Grafia

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ausência # [1] ou Crónicas de Estarreja [1]

A minha Máquina e Eu, Aveiro 2007

Levei-a comigo, mas nem a tirei do estojo que a abriga. A passagem por Estarreja, esta Páscoa, não ficou documentada. Para fotografar, tal como para escrever, é preciso que exista vontade, inspiração e desejo. Fotografar não é apenas encostar o olho e disparar. Fotografar é olhar e amar, escolher o lado certo, ter a certeza de que a luz não vai inundar o que se quer fotografar, enfim, um sem número de coisas...o meu coração esteve demasiado apertado, constrangido...não esteve disponível para se lançar na fotografia certa. A máquina não saíu do estojo durante três dias e eu não trouxe nenhuma imagem para recordar, para partilhar. Uso esta, da Páscoa de há dois anos atrás.

Eu precisava desta ida. Para perto de uma pessoa que conheço há 22 anos e com a qual compartilhei muitos momentos, muitos bons, alguns menos bons, mas com a qual recordo essencialmente diversão e brincadeira. Precisava de entrar no mundo dela, tão diferente deste meu, e ficar lá mergulhada por uns dias. Envolta numa bolha que teria irremediavelmente que se esvaziar e me enviar de volta para o meu mundo, mas que enquanto durasse me fizesse sentir fora do meu dia-a-dia. É sempre tão bom estar lá. Com o campo à nossa volta mas sabendo que o Mar não está longe!

O nosso fim de semana de Páscoa começou com uma ida ao Cine-Teatro de Estarreja, na sexta feira à noite, para assistir a um espectáculo dos Tocá Rufar! Espectacular! Maravilhoso! Quem gosta de percussão não pode perder e não vai conseguir manter as pernas quietas durante todo o espectáculo. Nesta apresentação a que assistimos, um dos "performers" principais é um miúdo que não deve ter mais do que 10 anos de idade. (repito os adjectivos), Espectacular, Maravilhoso! A forma como toca, o sorriso que não lhe abandona a cara, o modo como o corpo mexe ao som do tambor que toca, como se mexer fosse irresistível...é irresistível! O final do espectáculo assenta num momento de interacção com o público. Muito divertido e tão frutífero que o pedido de encore, feito pelo público, se baseou num dos exercícios propostos pelos "artistas" à plateia. Foi, durante todo o fim de semana, a única vez que me apeteceu fotografar, mas as regras do Cine-Teatro não o permitem! Espero que me façam chegar algumas fotografias para eu partilhar...

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