No final de Agosto recebi este desafio das mãos da Fada.
Tenho andado às voltas com ele na minha cabeça e nunca pensei que um tema que poderia parecer tão evidente na vida de uma pessoa que optou por ser Mãe a tempo inteiro, se transformasse num desafio tão árduo de cumprir...
Tal como a desafiadora, também eu não tenho qualquer tipo de planos para os meus Filhos para além daqueles que, acho, todos os Pais/Mães têm - que sejam felizes. Digo-lhes muitas vezes que nem todos precisamos de ser Engenheiros, Médicos, Arquitectos, mas precisamos de ser felizes naquilo que decidirmos fazer das/nas nossas vidas. Cada um tem que ser capaz de se conhecer a si próprio conhecendo os seus limites, sabendo onde se pode sentir realizado ou onde se irá sentir frustrado.
Ter Filhos é uma missão para toda a Vida, que não se esgota no momento em que atingem a maioridade ou que saem de casa para viver as suas vidas. Ter Filhos implica um trabalho que não tem fim, porque saber orientar seres humanos, saber ensiná-los a serem, é tarefa non stop! Assim, os princípios/valores que lhes vamos passando são inúmeros. O desafio pede cinco:
1. Saberem dar à Família a importância que ela tem nas nossas vidas. A Família no sentido de núcleo que serve de exemplo de sociedade em miniatura, onde cada um de nós tem um papel a desempenhar, onde deve existir o respeito pelo outro, a solidariedade, a capacidade de partilhar, de ajudar, o respeito pelos mais velhos;
2. Respeito e aceitação da Diferença. Em sociedade, cada vez mais, encontramos pessoas de diferentes raças, credos, ideologias políticas, sexualidades. Não é por pensarem de forma diferente, por terem uma côr de pele diferente, por não serem heterosexuais que nos merecem menos respeito;
3. Serem simples e despretenciosos, sem atitudes de ostentação. O valor das coisas não está no seu preço. Tão bem nos aquece um casaco de marca conhecida, como um simples casaco sem qualquer etiqueta! Simplicidade.
4. Saberem escolher os seus Amigos. A Amizade é um valor enorme, sem preço. Os Amigos são a Família que escolhemos. Como tal devemos escolhê-los tendo em conta os interesses que nos unem, o prazer que sentimos em estar com eles (as Amizades veêm-se à mesa. A mesa é um local de intimidade, de prazeres partilhados, de conversa e de riso) e não o Interesse subjacente a ela. A Amizade cultiva-se, damo-nos porque sim, porque gostamos, porque amamos e não devemos ter vergonha de demonstrar a um Amigo que gostamos dele. A Amizade não espera agradecimentos. A Amizade não se agradece, retribui-se.
5. Dizerem sempre a Verdade. Falarem sempre no momento para que não guardem rancores ou mal entendidos.
Tento, todos os dias, passar tudo isto a cada um dos meus Quatro jovens. Tento, todos os dias, servir de exemplo para que tudo isto não passe de palavras e sejam exemplos a seguir, modelos que eles seguem com a naturalidade de quem sempre viveu com eles.
Sinceramente, sem modéstia, considero que estou a fazer um bom trabalho. Quem nos conhece, quem nos vê do lado de fora do nosso núcleo Família, é que poderá avaliar.
Vou esperar que a Kat, o Peninha e a Elektra, dos Cinco; o Alfonso Lagarto, Conde de Marialva e a Tita digam de sua justiça, nos respectivos espaços blogoesféricos.
Aceitam?
6 comentários:
Aceito, claro. Sabendo à partida como este é um desafio difícil.
Beijo
Nada fácil este desafio, V. Vou tentar estar à altura da confiança depositada.
Bjos
Tita
Desde que eles nascem, nunca mais o nosso coração se encontra vazio, nem a nossa mente.
Eles crescem, e mesmo, quando temos momentos a 2 (Mãe/Pai), pensamos neles.
Venho agradecer a visita que me ez e o comentário. Peço desculpa por não ter respondido na altura, mas os últimos dias têm sido muito, muito, atarefados! Espero que me desculpe e compreenda...
Identifiquei-me completamente com a tua resposta, que complementa muito bem a minha... Tal como tu, aposto em grande na próxima geração!
Tal como a 1/4 de fada identifico-me inteiramente com a tua resposta!
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