Da Net
Ontem passei um bom bocado da tarde na FNAC do Cascaishopping. Com o propósito de comprar um presente de aniversário. Na minha cabeça tinha alinhado o Hotel Memória do João Tordo e um qualquer livro de Tolentino Mendonça. Já que ali estava, aproveitaria para comprar a última Egoísta. Não consegui cumprir nenhum dos objectivos. Tudo o que levava decidido comprar não existia. Fiquei baralhada. Quando os livros me rodeiam, na Fnac ou em qualquer livraria, parece que as palavras saem deles e se espalham em torno de mim como uma poeira que me embacia o olhar e me impede de raciocinar. Fico tonta. Tiro livros das prateleiras e volto a arrumá-los. Fico indecisa porque há tanta, mas tanta leitura que me é apetecível. Fiquei com o coração preso a dois ou três volumes de Vergílio Ferreira cuja escrita adoro. Fiquei com água na boca com o novo Murakami. Fiquei curiosa com o valter hugo mãe (a minha escolha para o presente que ia comprar). Fiquei. Lá. Presa. E quando consegui soltar-me dos braços dos livros que me agarravam, dos seus segredos escondidos por capas coloridas, virei costas a todos, sem trazer nenhum comigo.
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