Sonho, invariavelmente, com uma casa antiga. O soalho de madeira de tábua corrida que estala sob os meus pés. Os tectos altos e decorados com florões de gesso. As janelas grandes. Compridas. Protegidas, por dentro, por portadas de madeira. Trancadas com pequeninos fechos metálicos de correr. Sonho invariavelmente comigo a viver numa casa destas. De Lisboa antiga. Apenas eu.
Surpreendo-me no pavor da solidão e no anseio de viver só.
No centro da Lisboa de milhares de pessoas sós.
1 comentário:
É engraçado, Vera, que esse tipo de casas – descontados os tectos trabalhados – faz-me pensar em ambientes de praia atlântica, em terrinhas de pescadores, cheias de neblinas matinais: os soalhos que estalam, as portadas de madeira. E neste momento, com a canícula que está, também me faz sonhar. :-)))
Enviar um comentário