serão era na rua, em cadeiras espreguiçadeiras de lona a olhar para o céu, a observar estrelas, a conversar, a brincar às escondidas.
As minhas saudades de infância passam muito por aqui.
Vistas à distância que me separa delas, continuam a ser umas férias mágicas.
A casa para onde íamos não tinha água canalizada, mas era paredes meias com uma fonte. À fonte íamos com jarros e vasilhas de barro buscar água para casa, para beber, para nos lavarmos.
O dia era passado na rua, a brincar.
Juntavam-se restos e cascas de batatas e frutas para se dar às galinhas.
Não se passava à frente de determinadas casas para “não nos darem o quebranto”…
Ao fim do dia, quando o calor já não apertava, íamos até à “fazenda”. Apanhávamos verduras e legumes, regávamos a horta, andávamos de pés descalços na terra, tomávamos banho no tanque de rega. Pelo caminho íamos apanhando fruta das árvores e comendo, pêssegos e figos. Em Setembro, na altura da apanha dos figos, era preciso pô-los em tabuleiros ao sol, a secar. Guardar os tabuleiros ao final do dia para não apanharem a humidade da noite.
Amassava-se pão e cozia-se num forno a lenha.
Jantava-se grandes pratos de sopa de feijão vermelho e sardinhas fritas.
Não havia televisões. O serão era na rua, em cadeiras espreguiçadeiras de lona a olhar para o céu, a observar estrelas, a conversar, a brincar às escondidas.
As minhas saudades de infância passam muito por aqui.
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