A morte não me assusta. É um assunto com o qual lido bem porque é bastante natural para mim pensar que será ela o fim de cada um de nós. Não fujo de falar sobre o assunto e faço bem os meus lutos. Choro, sofro, penso e falo. Acredito que cada um dos que partiu, da minha vida, do meu contacto, estará num outro plano, infinito, numa outra vida que ninguém sabe se será melhor ou pior que esta. Tudo isto. Quando a morte é natural, esperada, na devida idade (se é que existe uma idade devida para morrer).
Impression: Sunrise [1873], Claude Monet
Quando a morte chega e leva consigo alguém que teria ainda muito para viver, fazer, amar, rir e chorar, alguém cuja saúde garantia que a vida seria longa, fico incrédula. Amarrotada. Silenciosa. Tudo me dói e duvido. Duvido da existência de um Ser superior. Duvido do sentido da vida. Sofro. Por quem perde alguém desta maneira...inesperada, estúpida.
Estou. Silenciosa. Incrédula. Sofredora.
Por uma Mulher. Forte. Mãe de cinco Filhos. Amiga ["É bom ter tido um amigo, mesmo se a gente vai morrer." O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry.] Perdeu o seu Filho mais velho. 26 anos.
5 comentários:
beijo em silêncio!
"Tudo me dói e duvido. Duvido da existência de um Ser superior. Duvido do sentido da vida." Encontro-me numa mesma fase.
Beijinhos
Muitas vezes ficamos sem palavras...fico sempre, principalmente quando falamos de filhos! Não há idade para morrer, de facto, mas será justo os filhos irem antes dos pais?
Abraço!
A morte de um filho, principalmente quando ainda tinha tanto mundo para correr, acho que ém, principalmente para a progenitora, uma morte também ainda em vida.
Tenho pavor.
Arrepiante. Doloroso.
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