As que me deixam sem fôlego quando passam por mim, desassossegadas e risonhas. Indisciplinadas, livres e soltas. Vejo-me nelas e deixo-me ir. Livre no destino que traçarem para mim. Indiferente a quem me entregam. Confio nelas, sei-as minhas confidentes em horas de vazio de mim mesma. Sei-as capazes de me encherem de vida, de vidas, de sonhos irrealizáveis mas sempre reconfortantes. As palavras que me dizem são as que se enchem do branco luminoso dos dias de sol, onde me dispo, entregando o corpo às carícias envolventes com que me presenteiam. Abandono-me a elas. Apaixono-me por elas. Intensamente perdida no desejo de nunca as perder, de ser eu a perder-me nelas.
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