Esplanada desenhada por Eduardo Salavisa
A rapariga de vez em quando olhava ao lado na porta que dava para a esplanada e depois olhava o relógio. Voltava então a olhar o mar e ficava assim sem se mover. Tinha os olhos azuis muito brilhantes contra a pele morena e o traço negro que os contornava. Foi num desses momentos de alheamento que o rapaz entrou."
" A rapariga estava sentada a uma mesa numa esplanada sobre o mar. Vestia de branco e era loura mas estava muito queimada do sol. Ao lado da mesa estava montado um guarda-sol giratório de pano azul que o criado veio regular para acertar bem a sombra. O criado não perguntou nada e inclinou-se apenas e a rapariga pediu um refresco. Era a meio da tarde e o sol batia em cheio no mar, que se espelhava aqui e além em placas rebrilhantes. O céu estava muito azul e o ar era muito límpido, mas no limite do mar havia uma leve neblina e os barcos que aí passavam tinham os traços imprecisos como se fossem feitos também de névoa. Na praia que ficava em baixo não havia quase ninguém e o mar batia em pequenas ondas na areia. A espuma era muito branca, iluminada do sol, e o ruído do mar era quase contínuo e espalhado por toda a extensão das águas.
A rapariga de vez em quando olhava ao lado na porta que dava para a esplanada e depois olhava o relógio. Voltava então a olhar o mar e ficava assim sem se mover. Tinha os olhos azuis muito brilhantes contra a pele morena e o traço negro que os contornava. Foi num desses momentos de alheamento que o rapaz entrou."
[...]continua
1 comentário:
Acho que esta esplanada é a que fica ao cimo do Parque Eduardo VII. Certo?
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