Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Homofobia? Não Obrigada!

Ao assistir ao jornal da noite de ontem, na SIC, fiquei a par da campanha ["...é tempo de reconhecer que lésbicas e gays são mães e pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, vizinhas e vizinhos, amigas e amigos, familiares ou colegas - e que é tempo de deixar de dizer "eles" ou "elas" e de finalmente passarmos todas e todos a dizer "nós". ..."]que a associação ILGA está a levar a cabo em Lisboa, com a parceria da Câmara Municipal da cidade e o apoio do projecto SIC Esperança.

Entrevistas de rua demonstraram que, na sua maior parte, os cidadãos portugueses não estão ainda preparados para conviver, abertamente, com a diferença.

Não se trata de pouca vergonha ou de descaramento como alguns dos entrevistados referiram, trata-se unica e exclusivamente de aceitarmos a diferença e de termos a capacidade de nos pensarmos diferentes. A orientação sexual de cada um não pode ser factor discriminatório nem pode, à partida, determinar o pressuposto de determinadas qualidades/defeitos de cada pessoa.

A todos os que são Pais&Mães cabe a tarefa de educar para a aceitação da diferença independentemente de se conseguir ou não perceber essa diferença e, até de concordar com ela.
A tolerância é uma qualidade indispensável a todos os que vivem em comunidade/sociedade, sendo a Família o primeiro grupo onde essa qualildade se treina. Há que a transpôr para fora do nosso seio familiar e praticá-la em relação a todos os que nos rodeiam, em todas as vertentes da nossa vida. A sociedade, portuguesa e não só, necessita de mentalidades mais abertas, de cidadãos que marquem a diferença pela compreensão de si mesmos e dos outros.

Eu educo para o respeito pela diferença.

4 comentários:

Gato Verde disse...

Gostava que houvesse mais pessoas como a Vera, tolerantes e que tendem passar essa grande qualidade fundamental para os seus descendentes. A educação é realmente a melhor forma de intervir em casos como estes.

Quando era pequeno ouvi a minha mãe a comentar com uma prima alguma coisa que estavam a ver na televisão.
"Se o Gato Verde ou o irmão dele fossem maricas eu aceitava. Ficava triste, mas aceitava"
Era demasiado novo, e isto era-me um bocado complicado de perceber. Mas agarrei-me a esse comentário porque sabia que um dia ia lembrar-me bem dele.
Ela ficou triste e não aceitou de início. Fez um ano desde que sabe oficialmente e houve melhoras significativas na sua tolerância.
Acho que posso dizer que a eduquei (ou estou a educar) nesse aspecto.

Fico contente de ler este post :)

eduarda disse...

Simplesmente fantástico. É pena que não haja mais gente a pensar ( e a escrever )como tu.Se todas as mães formassem os filhos como tu, a sociedade seria bem diferente.

Su. disse...

Aqui em casa faço questão de educar assim, com princípios básicos de aceitação das diferenças. Já até falei do assunto no meu blog. Gostei de te saber assim.

Ana Filipa Oliveira disse...

Vera, concordo com a educação para a diferença. Mas é de convir que as pessoas são animais de hábitos e os hábitos mudam-se pouco a pouco, sem ser à força. Concorda? Eu pessoalmente são uma jovem mãe de 30 anos e tenho dificuldade em habituar-me a novos aspectos da sociedade actual. Não quer com isto dizer que não seja tolerante. Contudo ainda é-me estranho, faz-me alguma confusão. Afinal, fui desde pequena habituada a ver e a pensar que homens casam-se com mulheres, mulheres com homens e que os relacionamentos não passavam pelo mesmo sexo. A propósito de tema semelhante, sugiro a leitura do post "Apresentadora, assumida homossexual, já foi mãe" em http://coisasbanais.blogspot.com/2010/02/apresentadora-assumida-homossexual-ja.html. Até lá!

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