Daqui (blogue que acabei de descobrir e do qual já sou fã. pelas imagens...e não só!) |
Esta fotografia transportou-me, rápida e magicamente, para uma conversa que tive na passada terça feira com o meu MM nº1.
Falavamos sobre o futuro, sobre o que uma profissão pode ser, sobre de que pode ser feita uma profissão para que nunca deixemos de a amar com a paixão com que se deve amar tudo o que fazemos na vida.
Falavamos sobre a comunicação social e sobre todos os campos que pode abranger, sobre as várias perspectivas interessantes que pode ter.
Quando eu era jovem, tão jovem como este meu Filho nº2, sonhei ser médica. Não uma médica qualquer, vulgar de lineu, de consultório limpino, arrumadinho e bonito, ou mesmo de hospital, mas uma médica que atravessaria fronteiras, que viajaria para países onde a saúde não existe como um direito mas como um luxo de alguns. O meu sonho, aos 15 anos, era ser Médica sem Fronteiras. Queria sair do conforto e mergulhar de cabeça nos países pobres, no meio de pessoas carenciadas, ajudar, ajudar, ajudar. Era o sonho dos meus dias de estudante adolescente. Depois, as minhas falhas no saber matemático obrigaram-me a repensar o percurso académico e virar as agulhas do meu caminho.
A medicina de ajuda transformou-se em jornalismo de guerra. O mesmo pensamento - ir para locais de crise, de necessidade de ajuda -, porque as letras, as palavras, as frases, podem ter um impacto muito forte, podem ajudar a mudar o Mundo. Isto pensava eu na glória ingénua dos 16 anos.´
Educar Filhos é muito. Partilhar é um dos pedacinhos de educar e eu gosto de partilhar com eles. Gosto que eles saibam que eu também tive dúvidas, também tive incertezas, também andei baralhada até encontrar um caminho, apesar de não o ter percorrido até ao fim. Gosto que eles saibam que também tive sonhos e que, muitos deles, continuam a existir dentro de mim e a fazer-me lutar por eles. Gosto de lhes transmitir a ideia de que sonhar não é parvo, de que viver não é só difícil mas também é maravilhoso, de que a vida não é um caminho em linha recta e por isso os nossos sonhos podem transformar-se de um dia para o outro e o nosso percurso pode mudar de sentido, sem que precisemos de nos culpabilizar, de nos sentir estranhos.
Esta fotografia acordou em mim o sonho de poder contribuir para a mudança do Mundo. Um sonho que nunca abandonei e que tento realizar diariamente. Um bocadinho aqui, um bocadinho ali. Ajudar não custa nada. Transformar é possível!
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