Daqui |
Quando a energia do corpo se esgota
Quando as palavras deixam de obedecer às mãos que as querem agarrar e prender ao branco do papel ou do écran
fujo
Procuro espaços que me transmitam a paz e a harmonia que a lufa-lufa me subtrai
Desejo a companhia da água
Ouço-a sair da bica e cair
Forma bolhas que, regressando à infância, tento rebentar com o fôlego do sopro
Desenha círculos
Onde imagino surgirem as caras das fadas que vivem nas gotas de água e de luz
invejo
Os ramos fortes da buganvília
As flores coloridas e fartas
As folhas que, por acção do sopro do vento,
Se libertam dos troncos e cobrem o chão
Um tapete de côr
De vida
respiro
recomeço o meu ciclo
1 comentário:
As suas palavras, Vera, traduzem perfeitamente os meus sentimentos nesse local realmente abençoado. Aí respira-se e recupera-se o que é necessário para retomar o ciclo. Obrigada. :-)
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