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segunda-feira, 29 de março de 2010

As Regras, Nós e os nossos Filhos


Posted by PicasaColagem de fotografias da minha autoria, Março 2010

Na sexta feira passada o Coisas de Todos Nós foi dedicado às Regras. Normas de comportamento/funcionamento em Família, na Escola, em Sociedade. As regras das quais não podemos de forma alguma abdicar, as regras que podemos negociar, as regras que se adaptam a situações e contextos diversos.
Estes Encontros de Pais não pretendem ser um manual de instruções que ouvimos, apontamos e seguimos cegamente. Pretendem sim, ser um ponto de partida para a partilha de experiências, para o debate de ideias, para o apontar de caminhos. Cada um de nós com a sua experiência de parentalidade, poderá fornecer ao outro dicas que tenha já utilizado e que tenham funcionado com sucesso.
Confesso que neste Encontro sobre regras me senti um pouco "allien".
Não me lembro que cá em casa tenha tido alguma vez de utilizar estratagemas como alguns que ouvi para que as regras fossem cumpridas. Reconheço que há algumas (o largar de livros/cadernos em cima de uma cadeira da sala em vez de os levar para o quarto) que têm de ser relembradas diariamente, mas quando me ponho a analisar os comportamentos dos meus quatro filhos não consigo detectar problemas graves com as regras. O que é que fizemos para que tenhamos conseguido atingir este ponto quando as idades variam entre os 8 e os 18 é uma pergunta que se impõe. Parece-me que, basicamente, instituímos as regras com o nascimento da primeira e fomos adaptando-as a cada momento, a cada novo elemento da Família. Basicamente, conseguimos incutir neles o significado do "não" e a aceitação de determinadas situações que para nós são ponto assente da educação que lhes damos.
Não pretendo mostrar-me melhor do que qualquer outro Pai/Mãe, mas tenho necessariamente de me congratular com a educação que temos dado aos nossos Filhos. Não pretendo fingir que não existam, pontualmente, situações de tensão, mas analisando globalmente o nosso funcionamento em Família, tenho a dizer que funcionamos mesmo muito bem. Sem confrontos, sem desafios à auoridade imposta e reconhecida, com dois Filhos crescidos (18 e 15) responsáveis e educados, com dois Filhos pequenos (12 e 8) que, espero, seguem os passos dos irmãos.
Não, não posso queixar-me de falta de cumprimento de regras básicas em casa, em Família, em Sociedade.
Quanto ao comportamento em grupo, na Escola, continuo a acreditar que nenhum de nós pode pôr as mãos no fogo pelos seus Filhos, independentemente da forma como sabe que eles se comportam em casa. O um que cada um deles é, transforma-se ao fazer parte do todo que se forma quando se junta a outros. Nessas situações os comportamentos alteram-se e as regras básicas que estão interiorizadas acabam por se desvanecer um pouco. É neste sentido que creio que a Escola tem também um papel importante. Estabelecer as suas regras e ser firme na obrigatoriedade do seu cumprimento, penalizando e castigando os prevaricadores. As crianças e os jovens precisam de ter regras e precisam de sentir que quem as dita, o faz com segurança não abdicando delas. Se a Família e a Escola souberem, e quiserem, funcionar em conjunto, as Regras que consideramos Fundamentais, vão ser, indubitavelmente, cumpridas!

1 comentário:

Anónimo disse...

Tive pena de nao ir a esta reuniao... mas surgiu um impedimento de ultima hora.
Tb nao tenho problemas de disciplina com as minhas filhas( 11 e 21 ) , que não me causaram/causam dissabores.
Boas alunas , boas filhas ... mto amigas uma da outra .
Um bom retorno da educação simples mas com algumas regras , que proporcionamos.

Teresa A.

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