Eu e a minha Máquina,
Sevilha,
Agosto 2009
O dia chega ao fim. Ainda há sol no céu mas no nosso jardim já se faz sombra.
É sábado, mas nada difere do habitual. O que se faz e o que não se faz mantém-se igual.
Os humores também não alteram grande coisa e eu vou-me entretendo. Entre isto, aquilo e aqueloutro, lá vou andando no sábado.
Há uma panela de caracóis para o jantar. Há sobe e desce nas escadas. Brincadeiras e embirrações. Vuvuzelas que apitam e desafiam a paciência do chefe de escoteiros do outro lado da rua. Há obras no primeiro andar. Há máquinas a bater bolos na cozinha, calor de sol e de forno, cheiro a bolachas de chocolate e bolo de canela. Sai a Catarina para um jantar de beneficência. Ficam os rapazes e nós. E o Tio João Paulo que ajuda nas obras. E a Patrícia que ostenta uma invejável barriguinha de grávida.
Sento-me, por fim. Apetecem-me fotografias que me façam sair daqui. Páro nas de Sevilha. Escolho esta e anseio por uma protecção superior que me guie, me proteja. De mim. Dos meus pesamentos. Das minhas dúvidas e crises existenciais.
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