Ouvi ontem nas notícias, na rádio, às seis da tarde,
"O Presidente da Câmara de Cascais vai aproveitar a comemoração do 9º ano de mandato para anunciar a suspensão do mandato pelo período de um ano. O Presidente apresenta razões de saúde para justificar esta decisão."
O meu estômago ficou embrulhado e senti-me a corar. Que estúpida! Não conheço pessoalmente o meu Presidente da Câmara e as poucas vezez que me cruzei com ele, geralmente em eventos relacionados com escolas, nunca lhe dirigi a palavra. Então porque me senti como se a notícia tivesse a ver com alguém que me fosse próximo?
Já aqui tenho deixado várias vezes expressa a minha opinião sobre o trabalho que a Câmara Municipal de Cascais tem desenvolvido em várias áreas. Não sendo um executivo camarário que se identifique com as minhas convicções políticas, é, com toda a certeza, um executivo camarário que me tem feito aplaudi-lo e, orgulhosamente, felicitá-lo.
Sei que o trabalho visível de uma autarquia é resultado do trabalho de muitas equipas, de muitos vereadores, de muitas pessoas. O Presidente da Câmara pode, até, ter a seu cargo apenas o trabalho de despachar favoravelmente ou fazer parar os assuntos que os seus vereadores lhe apresentam, mas eu quero acreditar que o nosso Presidente tem sido o ponto de uma máquina onde várias peças se encaixam e trabalham em grande conjugação de movimentos.
Saber que Cascais vai deixar de ser guiado pelo comandante cujo nome já pronunciávamos como se fosse da família, deixa-me um bocadinho apreensiva. Será que vamos ser capazes de sentir pelo Vice (agora Presidente) o mesmo afecto familiar que sentíamos pelo agora ex-Presidente?
O que sei é que me sinto um bocadinho abandonada.
E também preocupada. Pelos alegados motivos de saúde.
Que espero não sejam graves...
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