Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Em tempo de Testes e de Avaliação Intercalar

Faltam-me as palavras. Não sei por onde começar nesta meada que são as minhas ideias. Digo aos meus Filhos que só têm uma obrigação na vida - estudar, ter boas notas. Não exigo que sejam os melhores, não quero que o sejam. Quero apenas que deêm bom uso às condições que eu e o Pai lhes proporcionamos.
Começo no início do Ano Lectivo a dar-lhes este discurso. Atenção às aulas, respeito aos Professores, brincadeira só nos intervalos, trabalhos de casa feitos todos os dias, estudar antecipadamente e não apenas na véspera, tirar dúvidas e não passar à frente sem se entender o que ficou para trás...Depois, falo-lhes do preço que custa a educação gratuita em Portugal. O balúrdio que se gasta em livros, cadernos, material escolar, matrículas. Depois, faço a minha parte todos os dias. Pergunto como correu o dia, se têm testes, se receberam testes, se está tudo a correr bem. Não vejo cadernos nem fiscalizo cada passo que dão dentro das escolas, apesar de com o cartão electrónico se ter essa oportunidade. Não considero que seja esse o caminho certo para a educação que quero dar. Quero educar com base na confiança e não no controle. Eu faço o meu controle baseado na confiança que dou e que espero não ver traída.
Estamos a chegar à fase das avaliações intercalares. Como representante de Turma do Manel, lá vou estar na reunião. Conhecer pessoalmente os professores e tentar perceber como andam as coisas.
Com o Manel já me zanguei hoje. Consciente de que optou por uma área de estudos difícil porque é a que lhe dará acesso à Motricidade Humana, este meu Filho ainda não meteu na cabeça dele que o Ensino Básico já ficou no passado e que agora está no Secundário onde o nível de exigência é diferente. Estudar não é "colar com cuspo" uma data de coisas que se leêm à última da hora.
Nunca lhe tirei o direito às horas de surf que sei que ele precisa para aguentar tudo o resto, mas acho que vou ter de o fazer. Preciso de agir de maneira a que ele perceba que tem uma missão a cumprir e não tem o direito de não a cumprir. Só depois dessa missão principal cumprida é que poderá ter direito a outras coisas...
Cada Pai/Mãe define a sua estratégia de actuação relativamente à actividade escolar dos Filhos. Eu tento definir a minha em consonância com cada um dos estudantes que tenho em casa, mas há atitudes que não me são muito fáceis....

2 comentários:

Si disse...

Nunca se arrependa, Vera, de fazer aquilo que, conscientemente, acha que é melhor para os seus filhos.
No final, ficará sempre de consciência tranquila e sensação de dever cumprido.
Educar também é dizer não, é castigar quando é preciso, porque explicar não foi suficiente para ser compreendido por quem está ainda no fio da navalha entre a maturidade e a criancice.
Custa, eu sei, mas faz parte da hercúlea tarefa que é ser Mãe, ainda para mais quando se a assume a tempo inteiro.
E não precisa esperar que ele entenda. Já cheguei à conclusão, que só começamos a saber ser filhos, quando começamos a ser pais.
Beijinhos :)

Filoxera disse...

Amiga:
Temos de adaptar a nossa atitude em função da personalidade de cada filho, não é? E lembrarmo-nos que educação não é democracia...
Há que definir quem manda. Claro que nos questionamos se estamos a tomar a atitude mais adequada; só quem não é responsável não se questiona.
Segue o teu "feeling", mãe.
Um beijo.

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