Eu e a minha Máquina,
Fim de Semana,
Monte Real,
Julho 2010
I.
Regresso a casa depois de um fim de semana em que o descanso, o riso entre Família e a comida são o fulcro de tudo. Regresso com uma sensação de descanso como se tivessemos estado fora daqui durante uns meses. Espantoso como a saída absoluta da rotina pode transmitir uma tão boa sensação de descanso.
II.
Estes fins de semana são sempre agradavelmente iguais, mas espantosamente reconfortantes. Irmãos, Filhos, Pais e Sobrinhos juntos durante quase três dias. Partilhando mesas de refeição, passeios a pé, festas típicas, compras daquelas que só se fazem quando se faz "turismo". E depois, as conversas. As recordações e as partilhas. O conhecimento de pessoas que sendo familiares próximas construíram vidas diferentes e que cresceram criando caminhos diferentes. Os pontos comuns e as divergências absolutas. Os que estão sempre abertos aos outros e os que estão sempre na defesa. Características de familiares e amigos tão queridos.
III.
E no meio de toda a alegria que se vive passa sempre a sombra da pergunta "até quando?". Na cabeça de quem proporciona estes fins de semana que todos queremos viver e nenhum quer esquecer. Nas cabeças de quem sabe que os anos passam e inexoravelmente não permitem que sejamos imortais. Tentamos afastar os pensamentos que nos dizem que um dia virá em que estas reuniões anuais no mês de Julho não passarão de boas recordações e de um monte de ficheiros .jpg nos computadores de cada um.
IV.
Voltamos à nossa zona de conforto. À rotina dos nossos dias. Às realidades que nos fazem como somos. Voltamos e avançamos no tempo, a caminho de outros dias especiais. Agosto que está quase a chegar.
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