Nem sempre atinjo interiormente o equilíbrio que exteriormente transmito, mas tenho conseguido, com a idade, dominar a minha impulsividade. Aprendi a ouvir e a respeitar. Aprendi que o que penso pode ser completamente oposto ao que os outros pensam e, como tal, devo viver segundo os meus princípios, as minhas regras e as minhas crenças sem as querer sobrepôr às dos que me rodeiam. Aprendi que saber estar com qualquer tipo de pessoas é meio caminho andado para um bom relacionamento social. Aprendi que as pessoas com as quais nada tenho em comum são pessoas com quem não crio relação. Aprendi que, por vezes, as pessoas que considero terem por mim um afecto especial não o têm, portanto distancio-me cada vez mais, restrinjo as relações. Aprendi a ser mais paciente, a não gritar só por gritar, a não ralhar só por ralhar. Aprendi a estabelecer, com os mais novos, relações de respeito e de camaradagem. Aprendi que os afectos são muito importantes nas relações sociais, nas relações de amizade, nas relações familiares. Aprendo, todos os dias, que os dias são pequenos e, como tal, vivê-los em paz é a melhor forma de os saborear. Na minha velocidade, quase sempre acelerada, dou aos dias e a quem me rodeia o tempo alargado da
CALMA
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