Grafia

A Autora deste Blogue optou por manter na sua escrita a grafia anterior ao Novo Acordo Ortográfico.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pelo Pensamento é que Vamos # [I]

Assisto a uma Grande Reportagem na SIC Notícias. Uma reportagem da autoria da jornalista Cândida Pinto, (que eu admiro imenso), que entrevista diversas pessoas, de diversas áreas profissionais, sobre os seus desejos e propostas para o País nos próximos anos. Todas estas entrevistas são comentadas por um Filósofo, José Gil.
Crianças que frequentam um ATL no bairro da Cova da Moura, onde têm, entre outras actividades, contacto com a disciplina de Filosofia para Crianças, foram também entrevistadas. Independentemente da pertinência dos desejos manifestados por estas crianças, foi interessante ouvir as palavras do Filósofo José Gil que defendeu a importância desta disciplina no curriculum escolar desde cedo. Segundo ele, as crianças têm as suas mentes abertas e disponíveis para o filosofar contínuo, pelo interesse genuíno que têm por tudo o que os rodeia, pelas questões que poêm continuamente sem constrangimentos.

Tanto o Martim como o Mateus tiveram e têm a sorte de ter esta disciplina nas AEC's do 1º Ciclo e tanto um como outro adoram a actividade. Durante 45 minutos falam sobre um tema proposto pela monitora e efectuam trabalhos que são expostos na Escola. Os sentimentos, a agressividade, a comunidade e muitos mais vocábulos são o ponto de partida para que cada um diga o que pensa e oiça o que cada um dos outros pensa.

Aprender a conversar, aprender a ouvir, aprender a respeitar a diferença e, acima de tudo, aprender a pensar são os objectivos desta disciplina que ainda é vista com estranheza por alguns Encarregados de Educação.

3 comentários:

Si disse...

Não discuto a validade desta disciplina. Se for assim, tal e qual como está descrita, considero-a, de facto, importante para o currículo dos estudantes.
Só não a entendo é na perspectiva geral do nosso ensino, em que se despreza a Língua Portuguesa, a Matemática e as Ciências, não se promove a leitura nem a escrita, a exigência da correcção ortográfica é baixa e saber a tabuada ou fazer cálculo mental é considerado tão retrógrado, que já se usam calculadoras a partir do 7º ano.
Inventem-se novas disciplinas, de acordo com os novos desafios sociais, sim, mas aumente-se a intolerância à ignorância, às passagens administrativas, a um ensino, que apesar de obrigatório, não coloca o futuro deste país em primeiro lugar no que toca a competências.

Vera disse...

Si, concordo consigo em tudo o que escreve no comentário anterior. É um facto que o ensino nas nossas escolas está cada vez mais nivelado por baixo. Assusta-me a falta de estímulo para o conhecimento da língua, para o gosto pela língua. Qualquer livro que se peça para lerem é considerado uma seca. O interesse pela História do país em que vivem é também nulo, bem como pela História do Mundo. Os nossos estudantes, actualmente, têm um nível de cultura geral muito baixo. Há coisas de que nunca ouviram falar. Parece quase um paradoxo. Quem tem a informação acessível na ponta dos dedos, deixar escapar tanta dela por desinteresse. É verdade Si!

Vera disse...

Si, concordo consigo em tudo o que escreve no comentário anterior. É um facto que o ensino nas nossas escolas está cada vez mais nivelado por baixo. Assusta-me a falta de estímulo para o conhecimento da língua, para o gosto pela língua. Qualquer livro que se peça para lerem é considerado uma seca. O interesse pela História do país em que vivem é também nulo, bem como pela História do Mundo. Os nossos estudantes, actualmente, têm um nível de cultura geral muito baixo. Há coisas de que nunca ouviram falar. Parece quase um paradoxo. Quem tem a informação acessível na ponta dos dedos, deixar escapar tanta dela por desinteresse. É verdade Si!

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