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Nunca tive uma casa de bonecas.
No passeio que me vi obrigada a fazer no domingo, entrei numa mega loja de brinquedos. Um dos brinquedos que lá estava exposto era uma casa de bonecas. Estranho, porque não sendo daquelas coisas que eu penso "ai, gostava tanto de ter tido" [aliás, parece-me que não existe nada que me faça pensar nesta frase], quando olhei para a casa disse "gostava tanto de ter uma casa de bonecas". Que disparate. Com esta idade, para que quero eu uma casa de bonecas? Para ter mais uma coisa em casa para limpar o pó, com certeza.O que eu acho é que mantenho o sonho de ter um quarto só de brinquedos, como os que se veêm nos filmes, como os que vêm descritos nos livros da Condessa de Ségur.
Com os filhos já crescidos e muito pouco virados para a temática "brinquedos", a minha oportunidade de vir a ter um quarto de brinquedos com uma casa de bonecas, atira-se para o futuro, para quando fôr Avó e tiver tempo para me sentar a brincar com os meus netos.
O quarto vai ter também um cavalinho de pau. Adoro-os. E um teatro de fantoches. E um baú cheio de roupas para as crianças se mascararem. E uma cortina na janela feita de espanta-espíritos coloridos e infantis que tilintarão ao sabor do vento. E uma cadeira de baloiço onde me hei-de sentar a ler enquanto eles brincam, ou a escrever, ou a ler histórias em voz alta. As janelas deste quarto de brinquedos vão ter, por dentro, portadas de madeira que se fecharão na hora da sesta. Caixas de música, de corda, enfeitarão prateleiras da estante dos livros e marcarão os compassos das horas que ali passaremos, as de brincar, as de ler, as de dormir e sonhar.
Gosto desta ideia. De poder ter tempo para me sentar no chão a brincar aos chás de bonecas. Quando era miúda, as brincadeiras com as bonecas tinham por tema o hospital, os doentes, os exames, as "picas", as máscaras nas nossas caras. Influências...
Vou continuar a pensar nisto!
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