Uma de muitas
Imagens enviadas pela Belita
Já lhe tinham dito que o seu corpo se estava a assemelhar a uma casca de laranja recortada em formato de corpo de mulher. Não quis dar ouvidos. Invejas e más línguas.
Naquele dia deu tempo a si própria. Decidiu que não ia tomar banho a cem à hora, que não ia vestir-se a correr para estar pronta ao minuto. Abriu a água e entrou na banheira. Virou-se para o espelho que cobria toda a parede da casa de banho e foi-se observando. A esponja ensaboada a percorrer-lhe o corpo. As pernas compridas e bem feitas, um dia alvo de atenção quando andavam descobertas por mini mini-saias, eram agora o reflexo de muitas horas passadas em pé, de poucas horas de exercício, de pouca atenção e tratamento.
A barriga, sem estrias a relembrar partos mas a precisar de umas belas massagens, de umas séries de abdominais.
O peito, antes direito, agora teimava em mostrar cansaço e deixar-se cair...
Admitiu, não havia casca de laranja por cima dela, mas havia a necessidade, urgente, de se tratar, de se cuidar, de se mimar! Saltou da banheira para dentro do boião de creme reafirmante!
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