Agosto 2009,
Salgados, Algarve
Salgados, Algarve
Ontem a Carlota telefonou-me.
Isto de se ter um blogue que é do conhecimento público, tem destas coisas. Há pessoas que já não telefonam nem mandam mails a saber de nós porque leêm tudo no blogue, há pessoas que por lerem tudo ficam mais apreensivas e telefonam, ou mandam mails, ou ligam o msn e conversam um bocadinho.
Estava eu na minha tarefa super inteligente de engomar camisas (cheguei à conclusão que demoro 10 minutos para engomar uma camisa!) quando ela me ligou. Fomos conversando e eu engomando. Conversámos de tudo e mais alguma coisa, conversa própria de quem já se conhece há 20 anos e tem sempre qualquer coisa para dizer, nem que seja parvoíces.
Claro que acabámos por cair na conversa do dinheiro. O maldito dinheiro que faz com que tudo rode (ou com que tudo pare!). Dizia-me ela que tem pensado muito na vida que leva nos dias que correm (tal como eu) e que já pensou que se algum dia ganhasse um GRANDE prémio nos jogos de sorte semanais, diria aos Filhos que escolhessem fazer algo que lhes desse mesmo prazer e que pudesse ser também um modo de vida e avançassem.
Nos dias em que nós tínhamos a idade deles, ou perto da idade que eles têm actualmente, as coisas eram mais fáceis. A nossa vida era mais leve. Não havia a pressão da concorrência desenfreada desde o Liceu, conseguia arranjar-se um emprego com alguma facilidade a ganhar um ordenado razoável, havia horários de entrada e também de saída, havia capacidade para ir ao cinema, ao teatro, a um espectáculo de vez em quando. Os nossos jovens e adultos jovens têm uma vida cheia de pressão e sem qualidade. Tal como a nossa.
Levantamo-nos cedo, largamos os Filhos nas Escolas, trabalhamos um dia inteiro, voltamos a casa a tempo de jantar, pôr os Filhos na cama e dormir em frente à televisão, na ilusão de que estamos finalmente em casa depois de um dia de trabalho...
Que vida estúpida é esta? Para quê? Para pagar mensalidades de casas que hão-de ser nossas quando formos caquéticos? Para pagar mensalidades de carros e de electrodomésticos, mensalidades de 550 canais de televisão que nem conseguimos chegar a ver e de Internet que nos leva a todo o Mundo?
Sim, se calhar estamos a passar uma crise própria da idade a que chegámos, mas a verdade é que o que queríamos mesmo é que fosse o Verão o ano todo...
Isto de se ter um blogue que é do conhecimento público, tem destas coisas. Há pessoas que já não telefonam nem mandam mails a saber de nós porque leêm tudo no blogue, há pessoas que por lerem tudo ficam mais apreensivas e telefonam, ou mandam mails, ou ligam o msn e conversam um bocadinho.
Estava eu na minha tarefa super inteligente de engomar camisas (cheguei à conclusão que demoro 10 minutos para engomar uma camisa!) quando ela me ligou. Fomos conversando e eu engomando. Conversámos de tudo e mais alguma coisa, conversa própria de quem já se conhece há 20 anos e tem sempre qualquer coisa para dizer, nem que seja parvoíces.
Claro que acabámos por cair na conversa do dinheiro. O maldito dinheiro que faz com que tudo rode (ou com que tudo pare!). Dizia-me ela que tem pensado muito na vida que leva nos dias que correm (tal como eu) e que já pensou que se algum dia ganhasse um GRANDE prémio nos jogos de sorte semanais, diria aos Filhos que escolhessem fazer algo que lhes desse mesmo prazer e que pudesse ser também um modo de vida e avançassem.
Nos dias em que nós tínhamos a idade deles, ou perto da idade que eles têm actualmente, as coisas eram mais fáceis. A nossa vida era mais leve. Não havia a pressão da concorrência desenfreada desde o Liceu, conseguia arranjar-se um emprego com alguma facilidade a ganhar um ordenado razoável, havia horários de entrada e também de saída, havia capacidade para ir ao cinema, ao teatro, a um espectáculo de vez em quando. Os nossos jovens e adultos jovens têm uma vida cheia de pressão e sem qualidade. Tal como a nossa.
Levantamo-nos cedo, largamos os Filhos nas Escolas, trabalhamos um dia inteiro, voltamos a casa a tempo de jantar, pôr os Filhos na cama e dormir em frente à televisão, na ilusão de que estamos finalmente em casa depois de um dia de trabalho...
Que vida estúpida é esta? Para quê? Para pagar mensalidades de casas que hão-de ser nossas quando formos caquéticos? Para pagar mensalidades de carros e de electrodomésticos, mensalidades de 550 canais de televisão que nem conseguimos chegar a ver e de Internet que nos leva a todo o Mundo?
Sim, se calhar estamos a passar uma crise própria da idade a que chegámos, mas a verdade é que o que queríamos mesmo é que fosse o Verão o ano todo...
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