Tenho pena. Gostava que as minhas mãos, quando tocam as letras deste portátil, fossem guiadas por uma imaginação daquelas que não pára. Que deita cá para fora ideias e palavras brilhantes, das que todos nós, leitores, gostamos de ler. Não, não tenho uma imaginação fértil e isso faz-me pena. O que sai das minhas mãos sai muito da minha cabeça, e o que sai da minha cabeça, vem directamente do coração. E toda a gente sabe que o coração não é o melhor conselheiro que se pode ter...para ele tudo é demasiado intenso!
Não sei o que fazer para treinar a imaginação e desligar o botão da cabeça que liga directamente ao coração e que me faz escrever de forma intempestiva, sem rascunho, sem editor de texto. Gostava de conseguir ter os meus cadernos repletos de histórias. Assim, quando a cabeça estivesse baralhada, só precisava de fazer um Copy Paste e saía o post do dia. Confesso que não tenho. Gosto muito de escrever à mão, adoro a minha letra cheia de reviravoltas, mas para escrever o que me vai na alma, o meu blog é o meu caderno.
Não sei o que fazer para treinar a imaginação e desligar o botão da cabeça que liga directamente ao coração e que me faz escrever de forma intempestiva, sem rascunho, sem editor de texto. Gostava de conseguir ter os meus cadernos repletos de histórias. Assim, quando a cabeça estivesse baralhada, só precisava de fazer um Copy Paste e saía o post do dia. Confesso que não tenho. Gosto muito de escrever à mão, adoro a minha letra cheia de reviravoltas, mas para escrever o que me vai na alma, o meu blog é o meu caderno.
Por um lado é bom. Para mim, pelo menos, que sempre desejei escrever para ser lida e que não gosto de escrever para as gavetas. Por outro lado tem a desvantagem do "rompante" (característica muito própria de mim própria).
As mãos escrevem e a cabeça manda publicar mensagem. A partir daí, estou no ar, sem rede nem guião. Não tenho medo das reacções de quem está desse lado. Escrever publicamente é assumir posições que nunca podem ser universais. Sorrio de contentamento quando descubro uma lista de comentários para publicar. Fico mais triste comigo quando um post não leva ninguém a escrever. Onde será que errei? Será que o que escrevi está uma verdadeira treta? Mas a verdadeira treta tem muitos adeptos...então?
A minha imaginação não é fértil, mas as letras dão-me prazer. Imenso prazer. E, por mim, e por elas, vou continuar a escrever!
5 comentários:
Eu digo que imaginas fertilmente;
Aimaginação não tem de, necessariamente, ser pôr animais e objectos a falar.
A imaginação pode, apenas e somente ser, as palavras encadeadas de forma a transmitir sentimentos. E tu sabes fazer isso.
Podes não ter cadernos cheios de posts em reserva, mas imaginação não te falta.
Aliás, escreves coisas e sobre coisas bem imaginativas.
Eu gosto.
Beijinhos
Eu gostava que as minhas mãos conseguissem fazer tudo o que a minha imaginação consegue!
Bjs!
Creio que a tua imaginação seja mais fértil que a minha.... o meu coração está cheio e a minha cabeça prende o que as minhas mãos querem expressar. Limito-me a desabafar, tal como tu, sem me preocupar com o que pensam do outro lado (às vezes).
Admiro aqueles que escrevem tão bem como tu. Não gosto do que escrevo nem gosto da minha letra, tudo o que gosto é de ler o que escrevem.
Gosto muito de a seguir!
O que vem do coração e sai directamente para os dedos é aquilo que poucos terão coragem de escrever num blog, porque se expõem, porque a imaginação vela rompantes e transforma sentimentos noutras palavras que colocam a voz noutras vozes.
Gosto de si assim, gosto destes posts assim, Dona Vera, não pare de ser como é.
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