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Ainda submersa no torpor do sono ouço-te acordar. Primeiro o barulho do teu corpo a mexer-se nos lençóis, depois os teus pés, pequeninos, a tocar no chão e a dirigirem-se para a casa de banho. Ouço-te mas não abro os olhos, não me mexo sequer. Os teus pés pequeninos, outra vez. Agora vêm na direcção do meu quarto, ouço-te entrar, pressinto-te a aproximares-te do meu lado da cama. Ouço-te mas não abro os olhos, não me mexo sequer. Aproximas-te, dás-me um beijo, sussuras-me ao ouvido "Só faltam quatro dias para o Natal." Ouço-te mas não abro os olhos, não me mexo sequer. Abandonas o meu lado da cama, o meu quarto. Voltas para o teu. Para a tua cama, para os teus lençóis. Vais adormecer outra vez e quando acordares vais voltar a dizer-me quantos dias faltam. Alheio ao significado primeiro do Natal. Alheio à razão pela qual se instituíu oferecer presentes a familiares e amigos na noite de 24 ou na manhã de 25. Suponho que esta seja uma falha a apontar na educação que te transmito. Como poderás saber todas estas coisas se nunca te falei sobre elas? Se nem sequer te ofereci o primeiro passo para que desvendes as histórias por trás do Natal. O baptismo. Falhei-te este passo. A ti e aos outros. Considerei ser mais acertado oferecer-te, a ti e aos outros, a capacidade de decisão, a vontade de saber, de conhecer e de seguir. Ouço-te na contagem decrescente para um dia que será de alegria, de festa, de reunião de Família e finalmente de presentes. Ouço-te e sinto a vontade de te sentar perto de mim e de te contar a história do Menino que há milhares de anos nasceu e transformou o dia do seu nascimento num dia de alegria e festa para todos os meninos do Mundo, para sempre.
Ainda submersa no torpor do sono ouço-te acordar. Primeiro o barulho do teu corpo a mexer-se nos lençóis, depois os teus pés, pequeninos, a tocar no chão e a dirigirem-se para a casa de banho. Ouço-te mas não abro os olhos, não me mexo sequer. Os teus pés pequeninos, outra vez. Agora vêm na direcção do meu quarto, ouço-te entrar, pressinto-te a aproximares-te do meu lado da cama. Ouço-te mas não abro os olhos, não me mexo sequer. Aproximas-te, dás-me um beijo, sussuras-me ao ouvido "Só faltam quatro dias para o Natal." Ouço-te mas não abro os olhos, não me mexo sequer. Abandonas o meu lado da cama, o meu quarto. Voltas para o teu. Para a tua cama, para os teus lençóis. Vais adormecer outra vez e quando acordares vais voltar a dizer-me quantos dias faltam. Alheio ao significado primeiro do Natal. Alheio à razão pela qual se instituíu oferecer presentes a familiares e amigos na noite de 24 ou na manhã de 25. Suponho que esta seja uma falha a apontar na educação que te transmito. Como poderás saber todas estas coisas se nunca te falei sobre elas? Se nem sequer te ofereci o primeiro passo para que desvendes as histórias por trás do Natal. O baptismo. Falhei-te este passo. A ti e aos outros. Considerei ser mais acertado oferecer-te, a ti e aos outros, a capacidade de decisão, a vontade de saber, de conhecer e de seguir. Ouço-te na contagem decrescente para um dia que será de alegria, de festa, de reunião de Família e finalmente de presentes. Ouço-te e sinto a vontade de te sentar perto de mim e de te contar a história do Menino que há milhares de anos nasceu e transformou o dia do seu nascimento num dia de alegria e festa para todos os meninos do Mundo, para sempre.
2 comentários:
Vera,
Que bonito........
Bj
F
Tocante e sentido, como sempre.
Um beijo!
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