Foi ontem a missa de sétimo dia do Filipe. Na Igreja de Stº António, no Estoril. Familiares e muitos Amigos juntaram-se para rezar ou apenas para meditar em silêncio e na fé. Estive lá. A minha falta de fé não me impede de frequentar a Igreja sempre que os Amigos, de fé, me convidam e a Igreja de Stº António é um espaço de fé onde me sinto bem.
A dor dos que lá se juntaram para relembrar o Filipe está presente. Nos olhos vermelhos, nos abraços apertados e comovidos, nas palavras que não se dizem porque não há palavras para dizer.
No final da homília, que foi dita por um sacerdote espanhol, o que dificultou um pouco a compreensão, o Padre António veio falar aos seus paroquianos. Falou sobre dor, sobre partida, sobre o seu coração desassossegado numa hora difícil, pediu compreensão, apoio, ombros amigos. Um dos padres da paróquia decidiu mudar o rumo da sua vida. Constituir Família...
Será este, um motivo de dor tão profunda? Que dor é esta? A par com a dor de uma Família, crente, que perde um dos seus elementos? Constituir Família não é um dos princípios da vida cristã?
Há mistérios, da Fé, que não consigo compreender...
4 comentários:
Perante dores profundas e imensuráveis como essa e perante outras ainda muito mais inconcebíveis, pergunto-me sempre onde está Deus, no meio de tudo; e nunca encontro resposta.
Pois é Patti. Também eu. E de tanto pensar e não encontrar resposta, duvido cada vez mais, da bondade infinita que nos dizem ter.
Gostei de te ver por aqui :)
Não comento a fé de ninguém. Apenas a ousadia desse padre em comparar o que não é comparável (nem nunca será).
O outro, o que decidiu constituir família, teve uma enorme coragem. Ele sim, merece todo o meu respeito.
Concordo com a Maria, não são questões comparáveis.
E esse senhor não soube adequar o discurso a uma ocasião apropriada.
Beijos.
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