Nas páginas 24 e 25 da edição de fim de semana do i são postas frente a frente duas formas de pensar a escola ideal. Uma, a de um socialista, outra, a de um social democrata.
Tanto uma como outra são interessantes e seria bom que fossem passando do plano do ideal para o real.
Há tanto a fazer nas escolas, mas que não passa só pelos professores e funcionários. Passa muito por um espírito comunitário inexistente, por uma consciência cívica cada vez mais ausente. As escolas só poderão ser realmente mudadas quando houver uma consciência cívica que leve os Pais e as Entidades Empregadoras a perceberem que intervir nas escolas é fundamental para criar novos cidadãos, melhores cidadãos. Não é possível ensinar aos nossos Filhos a cidadania senão a praticarmos. No entanto, praticar cidadania, no que às escolas diz respeito, não se limita a dizermos que nos inscrevemos na Associação de Pais (AP), não se limita a irmos às reuniões apenas com espírito destrutivo, apontando o dedo ao que está mal. A nossa cidadania deve ser inteligente, activa e construtiva. Podemos até não nos oferecer para os corpos dirigentes de uma AP, mas devemos oferecer-nos para colaborar com a Escola e com as estruturas onde os Encarregados de Educação devem estar presentes. Cidadania nas Escolas não é apenas ajudar às festas. Cidadania nas Escolas é estar atento. É ler os Regulamentos Internos e perceber o que a Escola tem para nos oferecer. A nós Encarregados de Educação, aos nossos Filhos, à Família, à Comunidade. Porque a Escola deve também ser activa na Comunidade em que se insere. Aproveitar o seu estatuto de pólo de transmissão de conhecimentos e trabalhar no sentido de formar cidadãos mais interessados, mais conscientes das diferenças que existem na sociedade e no Mundo.
Gostaria de acreditar que nas escolas "[...]os professores são referências.[...]os professores são pessoas felizes e realizadas.[...]Há pais[...]se aprenda que o ser é mais importante que o ter".
Gostaria de saber que a escola "[...]tem de abrir horizontes e não definir caminhos; ensinar a pensar e estimular o espírito crítico [...] promover a liberdade e a responsabilidade como as duas faces da mesma moeda [...] mostrar que só através do trabalho e da inovação podemos melhorar a nossa vida e a dos outros."
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