No "Sol" da passada semana vinha um artigo de duas páginas sobre a contratação de seguranças privados para levar adolescentes às discotecas à noite. Os Pais assumem-se mais seguros ao contratar este tipo de serviços que, como facilmente todos perceberemos, não são acessíveis à bolsa de todos os Pais.
Aqui está uma atitude que eu não percebo. Talvez seja "aquela" minha costela de Mãe Galinha a falar, mas não percebo como é que poderemos sentir-nos mais seguros quando os nossos filhos são levados "p'ra noite" por seguranças que ficam à porta dos locais de diversão até à hora de levar os jovens a casa. Qual é a mais valia deste serviço? Protege-os de quê? De ataques armados? Faz sentido?
Outro serviço que também já existe na noite Lisboeta é o serviço de transporte personalizado de crianças e jovens para as discotecas. Ou seja, os Pais não têm que sair de casa para ir pôr os Filhos à discoteca e também não têm que se preocupar com a hora e forma de regresso porque pagaram a alguém para lhes fazer esse serviço. Não percebo e não concordo.
Por aqui, ainda só há uma jovem com autorização para sair à noite. Sai, levada pelo Pai e regressa trazida pelo Pai. Na nossa maneira de estar como Pais, é esta a atitude que achamos correcta e é esta a atitude que consideramos mais segura para que as saídas possam acontecer.
A independência vai-se construindo, aos poucos, mas não (pensamos nós) à custa das saídas nocturnas.
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