Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
Alexandre O'Neill escreveu, Alain Oulman musicou, Amália cantou, Sónia Tavares e Nuno Gonçalves recordam no projecto Amália Hoje. Em dia de exame de Português do secundário, é bom (re)lembrar que Alexandre O'Neill merece ser (re)lido com atenção.
1 comentário:
e sabes onde eu trabalho? No berço do Sr.Oulman! (trocadilho óbvio, mas a familia está ali na piscina que eu vejo aqui da minha janela)
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