Cascais
Janeiro 2009
Fechada. Selada dentro duma carapaça que a protege, que a esconde, ou que a aprisiona. Enquanto se confunde na definição dos sentimentos, pergunta-se pela vontade de libertação que já a animou de outras vezes.
Procura dentro de si a paixão que a animava.
São ingratas as paixões. Instalam-se sem pedir autorização. Desaparecem sem que disso se dê conta.
A carapaça já não funciona. Dentro dela há feridas que sangram demasiado. Há afectos que se aprisionam, se sugam entre si.
E a vida segue em frente. Implacável. Sem lhe dar tréguas.
1 comentário:
Perfeito em cada palavra, em cada linha.
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