Um Outono que insiste em manter-se estio. Dias soalheiros e quentes. A casa dourada pelo Sol que entra filtrado nas frestas dos estores, no tecido dos cortinados. À memória chegam outros dias, noutra casa cheia de luz onde as tardes e os serões eram passados com uma agulha de crochet na mão direita e a linha ou a lã passada no indicador da mão esquerda. As mãos da minha Avó. Delas saíram inúmeros trabalhos agora guardados em gavetas e arcas. Invocando saudades de dias frios ou apenas as eternas saudades da minha Avó, ontem esta colcha saíu da arca onde estava guardada para a minha cama. Uma colcha que tem o duplo valor de ter sido feita pela minha Avó mas também pelo meu Avô!
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