Daqui |
Doze.
Uma dúzia.
Duas mãos cheias de dedos mais dois que peço emprestados a alguém.
Um 1 e um 2. Dois algarismos que se seguem na contagem, como dois amigos inseparáveis ou dois irmãos que não se podem largar de vista.
Os dois algarismos que juntos criam um número que me diz quantos foram os dias que passei sem aqui vir. À minha casa virtual. Ao meu caderno electrónico. À minha cadeira do psi gratuita e aberta a todos os que por cá passam.
Doze dias. Houve dias em que os posts se seguiam com esta diferença, mas contada em minutos. Houve dias em que doze minutos eram o tempo gasto na procura da imagem ideal para as palavras que ainda não tinham acontecido.
Dias.
Têm sido dias de muito correr, de muito trabalho, de muito prazer, de muito sorrir, de muitas pessoas que tenho conhecido. Percorro as estradas. Dum lado para outro. Por companhia um rádio que concorre com o som da voz virtual do GPS.
Em doze dias que dias especiais deixei passar? O do Pai, o da chegada da Prima com o meu nome nela, o da Poesia, o do desaparecimento de Artur Agostinho. Tudo isto poderia ter sido motivo para escrever. Se conseguisse ter tempo para pensar.
Doze dias. Doze vezes que pensei no Vekiki vazio de palavras novas, vazio de visitas. O gráfico a dizer-me que os cá vinham diariamente me começam a abandonar. E eu sem saber como me gerir, como me dividir, como sobreviver em cada uma das vertentes de mim. E a saber. E a Vera, e a Mãe, e a Dona de Casa, e a cidadã activa, e a Agente B...y. Todas elas a sobreviver a cada uma das outras.
A sorrir. E a pedir a cada um dos amigos que aqui colecciono que não me abandonem. E a pedir a cada um dos amigos que colecciono na realidade que não se zanguem com a minha aparente ausência. Estou cá, apenas dividida em muitas que desfazem a Vera única.
Love u all
1 comentário:
Não abandonamos, claro, Vera. E ainda bem que se sente feliz nesse «desdobramento». :-)))
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