Grafia

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Memórias de (não) Exercício Físico

Esta manhã, quando ouvia a segunda edição da Caderneta de Cromos, acabei por me sentir como se voltasse atrás no tempo e regressasse às minhas aulas de Educação Física no então chamado Ciclo Preparatório e no Liceu. A verdade é que eu cresci com a noção de que o exercício físico não era mesmo a minha praia. Primeiro porque em criança tinha uma estrutura fisica que embora não se encaixasse no perfil da obesidade, também não se encaixava num perfil que se pudesse considerar atlético. Depois porque a minha condição asmática me impedia de fazer grandes tropelias, acabei por me ir acomodando na ideia de que o melhor mesmo seria ficar sentadinha no meu canto, com os meus livrinhos. Assim, as minhas aulas de Educação Física, à semelhança do que o Markl descreveu esta manhã, eram mais um suplício do que outra coisa qualquer.

Quando o exercício era simplesmente correr, eu esperava que o Professor olhasse para outro lado e aligeirava o passo. Quando o exercício eram estafetas, inventava um ataque de falta de ar para não ser a vergonha da minha equipa. Quando as aulas eram dentro do ginásio e obrigavam a aparelhos, conforme os aparelhos, assim seria a atitude. O banco sueco, os espaldares, o simples colchão, ainda ia...o pior é quando as coisas se complicavam com aparelhos que implicavam a corrida e o salto, a corrida, o salto e a cambalhota, o pino, a roda...tudo estragado! Depois, como se este suplício não bastasse, havia ainda os jogos colectivos para os quais eu não tinha o mínimo jeito nem o mínimo interesse. O voley e o basket eram os mais populares no Liceu e outra dor de cabeça para mim.
Esta minha falta de vontade para praticar o exercício físico das Escolas por onde passei foi colmatada pela sorte de ter um Pai e uma Mãe que tendo sido ginastas no LGC, continuavam sócios e nos fizeram sócios aos três. Aí sim, eu gostava das minhas aulas de Dança Jazz e de Manutenção. Música e coreografias, exercícios de flexibilidade, os saraus no final da época, as festas nas altura dos santos populares, as espreitadelas na galeria às classes de ginástica representativa, onde estavam os maiores borrachos na altura!
Enfim...bons tempos!

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