Eu e a minha Máquina, Ponta do Sal
Não há nada para dizer. O corpo das palavras esvaziou-se, como se de um balão se tratasse.
Não há nada para sentir. A ferida está aberta, sangra, cobre de vermelho tudo o que nela toca, mas não é o vermelho da paixão, é o da dor, da dor que não diminui, da dor que vai ficar para sempre, da dor interminável em dias intermináveis.
Não há nada. Apenas sombras do que já houve, mas as sombras não tocam, não respiram, não veêm. Movem-se apenas na contraluz do que já foi.
Nada. E os dias continuam.
3 comentários:
Uau!
Kat
Isso é o que a mim mais me incomoda. O mundo continua.
Excelente texto.
Beijinhos
Ainda queres tu que o pessoal comente... depois de lermos estes texto ficamos sem palavras!!!
Mas olha, não há nada como isto:
BEIJOS
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