Grafia

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Conservadora. Quem, Eu?

As orelhas todas furadas. Autorização aos filhos, rapariga e rapazes para furarem as orelhas. Adepta do topless há mais de vinte anos, continuando a fazê-lo sem qualquer tipo de constrangimento.Tratamento livre por tu. Pais para Filhos, Filhos para Pais. Posicionamento político afastado da área dos partidos denominados conservadores, primeiro por influência familiar, depois por opção consciente. Adepta quase fanática da Internet, do computador pessoal e portátil, do meu blogue e dos dos que leio. Sem qualquer ligação à Igreja que não a do Casamento (que foi católico por a cerimónia ser mais bonita.) Sem qualquer tipo de preconceito, seja ele racial, político, sexual. Forma de vestir nada enquadrável no "tipo" de uma Mãe de Família...

...as reticências entram aqui com o seu significado mais puro, uma vez que há muitas outras características próprias de um NãoConservador que não vou enumerar aqui por ser este um espaço lido por muita gente, de várias idades, credos, ideologias políticas.

Pensava eu ser uma pessoa afastada da designação de conservadora.

Quando o i publicou o Nós Conservadores e me pus a ler tudo com atenção e capacidade de reflexão, concluí, algo chocada, que afinal estava completamente errada em relação a mim mesma.

Casamento como manda a Lei com uma duração de 21 anos. Dona de Casa a tempo inteiro. Quatro Filhos, todos do mesmo casamento. Casa à séria, com direito a cães e periquitos. Gostos musicais que me levam ao que conheci durante a juventude e a idade adulta jovem. Ser chamada de Tia (raras excepções) pelos Amigos dos Filhos. Continuar a ser adepta de uma agenda em papel, que já não é o Filofax mas continua a ser em papel. Manter a tradição de escrever as Boas Festas, anualmente, em cartões comprados e enviados pelo correio. Manter o gosto pelo papel escrito e ser pouco adepta de ebooks e BookCrossing. Preocupada com a falta de exigência, de valores, de padrões de conduta na actual educação. Preocupada com o peso excessivo que se dá ao consumo, à aparência, à superficialidade das relações humanas.
Como compreender? Em que lado me enquadro? E será que tenho de me enquadrar num dos lados? Será que a minha postura não é uma postura de meio-termo, de equilíbrio entre os extremos de cada uma das formas de estar na vida? Não me interessa muito ser "catalogada", portanto vou continuar nesta minha onda de "Verice"!

2 comentários:

Madame Pirulitos disse...

Identifiquei-me quase completamente: não faço topless e sou mais pelas tatuagens do que pelos piercings:):)

Realmente adorei sentir esta onda de afinidades!

Filoxera disse...

Fui lendo, por aqui abaixo.
E gostei de tudo, claro.
Vê se na próxima me dizes quando fores ao cinema ;-)
Como te compreendo na questão das tarefas domésticas!...
Beijos.

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