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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um Conselho e uma Palavra de Esperança

Livros trazidos da Net

Já é quase um lugar comum afirmar que as nossas crianças e jovens não leêm. Os Professores queixam-se de que as maiores dificuldades dos alunos não estão apenas na capacidade de estudo e assimilação da matéria dada nas aulas, mas sim na dificuldade de interpretação do que lhes é pedido em fichas de trabalho e testes de avaliação. Quem não lê não adquire a competência do conhecimento da língua, não desenvolve a capacidade de interpretação das palavras e seus significados consoante o contexto em que são utilizadas.

A falta de gosto pela leitura não pode ser apenas uma culpa imputada aos Pais e às Famílias. O poder da comunicação audiovisual é enorme e entra pelas casas dentro desde manhã até à noite. É de simples compreensão, não há que se estar concentrado.

No meu caso concreto, e porque sempre gostei de livros e de ler, desde a primeira gravidez que fui fazendo colecções de livros infantis e depois juvenis, com o intuito de estimular o gosto pela leitura nas minhas crianças. Apesar de estarem habituados a ver-me sempre com um livro na mão e de saberem que ler faz parte da minha vida, os livros nãos os atraem.

Este ano é o último ano lectivo da Catarina no secundário. Já teve que ler Os Maias, A Mensagem. No Verão passado, para se preparar para o que a esperaria no 12º ano, iniciou a leitura do Memorial do Convento. Não lhe foi fácil avançar. Lia e parava. Quando voltava a pegar no livro tinha que ir atrás para conseguir situar-se na história. Já durante este ano lectivo estipulou um plano de leitura que a obrigava a ler um determinado número de páginas por dia. Leu o livro todo (há colegas dela que dizem que só vão ler os resumos!) e gostou. Assim que o terminou, pediu-me que lhe desse A Aparição.

O facto de já ter uma filha a chegar aos 18 e mais três por aí abaixo, dá-me algum à vontade para dar um conselho a todos os que são Pais e Mães. Os livros devem estar presentes na nossa vida e na deles com estatuto de prazer e nunca de obrigação. Aos poucos, a vontade de ler irá aparecendo. É importante que consigamos descobrir qual o tipo de histórias que mais os cativam e que as vamos sugerindo, oferecendo, nunca utilizando o livro como castigo. Se o fizermos, estaremos a adubar uma sementinha que cultivámos enquanto lemos as primeiras histórias de encantar e que irá germinar sem que quase nos apercebamos de tal.

Sigam o meu conselho e acreditem que os dias de leitura irão chegar!

4 comentários:

Montana disse...

Tal como a Vekiki eu também adoro ler. A minha filha cresceu a ver-me
sempre com um livro nas mãos para as "horas mortas". Aos 2 anos ofereci-lhe o
1º livro. Outros se seguiram.
Habituei-a a gostar de livros.
Assim que começou a ler já era ela a pedir-me livros. Leu os meus livros todos de menina. Foi uma óptima aluna a português. Ainda hoje ler faz parte dos seus hábitos,se bem que tenha menos tempo disponivel. E a minha neta de 2 anos já pede "uma toia", quer dizer um livro e já herdou alguns da mãe.

Joana disse...

Sim tia, ler por obrigaçao e castigo é HORRIVEL, por isso dou graças ao Senhor por ter criado a bela da alma que pôs na net resumos do "Memorial do Convento" !
Fora tudo isto, nao se preocupe que aqui a sua filha adoptiva lê. e gosta muito daquilo que lê, quando é ela a escolher o que quer !

Beijinho

V. disse...

Gosto imenso de ler e concordo com a informação chegar anós facilmente demais.

Mas tudo é uma conjunção de factores onde concorrem para a capacidade de Ler a vntade de cada um, a educação em casa, o convívio social e a orientação dos professores.

Eu tive a sorte de ter tido bons professores de português que sempre me souberam fascinar pelos livros. Tive a sorte de o meu pai gostar de ler e ter a casa sempre ocm livros. Até o divórcio dos meus pais, nesse aspecto, foi uma sorte.

Mas todas estas sortes não serviriam de nada se eu não tivesse "um bichinho" pelo livro.
Ainda antes de saber ler folheava os livros e imaginava verdadeiras histórias à volta das imagens.
Depois de aprender a ler não largava os livros, iam comigo para a mesa e tudo (a minha mãe passava-se totalmente!)


No entanto... os Maias.. lá estão, avançabdo devagarinho. Devo dizer que não me estão a fascinar por aí além.

**

Filoxera disse...

Também passo para os meus filhos o gosto pela leitura. Ele já lê, e eu babo...
Beijos.

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