Grafia

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domingo, 15 de junho de 2008

Sputnik, Meu Amor


"Na primavera dos seus vinte e dois anos, Sumire apaixonou-se pela primeira vez na vida. Foi um amor intenso como um tornado abatendo-se sobre uma vasta planície -, capaz de arrasar tudo à sua passagem, atirando com todas as coisas ao ar no seu turbilhão, fazendo-as em pequenos pedaços, esmagando-as por completo. Com uma violência que nem por um momento dava sinal de abrandar, o tornado soprou através dos oceanos, arrasando sem misericórdia o templo de Angkor Vat, reduzindo a cinzas a selva indiana, tigres e tudo, para depois em pleno deserto pérsico, dar lugar a uma tempestade capaz de sepultar sobre um mar de areia toda uma exótica cidade fortificada. Em suma, um amor de proporções verdadeiramente monumentais. A pessoa por quem Sumire se apaixonou, além de ser casada, tinha mais dezasseis anos do que ela. E, devo acrescentar, era uma mulher. Foi a partir daqui que tudo começou, e foi a partir daqui que (quase) tudo acabou."
“O gelo é frio e as rosas são vermelhas. Estou apaixonada. E este amor vai decerto arrastar-me para longe. A corrente é demasiado forte, não tenho escolha possível. Mas já não posso voltar atrás. Só posso deixar-me ir com a maré. Mesmo que comece a arder, mesmo que desapareça para sempre.”
Nunca tinha lido nada deste autor apesar de estar a par do que tinha publicado e que se encontrava editado em Portugal. Não sei porquê, mas tinha a ideia de que seria um autor de leitura difícil...
Comprei o "Sputnik, Meu Amor". Peguei nele e li-o em menos de uma semana.
Fiquei fã e de certeza que vou acrescentar outros títulos deste escritor à minha biblioteca!

1 comentário:

Patty disse...

Também já li esse livro e mais um ou outro dele, aconselho vivamente! Gosto...

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