[...]"O Brasil é o meu país de acreditar - um país onde os abraços são demorados e firmes e a tristeza se partilha sem cerimónias, transformando-se assim numa experiência densa de alegria. A Bia, que reconheci como amiga de infância mal começámos a falar, diz que o Rio de Janeiro é meu namorado. A hora da despedida calha sempre ao anoitecer, quando custa mais. As luzes acendem-se, o mar cintila, as favelas tornam-se presépios, e eu sinto que é para mim que ele esconde todo o mal e exibe toda a sua beleza avassaladora. Para que eu não o esqueça. Como se eu fosse capaz de o esquecer. Mas o amor é uma coisa assim: cintilante e trémula. Como a coragem."
in JL, 24 de Março a 6 de Abril
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