Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Corro o risco...

Eu e a minha máquina,
Chiado,
Setembro

de me estar a apaixonar perdidamente.


Não por uma pessoa mas por milhares. Não por um local específico mas por toda uma cidade. Uma cidade que é a minha, mas que está tão diferente e sempre tão bonita. Durante 22 anos vivi nesta cidade, durante 11 anos foi ela o meu destino diário no percurso casa-trabalho. Nunca dei demasiada atenção ao que me rodeava, nunca usufrui do facto de ter nascido e crescido numa cidade que tem uma luz inconfundível, calçada como mais ninguém tem, uma parte antiga feita de prédios maravilhosamente encostados ao rio que nos dá a maresia, a proximidade da água na nossa tradição de viajantes e descobridores de novos mundos.

Agora, dez anos passados sobre a decisão de abandonar o percurso casa-trabalho, vou a Lisboa de olhos que observam e captam os mais ínfimos pormenores. Passados dez anos, quando saio desta minha terra pequenina, chego à cidade e vejo tanta mudança. Espanto-me com inovações (como o alargamento da linha de Metro e o nascimento de tantas e tão bonitas estações) e espanto-me também com a quantidade de pessoas que circulam, a pé ou de carro. E quando chego perto da Praça Duque de Terceira, com a estação de comboios à vista, aperta-se-me o coração. Não me apetece voltar já, para a minha terra pequenina, onde há poucas pessoas a andar a pé de um lado para o outro, mas há um mar imenso que me inunda os olhos e o espírito...
...de água, azul e maresia!



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